Bula do Tevavinor
Princípio Ativo: Tartarato de Vinorelbina
Tevavinor, para o que é indicado e para o que serve?
O medicamento é indicado no carcinoma de pulmão não de pequenas células e no carcinoma de mama.
Como o Tevavinor funciona?
Após a administração intravenosa a vinorelbina apresenta uma cinética trifásica. A meia-vida média da fase terminal é de 40 horas.
Quais as contraindicações do Tevavinor?
O medicamento é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade à vinorelbina.
Também é contra-indicado em pacientes com granulocitopenia (contagem de granulócitos menor que 1000 células/mm3) e pacientes com insuficiência hepática grave. A administração intratecal pode ser fatal.
Como usar o Tevavinor?
Tevavinor (tartarato de vinorelbina) deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa.
Em monoterapia
A dose habitual é de 25 a 30mg/m2, administrada uma vez por semana e ajustada de acordo com a tolerabilidade hematológica.
Em poliquimioterapia
A dose e a freqüência são definidas em função do protocolo a ser seguido.
Obs: A dose calculada deve ser diluída em solução fisiológica e infundida em um período curto de tempo, aproximadamente 15 a 20 minutos. A administração deve ser seguida de lavagem abundante da veia por solução fisiológica. No caso de ocorrer extravasamento do medicamento no tecido adjacente à veia, é conveniente interromper a infusão e administrar o restante da dose em outra veia. Em caso de contato com os olhos deve-se lavá-los imediata e abundantemente. Em pacientes com insuficiência hepática a dose deve ser reduzida.
Quais cuidados devo ter ao usar o Tevavinor?
O tratamento com tartarato de vinorelbina deve ser efetuado sob rigoroso controle hematológico (determinação da taxa de hemoglobina, do número de leucócitos e granulócitos) antes de cada administração. Em caso de granulocitopenia (<2000/mm3), deve-se adiar a administração até a normalização e acompanhar o paciente cuidadosamente.
Em caso de insuficiência hepática é conveniente reduzir a posologia.
O extravasamento do medicamento pode causar necrose do tecido e/ou tromboflebite.
Gravidez e lactação
Há evidências positivas de dano fetal em humanos.
Categoria D de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Pacientes idosos
Com base na farmacocinética, a redução da dosagem em pacientes acima de 65 anos, sem alteração na função hepática e renal, não é necessária.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tevavinor?
Sistema hematopoietico
A granulocitopenia é a reação mais freqüente da vinorelbina e é dose limitante. Neutropenia foi observada em 14% a 52% dos pacientes tratados semanalmente com vinorelbina. Freqüentemente pode ocorrer anemia, mas com intensidade moderada. Raramente ocorre trombocitopenia.
Sistema gastrintestinal
Diarréia leve a moderada é observada em menos de 20% dos pacientes. Náusea leve a moderada ocorre em 34% dos pacientes; náusea grave é observada em menos de 2% dos pacientes. Constipação ocorre em 29% dos pacientes. Vômitos, anorexia e estomatite foram observados em menos de 20% dos pacientes e íleo paralítico em menos de 1% dos pacientes. Obstrução intestinal, necrose e/ou perfuração também foram observados.
Sistema respiratório
São infreqüentes os casos de dispnéia aguda e broncoespasmo severo após a administração de vinorelbina.
Sistema dermatológico
Alopecia leve a moderada tem sido reportada em 35% dos pacientes. O extravasamento pode resultar em necrose do tecido e/ou tromboflebite. Rash cutâneo tem ocorrido em menos de 5% dos pacientes. Eritrodisestesia palmo-plantar foi relatada com o uso de vinorelbina após longos períodos de infusão. Reações cutâneas locais ou venosas tais como dor no local da injeção, dor venosa e tromboflebite ocorreram em 5% a 10% dos pacientes que receberam infusões rápidas (20 minutos).
Sistema endócrino
Síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético foi observada em menos de 1% dos pacientes.
Sistema musculoesquelético
Dor na mandíbula foi reportada em menos de 5% dos pacientes. Mialgia, artralgia e fraqueza muscular também foram reportadas.
Sistema renal
Cistite hemorrágica foi relatada em menos de 1% dos pacientes.
Sistema hepático
Elevações do nível de alanina aminotransferase e fosfatase alcalina foram raramente reportados (menos de 2% dos ciclos).
Sistema cardiovascular
Infarto agudo de miocárdio foi reportado após a administração de vinorelbina. A vinorelbina deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de doenças coronárias.
Sistema imunológico
Reações do tipo alérgica têm sido reportadas ocasionalmente.
Sistema nervoso
As neuropatias periféricas mais freqüentes são perda dos reflexos osteotendinosos, parestesia e hiperestesia.
Qual a composição do Tevavinor?
Cada mL da solução contém:
Tartarato de vinorelbina |
10,0 mg |
Veículo q.s.p. |
1 mL |
Veículo: água para injeção.
Apresentação do Tevavinor
Solução injetável
- Embalagem contendo 1 frasco-ampola de solução injetável com 1 mL - 10mg;
- Embalagem contendo 1 frasco-ampola de solução injetável com 5 mL - 50mg.
Uso intravenoso.
Uso adulto.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tevavinor maior do que a recomendada?
Não há antídoto conhecido para a superdose de vinorelbina. A conseqüência maior de uma superdosagem é o aparecimento de granulocitopenia grave com risco de superinfecção, que pode comprometer o prognóstico do paciente.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tevavinor com outros remédios?
Reações pulmonares agudas têm sido reportadas com o uso concomitante de vinorelbina e mitomicina. Pode ocorrer um aumento da incidência de granulocitopenia caso a vinorelbina seja usada concomitantemente com cisplatina. Pacientes recebendo vinorelbina e paclitaxel, concomitante ou seqüencialmente, devem ser monitorizados quanto aos sinais de neuropatia. Deve-se ter cautela na administração concomitante de vinorelbina e fármacos inibidores do citocromo P450 devido ao risco de aumento na severidade das reações adversas.
Qual a ação da substância do Tevavinor?
Resultados de Eficácia
Uso em Idosos e outros grupos de risco
Administração em idosos
Um estudo sobre vinorelbina oral em pacientes idosos (> 70 anos) com câncer de pulmão de células nãopequenas demonstrou que a idade não influi sobre a farmacocinética da vinorelbina. Embora a experiência clínica não tenha identificado diferenças relevantes em pessoas de idade avançada, não se pode descartar uma maior sensibilidade em algumas dessas pessoas.
Administração em crianças
A segurança e eficácia não foram estabelecidas e a administração não é recomendada.
Insuficiência renal e hepática.
Os efeitos de disfunção renal com depósitos de vinorelbina não foram relatados. No entanto, a redução da dose em casos de função renal diminuída não é indicada devido à baixa eliminação renal, portanto para pacientes com comprometimento da função renal, não há necessidade de ajuste da dose.
Em um primeiro estudo, foram relatados os efeitos de comprometimento hepático sobre a farmacocinética da vinorelbina. Este estudo foi realizado em pacientes com metástase hepática em virtude de câncer de mama, e concluiu-se que uma alteração no clearance médio de vinorelbina só foi observada quando mais que 75% do fígado estava envolvido. Um estudo farmacocinético de Fase I com dose ajustada foi conduzido em pacientes neoplásicos com disfunção hepática: 6 pacientes com disfunção moderada (Bilirrubina < 2 x UNL e transaminase < 5 x UNL) tratados com até 25 mg/m², e 8 pacientes com disfunção grave (Bilirrubina > 2 x UNL e/ou transaminase > 5 x UNL) tratados com até 20 mg/m².
O clearance total médio nestes dois subconjuntos de pacientes foi semelhante àquele observado em pacientes com função hepática normal. No entanto, a farmacocinética de vinorelbina não se modifica em pacientes que apresentam insuficiência hepática grave ou moderada.
Mantendo uma abordagem conservadora, sugere-se que a dose seja reduzida em 33 % e os parâmetros hematológicos minuciosamente verificados em pacientes com disfunção hepática grave, já que a dose máxima dada neste subconjunto de pacientes foi de 20 mg/m².
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Tartarato de Vinorelbina é uma droga antineoplásica, da família dos alcalóides da vinca, porém ao contrário de todos os demais alcalóides da vinca, o radical catarantina da Vinorelbina foi estruturalmente modificado. A nível molecular, a vinorelbina age no equilíbrio dinâmico da tubulina no aparelho microtubular da célula. Inibe a polimerização de tubulina e se liga preferencialmente aos microtúbulos mitóticos, afetando os microtúbulos axonais somente em alta concentração.
A indução espiralizante da tubulina é menor do que a que é produzida pela vincristina. estas caracteristicas conferem à vinorelbina a eficácia desejada com menor toxicidade neurológica. Vinorelbina bloqueia a mitose em fase G2 + M provocando a morte celular em interfase ou na mitose seguinte.
Propriedades farmacocinéticas
Os parâmetros farmacocinéticos de vinorelbina foram avaliados no sangue.
Distribuição
O volume constante de distribuição é amplo, em média 21,2 L.kg-1 (variação 7,5-39,7 L.kg-1 ), o que indica extensa distribuição tecidual. A ligação com proteínas plasmáticas é baixa (13,5%). No entanto, a vinorelbina se liga intensamente com as células sanguíneas, em especial, com as plaquetas (78%).
Há recaptação expressiva de vinorelbina nos pulmões, conforme mostrado por biópsias pulmonares, o que revelou uma concentração de até 300 vezes superior àquela encontrada no soro. A vinorelbina não é encontrada no sistema nervoso central.
Metabolismo
A vinorelbina é metabolizada principalmente pelo citrocromo P450 3A4. Todos os metabólitos foram identificados e nenhum é ativo, exceto o 4-O-diacetil-vinorelbina, que é o metabólito principal no sangue. Não foram encontrados conjugados sulfônicos ou glicurônicos.
Eliminação
A meia vida terminal média da vinorelbina é de aproximadamente 40 horas. O clearance sanguíneo é alto, aproximando-se do fluxo sanguíneo hepático, e é 0,72 L.h-1.kg-1 em média (variação: 0,32 - 1,26 L.h-1.kg-1 ). A eliminação renal é baixa (<20% da dose intravenosa administrada) e consiste principalmente em compostos da mesma origem. A excreção biliar é a principal rota de eliminação dos metabólitos e da vinorelbina não modificada, que é a principal substância recuperada.
Relação farmacocinética-farmacodinâmica
Foi demonstrada uma forte relação entre a exposição do sangue à vinorelbina e a redução de leucócitos ou polimorfonucleares.
Como devo armazenar o Tevavinor?
Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2°C e 8°C).
Prazo de validade
Tevavinor (tartarato de vinorelbina) apresenta prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, desde que respeitados os cuidados de armazenamento. Não use medicamentos após o vencimento do prazo de validade.
Dizeres Legais do Tevavinor
MS n°: 1.5573.0003
Farm. Resp.:
Mônica Riyoko Nekozuka
CRF-SP n° 16.970
Fabricado por:
Lemery S.A de C.V
Col. Huichapan
Cidade do México - México
Importado e distribuído por:
Teva Farmacêutica Ltda.
R. Mota Pais, 471 B
São Paulo - SP
CNPJ n° 05.333.542/0001-08
Atendimento ao consumidor:
0800-772-2660
Lote, Fabricação e Validade: vide cartucho.
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Tartarato de Vinorelbina
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 8 de Abril de 2024.
Tevavinor 10mg/mL, caixa com 1 frasco-ampola com 5mL de solução de uso intravenoso
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