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Piolhos

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Tudo sobre piolhos

Comuns a crianças em fase escolar, os piolhos podem chegar de repente e causar um grande incômodo. São insetos pequenos que, na maior parte dos casos, se alojam no couro cabeludo. Eles têm preferência por lugares aquecidos, úmidos e escuros.

O nome científico do piolho é pediculus humanus, e a presença desses parasitas consiste na doença chamada pediculose. Quando instalados, começam a se alimentar com sangue e a depositar ovos. A reprodução acontece rapidamente, por isso o combate também precisa ser rápido.

Os piolhos estão presentes na natureza há milhares de anos. Ao todo, existem cerca de 9,5 mil espécies. Diversas aves e mamíferos têm piolhos que se alojam em suas peles.

Alguns são apenas sugadores, como é o caso dos que habitam nos seres humanos. Outros, porém, são do tipo mastigadores e se alimentam de restos de pele e ácaros.

São 3 os tipos que podem se abrigar em pessoas. Além dos piolhos que se instalam na cabeça, também existem outros dois que se estabelecem em lugares diferentes.

O piolho chato é comumente encontrado junto aos pelos pubianos, mas também pode alcançar a região das sobrancelhas e cílios. Já o piolho muquirana é o que pode se espalhar por toda a extensão do corpo.

Um piolho de cabeça adulto tem cerca de 2 a 3 milímetros de comprimento. É bem pequeno, mas visível a olho nu ou com a ajuda de uma lupa. Tem formato achatado, 6 patas e sua cor é marrom ou cinza.

Eles se alimentam aproximadamente 4 vezes ao dia e suas picadas provocam coceiras intensas.

Vamos entender um pouco mais sobre esses insetos?

O que são lêndeas?

Este é o nome dado para os ovos do piolho. Uma fêmea adulta pode depositar até 300 ovos durante sua curta vida – cerca de 30 dias.

As lêndeas ficam envoltas em uma espécie de cola e se prendem no couro cabeludo facilmente. Elas são brancas e parecidas com caspa, porém é possível saber a diferença porque a caspa é removida sem esforço, enquanto a lêndea fica grudada na pele ou no fio de cabelo. 

Ciclo de vida do piolho

A lêndea – ou o ovo – é o estágio inicial da vida do parasita. Ele fica cerca de uma semana nessa condição, até que dos ovos são liberadas as ninfas. Elas são os piolhos em sua fase inicial. 9 a 12 dias depois, finalmente chegam à sua fase adulta, passando a se alimentar com sangue e a gerar novos parasitas. 

O ciclo se repete a cada 3 semanas caso a infestação não seja controlada.

O desenvolvimento dos piolhos é mais rápido quando as temperaturas estão mais elevadas. Por esse motivo, é mais comum que infestações aconteçam no verão.

O que nos leva a ter piolho?

Os piolhos podem ser transmitidos por proximidade ou pelo contato indireto através de objetos compartilhados.

Ambientes com aglomeração de pessoas são muito propícios para que uma infestação aconteça. Uma pessoa infectada pode transmitir para várias outras em questão de minutos.

Os piolhos não possuem asas, portanto não voam, mas são leves e podem ser levados de um lugar para outro com a movimentação do vento ou dos cabelos. 

Até mesmo o ato de pentear os fios pode lançar os insetos para longe e eles, por sua vez, podem se abrigar em outra pessoa.

Além do fator proximidade, o compartilhamento de objetos pessoais entre duas ou mais pessoas, estando uma delas infectada, também pode ser a causa da transmissão. 

Os objetos de maior risco são os que ficam na cabeça ou próximo dela, como chapéus, bonés, pentes e acessórios.

Tudo isso explica porque é tão comum que crianças em idade escolar tenham piolho. Este ambiente as torna mais suscetíveis à infestação, já que costumam ficar sempre juntas umas das outras e têm o hábito de compartilhar suas coisas.

O que o piolho pode causar no ser humano?

A primeira coisa que alguém com piolhos pode sentir é a coceira exagerada no couro cabeludo. Quando picam, os parasitas liberam algumas substâncias que irritam a pele e a deixam sensibilizada, causando a coceira.

Ela, por sua vez, é suficiente para trazer desconforto e atrapalhar o sono, a concentração e o rendimento de crianças e adultos.

A coceira também pode despertar feridas, tornando propício a entrada de bactérias no organismo, provocando outras doenças. Em casos mais graves, os efeitos da pediculose podem levar o paciente até a uma anemia.

Como eliminar os piolhos?

Existem vários shampoos para piolho no mercado, assim como sabonetes e loções. Eles apresentam fórmulas com ativos que conseguem matar os piolhos e facilitar a remoção das lêndeas.

Também há medicamentos que podem ser recomendados para conter a pediculose.

Qualquer que seja o tratamento para piolhos aplicado, deve ser indicado por um profissional com conhecimento na área.

Se a pessoa infectada for criança é preciso fazer um acompanhamento pediátrico, principalmente porque alguns remédios e cosméticos podem não ser indicados, dependendo da idade.

Além disso, há algumas especificações com relação ao tempo e intervalo de uso dos produtos. O profissional que estiver acompanhando irá fazer essas indicações de acordo com o procedimento escolhido.

Durante o tratamento é necessário pentear os cabelos todos os dias com um pente para piolhos. Ele possui cerdas finas e bem próximas, e consegue capturar os insetos no meio dos fios. Também é fundamental verificar o couro cabeludo e tirar piolhos e lêndeas visíveis.

Receitas caseiras podem ser usadas em conjunto, mas apenas se forem indicadas pelo profissional que estiver orientando o paciente.

A aplicação de tinturas ou o uso de secadores e outras fontes de calor não são eficazes. Apesar de haver uma possibilidade de eliminação dos piolhos, esses meios não têm ação efetiva contra as lêndeas, e em pouco tempo a infestação continuaria.

Mesmo que o tratamento tenha sido concluído, é preciso ficar atento ao couro cabeludo nas semanas seguintes, já que um novo ciclo pode se dar início caso a cura não seja total.

Pentes, escovas e acessórios utilizados pela pessoa que foi infectada devem ser mergulhados em água quente por 10 minutos, assim como toalhas e fronhas.

O que não for possível deve ser guardado em um local vedado por 2 semanas, evitando que os insetos continuem se espalhando.

Como evitar os piolhos?

Algumas dicas podem ajudar a evitar o contágio por piolhos ou identificar a infestação logo no início. 

  • Se você tem filhos em idade escolar, verifique frequentemente o couro cabeludo da criança;
  • Não compartilhe objetos de higiene pessoal ou acessórios, como fones de ouvido e bonés;
  • Evite usar os cabelos soltos, pois eles estão mais vulneráveis aos insetos;
  • Use o pente fino em todas as pessoas que convivem próximas da que foi infectada e observe os sinais que possam indicar contaminação. Se houver instrução médica, é possível fazer um tratamento preventivo;
  • Comunique a escola ou o local de trabalho da pessoa que foi diagnosticada para que as outras pessoas possam tomar os devidos cuidados;
  • Ao primeiro sinal procure um profissional de confiança para que o tratamento comece o mais rápido possível.

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