Soro Antielapídico (Bivalente)
(1)Preço
Tipo de receita
- Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Soro para Picada de Cobra
Forma farmacêutica
- Solução injetável
Categoria
- Medicamentos
- Soros
Fabricante
- Funed
Princípio ativo
- Soro Antielapídico (Bivalente)
Tipo do medicamento
- Biológico
Quantidade
- 10 mL
Soro Antielapídico Funed caixa com 5 ampolas com 10mL de solução de uso intravenoso
Funed
Soro Antielapídico (Bivalente)
Bula do Soro Antielapídico (Bivalente)
Soro Antielapídico (Bivalente), para o que é indicado e para o que serve?
O soro antielapídico (bivalente), heterólogo e hiperimune, é indicado para tratamento de envenenamento causado por serpentes das espécies Micrurus frontalis e/ou Micrurus corallinus (corais).1
Quais as contraindicações do Soro Antielapídico (Bivalente)?
Não é indicado nos acidentes causados por serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara, caiçara e outras), Crotalus (cascavéis) ou Lachesis (surucucu pico-de-jaca).
Nos pacientes com histórico de alergia ou sensibilidade a soros de origem equina, a infusão intravenosa do soro antielapídico (bivalente), heterólogo e hiperimune, deverá ser feita em condições de estrita assistência médica, para observar o aparecimento de reações anafiláticas e iniciar um tratamento intensivo destas.1
Tipo de receita
Como usar o Soro Antielapídico (Bivalente)?
Aplique o soro antielapídico (bivalente), heterólogo e hiperimune, em doses adequadas, o mais precocemente possível, sob estrita vigilância médica.
Classificação quanto à gravidade e dose recomendada3
Acidentes elapídicos
Manifestações e Tratamento |
Classificação* |
Ptose palpebral; Distúrbios de acomodação visual; Oftalmoplegia; Diplopia; Sialorreia; Disfagia; Insuficiência Respiratória Aguda |
Grave |
Soroterapia (quantidade de ampolas) |
10 |
Via de administração |
Intravenosa |
*Pelo risco de Insuficiência Respiratória Aguda, os acidentes devem ser considerados graves.2
Em caso de picada de serpente, providencie o mais rápido possível uma assistência médica adequada.
Quanto mais precoce for a administração da primeira dose do soro, maior é o seu potencial terapêutico.1
A via de administração do soro recomendada é a intravenosa (IV) e o soro, diluído ou não em solução fisiológica, deve ser infundido entre 20 e 60 minutos, lentamente. Na impossibilidade de utilizar esta via, o soro pode ser administrado por via subcutânea.1,3
O soro antielapídico (bivalente), heterólogo e hiperimune, deve ser aplicado sob supervisão médica,preferencialmente pela via intravenosa, seguindo as doses estipuladas, sob a forma de infusão lenta e em Ambiente Hospitalar, pois pode desencadear reações alérgicas, algumas delas potencialmente graves.1,3
O soro antielapídico (bivalente), heterólogo e hiperimune, pode ser administrado a qualquer momento, mesmo após refeições ou ingestão de bebidas alcoólicas, mas exige cuidado mais rigoroso destes pacientes pelo risco de complicações relacionadas a vômitos (aspirações).
Cuidados após o procedimento
O paciente deve ser orientado a procurar assistência médica ao aparecimento de qualquer reação adversa, mesmo após o final do tratamento com o soro.1
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Soro Antielapídico (Bivalente) maior do que a recomendada?
Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação de superdosagem do soro antielapídico (bivalente). Caso haja consequências, provavelmente, os efeitos serão aqueles relatados nas reações adversas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Soro Antielapídico (Bivalente) com outros remédios?
Nenhuma medicação concomitante compromete o uso do soro. Porém, toda medicação que porventura esteja sendo aplicada no paciente, deve ser informada ao médico assistente.1
Qual a ação da substância do Soro Antielapídico (Bivalente)?
Resultados de Eficácia
Não há ensaios clínicos controlados para a avaliação de eficácia do soro antielapídico (bivalente) da Funed, que é de origem equina (heteróloga). Porém, a sua capacidade em neutralizar os venenos das serpentes das espécies Micrurus frontalis e/ou Micrurus corallinus é comprovada por meio de modelos animais de laboratório.
Características Farmacológicas
O efeito do soro antielapídico (bivalente), heterólogo e hiperimune, inicia-se imediatamente após a sua administração1, neutralizando as toxinas do veneno de serpentes das espécies Micrurus frontalis e/ou Micrurus corallinus (família das corais) encontradas no sangue e depois, possivelmente, nos tecidos.
Os anticorpos, fração F(ab’)2 das imunoglobulinas específicas, contidos no soro heterólogo e hiperimune, ligam-se especificamente às toxinas do veneno, neutralizando-as.2 Quanto mais precoce for a administração do soro, maior é o seu potencial terapêutico. Desta forma, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.1
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Soro Antielapídico Funed.
Referências:
1. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. - 2. ed. - Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
2. León et al. Comparative study on the ability of IgG and F(ab’) 2 antivenoms to neutralize lethal and myotoxic effects induced by Micrurus nigrocinctus (coral snake) venom. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. v.61, n. 2, p. 266-271, 1999. Disponível em <http://www.ajtmh.org/content/61/2/266.full.pdf+html> Acesso em:13 de janeiro de 2020.
3. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. Disponível em <https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf> Acesso em: 13 de janeiro de 2020.
4. Farmacopeia Brasileira. 6ª edição. Brasília: Anvisa, 2019. Volume II – Monografias: Produtos Biológicos, Soros Hiperimunes para Uso Humano. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259143/Produtos+Biol%C3%B3gicos+Pronto.pdf/dae c6b9b-8465-4b39-8f3d-0c1b5a5d3177>. Acesso em: 13 de janeiro de 2020.
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