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Flazal 6mg, caixa com 20 comprimidos

Neo Química
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Bula do Flazal

Flazal® tem ação antiinflamatórias e imunossupressoras. Indicado para o tratamento de:

Devido à propriedade protetora dos ossos, deflazacorte pode ser a droga de escolha para pessoas que necessitam de tratamento com glicocorticóides, especialmente aqueles que apresentam maior risco de osteoporose. Seus reduzidos efeitos diabetogênicos tornam deflazacorte o glicocorticóide sistêmico de escolha em pacientes diabéticos e pré-diabéticos.

Flazal® tem ação antiinflamatória e imunossupressora.

Flazal® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade ao deflazacorte ou aos demais componentes da fórmula. Gravidez, lactação, colite ulcerativa inespecífica, diverticulite, esofagite, gastrite, úlcera péptica, diabetes mellitus, doença cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, insuficiência renal grave. Glaucoma de ângulo aberto, infecções fúngicas sistêmicas, insuficiência hepática, miastenia gravis, osteoporose e síndrome da imunodeficiência humana adquirida (AIDS ou SIDA).

A dose necessária é variável e deve ser individualizada de acordo com a doença a ser tratada e à resposta do paciente.

Uso Adulto.

Dose inicial

6mg a 90 mg por dia, dependendo da gravidade dos sintomas. Em doenças menos graves, doses mais baixas podem ser suficientes, enquanto que as graves podem requerer doses maiores. A dose inicial deve ser mantida ou ajustada até obtenção de uma resposta clínica satisfatória. Se esta não ocorrer, o tratamento deve ser interrompido e substituído por outro. Depois de se alcançar uma resposta inicial favorável, a dose de manutenção adequada deve ser determinada pela diminuição da dose inicial em pequenas frações até alcançar a menor dose capaz de manter uma resposta clínica adequada.

Manutenção

Os pacientes devem ser controlados cuidadosamente, identificando os sinais e sintomas que possam indicar a necessidade de ajustar a dose, incluindo alterações no quadro clínico resultante da remissão ou exacerbação da doença, resposta individual às drogas e efeitos do estresse (por exemplo: cirurgia, infecções e traumatismo).

Assim como para outros glicocorticóides, a suspensão do tratamento deve ser feita reduzindo-se gradualmente a dose de deflazacorte.

Siga a orientação do seu médico respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informe seu médico se está amamentando.

Os glicocorticóides podem mascarar alguns sinais das infecções ou podem aparecer novas infecções durante o seu uso. Pacientes com infecções ativas (virais, bacterianas ou micóticas) devem ser cuidadosamente controlados. Em pacientes com tuberculose ativa ou latente, a terapia deve limitar-se aos casos nos quais deflazacorte é utilizado concomitantemente ao tratamento antituberculoso adequado.

O uso prologado de glicocorticóides pode produzir catarata posterior subcapsular ou glaucoma. Durante o tratamento com glicocorticóides, os pacientes não devem receber imunizações, especialmente em altas doses, devido à possibilidade de disseminação de vacinas vivas (por exemplo, anti-variólica) e/ou falha na resposta dos anticorpos.

A supressão da função hipotálamo-hipófise-adrenal induzida por glicocorticóides é dependente da dose e duração do tratamento. O estabelecimento pode ocorrer gradualmente após redução da dose e interrupção do tratamento. Entretanto, uma relativa insuficiência pode persistir por alguns meses após a suspensão do tratamento. Portanto, em qualquer situação estressante, o tratamento deve ser reinstituído.

Após terapia prolongada, a retirada de glicocorticóides deve ser lenta e gradual para evitar a síndrome da retirada: febre, mialgia, artralgia e mal-estar geral.

O uso de deflazacorte requer cuidados especiais nas seguintes condições clínicas:

Cardiomiopatias ou insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão e manifestações tromboembólicas. Os glicocorticóides podem causar retenção de sal e água, e aumento da excreção de potássio. Pode ser necessário adotar uma dieta com suplementação de potássio e restrição de sal.

O uso pediátrico prolongado de glicocorticóides pode suprimir o crescimento e o desenvolvimento. Considerando que as complicações do tratamento com glicocorticóides são dependentes da dose e da duração do tratamento, deve-se definir a dose, duração do tratamento, bem como o tipo de terapia (diária ou intermitente) baseada na relação risco/benefício para cada paciente.

O uso de glicocorticóides durante a gravidez e lactação, deve ser feito somente quando os benefícios mineralocorticóides superarem os riscos potenciais de seu uso.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

Crianças, cujas mães receberem glicocorticóides durante a gravidez, devem ser cuidadosamente observadas em relação a possíveis sinais de hipoadrenalismo.

Os glicocorticóides são excretados no leite materno, portanto, não se recomenda a amamentação durante o tratamento com Flazal®.

Pacientes idosos

O uso em pacientes idosos (acima de 60 anos) requer prescrição e acompanhamento médico.

Informe seu médico a ocorrência de reações desagradáveis, tais como:

Reações gastrintestinais, edema, hipopotassemia, osteoporose, osteonecrose, equilíbrio nitrogenado negativo, agravamento do diabetes, supressão do crescimento, miopatia, euforia, insônia, aumento do apetite, nervosismo, irritabilidade e hipercinesia.

Os glicocorticóides causam reações adversas relacionadas com a dose e duração do tratamento: 

Aumento de susceptibilidade às infecções, efeitos gastrintestinais (dispepsia, ulceração péptica, perfuração de úlcera péptica, hemorragia e pancreatite aguda especialmente em crianças), alterações do equilíbrio eletrolítico, balanço negativo do nitrogênio, fraqueza músculo-esquelética (miopatia, fraturas), fragilidade e afinamento da pele, atraso no processo de cicatrização, acne, alterações neuropsiquiátricas (cefaléia, vertigem, euforia, insônia, agitação, depressão, hipertensão craniana e convulsões), supressão da função hipotalâmica-hipófise-adrenal, alterações corporais (distribuição cushingóide), aumento do peso, hirsutismo, amenorréia, diabetes mellitus, diminuição do crescimento em crianças e raros casos de reações alérgicas. Tem se evidenciado uma menor incidência de reações adversas a nível ósseo e do metabolismo dos carboidratos com Flazal®, quando comparado a outros glicocorticóides.

Comprimido de 6mg

Embalagem com 20 comprimidos.

Comprimido de 30mg

Embalagem com 10 comprimidos.

Uso adulto.

Uso oral.

Cada comprimido de 6 mg contém:

Deflazacorte 6mg
Excipientes q.s.p 1 comprimido

Excipientes: amido pré-gelatinizado, dióxido de sílico, celulose microcristalina, glicolato amido sódico,lactose e estearato de magnésio.

Cada comprimido de 30 mg contém:

Deflazacorte 30mg
Excipientes q.s.p 1 comprimido

Excipientes: amido pré-gelatinizado, dióxido de sílico, celulose microcristalina,lactose e estearato de magnésio.

Uma superdose com glicocorticóides em geral não leva a condições de risco de vida. O tratamento da superdose deve ser indução de êmese ou lavagem gástrica. Outras complicações resultantes dos efeitos metabólicos dos glicocorticóides, ou de efeitos deletérios sobre patologias básicas, ou patologias concomitantes, ou ainda resultantes de interações medicamentosas, devem ser conduzidas adequadamente, a DL 50 oral é maior que 4000mg/kg em animais de laboratório.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

Durante o tratamento com Flazal®, o paciente não pode tomar vacinas com vírus atenuados ou outras imunizações, pois podem potencializar a replicação do vírus da vacina, aumentando assim o risco do paciente de desenvolver a doença viral e/ou diminuir a capacidade de formação de anticorpos, por parte do paciente.

Os glicocorticóides podem aumentar os requisitos de ácido fólico, em pacientes tratados por tempo prolongado. Geralmente diminuem, mas podem aumentar os efeitos de anticoagulantes cumarínicos ou indandiônicos, estreptoquinase, heparina ou uroquinase. Intensificam a ação dos bloqueadores neuromusculares nãodespolarizantes. Diminuem os efeitos dos diuréticos e vice-versa. Aumentam a biotransformação hepática e/ou excreção da isoniazida. Diminuem os efeitos da suplementação de potássio e aumentam a excreção dos salicilatos.

Bebidas alcoólicas ou analgésicos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) podem aumentar o risco de ulceração gastrintestinal ou hemorragia. Androgênios ou esteróides anabolizantes podem aumentar o risco de edema e, também, promover o desenvolvimento de acne grave.

Anfotericina B parenteral ou inibidores da anidrase carbônica podem causar hipopotassemia grave. Antiácidos ou colestiramina podem diminuir seus efeitos farmacológicos. Antidepressivos tricíclicos não aliviam, e podem aumentar distúrbios mentais induzidos por adrenocorticóides. Antimuscarínicos, especialmente atropina e compostos aparentados, podem aumentar a pressão intra-ocular. Ciclosporina diminui a depuração metabólica da prednisolona.

Efedrina, fenitoína, fenobarbital ou rifampicina podem aumentar a depuração metabólica dos glicocorticóides. Eritromicina pode inibir a biotransformação da metilprednisolona.

Estrogênios ou anticoncepcionais orais contendo estrogênios podem alterar sua biotransformação e a ligação às proteínas, resultando em depuração diminuída, meiavida de eliminação aumentada e efeitos tóxicos destes fármacos. Glicosídeos digitálicos podem aumentar a possibilidade de arritmias ou toxicidade digitálica associada com hipopotassemia.

Vacinas com vírus atenuados ou outras imunizações podem potencializar a replicação do vírus da vacina, aumentando assim o risco do paciente de desenvolver a doença viral e/ou diminuir a capacidade de formação de anticorpos, por parte do paciente.

O uso concomitante de Flazal® a outros medicamentos deve ser informado imediatamente ao médico.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando antes do início ou durante o tratamento.

Não tome medicamento sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.

Resultados de Eficácia


Quarenta (40) pacientes de faixa etária pediátrica apresentando síndrome nefrótica esteroide dependente foram acompanhados por um período médio de 5,5 anos. Receberam o tratamento por 1 ano, com Deflazacorte (n = 20) ou prednisona (n = 20). O número de recidivas foi significativamente menor no grupo recebendo Deflazacorte. Após 1 ano, 12 pacientes com Deflazacorte permaneceram em remissão, ao passo que 2 pacientes com prednisona mantiveram a remissão. A velocidade de crescimento não foi diferente entre os 2 grupos. O conteúdo mineral ósseo, avaliado por tomografia computadorizada de vértebras L1L2 reduziu-se após 1 ano em 6% no grupo Deflazacorte versus 12% no grupo prednisona.

O aumento médio do peso corporal de +3,9 +/- 4,1kg foi maior no grupo prednisona que no grupo Deflazacorte +1,7 +/- 2,8kg (P = 0,06). Sintomas cushingóides tenderam a ser menores após 12 meses no grupo Deflazacorte. Em conclusão, o estudo mostra que Deflazacorte foi mais efetivo que a prednisona em limitar as recidivas em síndrome nefrótica esteroide dependente, e que os sintomas cushingóides, ganho de peso, decréscimo do conteúdo mineral ósseo tendiam a ser menos intensos com Deflazacorte que com prednisona (Broyer et. al. 1997).

Deflazacorte é um medicamento com ação anti-inflamatória e imunossupressora. Estudos de curto (4 a 6 semanas) e longo prazo (13 a 52 semanas) têm mostrado Deflazacorte como tão efetivo quanto a prednisona ou metilprednisolona em pacientes com artrite reumatoide. A droga foi pelo menos tão efetiva quanto a prednisona em crianças com artrite crônica juvenil, e tem mostrado alguma eficácia no tratamento para a síndrome nefrótica e outras complicações como Distrofia de Duchenne, lúpus eritematoso, uveíte e transplante. A incidência geral de eventos adversos em pacientes recebendo Deflazacorte (16,5%) é menor que a registrada nos pacientes recebendo prednisona (20,5%) ou metilprednisolona (32,7%) e similar àquela dos pacientes com betametasona (15,3%). Sintomas gastrintestinais são os mais frequentemente reportados em pacientes com Deflazacorte; outros eventos adversos associados às drogas incluem alterações nutricionais e metabólicas, distúrbios do sistema nervoso central e periférico, e alterações psiquiátricas. Em geral o Deflazacorte parece ter menos efeito que a prednisona sobre parâmetros que possam ser associados com o desenvolvimento da osteoporose induzida por corticoides. Também parece ter menos efeito negativo na taxa de crescimento das crianças com doenças que requerem corticoterapia (Markham & Bryson 1995).

Desde que os corticoides começaram a representar uma importante ferramenta no tratamento das uveítes, foi avaliada sua eficácia clínica e o possível aparecimento de efeitos colaterais de Deflazacorte “versus” prednisona em dosagens equivalentes.

Em estudo aberto com seis pacientes com uveíte anterior aguda recorrente e/ou uveíte anterior crônica utilizou-se Deflazacorte ou prednisona como alternativa. Considerando-se os parâmetros avaliados à admissão destes pacientes e durante o tratamento (eficácia clínica, parâmetros oftalmológicos e ensaios hematológicos), houve completa remissão dos sinais clínicos e dos sintomas com ambos os tratamentos, sem diferença estatisticamente significante entre os dois grupos estudados, encorajando posteriormente estudos controlados com o uso de Deflazacorte para o tratamento de uveíte (Cerqueti et. al. 1993).

Em estudo aberto prospectivo para avaliar a eficácia e tolerabilidade de Deflazacorte em longo prazo em pacientes com polimialgia reumática, a medicação foi utilizada na dose média inicial de 21,8mg/dia por um período médio de 19 meses em 40 pacientes. Esta conduta mostrou melhora clínica e laboratorial significativas em um mês após o início da terapia. Esta melhora persistiu por todo o período estudado, e os parâmetros laboratoriais de tolerabilidade estudados não se alteraram durante o estudo. Efeitos colaterais leves a moderados relacionados aos corticoides ocorreram em 57,9% dos pacientes. Demonstrou-se que o Deflazacorte é efetivo no tratamento da polimialgia reumática e seu perfil de segurança em longo prazo pode ser superior ao de outros corticoides (Cimmino et. al. 1994).

Um estudo avaliou um caso de pênfigo vulgar (PV) em uma menina de 13 anos de idade, com padrões clínicos de estomatite crônica. Os achados histológicos e imunológicos foram típicos do diagnóstico de PV, e bons resultados terapêuticos foram obtidos com doses moderadas de Deflazacorte 1 mg/kg/dia, pouco a pouco reduzidas para 0,1 mg/kg em dias alternados. A paciente não apresentou efeitos colaterais significativos (Fimiani et. al. 1991).

O uso prolongado de esteroides, particularmente a prednisona, é conhecido por induzir osteoporose, bem como inibição do crescimento ósseo e atraso na consolidação de fraturas. Deflazacorte foi desenvolvido para reduzir tais efeitos deletérios.

Portanto, o estudo randomizado duplo cego envolveu 16 mulheres em pré-menopausa com Artrite Reumatoide (AR), com idade média de 36,5 anos e duração média da doença de 29 meses. As pacientes receberam cápsulas de Deflazacorte ou prednisona, sendo instruídas a manterem adequada ingestão de cálcio. Os testes laboratoriais enfatizaram a densidade mineral óssea na coluna lombar, colo femoral e triângulo de Ward, além de todo o conteúdo mineral corpóreo. Sinovite persistente foi similar para as duas drogas, e os padrões sugestivos de Síndrome de Cushing foram encontrados apenas no grupo de prednisona. A diferença quanto ao conteúdo mineral corpóreo entre Deflazacorte e prednisona falhou em encontrar significância estatística. No grupo Deflazacorte, a diferença entre o aumento não significante da densidade mineral óssea no colo femoral e o significante decréscimo no grupo prednisona provou ser estatisticamente significante. A área do triângulo de Ward foi a mais sensível às alterações da densidade óssea mineral em pacientes recebendo prednisona, com uma diferença intergrupos altamente significativa (p 0,01). Acredita-se ser este o primeiro estudo sobre a osteoporose induzida por corticoides, avaliado através das medidas do conteúdo mineral corpóreo em mulheres na pré-menopausa com AR de curto prazo, mostrando que Deflazacorte é uma alternativa promissora em casos severos o bastante para exigirem terapia com esteroides (Messina et. al. 1992).

Este estudo duplo-cego avaliou o efeito protetor de Deflazacorte na reação inflamatória que se segue ao teste de provocação conjuntival alérgeno específico, em 24 pacientes sofrendo rinoconjuntivite por Parietaria judaica. Após avaliação inicial os pacientes foram randomizados em 4 grupos de tratamento para receber Deflazacorte 6, 30 ou 60 mg, uma vez ao dia ou placebo, por 3 dias, durante a estação com menos pólen. A avaliação clínica (prurido, hiperemia, lacrimejamento e edema palpebral), citológica (número de células inflamatórias, i.e., neutrófilos, eosinófilos e linfócitos obtidos em raspado conjuntival) e avaliação imunocitoquímica de CD54 (expressão da molécula de adesão intercelular-1 [ICAM-1]) em células epiteliais foram realizadas no momento basal, após 30 minutos (reação precoce) e após 6 e 24 horas (fase tardia), antes e após o tratamento. Nem a natureza ou severidade dos eventos clínicos ou o número total de células inflamatórias mudou durante o tratamento com Deflazacorte. A severidade dos eventos clínicos, o número total de células inflamatórias e a expressão de CD54 foram significativamente reduzidas pelo Deflazacorte, 30 e 60 mg/dia comparados ao grupo placebo. Deflazacorte 6 mg/dia não demonstrou alteração clínica, celular ou imunocitoquímica significativas comparadas ao grupo placebo. Este estudo demonstra que Deflazacorte tem um alto efeito protetor sobre os eventos clínicos e celulares, além de marcadamente reduzir a expressão conjuntival de CD54 no epitélio conjuntivo (Ciprandi et. al. 1993).

Uma paciente com 11 anos de idade, sexo feminino com hepatite autoimune interrompeu o uso de prednisolona devido à toxicidade, e permaneceu em remissão clínica e bioquímica sob reposição com Deflazacorte associado ao ácido ursodeoxicólico. Uma biópsia realizada após 19 meses do tratamento com Deflazacorte e ácido ursodeoxicólico mostrou remissão histológica (Bae et. al. 2006).

Deflazacorte foi detectado, “in vitro”, como sendo duas vezes mais potente que prednisolona na inibição da sobrevivência de eosinófilos (Mullol et. al. 1995).

Este autor sugeriu eficácia similar entre Deflazacorte e prednisolona na melhora da função pulmonar e na melhora clínica em asma moderada aguda em crianças (Gartner et. al. 1995).

Deflazacorte parece ser tão efetivo quanto a prednisolona em suas propriedades imunomodulatórias para o tratamento da PTI nas suas formas aguda e crônica (Mazzucconi et. al. 1980).

Referências Bibliográficas

1 – BROYER, M.; et al. A controlled study of deflazacort in the treatment of idiopathic nephrotic syndrome. Pediatr Nephrol. 1997 Aug; 11(4): 418-22.
2 – MARKHAM, A.; BRYSON, H.M. Deflazacort. A review of its pharmacological properties and therapeutic efficacy. Drugs. 1995 Aug; 50(2): 317-33.
3 – CERQUETI, P.M.; et al. Deflazacort in the treatment of uveitis: a comparative study versus prednisone. Allergol Immunopathol (Madr.). 1993 May-Jun; 21 (3): 107-10.
4 – CIMMINO, M.A.; et al. Long term treatment of polymyalgia rheumatica with deflazacort. Ann Rheum Dis. 1994; 53: 331-333.
5 – FIMIANI, M.; et al. Juvenile pemphigus vulgaris: efficacy of moderate doses of deflazacort. Pediatr Dermatol. 1991 Sep; 8(3): 221-3.
6 – MESSINA, O.D.; et al. Effect of low doses of deflazacort vs prednisone on bone mineral content in premenopausal rheumatoid arthritis. J Rheumatol. 1992 Oct; 19(10): 1520-6.
7 – CIPRANDI, G.; et al. Protective effects of deflazacort on allergen-specific conjunctival challenge. European Journal of Clinical Pharmacology. 45 (1), S35-S41.
8 – BAE, S.H.; et al. Deflazacort for Type-1 Autoimmune Hepatitis in a Korean Girl. J Korean Med Sci. 2006 August; 21(4): 758–760.
9 – MULLOL J.; et al. Comparative study of the effects of different glucocorticosteroids on eosinophil survival primed by cultured epithelial cell supernatants obtained from nasal mucosa and nasal polyps. Thorax. 1995; 50: 270-4.
10 – GARTNER, S.; et al. Comparative efficacy of oral deflazacort versus oral prednisolone in children with moderate acute asthma. Ann Pediatr. 2004; 61: 207-12.
11 – MAZZUCCONI, M.G.; et al. Deflazacort in thrombocytopenia: A comparison with prednisone. Int J Clin Pharmacol Ther Toxicol. 1980; 18: 538-42.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Os glicocorticoides possuem ação anti-inflamatória e imunossupressora.

Comparado à prednisona, em doses anti-inflamatórias equivalentes, Deflazacorte proporciona:

  • Menor inibição da absorção intestinal de cálcio e um menor aumento na sua excreção urinária.
  • Redução significativamente menor no volume ósseo trabecular e conteúdo mineral ósseo.
  • Reduzidos efeitos diabetogênicos em pessoas normais, indivíduos com histórico familiar de diabetes e pacientes diabéticos.

Farmacocinética

Após a administração oral, Deflazacorte é bem absorvido e imediatamente convertido pelas esterases plasmáticas ao metabólito farmacologicamente ativo (D21 OH). Este metabólito (D21 OH) alcança o pico de concentração plasmática em 1,5 a 2 horas. O metabólito que possui ligação proteica de 40% não possui afinidade com a globulina ligadora de corticosteroide (transcortina). A meia-vida plasmática de D21 OH é de 1,1 a 1,9 horas. A eliminação ocorre principalmente pelos rins; nas 8 primeiras horas 70% da dose administrada é excretada pela urina. Os 30% restantes são eliminados pelas fezes. O metabolismo do D21OH é extenso; apenas 18% da excreção urinária representa D21OH, enquanto o metabólito Deflazacorte 6 beta OH representa um terço da eliminação urinária.

Carcinogenicidade

Dados de carcinogenicidade estão de acordo com os glicocorticoides.

Mutagenicidade

O Deflazacorte foi submetido a testes de mutagenicidade e foram obtidos resultados negativos, indicando não haver potencial mutagênico.

Toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento

Estudos em animais nos quais glicocorticoides foram administrados a camundongos, ratos e coelhos grávidas mostraram um aumento na incidência de fenda palatina nas ninhadas.

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Prazo de Validade: Vide cartucho.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido; poderá ocorrer diminuição significativa do seu efeito terapêutico.

Registro M.S. nº 1.0465.0232

Farm. Responsável:
Dr. Marco Aurélio Limirio G. Filho
CRF-GO nº 3.524

Laboratório Neo Química Com. e Ind. Ltda.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - Daia
Anápolis - GO
CEP 75132-020
C.N.P.J.: 29.785.870/0001-03
Indústria Brasileira

Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: Vide Cartucho.

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Flazal

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

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Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Otorrinolaringologia

Reumatologia

Hematologia

Gastroenterologia

Pneumologia

Endocrinologia

Alergia e Imunologia

Neurologia

Hepatologia

Oncologia

Dermatologia

Oftalmologia

Preço Máximo ao Consumidor:

PMC/SP R$ 55,96

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 40,48

Registro no Ministério da Saúde:

1046502320013

Código de Barras:

7896714203584

Temperatura de Armazenamento:

Temperatura ambiente

Produto Refrigerado:

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Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

Modo de Uso:

Uso oral

Pode partir:

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Modo de uso

Uso oral

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Tipo da Receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

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