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Bula do Resist

Princípio Ativo: Cloridrato de Lisina

Classe Terapêutica: Antivirais para Herpes

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 17 de Abril de 2024.

Resist, para o que é indicado e para o que serve?

Resist é indicado como auxiliar na prevenção do aparecimento de lesões cutâneas recorrentes causadas pelo vírus herpes simples recidivante.

Como o Resist funciona?

A lisina é um aminoácido essencial, presente em alguns alimentos, mas que o corpo humano não consegue produzir. Os estudos têm demonstrado que o uso da lisina reduz as infecções de repetição causadas pelo vírus do herpes simples.

Quais as contraindicações do Resist?

Resist é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. Não utilizar o produto em caso de doença nos rins ou no fígado. Não há registro sobre o uso de lisina em pacientes com doença renal.

Como usar o Resist?

O tratamento com Resist deve ser de uma cápsula de 500 mg, 3 vezes ao dia, junto às refeições, durante 6 meses ou de acordo com a orientação médica.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Resist?

Retomar o tratamento de acordo com a dose recomendada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Resist?

Resist é seguro quando utilizado via oral, nas doses recomendadas, por até um ano. Pode causar efeitos adversos como dor gástrica, diarreia e falência dos rins (se tomado em altas doses e por período prolongado).

Se houver doença renal, o uso de lisina deve ser feito após avaliação médica.

Deve-se evitar a associação de lisina com aminoglicosídeos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Resist?

O uso de Resist pode causar efeitos adversos como dor gástrica e diarreia. O uso de lisina em altas doses e por período prolongado pode causar falência dos rins.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Resist

Cápsulas de 500 mg: embalagens com 30 e 90 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Qual a composição do Resist?

Cada cápsula de Resist contém:

Cloridrato de lisina (equivalente a 400 mg de lisina) 500 mg

Excipientes: talco, celulose microcristalina e estearato de magnésio.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Resist maior do que a recomendada?

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Resist com outros remédios?

A lisina pode aumentar a absorção de cálcio. Normalmente esta interação é favorável. No entanto, pacientes com câncer devem ter acompanhamento médico constante, pois o cálcio pode favorecer o crescimento de células cancerosas.

O uso concomitante de aminoglicosídeo está associado à falência renal em ratos. Portanto, devese evitar a associação de lisina com aminoglicosídeos.

Qual a ação da substância do Resist?

Resultados de Eficácia


A lisina é um aminoácido essencial, presente em alguns alimentos, mas que o corpo humano não consegue produzir. Estudos mostram que a sua administração está relacionada com menor risco de recidiva em pacientes portadores de VHS. A lisina apresenta um efeito expressivo sobre a redução da replicação do VHS-1, assim como reduz o tempo de cura das lesões. As proteínas sintetizadas pelo VHS contêm mais arginina e menos lisina em comparação com as proteínas sintetizadas pela célula hospedeira. O VHS necessita de 5 argininas para sua replicação. A lisina antagoniza a arginina por vários mecanismos: a lisina funciona como um antimetabólito da arginina; compete com arginina para a reabsorção dos túbulos renais, aumentando assim a excreção de arginina; compete com arginina para absorção intestinal; induz a enzima arginase, resultando na degradação de arginina; e compete com arginina pelo transporte nas células.

Os estudos têm demonstrado que a suplementação com lisina reduz a taxa de recorrência de infecções por Herpes simplex. A eficácia da lisina pode variar de acordo com a dosagem usada, o teor de lisina e de arginina na dieta, e a eficiência da absorção de lisina pode variar de pessoa para pessoa. A dose ótima de lisina para prevenção de Herpes simplex recorrente em adultos recomenda-se um range de 1000 mg - 3000 mg/dia via oral, sendo que o tratamento deve ser iniciado no primeiro estágio de recorrência.

In vitro, a lisina apresentou um efeito inibitório sobre a replicação do VHS, mas não conseguiu evitar a reativação do vírus em gânglios explantados. A lisina mostrou atuar como antagonista para a arginina, a qual tem medidas de apoio ao crescimento do VHS. O antagonismo entre estes dois aminoácidos conduziu à sugestão de que os indivíduos com Herpes devem aumentar a ingestão de alimentos ricos em lisina e reduzir a ingestão de alimentos ricos em arginina, ou simplesmente tomar suplementos de lisina.

Referências Bibliográficas

GABY, A. R. Natural Remedies for Herpes Simplex. Alternative Medicine Review. v. 11, n. 2, p 93-101, 2006.

Características Farmacológicas


A lisina é um aminoácido essencial envolvido em muitos processos biológicos, incluindo a afinidade de receptores, os pontos de clivagem de protease, a retenção do retículo endoplasmático, a estrutura nuclear e função, a elasticidade do músculo e a quelação de metais pesados.

A meia-vida biológica e o volume de distribuição da lisina não são conhecidos na literatura científica.

A lisina é absorvida a partir do lúmen do intestino delgado para os enterócitos por um processo de transporte ativo.

A maior parte da lisina fica concentrada no espaço intracelular do tecido muscular. Calcula-se que 78% do pool de lisina livre se localizem no músculo, 2% no plasma e os outros 20% fiquem divididos entre os outros tecidos.

A lisina é transportada via circulação-porta para o fígado. A biotransformação da lisina pode seguir a via metabólica de síntese de proteínas ou catabolismo oxidativo. O catabolismo oxidativo da lisina resulta em aceto acetil coenzima A e CO2 como produtos finais. No entanto, tem sido sugerido que a utilização inicial dos aminoácidos seja voltada principalmente para a síntese de proteínas.

A degradação dos aminoácidos se inicia com a remoção do nitrogênio do esqueleto carbônico.

O grupo amino é retirado e transferido para o alfa-cetoglurato, formando o aminoácido glutamato. Através de vias metabólicas específicas, o grupo amino é canalizado para a síntese de uréia e a cadeia carbônica remanescente é convertida em piruvato, acetil-coA e intermediários do ciclo de Krebs.

A lisina apresenta um efeito expressivo sobre a redução da replicação do VHS-1. As proteínas sintetizadas pelo VHS contêm mais arginina e menos lisina em comparação com as proteínas sintetizadas pela célula hospedeira. O VHS necessita de 5 argininas para sua replicação.

A lisina atua antagonizando a arginina por vários mecanismos:

  • Funciona como um antimetabólito da arginina;
  • Compete com arginina para a reabsorção dos túbulos renais, aumentando assim a excreção de arginina;
  • Compete com arginina pela absorção intestinal;
  • Induz a enzima arginase, resultando na degradação de arginina;
  • E compete com arginina pelo transporte nas células.

Em cultura de tecidos, a lisina antagonizou a ação de promoção de crescimento da arginina em VHS. Estas observações levantam a possibilidade de que tanto o aumentando do cosumo de lisina absoluta, quanto à relação de ingestão de lisina para arginina sejam relevantes para a prevenção e tratamento de infecções do Herpes simplex.

Quando a razão de lisina em relação arginina é elevada, a replicação viral e a citopatogenicidade do vírus Herpes simplex é inibida. lisina também podem facilitar a absorção de cálcio a partir do intestino delgado, garantindo a absorção adequada de cálcio. A lisina ajuda a formar colágeno, auxilia na produção de anticorpos, hormônios e enzimas.

A deficiência em lisina pode resultar em cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, olhos vermelhos, crescimento retardado, perda de cabelo, anemia e problemas reprodutivos.

Como devo armazenar o Resist?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Cápsulas gelatinosas duras com tampa e corpo azul, contendo pó branco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Resist

MS - 1.0573.0466

Farmacêutico Responsável:
Gabriela Mallmann
CRF-SP nº 30.138

Registrado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 - 20º andar
São Paulo - SP
CNPJ 60.659.463/0029-92
Indústria Brasileira

Fabricado e embalado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Guarulhos - SP

Ou

Embalado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Cabo de Santo Agostinho – PE

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Cloridrato de Lisina


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 17 de Abril de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 17 de Abril de 2024.

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