Bula do Tasmar
Princípio Ativo: Tolcapona
Classe Terapêutica: Antiparkinsonianos
Tasmar, para o que é indicado e para o que serve?
Tasmar® é um medicamento usado em associação a preparações de levodopa, em pacientes com Doença de Parkinson e flutuações motoras, que não possam ser satisfatoriamente controlados por qualquer dos outros tratamentos disponíveis.
Como o Tasmar funciona?
Tasmar® inibe a enzima COMT (catecol-O-metiltransferase), responsável pela eliminação do organismo de boa parte da levodopa administrada. Desta forma, Tasmar® permite uma redução na dose diária de levodopa e uma melhora da resposta sintomática no tratamento da Doença de Parkinson.
Quais as contraindicações do Tasmar?
Você não deverá tomar Tasmar® se for alérgico ao tolcapona ou a qualquer substância contida no comprimido. Em razão do risco de lesão do fígado, Tasmar® não deverá ser usado por pessoas com doença hepática ou aumento de enzimas hepáticas.
Tasmar® é contraindicado em pessoas com discinesia (distúrbio com movimentos involuntários ou descontrolados) grave ou que já tenham tido Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. (Categoria C)
Como usar o Tasmar?
Tasmar® deve ser administrado sob supervisão de um médico, para ajuste da dose de levodopa administrada concomitantemente e reavaliação periódica, com exames laboratoriais, da segurança e conveniência de seu uso.
Tasmar® é administrado por via oral, três vezes ao dia. A primeira dose do dia deve ser tomada junto com a primeira dose do preparado de levodopa, e as doses subsequentes, aproximadamente 6 e 12 h mais tarde.
Tasmar® pode ser ingerido com ou sem alimentos. Pode ser combinado com todas as formulações de levodopa/benserazida e levodopa/carbidopa. Assim como o efeito de inibição da COMT elevando as concentrações plasmáticas de levodopa pode ocorrer com a primeira dose, também pode ser necessário aumentar a dose de levodopa quando se descontinua a inibição da COMT, logo nos primeiros dias após a interrupção de Tasmar® .
Instruções posológicas especiais
Pacientes com insuficiência hepática e pacientes com evidência de doença hepática e/ou elevação das enzimas hepáticas acima da normalidade não devem ser tratados com Tasmar® .
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal discreta ou moderada. A segurança de Tasmar® não foi avaliada em pacientes com clearance de creatinina inferior a 30 mL/min.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Os benefícios da administração de Tasmar® só são alcançados com a continuidade do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Tasmar?
Se você se esquecer de tomar o medicamento, tome-o assim que puder. Se for quase hora da próxima dose, espere até lá para tomar o remédio e pule a dose esquecida. Não use medicamento extra para compensar uma dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Tasmar?
Em razão do risco de alterações no fígado, é necessário o controle rigoroso de enzimas hepáticas (TGO / AST e TGP / ALT), com exames de sangue regulares:
- No primeiro semestre de tratamento, a cada 2 a 4 semanas. Após os 6 meses, o intervalo do monitoramento periódico deve ser julgado e recomendado pelo médico. Embora, quanto maior a frequência do monitoramento, maiores são as chances de detecção precoce, a programação exata para monitoração é uma questão de julgamento clínico. Embora seja recomendado um programa de monitoramento periódico para evidenciar lesão hepatocelular, não é claro que o monitoramento periódico das enzimas hepáticas prevenirá a ocorrência de hepatite fulminante.
Pode ocorrer aumento de reações adversas associadas à levodopa, como discinesia (movimentos involuntários ou descontrolados) e enjoo.
Pacientes com insuficiência renal grave devem ser tratados com cautela.
Informe seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento com Tasmar®.
Informe seu médico se estiver amamentando. Você não deverá amamentar durante o tratamento com Tasmar® , uma vez que, em estudos com animais, evidenciou-se a excreção de tolcapona no leite.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista (Categoria C).
Não há estudos sobre os efeitos de Tasmar® na habilidade de operar máquinas e dirigir veículos.
Ainda assim, pacientes devem ser advertidos que a habilidade de operar máquinas e dirigir veículos pode estar prejudicada devido aos sintomas da Doença de Parkinson.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tasmar?
Informe seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.
Os eventos adversos mais comumente observados com Tasmar® (tolcapona) são discinesia (movimentos involuntários ou descontrolados), enjoo, distúrbios do sono, anorexia (falta de apetite) e diarreia.
Alteração da coloração da urina
Tolcapona e os produtos de seu metabolismo são amarelos e podem provocar uma intensificação inofensiva na cor da urina do paciente. Casos raros de lesão grave de células do fígado, inclusive com hepatite aguda fulminante, têm sido relatados. Por este motivo, é necessário um controle rigoroso da função hepática, com realização regular de exames de sangue.
Experiência de ensaios clínicos
Os eventos adversos mais comumente observados com o uso de Tasmar® , com incidência superior à do placebo, foram discinesia (movimentos involuntários), náusea, distúrbios do sono, anorexia e diarreia. O único evento adverso que ocasionou descontinuação de Tasmar® , em ensaios clínicos foi diarreia, levando à descontinuação em 5% e 6% nos pacientes, em uso, respectivamente, de 100 mg, 3 vezes ao dia e 200 mg, 3 vezes ao dia, em comparação a 1% de descontinuação nos pacientes em uso de placebo.
Casos isolados de pacientes com sintomas sugestivos de Síndrome Neuroléptica Malígna (SNN) têm sido relatados após redução abrupta ou descontinuação de Tasmar® e outros medicamentos dopaminérgicos concomitantes.
Elevação de transaminases hepáticas
Aumentos na TGP/ALT, de mais de três vezes o limite superior de normalidade, ocorreram em 1% dos pacientes em uso de Tasmar® 100 mg, 3 vezes ao dia e em 3% dos pacientes com 200 mg, 3 vezes ao dia, sendo sua ocorrência aproximadamente duas vezes mais frequente em mulheres. Os aumentos ocorreram em geral 6 a 12 meses após o início do tratamento e não foram associados a quaisquer sinais ou sintomas clínicos. Em cerca de metade dos casos, as transaminases retornaram espontaneamente aos níveis anteriores ao tratamento, sem interrupção do mesmo. Nos demais pacientes, as transaminases se normalizaram após a descontinuação do medicamento.
Experiência pós-comercialização
Casos raros de lesão hepatocelular grave, incluindo hepatite fulminante resultando em morte, têm sido relatados após o lançamento do produto. Casos adicionais isolados de pacientes com sintomas sugestivos de Síndrome Neuroléptica Malígna têm sido relatados, após redução ou descontinuação de Tasmar® , e após introdução de Tasmar®, acompanhada de redução significativa de outros medicamentos dopaminérgicos. Além disso, rabdomiólise secundária a Síndrome Neuroléptica Malígna SNM ou discinesia grave tem sido observada raramente. Sobretudo pacientes em uso de múltiplos medicamentos com efeito em diferentes vias do SNC (por exemplo, inibição ou redução da atividade dopaminérgica, inibição da COMT, inibição da MAO e estimulação serotoninérgica) podem apresentar risco maior de desenvolver Síndrome Neuroléptica Malígna (SNM).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Tasmar
Comprimido revestido 100mg
Embalagem com 30 comprimidos
Uso oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Tasmar?
Cada comprimido revestido de Tasmar® contém:
100 mg de tolcapona.
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, povidona, amidoglicolato de sódio, lactose, talco, estearato de magnésio, hipromelose, óxido de ferro amarelo, etilcelulose, dióxido de titânio, triacetina e laurilsulfato de sódio.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tasmar maior do que a recomendada?
A dose mais elevada de tolcapona administrada em seres humanos foi de 800 mg, 3 vezes ao dia, com e sem levodopa. A concentração plasmática máxima média de tolcapona nesta dose foi de 30 μg/mL (comparada a 3 μg/mL, com 100 mg, 3 vezes ao dia, e 6 μg/mL, com 200 mg, 3 vezes ao dia). Náusea, vômito e tontura foram observados, principalmente em associação com levodopa.
Cuidados em superdose
Hospitalização é aconselhável. Recomendam-se medidas de suporte geral. Com base nas propriedades físico-químicas de tolcapona, é improvável que a hemodiálise seja de utilidade.
Houve um caso cliníco de uma tentativa de suicídio que o paciente ingeriu 10.000 mg e apresentou diarreia após 2 horas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. E notifique a empresa através do seu serviço de atendimento.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tasmar com outros remédios?
Uma vez que Tasmar® é utilizado em combinação com levodopa/benserazida ou levodopa/carbidopa, a informação de prescrição para estes preparados aplica-se também a seu uso concomitante com Tasmar® .
Tasmar® não deve ser administrado em associação com inibidores não seletivos da MAO-Monoamina oxidase (por exemplo, fenelzina e tranilcipromina). Não estão contraindicados os inibidores MAO-B seletivos (por exemplo, a selegilina), assim como os inibidores MAO-A seletivos (como a moclobemida). Entretanto, a combinação de inibidores MAO-A e MAO-B não deve ser administrada com Tasmar® e preparações de levodopa. Tasmar® pode ser ingerido com ou sem alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento (incluindo medicamentos fitoterápicos, homeopáticos, chás).
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Tasmar?
Resultados de Eficácia
Meta-análise da Cochrane em 14 estudos totalizando 2566 pacientes mostrou que, quando administradas nas doses recomendadas, tolcapona melhora o período OFF e ON duas vezes mais do que entacapona. A tolcapona deve ser considerada para todos os pacientes com flutuação motora refratária à entacapona.
Referência:
CNS Neuroscience & Therapeutics 14:83–93, 2008. ‘’Evidence-Based Efficacy Comparison of Tolcapone and Entacapone as Adjunctive Therapy in Parkinson’s Disease’’. Lees AJ.
Características Farmacológicas
Mecanismo de ação
Tolcapona é um inibidor seletivo e reversível da catecol-O-metil-transferase (COMT), ativo por via oral. Quando administrado concomitantemente com levodopa e um inibidor da descarboxilase de aminoácidos aromáticos, proporciona níveis plasmáticos mais estáveis de levodopa, por redução da biotransformação de levodopa em 3-metoxi-4-hidroxil-L-fenilalanina (3-OMD). Acredita-se que a estabilização dos níveis plasmáticos de levodopa resulte em estimulação dopaminérgica cerebral mais constante, produzindo melhora sintomática e possibilitando redução da dose diária de levodopa.
Quando Tolcapona é administrado associado à levodopa, ele aumenta a biodisponibilidade relativa da levodopa em aproximadamente duas vezes, por redução do clearance plasmático total e consequente prolongamento da meia-vida de eliminação da levodopa. Em geral, o pico máximo de concentração plasmática de levodopa (Cmáx), assim como o tempo para sua ocorrência (tmáx),não são afetados. O início do efeito ocorre após a primeira administração e o efeito máximo é alcançado com doses de 100 a 200 mg de tolcapona. Os níveis plasmáticos de 3-OMD são reduzidos acentuadamente, de forma dose-dependente, por tolcapona, quando este é administrado com levodopa/benserazida ou levodopa/ carbidopa. O efeito de tolcapona na farmacocinética da levodopa é semelhante com todas as formulações farmacêuticas de levodopa/benserazida e levodopa/carbidopa.
Como Tolcapona deve ser usado em combinação com levodopa/benserazida ou levodopa/carbidopa, a informação para prescrição das preparações de levodopa aplica-se também a seu uso concomitante com Tolcapona.
Eficácia
Nas doses terapêuticas recomendadas (100 a 200 mg, 3 vezes ao dia), Tolcapona reduziu o período OFF em média aproximadamente 20 a 30 %, em pacientes flutuadores tratados com preparados de levodopa.
Tolcapona permite uma redução significativa no uso de levodopa em pacientes parkinsonianos flutuadores e reduz a necessidade de aumento de levodopa em pacientes não-flutuadores.Em estudos com duração de até 1 ano, tem-se demonstrado que o efeito de Tolcapona se mantém, tanto em flutuadores como em não-flutuadores.
Farmacocinética
Na faixa terapêutica, a farmacocinética de tolcapona é linear e independente da co-administração de levodopa/benserazida ou levodopa/carbidopa.
Absorção
O tolcapona é rapidamente absorvido, com um tmáx de aproximadamente 2 horas. A biodisponibilidade absoluta de uma dose oral é de aproximadamente 65%. O tolcapona não se acumula com administrações repetidas, 3 vezes ao dia, de 100 ou 200 mg. Nestas doses, a Cmáx é de, aproximadamente, 3 μg/mL e 6 μg/mL, respectivamente. A presença de alimentos retarda a absorção de tolcapona, embora a biodisponibilidade relativa de uma dose ingerida com uma refeição seja de 80 a 90%.
Distribuição
O volume de distribuição do tolcapona é pequeno (Vss=9 ), em razão de seu elevado teor de ligação a proteínas plasmáticas (>99,9%). Experiências in vitro demonstram que o tolcapona se liga principalmente à albumina plasmática.
Biotransformação
O tolcapona é quase completamente biotransformado antes da excreção, com apenas pequena quantidade (0,5% da dose) detectada inalterada na urina. A principal via de biotransformação do tolcapona é a conjugação a um glicuronídeo inativo. Além disso, em menor grau, o composto é metilado pela COMT a 3-O-metil-tolcapona e biotransformado, pelo citocromo P450 3A4 e P450 2A6, a um álcool primário, que é subsequentemente oxidado a ácido carboxílico. Após administração oral, 60% dos metabólitos são excretadas na urina e 40% nas fezes.
Eliminação
O tolcapona é um fármaco com baixa taxa de extração (= 0,15), apresentando uma depuração sistêmica de cerca de 7 l/h. O t½ß do tolcapona é de, aproximadamente, 2 horas.
Farmacocinética em populações especiais
Pacientes com insuficiência hepática
Em razão do risco de lesão hepática observado durante a experiência pós-comercialização, Tolcapona é contraindicado em pacientes com doença hepática ou aumento de enzimas hepáticas. Em pacientes com cirrose hepática moderada, a depuração plasmática da fração livre de tolcapona foi reduzida em cerca de 50%. Tal alteração pode dobrar a concentração média da fração livre.
Pacientes com insuficiência renal
Não foram realizados estudos específicos de tolcapona em pacientes com insuficiência renal. Entretanto, a relação entre função renal e a farmacocinética de tolcapona tem sido avaliada por farmacocinética populacional durante os ensaios clínicos. Dados de mais de 400 pacientes, em uma ampla faixa de variação de valores do clearance de creatinina (30-130 mL/min), confirmam que a farmacocinética do tolcapona não é afetada pela função renal. Isto pode ser explicado pelo fato de que apenas uma quantidade desprezível de tolcapona inalterado é excretada na urina e seu principal metabólito, tolcapona-glicuronídeo, é excretado tanto na urina quanto na bile (fezes).
Como devo armazenar o Tasmar?
Conservar em temperatura ambiente (ambiente com temperatura entre 15 e 30ºC).
Tasmar® possui 60 meses de validade a partir de sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
- Tasmar® é um comprimido revestido amarelo claro, hexagonal, biconvexo, gravado em um dos lados: Tasmar 100.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Tasmar
M.S. 1.0575.0007
Resp. Técnica:
Dra. Andreia Marini
CRF-SP nº 46.444
Importado por:
Valeant Farmacêutica do Brasil Ltda.
Alameda Capovilla, 109
Indaiatuba – SP
CNPJ 61.186.136/0001-22
Indústria Brasileira
Uma empresa do grupo
Valeant Pharmaceuticals International, Inc. – Canadá
Fabricado por:
ICN Polfa Rzeszów S.A.
Rzeszów - Polônia
SAC Valeant:
0800 16 6116
e-mail: sac@valeant.com
Venda sob prescrição médica.
Só pode ser vendido com retenção da receita.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Tolcapona
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 26 de Outubro de 2023.
Tasmar 100mg, caixa com 30 comprimidos revestidos
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