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Bula do Tafluprosta

Tafluprosta, para o que é indicado e para o que serve?

Tafluprosta é indicado para redução de pressão intraocular elevada no glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular (em monoterapia ou em terapia adjuvante a betabloqueadores).

Quais as contraindicações do Tafluprosta?

Hipersensibilidade à tafluprosta ou a qualquer um dos excipientes.

Como usar o Tafluprosta?

A dose recomendada é de uma gota de Tafluprosta no saco conjuntival do(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia à noite.

A dose não deve ser administrada mais de uma vez ao dia, pois a administração mais frequente pode diminuir o efeito redutor da pressão intraocular.

Tafluprosta é uma solução estéril que não contém conservante. Para uso único apenas, um flaconete é suficiente para tratar os dois olhos.

Qualquer solução não utilizada deve ser descartada imediatamente após o uso.

Se mais de um produto tópico oftalmológico estiver sendo utilizado, cada qual deve ser administrado com pelo menos 5 minutos de intervalo.

Para reduzir o risco de escurecimento da pele da pálpebra os pacientes devem limpar qualquer solução em excesso da pele. A exemplo de qualquer outro colírio, recomenda-se oclusão nasolacrimal ou que a pálpebra seja suavemente fechada após a administração. Isto pode reduzir a absorção sistêmica de produtos administrados pela via ocular.

Uso em Pacientes Idosos

Não é necessário ajuste de dose para pacientes idosos.

Uso em Pacientes Pediátricos

A segurança e a eficácia de Tafluprosta em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Portanto, o tratamento com Tafluprosta não é recomendado.

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal

Tafluprosta não foi estudado em pacientes com insuficiência renal e deve, portanto, ser utilizado com cautela nestes pacientes.

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática

Tafluprosta não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática e deve, portanto, ser utilizado com cautela nestes pacientes.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tafluprosta maior do que a recomendada?

Não foi relatado nenhum caso de superdose. É improvável que ocorra superdose após administração ocular. Se ocorrer superdose, o tratamento deve ser sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tafluprosta com outros remédios?

Não se espera que ocorra nenhuma interação medicamentosa em humanos, uma vez que as concentrações sistêmicas da tafluprosta são extremamente baixas após a administração ocular. Portanto, estudos específicos de interação medicamentosa não foram realizados com tafluprosta.

Nos estudos clínicos, a tafluprosta foi utilizada concomitantemente com timolol, sem evidências de aumento da incidência de eventos adversos.

Qual a ação da substância do Tafluprosta?

Resultados de Eficácia


Efeitos Clínicos na Pressão Intraocular

A eficácia de tafluprosta em monoterapia, ou em terapia adjuvante ao timolol, foi avaliada nos estudos clínicos de até dois anos de duração em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto ou hipertensão ocular.

A redução da pressão intraocular começa entre 2 e 4 horas após a primeira administração e o efeito máximo é atingido aproximadamente 12 horas após a instilação. O efeito se mantém durante pelo menos 24 horas. Estudos pivotais com uma formulação de tafluprosta com o conservante cloreto de benzalcônio demonstraram que a tafluprosta é eficaz em monoterapia e apresenta efeito aditivo quando administrado como terapia adjuvante ao timolol.

Monoterapia vs. Comparadores Ativos

A eficácia de tafluprosta como monoterapia em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto ou hipertensão ocular (PIO basal ≥ 22 mmHg) foi demonstrada em dois estudos clínicos de grande porte de até dois anos de duração. O efeito redutor da PIO de tafluprosta foi demonstrado durante todo o dia e se manteve durante a administração prolongada.

Em um estudo multinacional, randômico, duplo-mascarado, com controle ativo, de grupos paralelos e com 6 meses de duração, a tafluprosta 0,0015% 1x/dia (N=269) apresentou significativo efeito diurno redutor da PIO de 6 a 8 mmHg em relação ao período basal, em comparação com 7 a 9 mmHg com latanoprosta 0,005% 1x/dia (N=264). O efeito redutor da PIO de tafluprosta se manteve na extensão desse estudo por até 24 meses.

Em um segundo estudo clínico multicêntrico, randômico, duplo-mascarado, com controle ativo, de grupos paralelos, com 6 meses de duração e conduzido nos EUA, a tafluprosta a 0,0015% 1x/dia (N=267) reduziu a PIO diurna em relação ao período basal de 5 a 7 mmHg em comparação com 4 a 6 mmHg com timolol 0,5% 2x/dia (N=191).

Terapia Adjuvante ao Betabloqueador

A eficácia de tafluprosta como terapia adjuvante ao timolol em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto ou hipertensão ocular (PIO basal ≥ 23 mmHg) foi demonstrada em um estudo multinacional, randômico, duplo-mascarado, controlado com placebo, de grupos paralelos e com 6 meses de duração. O efeito redutor da PIO diurna de tafluprosta 0,0015% 1x/dia (N=96) foi comparado ao do veículo 1x/dia (N=89) quando utilizado como adjuvante ao timolol 0,5% administrado 2x/dia. Em comparação com os valores basais (medidos após um período de 4 semanas com timolol), os efeitos adicionais redutores da PIO foram de 5 a 6 mmHg no grupo de timolol-tafluprosta e 3 a 4 mmHg no grupo de timolol-veículo.

Formulação Sem Conservante vs. Formulação Com Conservante

Em um estudo pequeno, mascarado para o pesquisador, randômico, cruzado, multinacional, com duração de 4 semanas, o efeito redutor da PIO diurna de tafluprosta 0,0015% 1x/dia foi comparado ao da formulação com conservante (N=43).

Os pacientes receberam durante 4 semanas a formulação sem conservante e durante 4 semanas, a formulação com conservante, de modo cruzado, com um período de intervalo de washout da medicação. Em comparação aos valores basais, a formulação com conservante e a formulação sem conservante de tafluprosta mostraram efeito redutor da pressão intraocular semelhante de mais de 5 mmHg. As duas formulações foram geralmente bem toleradas.

Estudo Aberto, Cruzado, Medicamento Sem Conservante

A tolerabilidade e o efeito redutor da PIO de tafluprosta sem conservante foram avaliados em um estudo aberto, Fase IIIb, que incluiu 158 pacientes com sinais e sintomas na superfície ocular durante o tratamento com latanoprosta 0,005%. A tafluprosta 0,0015% sem conservante manteve a PIO no mesmo nível após 12 semanas de tratamento, como a latanoprosta no período basal. Após trocar para tafluprosta, o número de pacientes com teste de Schirmer anormal foi significativamente reduzido, e o tempo de ruptura lacrimal melhorou significativamente. Uma redução do número de pacientes com células anormais da conjuntiva baseado em HLA-DR e MUC5AC também foi detectada. Os pacientes apresentaram menos sinais ou sintomas oculares enquanto recebiam tafluprosta sem conservante do que enquanto recebiam latanoprosta.

Características Farmacológicas


Mecanismo de Ação

A tafluprosta é um análogo fluorado da prostaglandina F2α. O ácido de tafluprosta, o metabólito biologicamente ativo da tafluprosta, é um agonista altamente potente e seletivo do receptor prostanoide FP humano. O ácido de tafluprosta apresenta uma afinidade 12 vezes maior pelo receptor FP do que a latanoprosta.

A redução da pressão intraocular em humanos começa cerca de 2 a 4 horas após a administração e o efeito máximo é atingido 12 horas após a instilação. O efeito mantém-se por pelo menos 24 horas. Estudos farmacodinâmicos em macacos indicam que a tafluprosta reduz a pressão intraocular pelo aumento da drenagem uveoscleral do humor aquoso.

Farmacocinética

Absorção

A tafluprosta é absorvida pela córnea, onde o éster de isopropil é hidrolizado ao metabólito ácido biologicamente ativo (EC50 para o receptor recombinante prostanoide FP humano=217 pg/mL). A farmacocinética do ácido de tafluprosta foi obtida a partir de um estudo que comparou soluções oftálmicas com e sem conservante. A formulação sem conservante apresentou propriedades farmacocinéticas semelhantes às da formulação com conservante. A Cmáx plasmática média das formulações com e sem conservante foi de 24 pg/mL e 26 pg/mL, respectivamente, no 1º dia, e 31 pg/mL e 27 pg/mL, respectivamente, no 8º dia. A AUC0-last plasmática média das formulações com e sem conservante foi de 406 pg*min/mL e 394 pg*min/mL, respectivamente, no 1º dia, e 581 pg*min/mL e 432 pg*min/mL, respectivamente, no 8º dia. As concentrações plasmáticas médias ficaram abaixo do limite de quantificação em 30 minutos para ambas as formulações.

Em um estudo em coelhos, a absorção da tafluprosta no humor aquoso foi comparável após uma única instilação ocular de solução oftálmica de tafluprosta 0,0015% com ou sem conservante.

Distribuição

Após a administração tópica de 1mcg de 3 H-tafluprosta no olho de macacos, a radioatividade máxima no humor aquoso foi detectada em 2 horas (30-40 ng equivalentes/mL) e declinou para 0,3-0,4 ng equivalentes/mL em 24 horas.

A ligação do ácido de tafluprosta à albumina sérica humana foi >99%. Estima-se que o ácido de tafluprosta apresente alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas humanas.

Metabolismo

A tafluprosta, um éster pró-fármaco, é hidrolizado a seu metabólito ácido biologicamente ativo no olho. O metabólito ácido é metabolizado adicionalmente via β-oxidação de ácido graxo e conjugação de Fase II.

O sistema enzimático do citocromo P450 (CYP) não está envolvido no metabolismo do ácido de tafluprosta.

Eliminação

Em dois estudos clínicos, as concentrações médias do metabólito do ácido de tafluprosta caíram abaixo do limite de quantificação no plasma (10 pg/mL) 30 minutos após a administração, indicando rápida eliminação.

Características em Populações Específicas

Insuficiência Renal

A tafluprosta não foi estudada em pacientes com insuficiência renal e, portanto, deve ser utilizada com cautela nesses pacientes.

Insuficiência Hepática

A tafluprosta não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática e, portanto, deve ser utilizada com cautela nesses pacientes.

Farmacodinâmica

A tafluprosta em doses clínicas não apresentou nenhum efeito farmacológico significativo sobre o sistema cardiovascular.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Saflutan®.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 17 de Fevereiro de 2021.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 17 de Fevereiro de 2021.

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