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Anticoncepcionais

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Tudo sobre Anticoncepcionais

A palavra anticoncepcional é um termo genérico que abrange uma gama muito grande de métodos contraceptivos. Com o passar dos anos, houve uma evolução significativa nesses métodos.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos em reversíveis e irreversíveis ou definitivos. Os reversíveis se dividem em três subtipos. Veja alguns exemplos de cada um deles abaixo:

  • Reversíveis: são subdivididos em comportamentais, de barreira e hormonais. Alguns exemplos desses métodos são a camisinha masculina e feminina, DIU feminino ou dispositivo intrauterino, pílula, anticoncepcionais injetáveis, implante subcutâneo, diafragma, tabelinha, espermicida, entre outros;
  • Irreversíveis: são os métodos cirúrgicos, como a laqueadura e vasectomia.

É importante lembrar que dos métodos contraceptivos, o único que também protege contra ISTs ou infecções sexualmente transmissíveis são as camisinhas feminina e masculina.

Atualmente, usamos o termo anticoncepcional para se referir às pílulas, subcutâneo, injetável e DIU ou dispositivo intrauterino.

A pílula do dia seguinte também se encaixa nessa categoria, porém ela é um método contraceptivo de emergência e não deve ser tomada com frequência.

O anticoncepcional subcutâneo, injetável e pílulas são chamados de hormonais, tendo também uma versão hormonal do DIU. Mas você sabe qual a história deles? 

Em 1951, Margaret Sanger, uma enfermeira americana, conseguiu financiamento para iniciar as pesquisas sobre a contracepção hormonal. 

Em 1955 veio o resultado, quando os pesquisadores anunciaram tentativas bem-sucedidas de evitar a ovulação por meio das progestinas.

Inicialmente esse medicamento foi comercializado como regulador menstrual. A primeira pílula anticoncepcional só foi aprovada como contraceptivo em 1960. 

Em 1970, é lançada a segunda geração contraceptiva, com menos hormônios e eficácia similar. Atualmente, está na quarta geração desse medicamento, com pílulas que possuem uma taxa hormonal 10 vezes menor que o primeiro anticoncepcional.

Desde que foram lançados, os contraceptivos hormonais se tornaram os mais usados pelas mulheres, pois além da proteção contraceptiva, podem diminuir o fluxo menstrual, melhorar sintomas relacionados à TPM e até ajudar no controle da acne.

Mas afinal, como os contraceptivos hormonais agem no organismo? Eles são feitos à base de uma combinação de estrogênio sintético ou natural e progestagênio ou progestagênio isolado.

O estrogênio é o hormônio sexual feminino e está relacionado com o crescimento das mamas, pelos pubianos e ciclo menstrual. Já a progestina ou progestagênio é a forma sintética da progesterona, um hormônio produzido naturalmente pelo nosso organismo.

Juntos, esses hormônios auxiliam a regular a menstruação, inibem a ovulação e reduzem a quantidade de muco cervical, deixando-o menos úmido, elástico e escorregadio, o que dificulta a passagem dos espermatozoides.

Há atualmente, uma crescente nas pesquisas para o desenvolvimento de anticoncepcionais masculinos, ou seja, uma versão da pílula anticoncepcional feminina, porém adaptada para o organismo masculino.

A pesquisa mais avançada é a de uma injeção chamada Risug, criada inicialmente com o objetivo de inibir a transmissão do vírus HIV. 

Ela consiste em gel que é aplicado na área do sistema reprodutor masculino responsável por deslocar os espermatozóides antes da ejaculação. Sua função é incapacitá-los, impedindo a fertilização do óvulo.

Os estudos demonstraram que seus efeitos podem durar cerca de 10 anos, sem a necessidade de fazer nenhum tipo de manipulação hormonal e a sua reversão é mais simples que a da vasectomia.

Ah! E não esqueça que é extremamente importante informar os médicos que você faz uso de anticoncepcionais, pois a interação com outros medicamentos, pode alterar a eficácia e cortar o efeito desse método contraceptivo.

Gostou do nosso conteúdo até agora? Continue a leitura para mais informações sobre anticoncepcionais.

Quais os tipos de anticoncepcionais?

Os tipos principais de anticoncepcionais são pílulas, dispositivo intrauterino (DIU), subcutâneos e injetáveis. Também chamados de métodos hormonais, eles contém hormônios que previnem a ocorrência da ovulação. Veja a seguir as características de cada um deles:

  • Pílula: é um comprimido pequeno que deve ser tomado diariamente via oral;
  • Dispositivo intrauterino (DIU): esse método contraceptivo possui duas versões, o DIU de cobre, que forma uma barreira física e outra com liberação hormonal;
  • Subcutâneo: implante feito na parte inferior do braço, ele libera os hormônios de forma gradativa, podendo durar 6 meses, 1 ou 3 anos. Deve ser retirado e substituído após esse período;
  • Injetável: sua aplicação é por meio de uma injeção intramuscular, com frequência mensal ou trimestral.

A pílula anticoncepcional é segura?

Sim! A pílula anticoncepcional é segura, desde que tomada com a orientação de um ginecologista. Ela é um medicamento, por isso apresenta contra-indicações, podendo causar também reações adversas.

Quem não pode tomar pílula anticoncepcional?

Não podem tomar pílula anticoncepcional grávidas, com doenças cardiovasculares, insuficiência hepática, diabetes com complicações, hipertensão arterial, entre outros.

Seu uso também é desaconselhado para pessoas fumantes com mais de 35 anos, pois isso aumenta o risco de trombose, problema de saúde que ocorre devido a presença de coágulos sanguíneos nas veias das pernas e coxas.

O anticoncepcional hormonal é um medicamento, portanto também pode oferecer riscos, contra-indicações e reações adversas. Sempre procure um profissional para tirar dúvidas.

Quais as reações adversas do anticoncepcional?

As reações adversas mais comuns são alteração no fluxo menstrual, dor de cabeça, náusea, aumento de peso, alterações de humor, acne e inchaço. 

Cada organismo reage de uma forma diferente aos hormônios, podendo ou não apresentar alguma reação. 

Além disso, os diferentes tipos de anticoncepcionais também podem influenciar nas reações, por exemplo, aumento de peso é mais comum nos injetáveis.

Quais os riscos do uso de anticoncepcionais?

O principal risco relacionado ao uso de anticoncepcionais é o desenvolvimento de trombose venosa profunda, uma doença grave causada pela formação de coágulos nas veias.

Ela ocorre em cerca de 4 pessoas a cada 10 mil, aumentando de 2 a 4 vezes com o uso de anticoncepcionais, sendo considerado de risco baixo de ocorrência pela OMS.

No entanto, caso haja histórico familiar de doenças cardiovasculares, especialmente trombose, esse risco pode ser potencializado, sendo contraindicado o uso de anticoncepcional hormonal nesse caso.

O anticoncepcional altera a libido?

Sim, o anticoncepcional pode alterar a libido. Em alguns casos, ele pode aumentar o desejo sexual e em outros, pode diminuir temporariamente a libido, ou seja, a diminuição ocorre apenas durante a fase de adaptação ao medicamento.

Atenção, caso a diminuição da libido persista, procure orientação profissional para entender o que está ocorrendo no seu organismo.

Pode engravidar na pausa entre cartelas?

Não! Não pode engravidar na pausa entre cartelas desde que tenha sido tomado todos os comprimidos diários de forma correta.

As pílulas anticoncepcionais foram desenvolvidas para proporcionar a proteção contraceptiva durante a pausa entre cartelas quando tomadas corretamente.

Como saber se a pílula está fazendo efeito?

Não há um teste para saber se a pílula está fazendo efeito, porém ela terá a eficácia assegurada se tomada diariamente e de forma correta, conforme indicado pelo ginecologista e pela fabricante.

É importante lembrar que a eficácia da pílula é de cerca de 98%, podendo chegar a 99,9% quando combinada com o uso de camisinha, que também previne infecções sexualmente transmissíveis.

Como iniciar o uso do anticoncepcional?

Para iniciar o uso do anticoncepcional, o ideal é consultar um médico. O ginecologista é o profissional ideal para indicar qual o método contraceptivo adequado para cada caso.

Ele também pode indicar o melhor anticoncepcional para o seu organismo, levando em consideração fatores que podem alterar a eficácia ou aumentar os risco de reações adversas.

O que acontece se esquecer de tomar o anticoncepcional um dia?

 

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