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Bula do Noretisterona

Noretisterona, para o que é indicado e para o que serve?

  • Contracepção.
  • Tratamento das hemorragias uterinas disfuncionais e distúrbios do ciclo menstrual.
  • Dismenorreia.
  • Tensão pré-menstrual.
  • Algias pélvicas.
  • Mastodínia.
  • Distúrbios da fertilidade por insuficiência progestínica.

Informações além da bula: Noretisterona

Quais as contraindicações do Noretisterona?

Anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro não devem ser utilizados por mulheres que atualmente possuam as seguintes condições:

  • Suspeita ou confirmação de gravidez;
  • Suspeita ou confirmação de câncer de mama;
  • Sangramento vaginal anormal não diagnosticado;
  • Hipersensibilidade a algum dos componentes da formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.

Categoria de risco na gravidez: X.

Como usar o Noretisterona?

Tomar 1 comprimido ao dia, por via oral, sempre na mesma hora, ininterruptamente, iniciando o tratamento a partir do primeiro dia da menstruação. A medicação não deve ser interrompida durante o fluxo menstrual.

Recomendações para administração

Os comprimidos devem ser tomados todos os dias, sempre na mesma hora.

Para a obtenção do efeito terapêutico desejado, é necessário que Noretisterona seja tomado com a regularidade preconizada.

Qualquer alteração no esquema posológico fica a critério médico.

Adultos

A administração deve ser contínua, não deve haver intervalos entre uma embalagem e outra. A próxima embalagem de Noretisterona deve sempre estar pronta para uso, e deve ser iniciada no dia seguinte ao término da última embalagem.

O primeiro ciclo de terapia deve ter início no primeiro dia do período menstrual: um comprimido ao dia com água sempre na mesma hora do dia por 28 dias. Se este procedimento for corretamente seguido, Noretisterona protege contra a gravidez a partir do primeiro dia de uso.

Crianças (16 anos de idade ou menos)

A segurança e a eficácia de Noretisterona foram estabelecidas em mulheres em idade reprodutiva. Espera-se que a segurança e a eficácia sejam semelhantes em adolescentes pós-puberais com menos de 16 anos e em usuárias com 16 anos ou mais. O uso de Noretisterona antes da menarca não é indicado.

Pacientes Idosas

O uso de Noretisterona em mulheres na pós-menopausa não é indicado.

Uso após o parto

As mulheres que não forem amamentar podem iniciar a terapia com contraceptivo oral à base de progestagênio puro imediatamente após o parto. Aquelas que estão amamentando devem iniciar Noretisterona 6 semanas após o parto. Entretanto, em mulheres que não estão amamentando exclusivamente com leite materno (mulheres que estão complementando com alguma fórmula ou alimento) a fertilidade pode retornar após 4 semanas do parto, sendo que a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando Noretisterona for iniciado depois de 4 semanas pós parto.

Uso após aborto

Após a ocorrência de um aborto, contraceptivos orais à base de progestagênio puro podem ser iniciados no dia seguinte. Como a fertilidade pode retornar em 10 dias após o aborto, a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando se iniciar Noretisterona depois de 10 dias da ocorrência do aborto.

Sangramento de escape ou “spotting

Na eventualidade de ocorrência de sangramento de escape ou “spotting”, o tratamento deve ser continuado. Sangramento de escape é frequente em mulheres em uso de contraceptivo oral à base de progestagênio puro. Se o sangramento de escape persistir ou se for acompanhado de dor abdominal, uma avaliação médica adicional deve ser considerada.

Em caso de vômito

Se ocorrer vômito no período de 2 horas após a administração do comprimido ou se ocorrer diarreia grave por um período maior do que 24 horas, a eficácia da contracepção pode ser reduzida. O tratamento não deve ser interrompido e, no dia seguinte, Noretisterona deve ser administrado normalmente no horário habitual. Outro método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) durante a doença e nas 48 horas seguintes deve ser usado.

Caso ocorra esquecimento de tomar o comprimido

Se ocorrer esquecimento de tomar o comprimido por mais de três horas além do horário habitual:

  • Tomar o comprimido assim que tenha se lembrado.
  • Voltar a tomar o próximo comprimido no horário habitual, mesmo que isto signifique tomar 2 comprimidos em 1 dia.
  • Utilizar um método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo) a cada vez que tiver relações sexuais nas 48 horas seguintes.

Para trocar de comprimidos anticoncepcionais

Se for realizar a troca de anticoncepcionais orais combinados para Noretisterona, tomar o primeiro comprimido no dia seguinte ao que tomar o último comprimido combinado. A paciente deve ser alertada de que muitas mulheres têm períodos irregulares após trocar para anticoncepcionais à base de progestagênio puro, na maioria das vezes transitório.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Noretisterona maior do que a recomendada?

Não foram relatados efeitos adversos graves após a ingestão aguda de doses elevadas de contraceptivos orais. A superdose pode causar náusea, vômito e, em mulheres jovens, sangramento vaginal. Não existem antídotos e o tratamento deve ser sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Noretisterona com outros remédios?

Se uma mulher em tratamento com Noretisterona também utilizar um medicamento ou um fitoterápico indutor de uma enzima que metaboliza a Noretisterona, principalmente a CYP3A4, deve ser aconselhada a utilizar um método contraceptivo adicional ou diferente (ex.: método de barreira). Medicamentos ou fitoterápicos que induzem tais enzimas podem diminuir as concentrações plasmáticas de Noretisterona, e podem reduzir a eficácia de Noretisterona ou aumentar o “sangramento de escape”.

Alguns medicamentos ou fitoterápicos que podem diminuir a eficácia de contraceptivos hormonais incluem:

Conduta

A indução de enzimas pode ser observada após alguns dias de tratamento. A indução enzimática máxima é geralmente vista em cerca de 10 dias, mas pode depois ser sustentada por pelo menos 4 semanas após a interrupção do tratamento com o medicamento.

Curto Prazo

Uma mulher em tratamento de curto prazo com medicamentos que induzem as enzimas de metabolização hepática de medicamentos ou substâncias ativas individuais que induzem essas enzimas deve usar temporariamente um método de barreira em adição ao EVRA, ou seja, durante o tempo de administração concomitante de medicamentos e por 28 dias após a descontinuação.

Longo Prazo

Para mulheres em tratamento de longo prazo com substâncias ativas indutoras enzimáticas, outro método de contracepção confiável, não hormonal é recomendado.

Estudos in vitro sugerem que carvão ativado se liga à Noretisterona; entretanto, o efeito terapêutico da Noretisterona não é afetado quando o carvão ativado é administrado 3 horas após a dose prévia ou 12 horas antes da próxima dose.

Aconselha-se que os médicos consultem a bula de medicamentos utilizados concomitantemente para obter maiores informações sobre as interações com contraceptivos hormonais ou o potencial para alterações enzimáticas e a possível necessidade de ajuste de doses.

Interação com exames laboratoriais

Certos testes endócrinos, de função hepática e de componentes sanguíneos podem ser afetados pelo uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente:

  • As concentrações de globulina de ligação de hormônio sexual (SHBG) podem estar diminuídas.
  • As concentrações de tiroxina podem estar diminuídas devido a uma diminuição da globulina de ligação da tireoide (TBG).

Qual a ação da substância do Noretisterona?

Resultados de Eficácia


Em humanos, a Noretisterona provou ser um inibidor altamente efetivo da ovulação. O contraceptivo oral Noretisterona previne a concepção através da supressão da ovulação em aproximadamente metade das usuárias, do espessamento do muco cervical para inibir a penetração do esperma, da diminuição do ciclo médio do hormônio luteinizante (LH) e de picos do hormônio folículo-estimulante (FSH), da diminuição do movimento do óvulo pelas trompas de falópio, e afetando adversamente a implantação por alteração do endométrio.

Se usados perfeitamente, a taxa de falha no primeiro ano para contraceptivos orais à base de progestagênios é de somente 0,5%. No entanto, a taxa de falha típica é estimada como próxima a 5%, devido a pílulas atrasadas ou omitidas. A Tabela 1 lista as taxas de gravidez para usuárias de todos os principais métodos de contracepção.

Tabela 1: Porcentagem de mulheres passando por uma gravidez indesejada durante o primeiro ano de uso típico e o primeiro ano de uso perfeito de contraceptivos e a porcentagem continuando o uso ao final do primeiro ano. Estados Unidos.

Método

% De mulheres passando por uma gravidez indesejada dentro do primeiro ano de uso

% De mulheres continuando o uso no 1º ano3

Uso típico1 Uso perfeito2

Sem uso de método contraceptivo4

85 85 -

Espermicidas5

26 6 40

Abstinência periódica

25 - 63

Tabelinha (OginoKnaus)

- 9 -

Método de ovulação

- 3 -

Sintotérmico6

- 2 -

Pós-ovulação

- 1 -

Capuz cervical7

- - -

Mulheres com paridade

40 26 42

Mulheres nuligestas

20 9 56

Esponja cervical

- - -

Mulheres com paridade

40 20 42

Mulheres nuligestas

20 9 56

Diafragma7

20 6 56

Coito interrompido

19 4 -

Preservativo8

- - -

Feminino

21 5 56

Masculino

14 3 61

Pílula

5 - 71

Progestagênio somente

- 0,5 -

Combinada

- 0,1 -

Dispositivo intrauterino

- - -

Cobre T380A

0,8 0,6 78

Sistema intrauterino de liberação hormonal – levonorgestrel 20mcg/dia

0,1

0,1 81

Depo-Provera®

0,3 0,3 70

Norplant® e Norplant-2®

0,05 0,05 88

Esterilização feminina

0,5 0,5 100

Esterilização masculina

0,15 0,10 100

Referências Bibliográficas1

1 Dentre os casais típicos que iniciam o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez), a porcentagem daqueles que vivenciaram uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por qualquer outra razão.
2 Dentre os casais que iniciaram o uso de um método (não necesariamente pela primeira vez) e aqueles que o usaram perfeitamente (ambos consistente e corretamente), a porcentagem daqueles que vivenciaram uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por nenhuma outra razão.
3 Dentre os casais tentando evitar gravidez, a porcentagem que continuou a usar o método por 1 ano.
4 As porcentagens em mulheres vivenciando uma gravidez não pretendida dentro do primeiro ano de uso foram baseadas em dados de população em que a contracepção não é usada e de mulheres que cessaram o uso de contracepção com o intuito de engravidarem. Dentre estas populações, cerca de 89% engravidaram dentro de 1 ano. Esta estimativa diminuiu levemente (para 85%) para representar a porcentagem que iria engravidar dentro de 1 ano dentre as mulheres agora contando com métodos reversíveis de contracepção se elas abandonassem a contracepção como um todo.
5 Espuma, cremes, géis, supositórios vaginais, e filme vaginal.
6 Método do muco cervical (ovulação) suplementado por calendário nas fase pré-ovulatória e temperatura basal corporal na fase pós-ovulatória.
7 Com creme ou geleia espermicida.
8 Sem espermicidas.

A eficácia de Noretisterona como um contraceptivo oral foi avaliada em 2.925 pacientes em um estudo clínico de Noretisterona ® 0,35 mg administrado diariamente. Um total de 1.801 pacientes completaram 6 meses de terapia, 1.380 pacientes completaram 12 meses, 828 completaram 18 meses, 203 pacientes completaram 24 meses, e 24 pacientes completaram 30 meses de terapia.

Durante o total de 26.713 meses de terapia, 52 casos de gravidez foram registrados (taxa de gravidez de 2,34 por 100 mulheres-ano). Destes, 26 casos de garvidez foram relatadas como associadas ao uso incorreto dos comprimidos. Os 26 casos de gravidez restantes foram relatados como associados à falha do método (taxa de gravidez de 1,17 por 100 mulheres-ano). As taxas cumulativas de gravidez para este estudo estão mostradas na Tabela 2.

Tabela 2: Taxa cumulativa de gravidez: Estudo clínico de 30 meses com Noretisterona.

Meses de terapia

Meses de uso Falha do método

Uso incorreto dos comprimidos

N (%) pacientes

1

2.925

0 1 (0,41)
2 5.705 0

1 (0,21)

3 8.231 1 (0,15)

6 (0,87)

4 10.475 2 (0,23)

7 (0,80)

5 12.505 5 (0,48)

10 (0,96)

6 14.305 6 (0,50)

11 (0,92)

7 15.905 9 (0,68)

11 (0,83)

8 17.324 9 (0,63)

12 (0,84)

9 18.593 12 (0,77)

13 (0,84)

10 19.681 14 (0,85)

14 (0,85)

11 20.634 15 (0,87)

15 (0,87)

12 21.465 17 (0,95)

15 (0,84)

13 22.181 18 (0,97)

17 (0,92)

14 22.790 20 (1,05)

17 (0,90)

15 23.338 22 (1,13)

18 (0,93)

16 23.831 25 (1,26)

19 (0,96)

17 24.270 25 (1,24)

23 (1,14)

18 24.649 26 (1,27)

25 (1,22)

19 24.982 26 (1,25)

25 (1,20)

20 25.281 26 (1,23)

26 (1,23)

21 25.554 26 (1,22)

26 (1,22)

22 25.803 26 (1,21)

26 (1,21)

23 26.027 26 (1,20)

26 (1,20)

24 26.230 26 (1,19)

26 (1,19)

25 26.394 26 (1,18)

26 (1,18)

26 26.495 26 (1,18)

26 (1,18)

27 26.559 26 (1,17)

26 (1,17)

28 26.597 26 (1,17)

26 (1,17)

29 26.713 26 (1,17)

26 (1,17)

Referências Bibliográficas

1 Rudel HW, Kincl FA. The biology of anti-fertility steroids. Acta Endocrinol (Copenh). 1966;51(Suppl 105):1-45.
2 Ortho MICRONOR Tablets (norethindrone). United States Patient Information. June 2008.
3 Trussel J. Contraceptive efficacy. In Hatcher RA, Trussel J, Stewart F, Cates W, Stewart GK, Kowal D, Guest F. (1998). Contraceptive Technology: Seventeenth Revised Edition. New York NY: Ardent Media, Inc. p. 216-221, 405, 408, 785. Doc ID EDMS-USRA-4040755.

Características Farmacológicas


Descrição

Noretisterona é uma medicação progestínica em dose adequada para uso contínuo que satisfaz plenamente, do ponto de vista terapêutico, como substância controladora dos distúrbios do ciclo menstrual e da fertilidade.

O uso ininterrupto da Noretisterona produz alterações bioquímicas do muco cervical e adaptações endometriais típicas da fase luteínica do ciclo menstrual, ligadas à fisiologia feminina da menstruação e da fertilidade.

O índice de falha durante o primeiro ano de uso é de 0,5% quando usado rigorosamente como recomendado e de cerca de 5% quando da ocorrência de atraso ou omissão na tomada do medicamento. O risco de gravidez aumenta a cada esquecimento de tomada de comprimido durante o ciclo menstrual.

Além da nítida atividade progestacional, destacamos a ínfima toxicidade e a sua eficácia e segurança.

Em uso contínuo, Noretisterona tem sido empregado, com bastante sucesso, nos distúrbios do ciclo menstrual, notadamente a dismenorreia, tensão pré-menstrual, algias pélvicas e mastodínia, proporcionando o controle de várias condições ginecológicas, relacionadas com a ação hormonal progestínica.

Se o procedimento de uso for corretamente seguido, Noretisterona protege contra a gravidez a partir do primeiro dia de uso.

Propriedades Farmacodinâmicas

Pílulas à base de progestagênio puro evitam a gravidez através de diferentes mecanismos independentes, com extensa variação interindividual e intraindividual.

Cinco formas de ação foram descritas, São elas:

  • Inibição da ovulação em aproximadamente metade dos ciclos.
  • Diminuição dos picos de LH e de FSH no meio do ciclo.
  • Redução do deslocamento do óvulo nos tubos uterinos.
  • Espessamento do muco cervical para impedir a penetração do espermatozoide.
  • Alteração do endométrio, tornando-o desfavorável à implantação do óvulo.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

A Noretisterona é absorvida rapidamente após a administração oral. O pico do nível de progestina sérica é atingido aproximadamente duas horas após a administração oral, seguido de rápida distribuição e eliminação.

A biodisponibilidade da Noretisterona é cerca de 60% (47 - 73% em vários estudos). Vinte e quatro horas após a administração oral, os níveis séricos estão próximos aos níveis de base, tornando a eficácia dependente de uma rigorosa aderência ao esquema posológico. Há uma grande variação nos níveis séricos entre cada paciente.

Metabolismo

A Noretisterona é parcialmente inativada durante o metabolismo de primeira passagem no intestino e no fígado.

Eliminação

A administração de progestagênio puro resulta em um nível de progestina sérica no estado de equilíbrio e meia-vida de eliminação menor do que quando há administração concomitante com estrogênios.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Micronor®.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Setembro de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 6 de Setembro de 2023.

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