Bula do Sulfato de Estreptomicina
Princípio Ativo: Sulfato de Estreptomicina
Sulfato de Estreptomicina, para o que é indicado e para o que serve?
Este medicamento é destinado ao tratamento da tuberculose e brucelose. Na tuberculose, usa-se nos casos de falência de esquema preferencial e sempre é associado a um ou mais fármacos para diminuir o risco de resistência. Para tratar brucelose, usa-se em associação com doxiciclina.
Quais as contraindicações do Sulfato de Estreptomicina?
Sulfato de Estreptomicina é contraindicada em caso de história de hipersensibilidade à Sulfato de Estreptomicina, a qualquer outro componente da fórmula e a outros antibióticos aminoglicosídeos.
Como usar o Sulfato de Estreptomicina?
Aconselha-se observar o Manual Técnico para o Controle da Tuberculose – Ministério da Saúde – Serie A – Normas e Manuais Técnicos nº 148 – Cadernos de Atenção Básica ou edições subsequentes.
Preparo do medicamento
Usando-se técnica asséptica, o conteúdo em pó do frasco deve ser diluído com 5 mL de água para injeção, obtendo-se uma solução límpida, incolor a levemente amarelada.
O volume final do produto após reconstituição é cerca de 5,8 mL.
A solução pronta contém 216 mg de sulfato de Sulfato de Estreptomicina por mL, equivalente a 172 mg de Sulfato de Estreptomicina.
Após reconstituição usar imediatamente por via intramuscular profunda.
A duração do tratamento é de três meses, sempre em associação com outros medicamentos.
Recomenda-se, a critério médico, as seguintes dosagens:
Crianças
Nas crianças com até 20 kg de peso corporal usa-se 20 mg/kg/dia. Pacientes com peso corporal superior a 20 kg até 35 kg devem receber 500 mg ao dia. Aqueles que têm mais de 35 kg devem receber 1.000 mg ao dia.
Adultos
Adultos devem receber 1.000 mg ao dia.
Idosos
Não há recomendações posológicas especiais para este grupo etário.
Em situações especiais, pode ser aplicada por via endovenosa, diluída em 50 ou 100 mL de soro fisiológico, correndo por um mínimo de meia hora.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Sulfato de Estreptomicina com outros remédios?
A Sulfato de Estreptomicina pode interagir com outros medicamentos. Fármacos neurotóxicos ou nefrotóxicos como ciclosporina, agentes usados em quimioterapia, neomicina, canamicina, gentamicina, cefaloridina, paramomicina, polimixina B, colistina e tobramicina podem acentuar a toxicidade da Sulfato de Estreptomicina.
Anestésicos e relaxantes musculares introduzidos após a administração de Sulfato de Estreptomicina podem conduzir ao bloqueio neuromuscular.
A toxina botulínica pode ter sua ação aumentada.
A Sulfato de Estreptomicina reduz o efeito de neostigmina e piridostigmina.
Diuréticos potencialmente ototóxicos como a furosemida e ácido etacrínico não devem ser administrados com a Sulfato de Estreptomicina.
Qual a ação da substância do Sulfato de Estreptomicina?
Resultados de Eficácia
Há estudos clássicos indicando a atividade da Sulfato de Estreptomicina nas indicações citadas.
Referências Bibliográficas
1 - Manual Técnico para o Controle da Tuberculose 2002 - Ministério da Saúde - Série A - Cadernos de Atenção Básica. Normas e Manuais Técnicos nº 148.
2 – Martindale. The Complete Drug Reference – Pharmaceutical Press London 1999; 32 ed: pg. 249-250.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
Sulfato de Estreptomicina, um antibiótico aminoglicosídeo, obtido do Streptomyces griseus, particularmente ativo contra o Mycobacterium tuberculosis, e contra outras bactérias gram-positivas e várias gramnegativas incluindo Yersinia pestis, Brucella spp e Franciella tularensis, porém sem atividade contra Pseudomonas aeruginosa. Tem ação bactericida durante o estágio de multiplicação dos microrganismos sensíveis aos componentes presentes neste medicamento; liga-se com a unidade 30S do ribossoma bacteriano alterando a síntese das proteínas bacterianas.
Farmacocinética
A absorção por via intramuscular é rápida. Distribui-se bem por todos os tecidos, com exceção do líquido cefalorraquidiano e atravessa a placenta. O pico de concentração sanguínea é alcançado em cerca de uma hora. Sua meia vida é de 2,5 horas. Cerca de um terço da Sulfato de Estreptomicina circulante está ligada à proteína plasmática. A eliminação é essencialmente renal: 60% a 95% são eliminados sob a forma inalterada na urina em 24 horas. Pequenas quantidades são eliminadas no suor, saliva e leite materno.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Estreptomicina FURP.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Fevereiro de 2020.