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Bula do Prevencor

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 27 de Julho de 2023.

Prevencor, para o que é indicado e para o que serve?

A apresentação associada de Prevencor composta por sinvastatina e ácido acetilsalicílico, está indicada na prevenção primária e secundária da doença aterosclerótica cardiovascular associada a hiperlipidemia.

Prevencor pode reduzir o risco de morte por doença coronariana e de infarto do miocárdio não fatal; reduzir o risco de eventos isquêmicos coronarianos; o risco de acidente vascular cerebral e ataques isquêmicos transitórios; o risco de realização de procedimentos de revascularização do miocárdio; e retardar a progressão do processo aterosclerótico, reduzindo o desenvolvimento de novas lesões e de novas oclusões totais.

A sinvastatina, uma das medicações associadas de Prevencor, é usada como terapia adjuvante à dieta para reduzir os níveis elevados de colesterol total, LDL-colesterol e triglicérides em pacientes com hiperlipidemia; também eleva o HDL-colesterol e, portanto, reduz a relação colesterol total/HDL-colesterol, um indicador de risco da doença cardiovascular.

Como o Prevencor funciona?

O Prevencor constitui-se em uma associação de dois medicamentos utilizados concomitantemente (ácido acetilsalicílico e sinvastatina) na prevenção e/ou tratamento da doença aterosclerótica cardiovascular (cardiopatia isquêmica, infarto do miocárdio, doença aterosclerótica cerebral e periférica) devido à ação antitrombótica do ácido acetilsalicílico e ação redutora de colesterol ocasionada pela sinvastatina.

Quais as contraindicações do Prevencor?

Sinvastatina é contraindicado nos casos de hipersensibilidade a qualquer componente do produto, em pacientes com doenças do fígado ativas ou elevações persistentes e inexplicadas das transaminases séricas.

O ácido acetilsalicílico não deve ser tomado em casos de suspeita de dengue, asma, gastrite, úlcera péptica ou problemas hemorrágicos. No caso do ácido acetilsalicílico.

Crianças ou adolescente não devem usar este medicamento para catapora ou sintomas gripais antes que um médico seja consultado sobre a síndrome de reye, uma rara, mas grave doença associada a esse medicamento.

A sinvastatina e ácido acetilsalicílico estão contraindicados durante a gravidez e lactação.

Como usar o Prevencor?

O paciente deve iniciar uma dieta-padrão redutora de colesterol antes de receber Prevencor e deve mantê-la durante o tratamento com Prevencor.

Nos casos de hiperlipidemia refratários a dietoterapia, está indicado o uso de Prevencor 10 (10 mg de sinvastatina e 100 mg de ácido acetilsalicílico).

Ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos maiores do que 4 semanas, com Prevencor 20 ou 40, correspondente a doses de 20 e 40 mg de sinvastatina e 100 mg de ácido acetilsalicílico, respectivamente.

As duas medicações que compõem o Prevencor devem ser ingeridas concomitantemente em tomadas únicas diárias, preferencialmente à noite, antes ou após o jantar. Se os níveis de LDL-colesterol forem reduzidos para menos de 75 mg/dL, ou se os níveis de colesterol total plasmáticos forem reduzidos para menos de 140 mg/dL, deve-se considerar a redução da dose de Prevencor.

Para comprimido revestido de sinvastatina: Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.

Interrupção do tratamento

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Quais cuidados devo ter ao usar o Prevencor?

Gravidez e lactação

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação. Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez. Se ocorrer gravidez durante o uso de Prevencor, suspenda o tratamento e avise prontamente o médico.

Idosos

Ácido acetilsalicílico

Pacientes idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos tóxicos dos salicilatos, possivelmente porque ocorre diminuição da função renal.

Sinvastatina

Para pacientes com idade acima de 65 anos, que receberam sinvastatina em estudos clínicos controlados, a eficácia avaliada por meio da redução dos níveis de colesterol total e de LDL-colesterol, mostrou ser semelhante àquela observada na população como um todo e não houve aumento aparente na frequência de achados adversos clínicos ou laboratoriais.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Quando dirigir veículos ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que pode ocorrer ocasionalmente vertigem ou fadiga durante o tratamento de hipertensão.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Prevencor?

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis tais como náuseas, vômitos e azia decorrentes do ácido acetilsalicílico. A sinvastatina é geralmente bem tolerada. A maioria dos efeitos adversos tem sido de natureza leve e transitória; os mais comuns são distúrbios digestivos e os menos comuns, fraqueza e cefaleia. Menos comuns ainda são dores, dolorimento ou fraqueza muscular, problemas no fígado e hipersensibilidade (reações alérgicas que podem ter vários sintomas, incluindo dores nas articulações, febre e falta de ar). Considerando-se que os problemas musculares em raras ocasiões são graves, procure seu médico imediatamente se você apresentar dor, dolorimento ou fraqueza musculares.

Informe ao seu médico se você apresentar um sintoma incomum ou se um sintoma conhecido persistir ou piorar.

Apresentações do Prevencor

Prevencor 10 - Embalagens com:

30 Comprimidos de ácido acetilsalicílico 100 mg + 30 comprimidos revestidos de sinvastatina 10 mg.

Prevencor 20 - Embalagens com:

30 Comprimidos de ácido acetilsalicílico 100 mg + 30 comprimidos revestidos de sinvastatina 20 mg.

Prevencor 40 - Embalagens com:

30 Comprimidos de ácido acetilsalicílico 100 mg + 30 comprimidos revestidos de sinvastatina 40 mg.

Uso adulto.

Uso oral.

Qual a composição do Prevencor?

Prevencor 10

Cada comprimido (amarelo) de ácido acetilsalicílico contém:

Ácido acetilsalicílico

100 mg

Excipientes* q.s.p.

1 comprimido

*Ácido esteárico, amido, aroma de laranja, celulose microcristalina, corante laca amarelo crepúsculo, corante laca amarelo quinolina, dióxido de silício e sacarina sódica di-hidratada.

Cada comprimido revestido (rosa claro) de sinvastatina contém:

Sinvastatina

10 mg

Excipientes* q.s.p.

1 comprimido

*Ácido ascórbico, ácido cítrico, amido, hidroxianisol butilado, celulose microcristalina, estearato de magnésio, hiprolose, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho e talco.

Prevencor 20

Cada comprimido (amarelo) de ácido acetilsalicílico contém:

Ácido acetilsalicílico

100 mg

Excipientes* q.s.p.

1 comprimido

*Ácido esteárico, amido, aroma de laranja, celulose microcristalina, corante laca amarelo crepúsculo, corante laca amarelo quinolina, dióxido de silício e sacarina sódica di-hidratada.

Cada comprimido revestido (salmão) de sinvastatina 20 mg contém:

Sinvastatina

20 mg

Excipientes* q.s.p.

1 comprimido

*Ácido ascórbico, ácido cítrico, amido, hidroxianisol butilado, celulose microcristalina, estearato de magnésio, hiprolose, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho e silicato de magnésio.

Prevencor 40

Cada comprimido (amarelo) de ácido acetilsalicílico contém:

Ácido acetilsalicílico

100 mg

Excipientes* q.s.p.

1 comprimido

*Ácido esteárico, amido, aroma de laranja, celulose microcristalina, corante laca amarelo crepúsculo, corante laca amarelo quinolina, dióxido de silício e sacarina sódica di-hidratada.

Cada comprimido revestido (rosa) de sinvastatina 40 mg contém:

Sinvastatina

40 mg

Excipientes* q.s.p.

1 comprimido

*Ácido ascórbico, ácido cítrico, amido, hidroxianisol butilado, celulose microcristalina, estearato de magnésio, hiprolose, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho e silicato de magnésio.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Prevencor maior do que a recomendada?

Ácido acetilsalicílico

Em caso de superdose acidental, procure imediatamente um médico ou um Centro de Intoxicações, mesmo na ausência de sinais ou sintomas. Enquanto a intoxicação aguda provoca alterações graves do equilíbrio ácido-básico, a intoxicação crônica causa alterações predominantes do sistema nervoso central (salicilismo). Além do distúrbio ácido-básico e eletrolítico (perda de potássio), hipoglicemia, erupções da pele e hemorragia gastrintestinal, os sintomas podem incluir hiperventilação, zumbido, náuseas, vômitos, distúrbios visuais e auditivos, cefaleia, tontura e confusão. Na intoxicação grave, podem ocorrer delírio, tremor, dispneia, sudorese, hipertermia e coma.

No tratamento da intoxicação recomenda-se medidas usuais para reduzir a absorção do princípio ativo, acelerar a excreção e monitorar o balanço hídrico e eletrolítico, normalizar a temperatura e a atividade respiratória.

Sinvastatina

Foram relatados poucos casos de superdose; a dose máxima ingerida foi de 3,6 g.

Todos os pacientes recuperaram-se sem sequelas. Até o momento, nenhum tratamento específico foi recomendado, portanto, devem ser adotadas medidas gerais.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Prevencor com outros remédios?

Enquanto estiver em tratamento com Prevencor não tome nenhum outro medicamento sem o consentimento de seu médico; este deve ser informado sobre todos os medicamentos que está tomando ou planeja tomar, incluindo os medicamentos adquiridos sem prescrição médica. Você deve informar que está tomando Prevencor a qualquer médico que prescreva um novo medicamento para você.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Evite a ingestão concomitante com álcool e drogas como acetazolamida, corticosteroides, anticoagulantes orais, heparina, hipoglicemiantes, metotrexato e probenecida.

Uma vez que a administração concomitante de sinvastatina e alguns medicamentos pode aumentar o risco de problemas musculares, é particularmente importante informar ao médico se você está tomando ciclosporina, agentes antifúngicos (tais como o itraconazol ou o cetoconazol), derivados do ácido fíbrico (tais como genfibrozila e bezafibrato), os antibióticos eritromicina e claritromicina, inibidores da protease do HIV (tais como o indinavir, o nelfinavir, o ritonavir e o saquinavir), o antidepressivo nefazodona, amiodarona (medicamento usado para o tratamento de alterações do ritmo dos batimentos cardíacos), anti-hipertensivos, como por exemplo, verapamil ou diltiazem (medicamentos utilizados para o tratamento de pressão alta, angina ou outras afecções cardíacas) ou doses altas (≥ 1 g /dia) de niacina ou de ácido nicotínico.

Também é importante informar ao seu médico se você estiver tomando anticoagulantes (medicamentos que evitam a formação de coágulos sanguíneos) como a varfarina e a femprocumona ou fenofibrato, outro derivado do ácido fíbrico.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. Os ingredientes inativos podem causar reações alérgicas.

Interação Alimentícia: posso usar o Prevencor com alimentos?

O suco de grapefruit contém um ou mais componentes que inibem o CYP3A4 e podem aumentar os níveis plasmáticos de medicamentos metabolizados por este sistema enzimático. O efeito do consumo típico (um copo de 250 ml diariamente) é mínimo (aumento de 13% nos níveis plasmáticos da atividade inibitória da HMG-CoA redutase, conforme medido pela área sob a curva de concentração-tempo) e sem importância clínica.

Entretanto, quantidades muito grandes (acima de 1 litro diariamente) aumentam significativamente os níveis plasmáticos da atividade inibitória da HMG-CoA redutase durante a terapia com a sinvastatina e devem ser evitadas.

Qual a ação da substância do Prevencor?

Ácido acetilsalicílico

Como éster do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico é uma substância com propriedades analgésicas, antipirética, antiinflamatória e antitrombótica. Como mecanismo de ação, promove a inibição da enzima cicloxigenase e, portanto, a inibição da produção de prostaglandinas E2 e prostaciclina I2 e do tromboxano A2.

Nas plaquetas, o principal produto da cicloxigenase é o tromboxano A2, um indutor da agregação plaquetária e potente vasoconstritor. O ácido acetilsalicílico bloqueia a produção do tromboxano A2 a partir da inibição permanente da cicloxigenase plaquetária durante o tempo de vida da plaqueta (7 a 10 dias). O benefício de longo prazo obtido com o ácido acetilsalicílico tem sido atribuído também a outros efeitos, como o aumento da atividade fibrinolítica do plasma e a redução de trombina.

O efeito máximo antitrombótico ocorre quando usado preferencialmente em doses baixas. Estudos referentes às doses de ácido acetilsalicílico e a função plaquetária demonstraram que, para a prevenção de infarto do miocárdio, doses baixas (100 mg ou menos) são suficientes. Foi publicada uma metanálise sobre prevenção primária, demonstrando que o uso de ácido acetilsalicílico reduz significativamente o risco de eventos coronarianos, suplantando o risco de efeitos adversos maiores (sangramentos gastrintestinais ou acidente vascular cerebral).

Um estudo referente aos procedimentos cirúrgicos coronarianos demonstrou uma redução de aproximadamente 50% na oclusão de pontes após cirurgia de revascularização do miocárdio e complicações oclusivas agudas após angioplastia. Um estudo de metanálise, referente à prevenção secundária, demonstrou que o uso diário de 75 a 150 mg de ácido acetilsalicílico reduziu a mortalidade naqueles indivíduos com infarto do miocárdio, angina do peito, doença aterosclerótica cerebral e periférica. A análise de cinco estudos, envolvendo o uso associado do ácido acetilsalisílico e uma estatina, demonstrou uma redução adicional no risco de eventos cardiovasculares nos casos que receberam essa associação, em relação ao uso isolado da estatina.

O ácido acetilsalicílico é convertido em seu principal metabólito, ácido salicílico, durante e após a absorção. O metabolismo é limitado pela capacidade de enzimas hepáticas. A ligação às proteínas plasmáticas é dose-dependente (de 66% a 98% de ácido salicílico). Após altas doses, é detectável nos líquidos cefalorraquiano e sinovial. O ácido salicílico atravessa a barreira placentária e é excretado no leite. Sua meia-vida de eliminação é dose-dependente (2 a 3 horas para baixas doses e 12 horas para doses analgésicas). O ácido salicílico e seus metabólitos são excretados, principalmente, por via renal.

Sinvastatina

A sinvastatina é um agente redutor do colesterol derivado sinteticamente de um produto de fermentação do Aspergillus terreus.

Após a ingestão, sinvastatina, que é uma lactona inativa, é hidrolisado ao β-hidroxiácido correspondente.

Esse é o principal metabólito e é um inibidor da 3-hidróxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, uma enzima que catalisa um passo precoce e limitante da taxa de biossíntese do colesterol.

Estudos clínicos mostram que sinvastatina é altamente eficaz para reduzir as concentrações plasmáticas do colesterol total, do LDL-colesterol, dos triglicérides e do VLDL-colesterol e para aumentar o HDLcolesterol nas formas familiar heterozigótica e não familiar de hipercolesterolemia e na hiperlipidemia mista, quando o colesterol elevado for preocupante e a dieta apenas se mostre insuficiente. Observam-se respostas acentuadas em duas semanas e respostas terapêuticas máximas ocorrem em 4 a 6 semanas. A resposta mantém-se com a continuidade da terapia. Quando a terapia com sinvastatina é interrompida, os níveis de colesterol e lípides voltam aos níveis anteriores ao tratamento.

A forma ativa da sinvastatina é um inibidor específico da HMG-CoA redutase, enzima que catalisa a conversão da HMG-CoA a mevalonato. Em virtude de essa conversão ser um passo inicial da biossíntese do colesterol, não se espera que a terapia com sinvastatina provoque acúmulo de esteróis potencialmente tóxicos. Além disso, a HMG-CoA é também rapidamente metabolizada de volta a acetil-CoA, a qual participa de muitos processos de biossíntese no organismo.

Em estudos com animais, a sinvastatina demonstrou alta seletividade pelo fígado após administração oral, onde atingiu concentrações consideravelmente mais altas do que em tecidos não-alvo. A sinvastatina sofre amplo metabolismo de primeira passagem no fígado, principal local para sua ação, com subseqüente excreção na bile. A exposição sistêmica à forma ativa da sinvastatina em humanos é inferior a 5% da dose oral; destes, 95% estão ligados às proteínas plasmáticas.

No Estudo Escandinavo de Sobrevida com sinvastatina (4S), o efeito do tratamento com sinvastatina na mortalidade por todas as causas foi avaliado em 4.444 pacientes com doença coronariana (DAC) e colesterol total no período basal entre 212-309 mg/dl (5,5-8,0 mmol/l) durante um período mediano de 5,4 anos. Nesse estudo multicêntrico, randômico, duplo-cego e controlado com placebo, sinvastatina reduziu em 30% o risco de morte; em 42%, o risco de morte por DAC; e em 37% o risco de infarto do miocárdio não-fatal comprovado no hospital. Além disso, sinvastatina reduziu em 37% o risco de procedimentos para revascularização do miocárdio (bypass da artéria coronariana ou angioplastia coronariana transluminal percutânea). Em pacientes com diabetes melito, o risco de um evento coronariano importante foi reduzido em 55%. Além disso, sinvastatina reduziu significativamente o risco de eventos cerebrovasculares fatais e não fatais (AVC e ataques isquêmicos transitórios) em 28%.

No Estudo de Proteção do Coração – Heart Protection Study (HPS) –, os efeitos do tratamento com sinvastatina durante um período de acompanhamento de 5,3 anos, em média, foram avaliados em 20.536 pacientes com ou sem hiperlipidemia e alto risco de eventos coronarianos, em decorrência de diabetes, antecedentes de acidente vascular cerebral (AVC) ou outra doença cerebrovascular, doença vascular periférica ou doença coronariana. No período basal, 33% apresentavam níveis de LDL inferiores a 116 mg/dl; 25%, entre 116 mg/dl e 135 mg/dl e 42%, superiores a 135 mg/dl.

Nesse estudo multicêntrico, randômico, duplo-cego e controlado com placebo, sinvastatina 40 mg/dia comparado ao placebo reduziu o risco de mortalidade por todas as causas em 13%, em conseqüência da redução de mortes por doença coronariana (18%). Sinvastatina também diminuiu o risco de eventos coronarianos relevantes (um desfecho composto de IM não fatal ou mortes de origem coronariana) em 27%. Sinvastatina reduziu a necessidade de procedimentos de revascularização coronariana (incluindo bypass ou angioplastia coronariana transluminal percutânea) e procedimentos de revascularização periférica e outros procedimentos de revascularização não coronarianos, em 30% e 16%, respectivamente.

Sinvastatina reduziu o risco de AVC em 25%. Além disso, Sinvastatina reduziu o risco de hospitalização por angina em 17%. Os riscos de eventos coronarianos e vasculares relevantes (um desfecho composto que incluiu os eventos coronarianos relevantes, AVC ou procedimentos de revascularização) foram reduzidos em cerca de 25% em pacientes com ou sem doença coronariana, incluindo pacientes com diabetes e pacientes com doença periférica ou cerebrovascular. Além disso, no subgrupo de pacientes com diabetes, sinvastatina reduziu o risco do desenvolvimento de complicações macrovasculares, incluindo procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou angioplastia), amputação de membros inferiores ou úlceras nas pernas em 21%.

As reduções de risco produzidas por sinvastatina nos eventos relevantes, vasculares e coronarianos, foram evidentes e consistentes independentemente da idade e do sexo do paciente, dos níveis de LDC-C, HDL-C, TG, apolipoproteína A-I ou apolipoproteína B no período basal, da presença ou ausência de hipertensão, dos níveis de creatinina até o limite para inclusão de 2,3 mg/dL, da presença ou ausência de medicações cardiovasculares (aspirina, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina [ECA] ou bloqueadores dos canais de cálcio) no período basal, de tabagismo, de ingestão de álcool ou de obesidade. Ao final de 5 anos, 32% dos pacientes no grupo placebo estavam tomando uma vastatina (fora do protocolo do estudo); portanto, as reduções de risco observadas subestimam o real efeito da sinvastatina.

Em estudo clínico multicêntrico, controlado com placebo, que utilizou angiografia coronariana quantitativa e envolveu 404 pacientes, sinvastatina retardou a progressão da aterosclerose coronariana e reduziu o desenvolvimento de novas lesões e de novas oclusões totais, ao passo que as lesões ateroscleróticas coronarianas pioraram de forma constante ao longo de um período de 4 anos em pacientes que receberam tratamento-padrão. As análises de subgrupo de dois estudos que incluíram 147 pacientes com hipertrigliceridemia (hiperlipidemia tipo IV de Fredrickson) demonstraram que 20 a 80 mg/dia de sinvastatina reduziu os níveis de triglicérides em 21% a 39% (placebo: 11% a 13%), de LDL-colesterol em 23% a 35% (placebo: +1% a +3%) e do colesterol não HDL, em 26% a 43% (placebo: +1% a +3%) e aumentou o HDL-C em 9% a 14% (placebo: 3%).

Em outra análise de subgrupo de sete pacientes com disbetalipoproteinemia (hiperlipidemia tipo III de Fredrickson), 80 mg/dia de sinvastatina reduziu os níveis de LDL-C, inclusive das lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) em 51% (placebo: 8%) e de VLDL-colesterol + IDL em 60% (placebo: 4%).

Como devo armazenar o Prevencor?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem externa do produto.

Não utilize o medicamento se o prazo de validade estiver vencido, pois pode ser prejudicial à saúde.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Prevencor

MS - 1.0181.0456

Venda sob prescrição médica.

Data de fabricação, prazo de validade e nº de lote: vide cartucho.

Farm. Resp.:
Dra. Miriam Onoda Fujisawa
CRF-SP nº 10.640

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 - Campinas - SP
CNPJ 50.929.710/0001-79 
Indústria Brasileira

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Ácido Acetilsalicílico + Sinvastatina


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 27 de Julho de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 27 de Julho de 2023.

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