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Bula do Thyrogen

Thyrogen, para o que é indicado e para o que serve?

Thyrogen é usado junto com um exame de sangue e/ou uma cintilografia de corpo total para auxiliar na detecção de células cancerosas da tireoide em pacientes que tiveram uma remoção total ou subtotal da glândula tireoide em decorrência do câncer de tireoide.

Thyrogen também é utilizado no tratamento do câncer de tireoide, auxiliando o iodo radioativo a matar quaisquer células cancerosas que tenham permanecido ou tecido normal da tireoide após a remoção cirúrgica desta glândula. Isto também permite aos médicos detectar mais facilmente quaisquer cânceres de tireoide que possam permanecer após o seu tratamento.

Thyrogen ajuda as células que tenham permanecido da tireoide e as células cancerosas a absorver o iodo radioativo, aumentando a probabilidade de que sejam mortas pelo tratamento de radiação.

Como o Thyrogen funciona?

Após você ter feito sua operação de câncer, seu médico precisará acompanhá-lo com exames para assegurar de que não há células cancerosas remanescentes no seu corpo. Estes exames tentarão assegurar que o câncer não voltou ou se espalhou para outras partes do seu corpo.

Agora que sua tireoide foi removida, seu médico lhe dará uma terapia de reposição de hormônio da tireoide para repor o hormônio que sua glândula tireoide costumava produzir.

Com este tratamento de reposição, sua glândula pituitária produzirá menor quantidade de um hormônio chamado hormônio estimulante da tireoide (TSH). Este hormônio se fixa nas células cancerosas e normais da tireoide, estimulando temporariamente sua liberação para o sangue, estimulando a absorção do iodo radioativo pelas células.

Para que os exames de detecção das células cancerosas da tireoide sejam precisos, é necessário haver uma certa quantidade de TSH no seu corpo. O tratamento de reposição de hormônio que você está recebendo significa que seu corpo não produzirá TSH suficiente para os exames.

Thyrogen atua como o TSH produzido pelo seu corpo e assegura que exista TSH suficiente no seu corpo para os exames. Para a detecção de células cancerosas da tireoide, Thyrogen lhe será dado cerca de 3 dias antes de seu exame de sangue e/ou cintilografia do corpo total, tal que seu médico possa achar quaisquer células cancerosas da tireoide que possam eventualmente estar em seu corpo. Para o tratamento do câncer da tireoide, Thyrogen é administrado usando 2 injeções, uma delas ocorre um dia antes da sua dose de iodo radioativo e até alguns dias antes da cintilografia.

Quais as contraindicações do Thyrogen?

Não use Thyrogen se tiver sofrido qualquer reação alérgica grave à alfatirotropina ou a qualquer componente do medicamento. Os riscos e os benefícios da continuidade do seu tratamento, nesses casos, deverão ser cuidadosamente avaliados pelo seu médico.

Se você não tem certeza de que você já utilizou Thyrogen, fale com seu médico.

Como usar o Thyrogen?

Seu médico lhe dará duas injeções de Thyrogen no músculo da nádega. A segunda injeção lhe será dada um dia após a primeira injeção.

Um paciente envolvido num estudo clínico teve Thyrogen administrado na veia e apresentou náusea grave, vômito, suor em grande quantidade, pressão baixa e aumento dos batimentos do coração.

Seu médico decidirá qual a dose mais adequada. Thyrogen deverá ser reconstituído com água estéril para injeção.

Mantenha as consultas com o seu médico.

É importante tomar as suas injeções de Thyrogen nos horários em que seu médico lhe disse. Isto assegurará de que há uma quantidade correta de Thyrogen no seu corpo para que os exames de detecção de células cancerosas sejam precisos. Também é importante que a quantidade correta de Thyrogen esteja presente quando você realizar seu tratamento com iodo radioativo após a sua cirurgia da tireoide.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Thyrogen?

Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de Thyrogen.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Thyrogen?

Antes de usar Thyrogen:

  • Diga ao seu médico se você apresentou, em tratamentos anteriores, reação alérgica grave ou dificuldade de respirar.
  • Diga ao seu médico se você tem alergias a quaisquer outros medicamentos ou a quaisquer outras substâncias, tais como alimentos, conservantes ou corantes.
  • Diga ao seu médico se você tem doença do coração.

Considerações antes da administração de Thyrogen

O uso de Thyrogen deve ser supervisionado por médicos com conhecimento no atendimento de pacientes com câncer de tireoide. Thyrogen deve ser administrado somente no músculo. Não deve ser administrado na veia.

Caso você já tenha feito tratamento com TSH bovino, especialmente se você apresentou reações alérgicas ao mesmo, seu médico deverá ter maior cautela.

Sabe-se que Thyrogen pode causar um aumento passageiro, porém significativo, dos níveis de hormônio da tireoide no sangue, quando aplicado em pacientes que permanecem com quantidades ainda grandes de tecido tireoidiano no corpo. Se ainda restou uma parte significativa de sua tireoide após a cirurgia, seu médico deverá avaliar a relação entre os riscos e os benefícios de utilizar Thyrogen em você.

Devido à elevação dos níveis de TSH após a administração de Thyrogen, os pacientes com câncer de tireoide, com doença metastática, particularmente em espaços confinados (por exemplo, cérebro, coluna vertebral, órbita (cavidade onde está inserido o olho) ou tecidos moles do pescoço) podem estar sujeitos a inchaço ou hemorragia no local destas metástases. Por isso seu médico poderá considerar um pré-tratamento com corticosteróides, antes da administração de Thyrogen, caso a expansão do tumor local possa comprometer estruturas anatômicas vitais.

Dois grandes estudos clínicos comparam o uso de 30mCi contra 100mCi em pacientes preparados para ablação (remoção total ou quase total da tireoide) utilizando Thyrogen ou retirada do hormônio da tireoide. A eficácia da ablação do tecido remanescente foi alta e comparável para 30mCi ou 100mCi, tanto na estimulação por TSH com Thyrogen ou na retirada do hormônio da tireoide. Os dados a longo prazo dos estudos confirmaram resultados semelhantes para pacientes em todos os quatro grupos de tratamento. Houve menor incidência de reações adversas no grupo de pacientes que receberam 30mCi + Thyrogen do que grupo 100mCi + Thyrogen ou retirada do hormônio da tireoide.

Vários fatores contribuem na decisão sobre qual concentração de 131I deva ser administrada para um dado paciente, tais como tamanho do tecido remanescente e o risco percebido de reaparecimento do câncer de tireoide (por exemplo, em função da idade do paciente, tipo de tumor primário e sua dimensão, extensão da doença). Altas concentrações de iodo radioativo podem estar associadas a mais complicações no tratamento, tais como dor e inchaço das glândulas salivares, boca seca persistente, olhos secos ou paladar alterado. Seu médico avaliará os riscos e benefícios para a determinação da concentração de 131I para alcançar a ablação remanescente.

Considerações após o uso de Thyrogen

Nos estudos realizados, a combinação da cintilografia de corpo inteiro e dosagem de tireoglobulina (hormônio da tireoide) após o uso de Thyrogen aumentou a taxa de detecção para tecidos que restaram da tireoide ou câncer, quando comparado a exames de forma isolada. Portanto, podem ocorrer resultados falso-negativos com o uso de Thyrogen. Se ainda houver grande suspeita sobre a existência da doença metastática, o seu médico solicitará outros testes para confirmar.

Gravidez e lactação

Informe seu médico se você está grávida ou pretende engravidar.

Thyrogen pode ser perigoso para o feto. Seu médico discutirá os possíveis riscos e benefícios do uso de Thyrogen durante a gravidez.

Informe seu médico se você está amamentando.

Não se sabe se Thyrogen passa para o leite materno. Seu médico discutirá os possíveis riscos e benefícios de usar Thyrogen durante a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso em pacientes idosos

Em estudos clínicos, nenhuma diferença foi encontrada entre pacientes abaixo de 65 anos e pacientes acima desta idade.

Se você tiver mais de 65 anos, tiver problemas cardíacos e não tiver uma remoção total ou subtotal da glândula tireoide, por favor, consulte seu médico antes de iniciar o tratamento com Thyrogen.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia do uso de Thyrogen em pacientes abaixo de 18 anos não foram estudadas.

Insuficiência renal

Informações pós-comercialização sugerem que a eliminação de Thyrogen do organismo é mais vagarosa em pacientes com insuficiência renal crônica que dependem de diálise, o que resulta em aumento prolongado dos níveis de TSH no sangue. Este aumento pode ser observado por até duas semanas após o tratamento, o que pode causar mais dor de cabeça e enjôo. Não foram realizados estudos sobre doses alternativas de Thyrogen nestes pacientes para orientar a redução da dose nos mesmos. Caso você tenha insuficiência renal significativa, a concentração de 131I deve ser cuidadosamente selecionada pelo médico nuclear.

Efeito na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas

Não há informações até o momento.

Exames de laboratório aplicáveis para o monitoramento (acompanhamento)

Não existem exames específicos indicados para monitoramento de rotina dos pacientes com câncer de tireoide após receber Thyrogen. Por exemplo, a medição de rotina dos níveis de TSH no soro não é recomendada, pois pode causar confusão para alguns médicos que estavam acostumados a ver níveis de TSH maiores que 25µU/mL em pacientes hipotireoideos com câncer. Claro que os níveis de TSH no soro dos pacientes podem cair vários dias após a injeção, mas isso não afeta a utilidade de Thyrogen no câncer.

Este medicamento pode causar doping devido à presença de manitol.

Abuso e dependência

Não há relatos de abuso ou dependência de pacientes com Thyrogen.

Sensibilidade cruzada

Não foi observada sensibilidade cruzada com Thyrogen.

Efeitos carcinogênicos, alterações genéticas e danos à fertilidade

Nenhum estudo foi efetuado para avaliar os efeitos de Thyrogen sobre os riscos de câncer, genéticos ou da fertilidade.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Thyrogen?

Diga ao seu médico, tão logo quanto possível, se você não se sentiu bem após tomar Thyrogen.

Thyrogen pode ter eventos adversos indesejáveis num pequeno número de pessoas. Todos os medicamentos podem ter eventos adversos. Algumas vezes, estes podem ser sérios, mas na maioria das vezes não são. Você pode precisar de atenção médica urgente, caso sofra estes efeitos.

Converse com seu médico sobre qualquer dúvida que você possa ter.

Os eventos adversos mencionados são derivados da farmacovigilância pós-comercialização e estudos clínicos.

As porcentagens na tabela abaixo representam reações adversas experimentadas por 481 pacientes que participaram em um total de 6 estudos clínicos de Thyrogen:

4 estudos para uso diagnóstico e 2 para ablação (remoção cirúrgica da tireoide). A maioria dos pacientes recebeu duas injeções de 0,9 mg de alfatirotropina por via intramuscular, com intervalo de 24 horas.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que usaram o produto)

  • Náusea.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que usam este produto)

  • Dor de cabeça, cansaço, vômito, tontura e astenia (fraqueza).

Em adição, reações adversas incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) relatadas em pelo menos 2 pacientes em estudos clínicos incluíram gripe, parestesia (dormência/formigamento), sensação de calor, ageusia (perda do paladar), diarreia, disgeusia (paladar distorcido) e dor no pescoço.

Thyrogen pode causar, em até 48 horas após o uso, sintomas semelhantes a gripe, que podem incluir febre (maior que 38ºC), tremores/calafrios, dor muscular/dor nas juntas, fadiga/ fraqueza/desconforto e dor de cabeça (não focal) e calafrios.

Manifestações de hipersensibilidade ao Thyrogen, como urticária (placas vermelhas que coçam), erupções (pequenas bolhas vermelhas na pele), prurido (coceira), vermelhidão e sintomas respiratórios não foram comumente relatadas em pacientes com doença avançada.

Nos estudos clínicos, nenhum paciente desenvolveu anticorpos à alfatirotropina, mesmo após uso único ou repetido do produto.

Aumento do tecido restante da tireoide ou das metástases pode ocorrer após o uso de Thyrogen. Isso pode levar a sintomas que dependem da localização do tecido, por exemplo: hemiplegia (paralisia de um dos lados do corpo), hemiparestesia (dormência em um dos lados do corpo) ou perda da visão ocorreram em pacientes com metástase no sistema nervoso central. Inchaço na laringe, dor no local da metástase, dificuldade de respiração, que necessitou traqueostomia (abertura cirúrgica da traquéia), também foram relatados após o uso de Thyrogen.

Seu médico pode considerar um pré-tratamento com corticosteroides caso a expansão do tumor local possa comprometer as estruturas vitais do corpo.

Informe seu médico imediatamente se você notar qualquer um dos seguintes efeitos colaterais (ou vá para o pronto socorro do hospital mais próximo):

  • Voz rouca e dificuldade na fala; dificuldade de respirar; respiração ruidosa; vermelhidão com coceira ou urticárias.

Raramente, inchaço da garganta, perda da visão, início repentino de dor severa ou mudança repentina na sua saúde e bem estar podem ocorrer dentro de 72 horas do tratamento com Thyrogen.

Estes são todos eventos adversos muito sérios. Você pode necessitar de cuidados médicos urgentes imediatamente ou de hospitalização. Estes efeitos colaterais são muito raros.

No período pós-comercialização, os dados de reações adversas de pacientes que receberam Thyrogen como um tratamento para auxiliar o iodo radioativo a matar células cancerosas nos tecidos remanescentes da tireoide, e de pacientes que receberam Thyrogen com finalidade diagnóstica, são similares aos dados de reações adversas de estudos clínicos. Estas reações adversas incluem dor de cabeça, cansaço, vômito, tontura, parestesia (dormência/formigamento), astenia (fraqueza), diarreia e reações no local da injeção (por exemplo, desconforto, dor e coceira no local da injeção).

Casos muito raros de derrame foram reportados na experiência de pós-comercialização.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Thyrogen

Dois frascos-ampola com pó liofilizado para solução injetável.

Cada frasco-ampola contém 1,1 mg de alfatirotropina, com uma dose extraível de 0,9 mg/mL, após reconstituição.

Uso intramuscular.

Uso adulto.

Qual a composição do Thyrogen?

Cada frasco-ampola contém:

1,1 mg de alfatirotropina, com uma dose extraível de 0,9 mg após reconstituição.

Excipientes: manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado e cloreto de sódio.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Thyrogen maior do que a recomendada?

Se você pensar que seu médico pode ter lhe dado quantidade excessiva de Thyrogen por favor, contate o consultório de seu médico imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Thyrogen com outros remédios?

Nenhum estudo formal foi efetuado sobre interações medicamentosas entre Thyrogen e outros medicamentos. Nos estudos clínicos, não foi observada nenhuma interação entre Thyrogen e os hormônios da tireoide, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), quando administrados simultaneamente.

O uso de Thyrogen permite a realização de cintilografia com iodo radioativo enquanto os pacientes permanecem eutireoideos em T3 e/ou T4. Os dados de cinética do iodo radioativo indicam que a depuração do mesmo é, aproximadamente, 50% maior nos pacientes em eutireoidismo do que durante o estado de hipotireoidismo, então resultando em menor retenção de iodo no corpo na hora da imagem. Esta diferença na depuração do iodo radioativo é causada pela diminuição da função renal no estado hipotireoideo. Este fator deve ser considerado ao se selecionar a dose do iodo radioativo para uso em métodos de imagem.

Interações entre Medicamento/Alimento

Não é conhecida.

Incompatibilidades farmacêuticas

O material da injeção não deve ser misturado com outras substâncias.

Medicamento/ Exames laboratoriais

Em estudos clínicos, o padrão de referência para se determinar se os pacientes possuem tecidos remanescentes de tireoide ou presença de câncer foi a Tg em hipotireoidismo ≥ 2,0 ng/mL e/ou uma cintilografia em hipotireoidismo (tanto diagnóstica, quanto pós-terapia). Esta análise avaliou se o teste de Tg após a administração de Thyrogen melhorou a sensibilidade do diagnóstico em pacientes com Tg negativa na supressão de hormônio da tireoide (TSHT) usando um limite de 2,0 ng/mL. Deve-se notar que os níveis de Tg com Thyrogen são, geralmente, menores que os níveis de Tg em hipotireoidismo e então os médicos poderão necessitar utilizar um nível de limite de Tg mais baixo ao utilizar Thyrogen do que o que seria usado com a Tg em hipotireoidismo.

Interações entre o medicamento e plantas medicinais

Não são conhecidas.

Interações entre o medicamento e substâncias químicas, particularmente álcool e nicotina.

Não são conhecidas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Thyrogen?

Resultados de Eficácia


Lactentes que apresentam deficiência de LAL

O LAL-CL03 foi um estudo multicêntrico, aberto e de braço único de Alfassebelipase em 9 pacientes com deficiência de LAL com falha no crescimento ou outros indícios de doença rapidamente progressiva antes dos 6 meses de idade. Os pacientes apresentavam também doença hepática rapidamente progressiva e hepatoesplenomegalia grave. A faixa etária para admissão no estudo era de 1-6 meses. Os pacientes receberam Alfassebelipase a 0,35 mg/kg uma vez por semana durante as primeiras 2 semanas e depois 1 mg/kg uma vez por semana. Com base na resposta clínica, o aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana verificou-se logo ao fim de 1 mês e até 20 meses após o início do tratamento a 1 mg/kg. Foi permitido um aumento adicional progressivo da dose para 5 mg/kg uma vez por semana. A eficácia foi avaliada comparando a experiência de sobrevida de pacientes tratados com Alfassebelipase que sobreviveram por mais de 12 meses de idade no LAL-CL03 com um grupo histórico de lactentes não tratados que apresentavam deficiência de LAL com características clínicas semelhantes.

No LAL-CL03, 6 de 9 lactentes tratados com Alfassebelipase sobreviveram mais de 12 meses (67% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 30% a 93%). Com o tratamento continuado por mais de 12 meses de idade, 1 paciente adicional faleceu aos 15 meses de idade. No grupo histórico, 0 de 21 pacientes sobreviveu mais de 8 meses de idade (0% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 0% a 16%). Alfassebelipase em doses até 1 mg/kg uma vez por semana resultou em melhorias dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e aumento de peso nas primeiras semanas de tratamento. Da linha basal até à semana 48, as reduções médias de ALT e AST foram -34,0 U/l e -44,5 U/l, respetivamente. O aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana foi associado a melhorias adicionais no aumento de peso, linfadenopatia e albumina sérica. Da linha basal até à semana 48, o percentil de peso médio para a idade melhorou de 12,74% para 29,83% e os níveis médios de albumina sérica aumentaram de 26,7 g/l para 38,7 g/l. Um lactente foi tratado com 5 mg/kg uma vez por semana no LAL-CL03; não foram notificadas reações adversas novas com esta dose. Na ausência de mais dados clínicos, esta dose não é recomendada.

Crianças e adultos com deficiência de LAL

O LAL-CL02 foi um estudo multicêntrico, duplo cego e controlado por placebo em 66 crianças e adultos com deficiência de LAL. Os pacientes foram aleatorizados para receberem Alfassebelipase a uma dose de 1 mg/kg (n=36) ou placebo (n=30) uma vez de duas em duas semanas durante 20 semanas no período duplo cego. A faixa etária no momento da randomização era dos 4 aos 58 anos de idade (71% tinham < 18 anos de idade). Para a admissão no estudo, os pacientes tinham de apresentar níveis de ALT ≥1,5 vezes o limite superior do normal (LSN). A maioria dos pacientes (58%) tinha colesterol LDL > 190 mg/dl no momento da admissão no estudo e 24% dos pacientes com colesterol LDL > 190 mg/dl estavam tomando medicamentos para baixar os lípidos. Dos 32 pacientes que fizeram uma biópsia de fígado no momento da admissão no estudo, 100% tinham fibrose e 31% tinham cirrose. A faixa etária dos pacientes com indícios de cirrose na biópsia era dos 4 aos 21 anos de idade.

Foram avaliados os seguintes parâmetros de avaliação final:

Formalização da ALT, diminuição do colesterol LDL, diminuição do colesterol não HDL, normalização da AST, diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol HDL, diminuição do teor de gordura no fígado avaliado por imagem por ressonância magnética - eco de gradiente multi-eco (MEGE-MRI) e melhoria da esteatose hepática medida por morfometria. Observou-se uma melhoria estatisticamente significativa em vários parâmetros de avaliação final no grupo tratado com Alfassebelipase em comparação com o grupo de placebo na conclusão do período de 20 semanas de duplo cego do estudo, como apresentado na Tabela 3. A redução absoluta do nível médio de ALT foi de - 57,9 U/l (-53%) no grupo tratado com Alfassebelipase e -6,7 U/l (-6%) no grupo de placebo.

Tabela 3: Parâmetros de avaliação final primários e secundários de eficácia no LALCL02

a Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34 ou 43 U/l, em função da idade e do sexo.
b Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34-59 U/l, em função da idade e do sexo. Avaliada em pacientes com valores anormais na linha basal (n=36 para o Alfassebelipase; n=29 para o placebo).
c Avaliado em pacientes com avaliações efetuadas por MEGE-MRI (n=32 para o Alfassebelipase; n=25 para o placebo).
d Os valores de P são do teste exato de Fisher para os parâmetros de avaliação final de normalização e do teste de soma de postos Wilcoxon para todos os outros parâmetros de avaliação final.

Estiveram disponíveis biópsias de fígado emparelhadas na linha basal e na semana 20 num subgrupo de pacientes (n=26). Dos pacientes com biópsias de fígado emparelhadas, 63% (10/16) dos pacientes tratados com Alfassebelipase melhoraram da esteatose hepática (pelo menos ≥ 5% de redução) medida por morfometria em comparação com 40% (4/10) dos pacientes a receber placebo. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. Período aberto Sessenta e cinco de 66 pacientes entraram no período aberto (até 130 semanas) com uma dose de Alfassebelipase de 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas.

Nos pacientes que tinham recebido Alfassebelipase durante o período de duplo cego, as reduções dos níveis de ALT durante as primeiras 20 semanas de tratamento mantiveram-se e observaram-se melhorias adicionais nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Quatro (4) de 65 pacientes no período aberto tiveram um aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez de duas em duas semanas com base na resposta clínica. Os pacientes que receberam placebo apresentaram níveis séricos persistentemente elevados de transaminases e níveis séricos anormais de lípidos durante o período de duplo cego. Consistente com o que foi observado nos pacientes tratados com Alfassebelipase durante o período de duplo cego, o início do tratamento com Alfassebelipase durante o período aberto produziu melhorias rápidas nos níveis de ALT e nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Num estudo aberto separado (LAL-CL01/LAL-CL04) em pacientes adultos com deficiência de LAL, as melhorias nos níveis séricos de transaminases e lípidos foram sustentadas durante o período de tratamento de 104 semanas.

População pediátrica

Cinquenta e seis de 84 pacientes (67%) que receberam Alfassebelipase durante os estudos clínicos (LAL-CL01/LAL-CL04, LAL-CL02 e LAL-CL03) pertenciam à faixa etária pediátrica e adolescente (1 mês até 18 anos de idade).

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Outros produtos do trato alimentar e metabolismo, enzimas; código ATC: A16AB14.

Deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)

A deficiência de LAL é uma doença rara associada a morbidade e mortalidade significativas, que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta. A deficiência de LAL nos lactentes é uma emergência médica com rápida progressão da doença ao longo de um período de semanas, tipicamente fatal nos primeiros 6 meses de vida. A deficiência de LAL é uma doença autossômica recessiva de armazenamento lisossomal caracterizada por um defeito genético que resulta numa diminuição acentuada ou perda de atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL). A atividade deficiente da enzima LAL resulta no acúmulo lisossomal de ésteres do colesterol e triglicérides.

No fígado, este acúmulo conduz a hepatomegalia, teor de gordura no fígado aumentado, elevação das transaminases indicativo de lesão crônica do fígado e progressão para fibrose, cirrose e complicações de doença hepática em fase terminal. No baço, a deficiência de LAL resulta em esplenomegalia, anemia e trombocitopenia. O acúmlo de lípidos na parede do intestino conduz a má absorção e falha no crescimento. A dislipidemia é frequente com o LDL e os triglicérides elevados e o HDL baixo, associados ao teor de gordura aumentado no fígado e às elevações das transaminases. Além da doença hepática, os pacientes com deficiência de LAL têm um risco aumentado de doença cardiovascular e aterosclerose acelerada.

Mecanismo de ação

A Alfassebelipase é uma lipase ácida lisossomal humana recombinante (rhLAL). A Alfassebelipase liga-se aos recetores da superfície celular através de glicanos expressos na proteína e é subsequentemente internalizada nos lisossomas. A Alfassebelipase catalisa a hidrólise lisossomal dos ésteres do colesterol e triglicérides para colesterol livre, glicerol e ácidos graxos livres. A substituição da atividade da enzima LAL conduz a reduções do teor de gordura no fígado e das transaminases, e ativa o metabolismo dos ésteres do colesterol e triglicérides no lisossoma, conduzindo a reduções do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol de lipoproteínas não de alta densidade, triglicérides e aumentos do colesterol HDL. A melhoria do crescimento ocorre em resultado da redução de substratos no intestino.

Propriedades farmacocinéticas

Crianças e adultos

A farmacocinética da Alfassebelipase em crianças e adultos foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população de 65 pacientes com deficiência de LAL que receberam infusões intravenosas de Alfassebelipase a 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas no LAL-CL02. Vinte e quatro pacientes tinham idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, 23 tinham idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e 18 tinham idade ≥ 18 anos (Tabela 4). Com base numa análise não compartimental de dados de adultos (LAL-CL01/LAL-CL-04), a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg. Não se observou acúmulo a 1 mg/kg (uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas) ou 3 mg/kg uma vez por semana.

Tabela 4: Parâmetros farmacocinéticos médios da população

* Semana 22 para os pacientes a receber placebo reinicializada para Semana 0, isto é, primeira semana de tratamento ativo.
AUCss = Área sob a curva de concentração plasmática-tempo em estado estacionário.
Cmax = Concentração máxima.
Tmax = Tempo até à concentração máxima.
CL = Depuração. 
Vc = Volume central de distribuição.
T½ = Semivida.

Lactentes (< 6 meses de idade)

No LAL-CL03, a Alfassebelipase foi eliminada da circulação sistêmica com um T½ mediana de 0,1 h (intervalo: 0,1-0,2) à dose de 3 mg/kg uma vez por semana (n = 4). A diferença em exposições à Alfassebelipase entre os grupos que receberam 0,35 mg/kg e 3 mg/kg uma vez por semana foi mais do que proporcional à dose, com um aumento de 8,6 vezes da dose, resultando num aumento de 9,6 vezes da exposição para a AUC e um aumento de 10,0 vezes para a Cmax.

Linearidade/não linearidade

Com base nestes dados, a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg.

Populações especiais

Durante a análise de covariáveis do modelo de farmacocinética da população para a Alfassebelipase, constatou-se que a idade, o peso corporal e o sexo não tinham uma influência significativa na CL e no Vc da Alfassebelipase. A Alfassebelipase não foi investigada em pacientes com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos ou em pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. As informações sobre a farmacocinética da Alfassebelipase em grupos étnicos não caucasianos são limitadas. A Alfassebelipase é uma proteína e prevê-se que seja metabolicamente degradada através de hidrólise péptica. Consequentemente, não se prevê que a função hepática comprometida afete a farmacocinética da Alfassebelipase.

Para os pacientes com comprometimento hepático grave existe falta de dados. A eliminação renal da Alfassebelipase é considerada uma via menor para a depuração. Para os pacientes com comprometimento renal existe falta de dados. As informações sobre o impacto de anticorpos antifármaco na farmacocinética da Alfassebelipase são limitadas.

Como devo armazenar o Thyrogen?

Thyrogen deve ser armazenado sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Se necessário, a solução reconstituída pode ser armazenada por até 24 horas sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Thyrogen é um pó branco a esbranquiçado, esterilizado e não pirogênico (não contém substâncias produzidas por bactérias) antes de ser preparado para injeção. O profissional de saúde deve misturar gentilmente todo conteúdo do frasco através de movimentos circulares até que todo material esteja dissolvido. A solução não deve ser agitada vigorosamente. Após reconstituição com água para injetáveis, é uma solução clara e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Thyrogen

Venda sob prescrição médica.

MS 1.8326.0330

Farm. Resp.:
Ricardo Jonsson
CRF -SP nº 40.796

Registrado e Importado por:
Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 - Suzano– SP
CNPJ 10.588.595/0010-92
®Marca registrada
Indústria Brasileira

Fabricado por:
Genzyme Ireland Limited.
Waterford, Irlanda

Embalado por:
Genzyme Corporation
Northborough, MA, EUA

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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 10 de Julho de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 10 de Julho de 2024.

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