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Bula do Paracetamol + Clorzoxazona

Princípio Ativo: Paracetamol + Clorzoxazona

Medicamento de Referência: Paralon

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 17 de Março de 2023.

Paracetamol + Clorzoxazona, para o que é indicado e para o que serve?

Paracetamol + Clorzoxazona é indicado para torcicolo, contratura muscular, dor muscular, lumbago, entorses.

Quais as contraindicações do Paracetamol + Clorzoxazona?

Paracetamol + Clorzoxazona é contraindicado em casos de:

  • Hipersensibilidade aos componentes ativos ou aos excipientes da formulação;
  • Disfunção hepática;
  • Porfiria aguda.

Como usar o Paracetamol + Clorzoxazona?

Dose inicial

  • 2 comprimidos, 3 a 4 vezes ao dia. Com o alívio dos sintomas, a dose poderá ser reduzida para 1 comprimido, 3 a 4 vezes ao dia. Nos casos refratários pode-se aumentar a dose para 3 comprimidos, 3 a 4 vezes ao dia.

Não exceder o total de 4 g de paracetamol (13 comprimidos de Paracetamol + Clorzoxazona) em 24 horas.

Qualquer modificação na dose fica a critério médico.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Paracetamol + Clorzoxazona maior do que a recomendada?

Sintomas

A clorzoxazona

Inicialmente, podem ocorrer distúrbios gastrintestinais tais como náusea, vômito ou diarreia acompanhados de sonolência, tontura, delírio ou cefaleia. Em sequência, pode aparecer mal-estar seguido de perda acentuada do tônus muscular, tornando impossível a realização de movimentos voluntários. Os reflexos de tendão podem estar diminuídos ou ausentes. O sensório permanece intacto e não há perda de sensibilidade periférica. Pode ocorrer depressão respiratória, com o aparecimento de respiração rápida e irregular e retração intercostal e subesternal. Há queda da pressão sanguínea, porém não foi descrito choque.

O paracetamol

Em casos de superdose aguda dependente da dose com paracetamol, o efeito mais sério é a possibilidade de ocorrência de necrose hepática fatal. Necrose renal tubular, hipoglicemia, coma e trombocitopenia também podem ocorrer.

Em adultos, foram registrados raros casos de hepatite tóxica com doses abaixo de 10 g, em única tomada; também foram raros os casos fatais descritos, com doses maciças de até 15 g, em única tomada. É importante ressaltar que, por razões ainda não esclarecidas, as crianças são mais resistentes aos efeitos hepatotóxicos de doses excessivas de paracetamol do que os adultos. Apesar disto, deve-se proceder as medidas mencionadas a seguir tanto nos adultos como nas crianças, caso exista suspeita de ocorrência de superdose com paracetamol.

Os sinais e sintomas que se manifestam após a ingestão de uma dose potencialmente hepatotóxica de paracetamol incluem:
  • Irritabilidade gastrintestinal, náusea, vômito, anorexia, diaforese e mal-estar geral. As evidências clínicas e laboratoriais de hepatite tóxica geralmente só se manifestam 48 a 72 horas após a ingestão.

Tratamento da superdose

Se a ingestão for recente, o estômago pode ser esvaziado imediatamente através de lavagem gástrica ou indução de vômito, seguido de administração de carvão ativado.

O antídoto N-acetilcisteína deve ser administrado assim que possível, preferencialmente em até 16 horas após a ingestão da superdose, mas em qualquer caso, em até 24 horas. Se for administrado carvão ativado, deve-se promover lavagem gástrica até a remoção do carvão antes da administração de N-acetilcisteína.

Tratamento de suporte deve ser usado como apropriado. Caso ocorra depressão respiratória, devem ser empregados oxigênio e respiração artificial e deve-se promover uma via aérea direta pelo uso de um expansor de volume plasmático e/ou de um agente vasopressor.

A concentração sérica de paracetamol deve ser obtida o mais rápido possível, mas não antes de 4 horas após a ingestão. A estimativa da quantidade de medicamento ingerida fornecida pelo paciente é de confiança notória. Os estudos da função hepática devem ser obtidos inicialmente e repetidos em intervalos de 24 horas.

Após a recuperação, não há anormalidades hepáticas residuais, estruturais ou funcionais.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Riscos do Paracetamol + Clorzoxazona?

Não use junto com outros medicamentos que contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de doença grave do fígado.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Paracetamol + Clorzoxazona com outros remédios?

Deve-se ter cautela na administração concomitante de Paracetamol + Clorzoxazona com bebidas alcoólicas ou outros medicamentos depressores do sistema nervoso central uma vez que o efeito depressor do sistema nervoso central pode ser potencializado.

Qual a ação da substância do Paracetamol + Clorzoxazona?

Resultados de Eficácia


A eficácia e segurança de Parafon Forte® (clorzoxazona 250mg/paracetamol 300mg) e Norgesic Forte® (citrato de orfenadrina 50mg/aspirina 450mg/fenacetina 320mg/cafeína 60mg) foram comparadas através do tratamento de 48 pacientes adultos com alterações músculo esqueléticas agudas de origem local1. Dois terços da população estudada eram do sexo masculino e a média de idade dos pacientes era de 38 anos.

Durante os cinco dias de estudo os fármacos foram administrados segundo a posologia recomendada em bula:

  • Para Parafon Forte®, 2 comprimidos quatro vezes ao dia e para Norgesic Forte®, 1 comprimido 4 vezes ao dia. Os parâmetros utilizados para avaliar a eficácia dos fármacos, foram: avaliação do tônus muscular através da apalpação, avaliação do espasmo muscular através da apalpação, limitação dos movimentos, interferência em atividades diárias normais e intensidade da dor local. A gravidade inicial para o grupo Parafon Forte® foi significativamente maior que no grupo Norgesic Forte® para os parâmetros limitação dos movimentos e interferência em atividades diárias normais.

Pacientes de ambos os grupos demonstraram melhora estatisticamente significante na sintomatologia; não houve diferença estatística em relação à eficácia entre os dois grupos. Globalmente, 75% dos pacientes do grupo Parafon Forte® e 58% do grupo Norgesic Forte® demonstraram resposta a terapia de expressiva a moderada.

Baseada em resultados da avaliação dos pacientes, a aceitação por parte destes favoreceu o Parafon Forte® em relação ao Norgesic Forte®, 67% vs 33%.

Significativamente menos pacientes descontinuaram a terapia no grupo Parafon Forte® (1) que no grupo Norgesic Forte® (6) ou necessitaram de redução de dosagem devido a eventos adversos. A maioria dos eventos adversos relatados pelos pacientes tratados com Norgesic Forte® foi relacionada à atividade anticolinérgica deste fármaco.

Parafon Forte® e Norgesic Forte® apresentaram eficácia comparável no alívio da dor relacionada ao espasmo muscular, porém, o Parafon Forte® causou significativamente menos eventos adversos limitantes.

A eficácia e segurança de Parafon Forte® (clorzoxazona 250mg/paracetamol 300mg) e Soma Compound® (carisoprodol 200mg/fenacetina 160mg/cafeína 32mg) foram comparadas em um outro estudo controlado, durante um período médio de 5 dias, em 50 pacientes apresentando diferentes alterações músculo esqueléticas. Neste estudo, os pacientes receberam 2 comprimidos de Parafon Forte® ou Soma Compound® 4 vezes ao dia, administrados por via oral2.

Parafon Forte® foi significativamente superior ao Soma Compound® na diminuição da intensidade da dor, espasmo muscular, alívio da sensibilidade na região do espasmo muscular, limitação dos movimentos e na sintomatologia total. As impressões gerais (avaliação global) ou resposta geral a terapia realizadas em cada avaliação foram consistentes com respostas registradas através de mensurações objetivas. Estas avaliações globais favoráveis ao Parafon Forte® também foram estatisticamente significativas.

Os pacientes tratados com Soma Compound® apresentaram duas vezes mais eventos adversos, principalmente sonolência, em relação aos pacientes tratados com Parafon Forte®.

A eficácia e a incidência de eventos adversos associadas ao Parafon® Forte (clorzoxazona 250mg/ paracetamol 300mg) e ao Robaxisal® (metocarbamol 400mg/aspirina 325mg) foram comparados em um estudo duplo-cego, com duração de 8 dias, realizado com 49 pacientes apresentando espasmo muscúlo esquelético de etiologia variada. Foram administrados 2 comprimidos, 4 vezes ao dia3.

Ambos os fármacos avaliados neste estudo foram efetivos em reduzir a intensidade dos sintomas (dor, espasmo muscular, sensibilidade na região do espasmo muscular, limitaçao dos movimentos e interferência com atividades rotineiras). Entretanto, Parafon Forte® foi significativamente superior ao Robaxisal® na redução da intensidade da dor, do espasmo muscular e na limitação dos movimentos. Estes achados foram suportados pelas avaliações globais dos tratamentos.

Os eventos adversos (principalmente sonolência, tontura e náusea) foram mínimos em ambos os grupos de tratamento, mas foram um pouco mais comuns nos pacientes tratados com Robaxisal® que nos pacientes tratados com Parafon Forte®.

Referências Bibliográficas

1. Cranston JP. Double-Blind Comparison of Parafon Forte® Tablets vc Norgesic Forte® for the Relief of Pain and Spasm of Musculoskeletal Disorders. Curr Ther Res. 1977; 21(6):809-814.
2. Miller AR. A Comparative Study of Parafon Forte® Tablets and Soma Compound® in the Treatment of Painful Skeletal Muscle Conditions. Curr Ther Res. 1976; 19(4):444-450.
3. Gready DM. Parafon Forte® versus Robaxisal® in Skeletal Muscle Disorders: A Double-Blind Study. Curr Ther Res. 1976; 20(5):666-673.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Os comprimidos de Paracetamol + Clorzoxazona combinam o efeito relaxante muscular da clorzoxazona com o efeito analgésico do paracetamol.

A clorzoxazona é um agente de ação central para condições dolorosas da musculatura esquelética. Seu modo de ação não está claramente estabelecido, mas pode estar relacionado as suas propriedades sedativas. A clorzoxazona não relaxa diretamente a musculatura esquelética contraída nos homens. Dados disponíveis de experimentos com animais, assim como dados limitados em humanos, indicam que a clorzoxazona age primariamente no cordão espinhal e nas áreas subcorticais do cérebro, inibindo o arco reflexo multissináptico envolvido na produção e manutenção do espasmo muscular esquelético de etiologia variada. O resultado clínico é uma redução nos espasmos da musculatura esquelética, aliviando a dor e aumentando a mobilidade dos músculos envolvidos. O paracetamol promove uma ação analgésica suplementar ao relaxamento muscular.

Propriedades Farmacocinéticas

A clorzoxazona

Em voluntários normais, normalmente, os níveis plasmáticos da clorzoxazona são detectados dentro de 30 minutos e os picos de concentração plasmática são alcançados dentro de 1 a 2 horas após administração oral de clorzoxazona. Seguindo doses orais múltiplas de 500 mg de clorzoxazona, são alcançados picos médios de concentrações plasmáticas de aproximadamente 15 a 17 mcg/mL. Geralmente, o início da ação ocorre em 4 horas após administração do fármaco.

O volume aparente médio de distribuição da clorzoxazona é de 0,31 L/kg.

A meia-vida de eliminação da clorzoxazona é de aproximadamente 1 a 2 horas. Menos de 6% da dose de clorzoxazona é excretada inalterada na urina dentro de 24 horas. A clorzoxazona é metabolizada no fígado para 6-hidroxiclorzoxazona, que é aparentemente inativa. Seu metabólito é eliminado por via renal, primariamente como um conjugado glicuronídeo. O metabólito aminofenol, o qual pode colorir a urina, também tem sido detectado.

Em pacientes com função renal levemente diminuída depuração de creatinina medido de 40 - 75 mL/min), a eliminação aparente e a biodisponibilidade da clorzoxazona não são significativamente diferentes das encontradas em adultos saudáveis.

Dados clínicos limitados indicam que pacientes com comprometimento hepático, geralmente com albumina sérica ≤ 3,5 g/dL, metabolizam clorzoxazona a uma velocidade reduzida, resultando em maior acúmulo do fármaco do que em adultos saudáveis.

O paracetamol

O paracetamol é rapidamente absorvido após administração oral, com níveis de picos plasmáticos ocorrendo entre 1 a 2 horas. O paracetamol é distribuído através da maioria dos tecidos corpóreos. É metabolizado primeiramente no fígado. A meia-vida de eliminação plasmática varia de 1 a 4 horas. Após 8 horas, somente uma quantidade insignificante permanece no sangue. Apenas 4% é excretada inalterada; 85% da dose ingerida é recuperada na urina na forma de um conjugado glicuronídeo. Uma pequena quantidade inalterada do fármaco é excretada na urina, mas a maioria dos metabólitos aparecem na urina dentro de 24 horas.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Paralon®.

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 17 de Março de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 17 de Março de 2023.

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