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Bula do Sulfato de Polimixina B

Princípio Ativo: Sulfato de Polimixina B

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 29 de Setembro de 2021.

Sulfato de Polimixina B, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento é indicado para o tratamento de:

  • Infecções agudas causadas por cepas susceptíveis de Pseudomonas Aeruginosa;
  • Infecções do trato urinário, meninges e sangue;
  • Infecções causadas por cepas susceptíveis dos seguintes microorganismos, quando drogas com menor potencial tóxico são ineficazes ou contra indicadas:
    • H. Influenzae, especificamente em infecções das meninges;
    • Escherichia coli, especificamente em infecções do trato urinário;
    • Aerobacter aerogenes, especificamente no caso de bacteremias;
    • Klebsiella pneumoniae, especificamente no caso de bacteremias.

Quais as contraindicações do Sulfato de Polimixina B?

Este medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade às polimixinas.

Gravidez e lactação

Categoria de risco para mulheres grávidas (ANVISA-RE 1548/03): C.

A segurança do uso da droga durante a gravidez não foi estabelecida, portanto seu uso só deve ser feito nestes casos avaliando-se o fator risco-benefício.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Sulfato de Polimixina B?

Reconstituição e diluição do produto

-

Reconstituíção

Diluição

Administração

Forma de Administração

Diluente Volume Estabilidade após reconstituição Solução para infusão Volume Estabilidade após diluição

Modo de Usar

Intravenoso

Água Estéril para injeção

2 mL

24 h em temperatura ambiente (15°C e 30°C)

72 h sob refrigeração
(2°C e 8°C)

Soro Fisiológico 0,9%

300 mL a 500 mL

24 h em temperatura
ambiente (15°C e 30°C)

72 h sob refrigeração
(2°C e 8°C)

Reconstituir 1 frasco de
Sulfato de Polimixina B (sulfato de polimixina B) em 2 mL de Glicose 5%, Água estéril para injeção ou Soro Fisiológico, e em seguida diluir em 300 a 500mL de Glicose 5% ou Soro Fisiológico para uma
infusão intravenosa contínua

Soro fisiológico 0,9%

Glicose 5%

Glicose 5%

72 h sob refrigeração (2°C e 8°C)

Intratecal

Soro fisiológico 0,9% 2 mL

24 h em temperatura
ambiente (15°C e 30°C)

72 h sob refrigeração (2°C e 8°C)

- - -

Para obter uma
concentração de 50.000
UI/mL, reconstituir 1
frasco de Sulfato de Polimixina B (sulfato de polimixina B) em 2 mL de NaCl 0,9% e transferir para uma seringa contendo 8 mL da mesma solução e administrar lentamente

Intramuscular*

Água Estéril para injeção

2 mL

24 h em
temperatura
ambiente (15°C e 30°C)

72 h sob refrigeração
(2°C e 8°C)

- - -

Reconstituir 1 frasco de
Sulfato de Polimixina B (sulfato de polimixina B) em 2 mL de água estéril para injeção ou soro fisiológico ou hidrocloridrato de procaína
1% e administrar lentamente

Soro fisiológico 0,9%

Hidrocloridrato de procaína 1%

72 h sob refrigeração (2°C e 8°C)

*Não é recomendada rotineiramente devido à dor severa no local da injeção, particularmente em crianças e neonatos.

Posologia do Sulfato de Polimixina B


Uso intraveno

Adultos e crianças:

15.000 a 25.000 UI/Kg peso corpóreo/dia em indivíduos com função renal normal. Esta quantidade deve ser reduzida em 15.000 UI/Kg de peso para indivíduos com comprometimento renal. Infusões podem ser dadas a cada 12 horas; entretanto, a dose total diária não deve exceder 25.000 UI/Kg/dia.

Neonatos:

Neonatos com função renal normal podem receber acima de 40.000 UI/Kg/dia sem efeitos adversos.

Uso intramuscular

Adultos e crianças:

25.000 a 30.000 UI/Kg/dia. Esta dose deve ser reduzida na presença de comprometimento renal. A dosagem pode ser dividida e administrada em intervalos de 4 a 6 horas.

Neonatos:

Neonatos com função renal normal podem receber acima de 40.000 UI/Kg/dia sem efeitos adversos.

Nota: doses mais altas que 45.000 UI/Kg/dia tem sido utilizados em estudos clínicos limites para tratamento de crianças prematuras e recém-nascidas com septicemia causada por P. aeruginosa.

Uso intratecal

Adultos e crianças acima de 2 anos de idade:

A dose recomendada é 50.000 UI uma vez ao dia intratecal, durante 3-4 dias, e então 50.000 UI uma vez ao dia por pelo menos 2 semanas após as culturas do fluído cérebro-espinhal se apresentarem negativas e a concentração de glicose voltar ao normal.

Crianças abaixo de 2 anos de idade

20.000 UI uma vez ao dia por 3-4 dias ou 25.000 UI uma vez ao dia todos os outros dias. Continuar com uma dose de 25.000 UI uma vez ao dia por pelo menos 2 semanas após as culturas do fluído cérebroespinhal apresentarem negativas e a concentração de glicose voltar ao normal.

Ajuste de dose da Polimixina B na insuficiência renal

Em pacientes com a função renal comprometida, os seguintes ajustes de dose são sugeridos:

Clearence da creatina

Dose

Normal ou > 80% do normal

2,5 mg/Kg por dia

< 80 % a > 30% do normal

Primeiro dia: 2,5 mg/Kg/dia. Sequência de tratamento diariamente: 1,0 – 1,5 mg/Kg/dia

< 25% do normal

Primeiro dia: 2,5 mg/Kg/dia. A cada 2 – 3 dias após o início: 1,0 – 1,5 mg/Kg/dia

Anúria

Primeiro dia: 2,5 mg/Kg/dia. A cada 5 – 7 dias após o início: 1,0 mg/Kg/dia

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Sulfato de Polimixina B com outros remédios?

O uso concomitante ou sequência do sulfato de polimixina B com outras drogas neurotóxicas e/ou nefrotóxicas, particularmente bacitracina, estreptomicina, neomicina, canamicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, cefaloridina, paromomicina, viomicina e colistina deve ser evitado.

Evitar o uso concomitante de relaxantes musculares curarínicos e outras drogas neurotóxicas (éter, tubocurarina, succinilcolina, galamina, decametano, e citrato de sódio), pois podem precipitar a depressão respiratória. Se algum sinal de paralisia respiratória ocorrer, deve-se monitorar a função respiratória, e descontinuar a terapia com a droga.

Qual a ação da substância do Sulfato de Polimixina B?

Resultados de Eficácia


A polimixina B possui ação bactericida contra quase todos os bacilos Gram-negativos, com exceção de Proteus sp. As polimixinas aumentam a permeabilidade de membrana da célula bacteriana.

Todas as bactérias Gram-positivas, fungos e cocos Gram-negativos, N. gonorrhoeae, N. meningitidis, possuem resistência ao sulfato de polimixina B.

Os resultados de eficácia podem ser encontrados na literatura: Matthew E. Falagas and Sofia K. Kasiakou – Clinical Infectious Diseases 2005;42:1819.

Características Farmacológicas


O sulfato de polimixina B é um dos grupos de antibióticos polipeptídicos básicos derivados da polymyxa B (B aerosporus). O sulfato de polimixina B é o sal sulfato das polimixinas B1 e B2, que são produzidos pelo crescimento do Bacillus polymyxa (Prazmowski) Migula (Fam. Bacillacea). Tem uma potência de não menos que 6000 UI/mg de polimixina B, calculados em base anidra.

Na literatura médica, freqüentemente as doses são administradas com base na equivalência em peso da polimixina B base. Cada miligrama de polimixina B base é equivalente a 10.000 UI de polimixina B, e cada micrograma de polimixina B base é equivalente a 10 UI de polimixina B.

Propriedades Farmacodinâmicas e Farmacocinéticas

Teste de susceptibilidade in vitro

Utilizando-se o método de Kirby-Bauer de susceptibilidade em disco, um disco de 300 UI de polimixina B deve apresentar um halo de inibição superior a 11 mm, quando testado contra cepas de bactérias susceptíveis à polimixina B.

O sulfato de polimixina B não é absorvido no trato gastro-intestinal.

Uma vez que o fármaco perde cerca de 50% de sua atividade na presença do soro, os níveis sanguíneos são baixos. Repetidas injeções podem causar um efeito cumulativo. Os níveis plasmáticos tendem a ser maiores em idosos e crianças. A difusão tissular é pequena e a droga é excretada lentamente pelos rins e não atravessa a barreira hematoencefálica. Em doses terapêuticas, o sulfato de polimixina B pode causar certa nefrotoxidade com leve lesão tubular.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Bedfordpoly-B (apresentação pó liofilizado para solução injetável 500.000 UI).

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 29 de Setembro de 2021.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 29 de Setembro de 2021.

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