Bula do Seebri
Princípio Ativo: Alfassebelipase
Classe Terapêutica: Antiasmáticos/DPOC Anticolinérgicos de Longa Duração, Puros, Inalantes
Seebri, para o que é indicado e para o que serve?
Seebri® é utilizado para facilitar a respiração de pessoas com dificuldade respiratória, devido a uma doença pulmonar chamada doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Quando inalado, ajuda a respirar mais facilmente.
Se você utilizar Seebri® uma vez ao dia, ele o ajudará a reduzir os efeitos da DPOC no seu dia a dia.
Como o Seebri funciona?
Seebri® contém uma substância ativa chamada brometo de glicopirrônio. Este medicamento pertence ao grupo de medicamentos chamado broncodilatadores. Quando inalados, ajudam a respirar mais facilmente.
Na DPOC, os músculos ao redor das vias aéreas se contraem, dificultando a respiração. Seebri® bloqueia a contração destes músculos do pulmão, facilitando a passagem do ar para dentro e para fora do pulmão.
O tempo médio para o início da ação de Seebri® é de 5 minutos após a inalação.
Se você tem dúvidas sobre como Seebri® funciona ou porque este medicamento foi indicado a você, pergunte ao seu médico.
Quais as contraindicações do Seebri?
Se você for alérgico (hipersensível) ao brometo de glicopirrônio ou a qualquer outro componente da formulação, listados no início desta bula.
Se isto se aplica a você, fale para seu médico e não use Seebri®.
Se você acha que pode ser alérgico, converse com seu médico.
Como usar o Seebri?
Sempre utilize este medicamento exatamente como seu médico o orientou. Verifique com seu médico ou farmacêutico se você estiver com dúvidas.
Pergunte ao seu farmacêutico como descartar os medicamentos que você não utiliza mais.
Nesta embalagem você encontrará um inalador e cápsulas (em blísteres) que contém o medicamento em pó para inalação.
- Utilize apenas o inalador contido nesta embalagem para inalar o pó das cápsulas.
- Não engolir as cápsulas.
- As cápsulas devem ser mantidas no blíster e apenas removidas imediatamente antes do uso.
- Quando você começar uma nova embalagem, utilize o inalador novo contido nesta nova embalagem.
- Descarte cada inalador após 30 dias de uso.
- Certifique-se de ler as instruções sobre como utilizar o inalador de Seebri®.
Esta parte da bula explica como utilizar e cuidar do seu inalador de Seebri®.
Leia atentamente e siga estas instruções.
Se tiver alguma dúvida, converse com seu médico ou farmacêutico.
Leia todas as “Instruções de uso” antes de usar o Seebri®.
Instruções para utilizar o inalador de Seebri®
Sua embalagem de Seebri® contém:
- Um inalador de Seebri®.
- Um ou mais blisters, cada um contendo 6 ou 10 cápsulas de Seebri® para serem utilizadas no inalador.
Inserir
Etapa 1a
-
Retire a tampa.
Etapa 1b
-
Abra o inalador.
Etapa 1c
- Remova a cápsula.
- Separe um blister da cartela de blisteres.
- Abra o blister e retire a cápsula.
- Não empurre a cápsula através da cartela.
-
Não engula a cápsula.
Etapa 1d
- Insira a cápsula.
- Nunca coloque uma cápsula diretamente no bocal.
Etapa 1e
-
Feche o inalador.
Perfurar e soltar
Etapa 2a
- Perfure a cápsula uma vez.
- Segure o inalador na posição vertical.
- Perfure a cápsula pressionando firmemente ambos os botões laterais ao mesmo tempo.
- Você deverá ouvir um barulho quando a cápsula é perfurada.
- Perfure a cápsula apenas uma vez.
Etapa 2b
- Solte os botões laterais.
Inspirar profundamente
Etapa 3a
- Expire completamente.
- Não assopre no inalador.
Etapa 3b
- Inale o medicamento profundamente.
- Segure o inalador como mostrado na figura.
- Coloque o bocal na boca e feche os lábios firmemente em torno dele.
- Não pressione os botões laterais.
- Inspire rapidamente e tão profundamente quanto puder.
- Durante a inspiração, você ouvirá um zumbido.
- Você pode sentir o gosto do remédio enquanto inala.
Etapa 3c
- Segure a respiração.
- Prenda a respiração por até 5 segundos.
Verificar se a cápsula está vazia
- Verifique se a cápsula está vazia.
- Abra o inalador para ver se ficou algum pó na cápsula.
- Se houver resíduo de pó na cápsula:
- Feche o inalador.
- Repita os passos 3a a 3c.
- Remova a cápsula vazia.
- Coloque a cápsula vazia no seu lixo doméstico.
- Feche o inalador e recoloque a tampa.
Limpando o inalador
Limpe o bocal dentro e fora com um pano limpo, seco e sem fiapos para remover qualquer resíduo de pó. Mantenha o inalador seco. Nunca lave o seu inalador com água.
Descarte do inalador após o uso
Cada inalador deve ser descartado após todas as cápsulas terem sido utilizadas. Pergunte ao seu farmacêutico como descartar medicamentos e inaladores que já não são necessários.
Informações importantes
- As cápsulas de Seebri® devem ser sempre conservadas no blister e retiradas apenas imediatamente antes do uso.
- Não empurre a cápsula através da cartela para removê-la do blister.
- Não engula a cápsula.
- Não use as cápsulas de Seebri® com qualquer outro inalador.
- Não utilize o inalador Seebri® para tomar qualquer outro medicamento em cápsulas.
- Nunca coloque a cápsula na boca ou no bocal do inalador.
- Não pressione os botões laterais mais de uma vez.
- Não assopre no bocal.
- Não pressione os botões laterais enquanto inspira através do bocal.
- Não manipule as cápsulas com as mãos molhadas.
- Nunca lave o seu inalador com água.
Perguntas Frequentes
Por que o inalador não fez barulho quando eu inalei?
A cápsula pode estar presa no compartimento da cápsula. Se isso acontecer, solte cuidadosamente a cápsula batendo na base do inalador.
Inale novamente o medicamento repetindo os passos 3a a 3c.
O que devo fazer se houver resíduo de pó dentro da cápsula?
Você não recebeu o suficiente do seu medicamento. Feche o inalador e repita os passos 3a a 3c.
Eu tossi depois de inalar - isso importa?
Isso pode acontecer. Enquanto a cápsula estiver vazia, você recebeu o suficiente do seu medicamento.
Senti pequenos pedaços da cápsula na minha língua - isso importa?
Isso pode acontecer. Não é prejudicial. As chances da cápsula quebrar em pedaços pequenos serão aumentadas se a cápsula for perfurada mais de uma vez.
Quanto inalar de Seebri®
A dose usual é inalar o conteúdo de uma cápsula ao dia. Não utilizar mais do que o seu médico indicou.
Quando inalar Seebri®
Você só precisa inalar uma vez ao dia para te ajudar a respirar mais facilmente, uma vez que Seebri® tem duração de 24 horas. Utilizar Seebri® no mesmo horário todos os dias, irá te ajudar a lembrar de tomá-lo.
Por quanto tempo continuar tomando Seebri®
Continue utilizando Seebri® por quanto tempo seu médico indicar.
A DPOC é uma doença crônica e você deverá utilizar Seebri® todos os dias e não apenas quando tiver problemas para respirar, ou outros sintomas da DPOC.
Se você tiver dúvidas sobre quanto tempo tomar Seebri®, converse com seu médico ou farmacêutico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Seebri?
Se você se esquecer de tomar uma dose, tome uma dose assim que possível, mas não tome duas doses no mesmo dia.
Tome a próxima dose no horário habitual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Seebri?
Siga todas as instruções do seu médico, cuidadosamente. Elas podem diferir das informações gerais contidas nesta bula.
Antes de utilizar Seebri®, avise seu médico se alguma das condições abaixo se aplicar a você:
- Se você tem problemas nos rins;
- Se você tem um problema nos olhos chamado glaucoma de ângulo fechado;
- Se você tem dificuldade para urinar.
Durante o tratamento com Seebri®:
- Pare de usar Seebri® e avise seu médico imediatamente se você apresentar aperto no peito, tosse, chiado ou falta de ar logo após o uso de Seebri® (sinais de broncoespasmo).
- Pare de usar Seebri® e avise seu médico imediatamente se você apresentar dificuldades em respirar ou engolir, inchaço na língua, lábios e face, erupção cutânea, prurido e urticária (sinais de reação alérgica).
- Pare de tomar Seebri® e avise seu médico imediatamente se você tiver dor nos olhos ou desconforto, visão temporariamente embaçada, halos visuais ou imagens coloridas em associação com olhos vermelhos; estes podem ser sinais de uma crise aguda de glaucoma de ângulo fechado.
Seebri® é utilizado para o tratamento de manutenção da DPOC. Não utilize Seebri® para tratar crises agudas de falta de ar ou chiados.
Crianças e adolescentes (abaixo de 18 anos)
Você não deve utilizar Seebri® se você tem menos de 18 anos de idade.
Idosos (75 anos ou acima)
Se você tem 75 anos ou mais, você pode utilizar Seebri® nas mesmas doses que outros adultos.
Gravidez e lactação
Se você está grávida, pensa que está grávida ou está planejando engravidar, ou se você está amamentando, avise seu médico. Ele discutirá com você se você pode utilizar Seebri®.
Converse com seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Seebri?
Como com todos os medicamentos, pacientes utilizando Seebri® podem apresentar reações adversas, embora nem todos os pacientes as apresentem.
Algumas reações adversas podem ser graves
Se sentir quaisquer efeitos secundários graves, pare de usar este medicamento e informe o seu médico imediatamente.
Incomuns (pode afetar até 1 em cada 100 pacientes)
- Batimentos cardíacos irregulares (possíveis sinais de fibrilação atrial);
- Altos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia; sintomas típicos incluem sede ou fome excessiva e urinar frequentemente).
Desconhecida: a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis
- Inchaço, principalmente da língua, lábios, face e garganta (possíveis sinais de angioedema). Se você apresentar alguns destes efeitos, avise seu médico imediatamente.
- Dificuldade em respirar ou engolir, inchaço da língua, lábios e face, erupção cutânea, coceira e urticária (sinais de reações alérgicas).
- Dificuldade em respirar com chiado ou tosse (sinais de broncoespasmo paradoxal).
Outros possíveis efeitos colaterais
Outros efeitos colaterais incluem o seguinte listado abaixo. Se estes efeitos colaterais se agravarem, informe o seu médico, farmacêutico ou profissional de saúde.
Comuns (pode afetar até 1 em cada 10 pacientes)
- Boca seca;
- Náusea, vômitos, diarreia e dor abdominal (possíveis sintomas de gastroenterite);
- Dificuldade para dormir;
- Nariz escorrendo ou entupido, espirros (rinite), dor de garganta;
- Dor musculoesquelética;
- Dor no pescoço.
Incomuns (pode afetar até 1 em cada 100 pacientes)
- Desconforto estomacal após a alimentação (possíveis sinais de dispepsia);
- Cáries dentais;
- Dor nas extremidades (ex.: braços e pernas);
- Dor nos músculos, ossos ou articulações do tórax;
- Erupções cutâneas (rash);
- Cansaço;
- Fraqueza;
- Sensação de pressão ou dor nas bochechas ou testa (possíveis sintomas de congestão sinusal);
- Tosse com catarro;
- Irritação da garganta;
- Sangramento do nariz;
- Dor ao urinar e urinar frequente (possíveis sinais de cistite);
- Dificuldade e dor para urinar (possíveis sinais de disúria);
- Palpitações;
- Dormência.
Desconhecida: a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis
- Coceira;
- Alteração da voz (rouquidão).
Alguns pacientes idosos acima de 75 anos, também apresentaram dor de cabeça e infecção do trato urinário.
Se você notar qualquer efeito não mencionado nesta bula, por favor, informe seu médico ou farmacêutico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Seebri
Cápsulas com pó para inalação 50 mcg
Embalagens contendo 10 cápsulas + 1 inalador ou 30 cápsulas + 1 inalador.
Via inalatória.
Uso adulto.
Qual a composição do Seebri?
Cada cápsula de Seebri® contém:
63 mcg de brometo de glicopirrônio (equivalente a 50 mcg de glicopirrônio).
Excipientes: lactose monoidratada e estearato de magnésio.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Seebri maior do que a recomendada?
Se você inalou mais Seebri® do que deveria ou se alguém acidentalmente utilizou seu medicamento, contate um médico ou hospital imediatamente. Mostre a embalagem de Seebri®. Cuidados médicos podem ser necessários.
Uma dose excessiva de brometo de glicopirrônio pode potencialmente levar a sinais e sintomas anticolinérgicos, como náusea, vômitos, tontura, vertigem e visão embaçada.
Estes pacientes devem evitar fazer esforço até que recebam cuidados médicos.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Seebri com outros remédios?
Avise seu médico ou farmacêutico se você está tomando ou tomou recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo aqueles obtidos sem prescrição. Isto inclui medicamentos similares ao Seebri®, utilizados para sua doença pulmonar. Não é recomendado o uso de Seebri® com anticolinérgicos como ipratrópio, oxitrópio ou tiotrópio.
Nenhum efeito colateral específico foi relatado quando Seebri® foi administrado em conjunto com outros produtos utilizados no tratamento da DPOC, como medicações de alívio, por exemplo, salbutamol, metilxantinas, tais como teofilina e/ou esteroides orais e inalatórios como a prednisolona.
Tomando Seebri® com alimentos ou bebidas
Você pode inalar Seebri® a qualquer momento, antes ou após a ingestão de alimentos ou bebidas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Seebri?
Resultados de Eficácia
Lactentes que apresentam deficiência de LAL
O LAL-CL03 foi um estudo multicêntrico, aberto e de braço único de Alfassebelipase em 9 pacientes com deficiência de LAL com falha no crescimento ou outros indícios de doença rapidamente progressiva antes dos 6 meses de idade. Os pacientes apresentavam também doença hepática rapidamente progressiva e hepatoesplenomegalia grave. A faixa etária para admissão no estudo era de 1-6 meses. Os pacientes receberam Alfassebelipase a 0,35 mg/kg uma vez por semana durante as primeiras 2 semanas e depois 1 mg/kg uma vez por semana. Com base na resposta clínica, o aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana verificou-se logo ao fim de 1 mês e até 20 meses após o início do tratamento a 1 mg/kg. Foi permitido um aumento adicional progressivo da dose para 5 mg/kg uma vez por semana. A eficácia foi avaliada comparando a experiência de sobrevida de pacientes tratados com Alfassebelipase que sobreviveram por mais de 12 meses de idade no LAL-CL03 com um grupo histórico de lactentes não tratados que apresentavam deficiência de LAL com características clínicas semelhantes.
No LAL-CL03, 6 de 9 lactentes tratados com Alfassebelipase sobreviveram mais de 12 meses (67% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 30% a 93%). Com o tratamento continuado por mais de 12 meses de idade, 1 paciente adicional faleceu aos 15 meses de idade. No grupo histórico, 0 de 21 pacientes sobreviveu mais de 8 meses de idade (0% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 0% a 16%). Alfassebelipase em doses até 1 mg/kg uma vez por semana resultou em melhorias dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e aumento de peso nas primeiras semanas de tratamento. Da linha basal até à semana 48, as reduções médias de ALT e AST foram -34,0 U/l e -44,5 U/l, respetivamente. O aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana foi associado a melhorias adicionais no aumento de peso, linfadenopatia e albumina sérica. Da linha basal até à semana 48, o percentil de peso médio para a idade melhorou de 12,74% para 29,83% e os níveis médios de albumina sérica aumentaram de 26,7 g/l para 38,7 g/l. Um lactente foi tratado com 5 mg/kg uma vez por semana no LAL-CL03; não foram notificadas reações adversas novas com esta dose. Na ausência de mais dados clínicos, esta dose não é recomendada.
Crianças e adultos com deficiência de LAL
O LAL-CL02 foi um estudo multicêntrico, duplo cego e controlado por placebo em 66 crianças e adultos com deficiência de LAL. Os pacientes foram aleatorizados para receberem Alfassebelipase a uma dose de 1 mg/kg (n=36) ou placebo (n=30) uma vez de duas em duas semanas durante 20 semanas no período duplo cego. A faixa etária no momento da randomização era dos 4 aos 58 anos de idade (71% tinham < 18 anos de idade). Para a admissão no estudo, os pacientes tinham de apresentar níveis de ALT ≥1,5 vezes o limite superior do normal (LSN). A maioria dos pacientes (58%) tinha colesterol LDL > 190 mg/dl no momento da admissão no estudo e 24% dos pacientes com colesterol LDL > 190 mg/dl estavam tomando medicamentos para baixar os lípidos. Dos 32 pacientes que fizeram uma biópsia de fígado no momento da admissão no estudo, 100% tinham fibrose e 31% tinham cirrose. A faixa etária dos pacientes com indícios de cirrose na biópsia era dos 4 aos 21 anos de idade.
Foram avaliados os seguintes parâmetros de avaliação final:
Formalização da ALT, diminuição do colesterol LDL, diminuição do colesterol não HDL, normalização da AST, diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol HDL, diminuição do teor de gordura no fígado avaliado por imagem por ressonância magnética - eco de gradiente multi-eco (MEGE-MRI) e melhoria da esteatose hepática medida por morfometria. Observou-se uma melhoria estatisticamente significativa em vários parâmetros de avaliação final no grupo tratado com Alfassebelipase em comparação com o grupo de placebo na conclusão do período de 20 semanas de duplo cego do estudo, como apresentado na Tabela 3. A redução absoluta do nível médio de ALT foi de - 57,9 U/l (-53%) no grupo tratado com Alfassebelipase e -6,7 U/l (-6%) no grupo de placebo.
Tabela 3: Parâmetros de avaliação final primários e secundários de eficácia no LALCL02
a Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34 ou 43 U/l, em função da idade e do sexo.
b Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34-59 U/l, em função da idade e do sexo. Avaliada em pacientes com valores anormais na linha basal (n=36 para o Alfassebelipase; n=29 para o placebo).
c Avaliado em pacientes com avaliações efetuadas por MEGE-MRI (n=32 para o Alfassebelipase; n=25 para o placebo).
d Os valores de P são do teste exato de Fisher para os parâmetros de avaliação final de normalização e do teste de soma de postos Wilcoxon para todos os outros parâmetros de avaliação final.
Estiveram disponíveis biópsias de fígado emparelhadas na linha basal e na semana 20 num subgrupo de pacientes (n=26). Dos pacientes com biópsias de fígado emparelhadas, 63% (10/16) dos pacientes tratados com Alfassebelipase melhoraram da esteatose hepática (pelo menos ≥ 5% de redução) medida por morfometria em comparação com 40% (4/10) dos pacientes a receber placebo. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. Período aberto Sessenta e cinco de 66 pacientes entraram no período aberto (até 130 semanas) com uma dose de Alfassebelipase de 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas.
Nos pacientes que tinham recebido Alfassebelipase durante o período de duplo cego, as reduções dos níveis de ALT durante as primeiras 20 semanas de tratamento mantiveram-se e observaram-se melhorias adicionais nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Quatro (4) de 65 pacientes no período aberto tiveram um aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez de duas em duas semanas com base na resposta clínica. Os pacientes que receberam placebo apresentaram níveis séricos persistentemente elevados de transaminases e níveis séricos anormais de lípidos durante o período de duplo cego. Consistente com o que foi observado nos pacientes tratados com Alfassebelipase durante o período de duplo cego, o início do tratamento com Alfassebelipase durante o período aberto produziu melhorias rápidas nos níveis de ALT e nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Num estudo aberto separado (LAL-CL01/LAL-CL04) em pacientes adultos com deficiência de LAL, as melhorias nos níveis séricos de transaminases e lípidos foram sustentadas durante o período de tratamento de 104 semanas.
População pediátrica
Cinquenta e seis de 84 pacientes (67%) que receberam Alfassebelipase durante os estudos clínicos (LAL-CL01/LAL-CL04, LAL-CL02 e LAL-CL03) pertenciam à faixa etária pediátrica e adolescente (1 mês até 18 anos de idade).
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros produtos do trato alimentar e metabolismo, enzimas; código ATC: A16AB14.
Deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)
A deficiência de LAL é uma doença rara associada a morbidade e mortalidade significativas, que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta. A deficiência de LAL nos lactentes é uma emergência médica com rápida progressão da doença ao longo de um período de semanas, tipicamente fatal nos primeiros 6 meses de vida. A deficiência de LAL é uma doença autossômica recessiva de armazenamento lisossomal caracterizada por um defeito genético que resulta numa diminuição acentuada ou perda de atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL). A atividade deficiente da enzima LAL resulta no acúmulo lisossomal de ésteres do colesterol e triglicérides.
No fígado, este acúmulo conduz a hepatomegalia, teor de gordura no fígado aumentado, elevação das transaminases indicativo de lesão crônica do fígado e progressão para fibrose, cirrose e complicações de doença hepática em fase terminal. No baço, a deficiência de LAL resulta em esplenomegalia, anemia e trombocitopenia. O acúmlo de lípidos na parede do intestino conduz a má absorção e falha no crescimento. A dislipidemia é frequente com o LDL e os triglicérides elevados e o HDL baixo, associados ao teor de gordura aumentado no fígado e às elevações das transaminases. Além da doença hepática, os pacientes com deficiência de LAL têm um risco aumentado de doença cardiovascular e aterosclerose acelerada.
Mecanismo de ação
A Alfassebelipase é uma lipase ácida lisossomal humana recombinante (rhLAL). A Alfassebelipase liga-se aos recetores da superfície celular através de glicanos expressos na proteína e é subsequentemente internalizada nos lisossomas. A Alfassebelipase catalisa a hidrólise lisossomal dos ésteres do colesterol e triglicérides para colesterol livre, glicerol e ácidos graxos livres. A substituição da atividade da enzima LAL conduz a reduções do teor de gordura no fígado e das transaminases, e ativa o metabolismo dos ésteres do colesterol e triglicérides no lisossoma, conduzindo a reduções do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol de lipoproteínas não de alta densidade, triglicérides e aumentos do colesterol HDL. A melhoria do crescimento ocorre em resultado da redução de substratos no intestino.
Propriedades farmacocinéticas
Crianças e adultos
A farmacocinética da Alfassebelipase em crianças e adultos foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população de 65 pacientes com deficiência de LAL que receberam infusões intravenosas de Alfassebelipase a 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas no LAL-CL02. Vinte e quatro pacientes tinham idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, 23 tinham idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e 18 tinham idade ≥ 18 anos (Tabela 4). Com base numa análise não compartimental de dados de adultos (LAL-CL01/LAL-CL-04), a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg. Não se observou acúmulo a 1 mg/kg (uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas) ou 3 mg/kg uma vez por semana.
Tabela 4: Parâmetros farmacocinéticos médios da população
* Semana 22 para os pacientes a receber placebo reinicializada para Semana 0, isto é, primeira semana de tratamento ativo.
AUCss = Área sob a curva de concentração plasmática-tempo em estado estacionário.
Cmax = Concentração máxima.
Tmax = Tempo até à concentração máxima.
CL = Depuração.
Vc = Volume central de distribuição.
T½ = Semivida.
Lactentes (< 6 meses de idade)
No LAL-CL03, a Alfassebelipase foi eliminada da circulação sistêmica com um T½ mediana de 0,1 h (intervalo: 0,1-0,2) à dose de 3 mg/kg uma vez por semana (n = 4). A diferença em exposições à Alfassebelipase entre os grupos que receberam 0,35 mg/kg e 3 mg/kg uma vez por semana foi mais do que proporcional à dose, com um aumento de 8,6 vezes da dose, resultando num aumento de 9,6 vezes da exposição para a AUC e um aumento de 10,0 vezes para a Cmax.
Linearidade/não linearidade
Com base nestes dados, a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg.
Populações especiais
Durante a análise de covariáveis do modelo de farmacocinética da população para a Alfassebelipase, constatou-se que a idade, o peso corporal e o sexo não tinham uma influência significativa na CL e no Vc da Alfassebelipase. A Alfassebelipase não foi investigada em pacientes com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos ou em pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. As informações sobre a farmacocinética da Alfassebelipase em grupos étnicos não caucasianos são limitadas. A Alfassebelipase é uma proteína e prevê-se que seja metabolicamente degradada através de hidrólise péptica. Consequentemente, não se prevê que a função hepática comprometida afete a farmacocinética da Alfassebelipase.
Para os pacientes com comprometimento hepático grave existe falta de dados. A eliminação renal da Alfassebelipase é considerada uma via menor para a depuração. Para os pacientes com comprometimento renal existe falta de dados. As informações sobre o impacto de anticorpos antifármaco na farmacocinética da Alfassebelipase são limitadas.
Como devo armazenar o Seebri?
Seebri® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C) e protegido da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto
As cápsulas são cor de laranja claro, com pó branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Seebri
M.S – 1.0068.1117
Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150
Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo – SP
CNPJ 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Novartis Pharma Stein AG, Stein, Suíça
Ou
Siegfried Barbera S.L., Barberà del Vallès, Espanha (vide cartucho).
® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Alfassebelipase
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 16 de Julho de 2024.
Seebri 50mcg, caixa com 12 cápsulas com pó de uso inalatório + 1 inalador
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