Bula do Urografina
Princípio Ativo: Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina
Classe Terapêutica: Agente Diagnóstico Por Imagem, Iônicos Para Angio-Urografia
Urografina, para o que é indicado e para o que serve?
Urografina é um meio de contraste para diagnóstico indicado para realce de imagens de raios X em urografia intravenosa e retrógrada, exames angiográficos bem como artrografia, colangiografia intraoperatória, fistulografia, histerossalpingografia, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER), sialografia e outras.
Urografina não deve ser utilizada em mielografia, ventriculografia ou cisternografia devido à possibilidade de provocar sintomas neurotóxicos nestes procedimentos.
Como o Urografina funciona?
Urografina contém sais do ácido diatrizoico, substâncias que promovem o contraste radiológico, possibilitando a visualização de veias e artérias, detecção de anormalidades no sistema urinário, coração e cavidades corpóreas. Converse com o seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre a ação do produto e sua utilização.
Quais as contraindicações do Urografina?
A administração de Urografina é contraindicada na presença de insuficiência cardíaca ou atividade excessiva da glândula tireoide, as quais não estejam sendo adequadamente controladas.
Durante a gravidez ou na presença de inflamação aguda dos órgãos sexuais femininos internos não se deve efetuar exames de raio-X do útero e das trompas uterinas. Exames de raio-X do pâncreas e ductos biliares não devem ser realizados em pacientes que apresentem inflamação aguda do pâncreas.
Urografina não deve ser administrada no espaço ao redor da medula espinhal, pois pode causar reações adversas graves como dor, convulsões, coma, frequentemente com resultados letais.
Como usar o Urografina?
Urografina é injetada, pelo médico, no vaso sanguíneo através de uma pequena agulha. Urografina pode também ser injetada nas cavidades do corpo. Deve ser administrada imediatamente antes do exame de raio-X.
Orientações gerais
Instruções para uso/manuseio — Inspeção
Meios de contraste não devem ser usados em caso de coloração acentuada, presença de material particulado ou apresentar algum defeito no frasco.
Instruções para uso/manuseio — Manuseio
Meios de contraste devem somente ser transferidos para a seringa imediatamente antes da realização do exame. A tampa de borracha não deve ser perfurada mais do que uma vez, a fim de evitar que uma grande quantidade de micropartículas entre na solução. Recomenda-se o uso de cânulas com bisel longo e diâmetro máximo de 18 G para perfurar a tampa de borracha e retirar a solução (cânulas de uso exclusivo com orifício lateral são particularmente adequadas). Após uma sessão, deve-se descartar a solução não utilizada do meio de contraste.
Sugestões de dieta
Nas angiografias da região abdominal e nas urografias, obtêm-se melhores imagens radiológicas quando o intestino está livre de material fecal e gases. Por isto, nos dois dias anteriores ao exame, devem ser evitados alimentos que aumentem a formação de gases, em particular ervilha, feijão e lentilha, saladas, frutas, pão integral ou fresco, assim como todo tipo de verduras cruas. Na véspera do exame, deve-se evitar comer após às 18 horas. Além disso, pode ser conveniente administrar um laxante à noite. Contudo, administração de laxante antes do exame e jejum prolongado são contraindicados em recém-nascidos, lactentes e crianças pequenas.
Hidratação
Deve ser assegurada adequada hidratação, antes e após a administração do meio de contraste. Esta observação aplica-se especialmente a pacientes com mieloma múltiplo, diabete melito com nefropatia, poliúria, oligúria, hiperuricemia, assim como para recémnascidos, lactentes, crianças pequenas e idosos. Alterações no equilíbrio hídrico e eletrolítico devem ser corrigidas antes do exame.
Ansiedade
Estados pronunciados de excitação, ansiedade e dor podem aumentar o risco de ocorrência de reações adversas ou intensificar as reações relacionadas ao meio de contraste. Para estes pacientes, pode-se administrar um sedativo.
Aquecimento antes do uso
O meio de contraste, quando aquecido à temperatura corpórea antes de sua administração, é melhor tolerado e pode ser mais facilmente injetado devido à redução da viscosidade. Usando um incubador, aqueça a 37ºC apenas o número de frascos necessários para um dia de exame. Não se verificou qualquer alteração na pureza química do produto quando os frascos, aquecidos por período prolongado, permaneceram protegidos da luz. Todavia, nestes casos, o período de armazenamento não deve exceder 3 meses.
Pré-teste
A realização de teste de sensibilidade com uma pequena dose do meio de contraste não é recomendável e não apresenta valor de prognóstico. Além disso, o próprio teste de sensibilidade provocou em alguns casos reações de hipersensibilidade graves e até mesmo fatais.
A administração intravascular de meios de contraste deve ser efetuada, se possível, com o paciente deitado.
A dose ideal é específica, pois depende do estado geral de saúde, idade, peso e função cardíaca de cada paciente e do tipo de radiografia em que será utilizada. A velocidade de injeção de Urografina e o tempo de intervalo entre a aplicação e a realização do exame também dependerá do tipo de exame em que será utilizada. Para a maioria dos tipos de raios X, é necessária apenas uma única dose de Urografina.
Em pacientes portadores de insuficiência cardiovascular ou renal acentuadas, assim como nos pacientes debilitados, a dose do meio de contraste deve ser a menor possível. Nestes pacientes, é aconselhável monitorar a função renal por, pelo menos, 3 dias após o exame. No caso de mais de uma injeção, deve-se dar tempo suficiente ao corpo para que o influxo do fluído intersticial normalize a osmolalidade sérica aumentada. Em pacientes adequadamente hidratados, esse período é alcançado em 10 - 15 minutos. Se, em circunstâncias especiais, for necessário aumentar a dose total de 300 a 350mL em adultos deve-se administrar mais água e, possivelmente, eletrólitos.
Devido à possibilidade de ocorrência de reações graves, o paciente deve ficar em observação por, pelo menos, 30 minutos após a administração do meio de contraste, uma vez que a maioria das reações ocorre nesse período.
O que eu devo fazer quando me esquecer de usar o Urografina?
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Urografina?
Ocasionalmente, ocorrem reações alérgicas após o uso de meios de contraste como a Urografina. Geralmente são reações na pele ou respiratórias sem gravidade, mas podem ocorrer reações graves como angioedema (inchaço abaixo da pele), edema subglótico, broncoespasmo (fechamento dos brônquios) e choque alérgico. Essas reações geralmente ocorrem no período de uma hora depois da administração do meio de contraste. Raramente, podem ocorrer após horas ou dias.
Informe ao médico a ocorrência das seguintes situações, para que seu médico decida se é possível ou não realizar o exame pretendido:
- Alergia (por exemplo: alergia a frutos do mar, febre do feno e urticária) ou asma brônquica;
- Sensibilidade ao iodo ou aos meios de contraste com iodo, aos sais do ácido diatrizoico ou a qualquer outro componente da fórmula do produto;
- Idade avançada;
- Estado de saúde debilitado;
- Distúrbios graves do fígado ou rins;
- Doenças circulatórias ou do coração;
- Diabetes, com doença renal;
- Depleção de volume; uso de biguanidas (tipo de medicamento utilizado no tratamento de diabetes) e de betabloqueadores (tipo de medicamento utilizado no tratamento da pressão alta e outras doenças cardíacas);
- Alteração no sistema nervoso central, tais como distúrbios cerebrais com convulsões;
- Distúrbios da circulação cerebral como, por exemplo, história de derrame;
- Hipertiroidismo latente;
- Bócio (inchaço no pescoço causado por aumento do tamanho da glândula tiroide);
- Mieloma múltiplo (câncer das células sanguíneas), paraproteinemia (superprodução de proteínas específicas) e miastenia grave (condição alérgica que atinge partes específicas do corpo, ou condição na qual os músculos começam a ficar fracos e facilmente cansados);
- Gota;
- Feocromocitoma (tipo especial de pressão alta causada por um tumor raro da glândula suprarrenal, a qual se situa próxima aos rins);
- Doenças autoimunes;
- Ingestão regular de drogas especiais ou álcool;
- Interferências no processo de coagulação.
Independentemente da dose administrada, podem ocorrer: leve inchaço da face, lábios, língua ou garganta, conjuntivite, tosse, coceira, coriza, espirro e urticárias, os quais são, possivelmente, os primeiros sinais do início de uma reação grave. Nestes casos, deve-se descontinuar imediatamente a administração do meio de contraste e, se necessário, iniciar por via venosa o tratamento adequado.
Na presença de inflamação, os exames realizados nos ductos biliares podem aumentar o risco de reações.
A possibilidade de gravidez deve ser excluída antes de realizar a histerossalpingografia.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Urografina?
As reações adversas de Urografina dependem do modo de administração, ou seja, se for aplicado em vaso sanguíneo ou em cavidades do corpo.
Uso intravascular
Efeitos colaterais associados ao uso de meios de contraste intravasculares iodados são geralmente de intensidade leve a moderada e de natureza transitória. Entretanto, têm sido relatadas reações graves e com risco para a vida, até mesmo fatais. As reações mais frequentemente relatadas são náusea, vômito, sensação de dor e de calor pelo corpo.
Reações anafilactoides/ de hipersensibilidade
As reações relatadas frequentemente são: angioedema leve (casos leves de inchaço do rosto, lábios, boca, língua ou garganta), conjuntivite, tosse, coceira, rinite, espirro e urticária. Tais reações, que podem ocorrer independentemente da quantidade e do modo de administração, podem ser os primeiros sinais de um estado incipiente de choque. Neste caso, deve-se suspender imediatamente a administração do meio de contraste e, se necessário, instituir por via venosa o tratamento adequado.
Reações graves que requeiram tratamento de emergência podem ocorrer na forma de reação circulatória acompanhada de dilatação dos vasos periférica e subsequente queda de pressão, aumento do batimento cardíaco reflexo, falta de ar, agitação, confusão e cianose (coloração azulada da pele), possivelmente levando à perda de consciência.
Hipotensão (queda de pressão), broncoespasmo (dificuldade para respirar) e espasmo ou edema laríngeo são incomuns.
Reações tardias ao meio de contraste são raras
Corpo como um todo
Sensação de calor e dor de cabeça são reações comuns relatadas. Mal-estar, calafrio, sudorese (transpiração excessiva) e reações vasovagais (desmaio precedido por suor, frio, palidez e fraqueza) são incomuns.
Em casos raros, podem ocorrer alterações da temperatura corpórea e aumento de volume das glândulas salivares.
Respiratório
Distúrbios transitórios da frequência respiratória, falta de ar, desconforto respiratório e tosse são comuns.
Parada respiratória e água no pulmão (edema pulmonar) são raras.
Cardiovascular
Distúrbios transitórios clinicamente relevantes da frequência cardíaca, pressão arterial, distúrbios da função ou ritmo do coração e parada cardíaca são incomuns. Reações graves que requeiram tratamento de emergência podem ocorrer na forma de reação circulatória acompanhada de dilatação dos vasos periférica e subsequente queda de pressão, aumento do batimento cardíaco reflexo, falta de ar, agitação, confusão e cianose (coloração azulada da pele), possivelmente levando à perda de consciência.
Em casos raros, verificou-se a ocorrência de eventos tromboembólicos graves, causando o infarto do miocárdio.
Gastrintestinal
Náusea e vômito são reações comuns. Dor abdominal tem sido relatada com pouca frequência.
Cerebrovascular
Na angiografia cerebral, e em outros procedimentos, nos quais o meio de contraste atinge o cérebro pelo sangue arterial em altas concentrações, podem ocorrer complicações neurológicas transitórias incomuns como tontura, dor de cabeça, agitação ou confusão, perda de memória, distúrbios da fala, visão e audição, convulsões, tremor, diminuição da força ou dos movimentos/paralisia, sensibilidade à luz, cegueira temporária, coma e sonolência.
Eventos tromboembólicos graves, fatais em casos isolados, causando derrame, são raramente relatados.
Renal
Diminuição ou insuficiência renal são raramente relatadas.
Pele
Angioedema leve (casos leves de inchaço do rosto, lábios, boca, língua ou garganta), vermelhidão com dilatação dos vasos, urticária, coceira e eritema (vermelhidão) são reações comuns observadas. Podem-se desenvolver, em casos raros, reações tóxicas de pele, como a síndrome mucocutânea (por exemplo: síndrome de Stevens-Jonhson ou síndrome de Lyell).
Irritação no local da injeção
Dor local ocorre com frequência, principalmente na angiografia periférica e geralmente desaparece sem deixar sequela. Entretanto, tem-se verificado em ocasiões bastante raras inflamação e necrose tecidual. Casos de tromboflebite (inchaço e vermelhidão ao longo do vaso sanguíneo) e trombose venosa (formação de coágulo) são incomuns.
Uso em cavidades corpóreas
Reações após administração em cavidades corpóreas são raras. A maioria delas ocorre algumas horas após a administração.
O aumento dos níveis de amilase é frequente após a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER). A opacificação acinar após CPER mostrou estar associada a aumento do risco de pancreatite pós-CPER. Foram descritos casos raros de pancreatite necrosante.
Casos de reações vasovagais (desmaio precedido por suor, frio, palidez e fraqueza) relacionados a histerossalpingografia são incomuns.
Reações anafilactoides/hipersensibilidade
A hipersensibilidade sistêmica é rara, na maioria das vezes leve e geralmente ocorre na forma de reações de pele. Entretanto, não pode ser totalmente excluída a possibilidade de uma reação de hipersensibilidade grave.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Urografina
Efeitos na habilidade de dirigir ou utilizar máquinas
Como acontece com todos os meios de contraste iodados, existe, em casos raros, a possibilidade de ocorrência de reações tardias após a administração, podendo ocorrer diminuição na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez e lactação
Informe ao médico se está, ou pretende, ficar grávida ou se está amamentando. Até o momento, não foi demonstrada suficientemente a segurança do uso de meios de contraste em gestantes. Uma vez que, sempre que possível, a exposição à radiação deve ser evitada durante a gravidez, os benefícios de qualquer exame com raios X, com ou sem meio de contraste, devem ser cuidadosamente considerados pelo seu médico frente aos possíveis riscos.
Meios de contraste de eliminação renal, como Urografina, passam para o leite materno apenas em pequenas quantidades. Dados limitados sugerem que o risco para o lactente é baixo. Portanto, a amamentação é provavelmente segura.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Recém-nascidos (< 1 mês) e lactentes (1 mês – 2 anos)
Lactentes com menos de 1 ano de idade e especialmente recém-nascidos são susceptíveis ao desequilíbrio eletrolítico e alterações hemodinâmicas. Portanto, deve-se ter precaução com a dose administrada do meio de contraste, o desempenho técnico do procedimento radiológico e a condição do paciente.
Qual a composição do Urografina?
Cada mL de Urografina contém:
Amidotrizoato | 80mg |
Meglumina | 520mg |
Excipientes: edetato de cálcio dissódico e água para injetáveis.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Urografina maior do que a recomendada?
No caso de ocorrência de superdose intravascular acidental, a perda de água e eletrólitos deve ser compensada por meio de infusão. A função renal deve ser monitorada por, no mínimo, 3 dias após o incidente. Se necessário, pode-se realizar hemodiálise para eliminar o excesso de meio de contraste presente no organismo.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Urografina com outros remédios?
A prevalência de reações tardias (por exemplo, febre, erupções cutâneas, sintomas do tipo gripal, dor articular e prurido) após o uso de meios de contraste é mais elevada em pacientes tratados com interleucina.
Interferência em testes diagnósticos
Após a administração do meio de contraste iodado, a capacidade do tecido tiroidiano em captar isótopos radioativos empregados no diagnóstico de afecções tiroidianas fica reduzida por até 2 semanas e, às vezes, até por períodos maiores em casos isolados.
Interação Alimentícia: posso usar o Urografina com alimentos?
Alcoolismo
O alcoolismo crônico ou agudo pode aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefálica. Isto facilita a passagem de meio de contraste para dentro do tecido cerebral, levando possivelmente a reações do sistema nervoso central. Recomenda-se precaução nos exames a serem realizados em alcoólatras e adictos de drogas, devido à possibilidade de redução do limiar de excitabilidade nestes pacientes.
Qual a ação da substância do Urografina?
Resultados de Eficácia
Com base em testes pré-clínicos de tolerância e também em dados clínicos publicados, demonstrou-se que o meio de contraste iônico monomérico para radiografia, Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina, pode ser usado com segurança, eficácia e custo-efetividade para a visualização de cavidades corpóreas. A Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina, contendo 292 mg iodo/ml, é utilizada para a colangiografia retrógrada e a pancreatografia retrógrada – na maioria das vezes executadas juntamente como colangiopancreatografia endoscópica retrógrada – assim também como para a colangiografia intraoperatória, a sialografia, a urografia retrógrada (uretrografia, ureterografia e pielografia) e a fistulografia.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
As substâncias contrastantes presentes em Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina são sais do ácido diatrizoico, nos quais o iodo, responsável pela absorção de raios X, está presente em ligações químicas estáveis. As características físico-químicas das soluções injetáveis de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina encontram-se descritas em forma de tabela no item “Dados Físico-Químicos Importantes”.
As características físico-quimicas da solução injetável de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina estão listadas abaixo:
Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina |
292 |
Concentração de iodo (mg/mL) |
292 |
Osmolalidade (osm/kg de H2O) a 37 °C |
1,50 |
Viscosidade (mPa.s) a 20 °C a 37 °C |
7,2 4,0 |
Densidade (g/mL) a 20 °C a 37 °C |
1,330 1,323 |
Valor de pH |
6,0 – 7,0 |
Propriedades farmacocinéticas
Distribuição
A quantidade ligada à proteína plasmática após injeção intravenosa é inferior a 10%.
Uma concentração correspondente a 2-3 g de iodo/litro de plasma pode ser atingida 5 minutos após uma injeção intravenosa em bolo de 1 mL de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina 292/kg peso corpóreo. Após um período de 3 horas, o nível sanguíneo diminui de forma relativamente rápida nos primeiros 30 minutos, com uma meia-vida de 1-2 horas.
O ácido diatrizoico não penetra nos eritrócitos, sendo rapidamente distribuído no espaço extracelular após administração intravascular, porém não é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica intacta. É encontrado apenas em pequenas quantidades no leite materno.
Metabolização e eliminação
Em doses diagnósticas, o ácido diatrizoico sofre filtração glomerular. Trinta minutos após a injeção de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina, cerca de 15% da dose é eliminada na urina na forma inalterada e mais de 50% da dose é eliminada dentro de 3 horas. A presença de metabólitos não pôde ser demonstrada.
As cinéticas observadas na distribuição e eliminação de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina não estão relacionadas à dose dentro do intervalo clínico relevante. Isto significa que dobrando ou dividindo a dose pela metade, os níveis sanguíneos e a quantidade eliminada de meio de contraste em gramas/unidade de tempo dobram ou reduzem-se pela metade.
Entretanto, devido ao aumento da diurese osmótica quando duplicada a dose administrada, a concentração urinária do meio de contraste não aumenta na mesma proporção.
Características no paciente
No caso de insuficiência renal, o diatrizoato pode ser eliminado por via hepática, embora a uma taxa claramente reduzida. O meio de contraste renal pode ser eliminado facilmente do organismo por meio de hemodiálise extracorpórea. A eliminação completa do produto, inclusive dos tecidos, ocorre dentro de um curto período de tempo, indiferentemente do local de aplicação.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade sistêmica
Resultados de estudos de toxicidade aguda em animais mostram que não há risco de intoxicação aguda após o uso de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina.
Estudos experimentais de tolerância sistêmica com diatrizoato de sódio ou de meglumina com administrações intravenosas diárias repetidas não resultaram em achados que se opõem a uma única administração de diagnóstico para humanos.
Potencial genotóxico, tumorigenicidade
Estudos sobre os efeitos genotóxicos do diatrizoato in vivo e in vitro não indicaram nenhum potencial mutagênico.
Não foram conduzidos estudos de tumorigenicidade.
Devido à ausência de efeitos genotóxicos e considerando a estabilidade metabólica, a farmacocinéticas e a ausência de sinais de efeitos tóxicos do diatrizoato nos tecidos de crescimento rápido, bem como o fato das formulações de Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina apenas serem administradas uma vez, não há risco evidente de efeitos tumorigênicos em humanos.
Tolerância local e potencial sensibilização por contato
Estudos experimentais investigativos de tolerância local com Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina não foram conduzidos. Entretanto, estudos de tolerância local após aplicação paravenosa, intraperitoneal e intravenosa bem como aplicação no oviduto foram conduzidos com diatrizoato de meglumina. Além disso, em estudos de tolerância sistêmica os locais de aplicação foram analisados após administrações intravenosas repetidas de diatrizoato de meglumina ou sódio. Os resultados desses estudos são considerados representativos para Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina.
Estes estudos não indicaram que os efeitos adversos locais são esperados nos vasos sanguíneos, nas mucosas ou nas membranas serosas dos seres humanos. Após administração paravascular inadvertida leves reações de intolerância podem ocorrer.
Os estudos em animais, incluindo a investigação sobre o efeito de sensibilização por contato, não indicaram potencial sensibilizante do diatrizoato.
Como devo armazenar o Urografina?
O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 ºC). Proteger da luz e de raios X.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas
Urografina é fornecida pronta para uso, como uma solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Urografina
MS – 1.7056.0038
Farm. Resp.:
Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP nº 16532
Fabricado por:
Berlimed S.A.
Alcalá de Henares - Espanha
Importado por:
Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.100
04779-900 - Socorro - São Paulo – SP
C.N.P.J. nº 18.459.628/0001-15
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Diatrizoato de Sódio + Diatrizoato de Meglumina
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Março de 2023.
Urografina caixa com 1 frasco-ampola com 50mL de solução de uso injetável (embalagem hospitalar)
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