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Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua

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O Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua é indicado especificamente para o tratamento do envenenamento causado por contato com as cerdas das lagartas do gênero Lonomia . Os anticorpos (imunoglobulinas específicas) contidos no soro ligam-se especificamente ao veneno ainda não fixado nas células dos tecidos eletivos, neutralizando-o. As doses de antiveneno devem ser suficientemente elevadas, como recomendadas, para que o antiveneno seja encontrado com relativo excesso no meio sanguíneo circulante, dentro de um período de tempo relativamente curto. Nestas condições, quanto mais precoce for a administração do soro, maior será o seu potencial terapêutico. É importante que a identificação da lagarta responsável pelo acidente, quando possível, seja feita pela coleta cuidadosa e segura do animal. Caso não seja possível ou haja risco no ato da coleta, deve-se priorizar o transporte do paciente ao serviço médico o mais rapidamente. Nesse caso, deve ser realizado o diagnóstico clínico e a orientação terapêutica baseada na presença e intensidade da sintomatologia característica do envenenamento.

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  • Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
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  • Medicamentos
  • Soros
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  • Instituto Butantan
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  • Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua
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  • Biológico
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  • 10 mL

Bula do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua

Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua, para o que é indicado e para o que serve?

O Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua é indicado especificamente para o tratamento do envenenamento causado por contato com as cerdas das lagartas do gênero Lonomia.

Os anticorpos (imunoglobulinas específicas) contidos no soro ligam-se especificamente ao veneno ainda não fixado nas células dos tecidos eletivos, neutralizando-o.

As doses de antiveneno devem ser suficientemente elevadas, como recomendadas, para que o antiveneno seja encontrado com relativo excesso no meio sanguíneo circulante, dentro de um período de tempo relativamente curto. Nestas condições, quanto mais precoce for a administração do soro, maior será o seu potencial terapêutico.

É importante que a identificação da lagarta responsável pelo acidente, quando possível, seja feita pela coleta cuidadosa e segura do animal. Caso não seja possível ou haja risco no ato da coleta, deve-se priorizar o transporte do paciente ao serviço médico o mais rapidamente. Nesse caso, deve ser realizado o diagnóstico clínico e a orientação terapêutica baseada na presença e intensidade da sintomatologia característica do envenenamento.

Quais as contraindicações do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua?

As contraindicações praticamente não existem, porém a aplicação do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua deverá ser feita em condições de estrita observação médica.

Notas:

  • O Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua (substância ativa) não é contraindicado na gravidez, mas o médico deve ser informado sobre essa condição;
  • Alimentação prévia e/ou ingestão de bebidas não contraindicam o emprego do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua, mas é preciso cuidado maior devido ao risco de aspiração de vômitos.

Em casos de acidentes provocados por outros animais peçonhentos (serpentes, aranhas ou escorpiões), o Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua não é indicado.

Tipo de receita

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Como usar o Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua?

O Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua deve ser aplicado sob supervisão médica, por via intravenosa, nas doses estipuladas.

O soro inoculado deve, preferencialmente, ser diluído em solução fisiológica ou glicosada a 5% à proporção de 1:2 a 1:5, infundindo-se na velocidade de 8 a 12 mL/min. Deve-se observar, entretanto, a possível sobrecarga de volume em pacientes com insuficiência cardíaca. A administração do antiveneno não deve ser fracionada. A frequência de reações à soroterapia parece ser menor quando o soro é administrado diluído.

Classificação quanto à gravidade e a soroterapia (dose e via de administração)

Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento dos Acidentes por Animais Peçonhentos, Ministério da Saúde, 1998.

Os acidentes lonômicos são causados pelo contato com as cerdas das lagartas da espécie Lonomia Obliqua. Não existem métodos diagnósticos específicos, portanto, o diagnóstico diferencial com as dermatites provocadas por outros lepidópteros deve ser feito pela história clínica, identificação do agente e presença de distúrbios hemostáticos. Caso a lagarta seja coletada e identificada como Lonomia, deve-se verificar a ocorrência de hemorragias e alteração na coagulação.

Se o coagulograma ou TC (Tempo de Coagulação) estiver normal e não houver sangramentos, o paciente deve ser observado por 48 horas, com avaliação do TC a cada 12 horas. Se houver alteração na coagulação sanguínea ou evidências de sangramento, é confirmado o diagnóstico de síndrome hemorrágica por Lonomia. Caso a lagarta não seja identificada, deve-se avaliar o coagulograma ou TC; se mostrar-se normal, o acompanhamento por 48 horas deve seguir as mesmas orientações acima. Além do quadro local de dor, eritema e edema localizado, presente imediatamente após o contato, manifestações gerais e inespecíficas podem surgir mais tardiamente, tais como cefaleia, mal-estar geral, náuseas e vômitos, ansiedade, mialgias e, em menor frequência, dores abdominais, hipotermia, hipotensão.

Após um período que pode variar de 1 hora até 48 horas, instala-se um quadro de discrasia sanguínea, acompanhado ou não de manifestações hemorrágicas que costumam aparecer algumas horas após o contato, tais como equimoses e hematomas de aparecimento espontâneo ou provocado, hemorragia de cavidades mucosas (gengivorragia, epistaxe, hematêmese, enterorragia), hematúria macroscópica, sangramentos em feridas recentes e, nos casos graves, hemorragia pulmonar e cerebral. Os testes de coagulação auxiliam na confirmação diagnóstica e na diferenciação do quadro de envenenamento local (leve) do sistêmico (moderado ou grave).

É também fundamental no acompanhamento pós-soroterapia, uma vez que se espera a normalização da coagulopatia em 24 a 48 horas. Se o sangue permanecer incoagulável após esse período, deve-se considerar a necessidade de doses adicionais de Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua. A principal complicação é a lesão renal aguda, mais frequente em pacientes idosos e naqueles com sangramento intenso. A correção da anemia deve ser instituída através da administração de concentrado de hemácia. Sangue total ou plasma fresco são contra-indicados, pois podem acentuar o quadro de coagulação intravascular.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua com outros remédios?

Nenhuma medicação concomitante constituirá contraindicação para o uso do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua, porém todo medicamento que esteja sendo utilizado pelo paciente deverá ser informado ao médico.

Qual a ação da substância do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua?

Resultados de Eficácia


Não há ensaios clínicos controlados para a avaliação de eficácia do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua, que é de origem equina (heteróloga), porém a sua capacidade em neutralizar as atividades tóxicas da toxina é comprovada através de modelos animais de laboratório e pelo uso sistemático em pacientes.

Características Farmacológicas


O Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua é uma solução isotônica de imunoglobulinas heterólogas específicas de origem equina (IgG), purificadas por digestão enzimática, não pirogênica. As imunoglobulinas derivam do plasma de cavalos sadios, hiperimunizados com o extrato de cerdas de lagartas da espécie Lonomia Obliqua. A atividade biológica neutralizante dos venenos, exercida pelo Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua (substância ativa), é avaliada pela proteção conferida em camundongos Balb-C, após inoculação intraperitonial de misturas de volumes diferentes de soro com quantidade fixa de veneno-referência.

O poder neutralizante do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua deverá ser, no mínimo de 0,35 mg de veneno-referência de Lonomia Oblíqua por mL de soro. O plasma equino digerido enzimaticamante pela ação da pepsina, reduz o peso molecular da IgG de 160 kDa para 90 kDa a 100 kDa, eliminando da molécula de IgG a fração Fc, responsável pela ativação do sistema complemento por via clássica.

Obtém-se desse modo uma molécula mais pura e menos reatogênica quanto a efeitos de natureza alérgica induzidos no paciente. A atividade neutralizante dos sítios combinatórios das moléculas de imunoglobulina, tratadas pela pepsina mantêm-se inalterada e, ainda, a possibilidade de formação espontânea de agregados proteicos, responsáveis também por reações alérgicas indesejáveis, é substancialmente reduzida. Apesar do elevado grau de purificação do soro continua existindo, em potencial baixo, a possibilidade de indução a reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis.

Entre as reações indesejáveis o choque anafilático pode ocorrer pela degranulação de mastócitos ou ativação do sistema complemento, embora o choque anafilático letal seja muito raro.

Doenças relacionadas

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Consulta também a Bula do Soro Antilonômico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Lonomia Obliqua

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