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Bula do Neo Decapeptyl LP

Neo Decapeptyl LP, para o que é indicado e para o que serve?

Injetável 11,25 mg

Neo Decapeptyl LP é destinado ao tratamento da neoplasia maligna (câncer) da próstata hormônio-dependente em estágio avançado. Neo Decapeptyl LP pode ser usado como tratamento alternativo quando a orquiectomia ou a administração de estrógenos não são indicados ou não são aceitos pelo paciente.

Um efeito favorável do medicamento é mais claro e mais frequente quando o paciente não tiver recebido anteriormente outro tratamento hormonal.

Injetável 22,5 mg

Neo Decapeptyl LP é destinado ao tratamento de:

  • Neoplasia maligna da próstata (câncer de próstata) hormônio-dependente em estágio avançado. Também é indicado como tratamento alternativo quando a orquiectomia (retirada de testículos) ou a administração de estrógenos não são indicados ou não são aceitos pelo paciente;
  • Puberdade precoce central (PPC) (amadurecimento do corpo para a fase adulta antes do tempo), em crianças com 2 anos de idade ou mais, com início da PPC antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos.

Como o Neo Decapeptyl LP funciona?

Injetável 11,25 mg

A triptorrelina é uma substância cuja principal função é a de inibir a liberação dos hormônios sexuais. Após administração prolongada, a triptorrelina inibe os estímulos hormonais que levam ao crescimento dos tumores da próstata.

O tempo médio estimado para início da ação depois que você usar Neo Decapeptyl LP é de 48 horas.

Injetável 22,5 mg

A triptorrelina é uma substância cuja principal função é a de inibir a liberação dos hormônios sexuais. Após administração prolongada, a triptorrelina inibe os estímulos hormonais que levam à puberdade ou ao crescimento dos tumores da próstata.

O tempo médio estimado para atingir a concentração máxima do medicamento (concentração sérica máxima) depois que você usar Neo Decapeptyl LP é de 1 a 3 horas após dose única da injeção intramuscular.

Quais as contraindicações do Neo Decapeptyl LP?

Injetável 11,25 mg

Neo Decapeptyl LP é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade (alergia) a quaisquer dos componentes de sua fórmula.

Gravidez e Lactação

Em estudos em animais e mulheres grávidas, o medicamento provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto, o que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Neo Decapeptyl LP não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação.

A ausência de gravidez deve ser confirmada antes de iniciar o tratamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Este medicamento pode causar dano fetal quando administrado em mulheres grávidas.

Injetável 22,5 mg

Este medicamento é contraindicado em pacientes que apresentem:

  • Hipersensibilidade (alergia) a quaisquer dos componentes de sua fórmula;
  • Hipersensibilidade em relação ao hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH) ou hormônio liberador de gonadotropina (GnRH).

Este medicamento não deve ser administrado em caso de tumor não hormônio-dependente ou após castração cirúrgica.

Este medicamento é contraindicado em pacientes com compressão medular provocada por metástases por carcinoma prostático.

Gravidez e Lactação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Este medicamento pode causar dano fetal quando administrado em mulheres grávidas.

Como usar o Neo Decapeptyl LP?

Injetável 11,25 mg

Aplicar uma injeção de Neo Decapeptyl LP por via intramuscular profunda a cada três meses.

O produto deverá ser administrado sob a supervisão de profissional da Saúde.

Por favor, ler as instruções completamente e preparar o paciente antes de iniciar o procedimento de administração do medicamento Neo Decapeptyl LP.

A preparação deste medicamento e a sua administração devem ser realizadas por profissionais de saúde.

  • Com o auxílio de uma seringa e de uma agulha de 20 a 21 gauges, remover o diluente da ampola e injetar no frasco-ampola contendo os microgrânulos (pequenos grãos).
  • Agitar vigorosamente por 30 segundos para misturar bem o conteúdo. A suspensão deve ter aspecto homogêneo e leitoso. Para evitar a separação da suspensão, prosseguir para as próximas etapas sem demora. O produto deve ser injetado em menos de 2 minutos após a reconstituição. Se houver sedimento no frasco, agitar novamente.
  • Virar o frasco-ampola de cabeça para baixo e puxar o êmbolo da seringa para retirar toda a suspensão contida no frasco-ampola. Montar a agulha de injeção (20G – diâmetro interno) na seringa com a suspensão pronta. Não preencher a agulha após o preparo/reconstituição da medicação.
  • Uma vez reconstituída, a suspensão deve ser aplicada imediatamente por via intramuscular profunda.

Assim como outras drogas administradas por via intramuscular, o local da injeção deve mudar periodicamente.

A segurança e eficácia de Neo Decapeptyl LP somente são garantidas na administração por via intramuscular.

Observações

  • Utilizar agulha (20G – diâmetro interno) e comprimento adequado, variando de acordo com a constituição física do paciente.
  • É importante que a injeção seja aplicada seguindo rigorosamente as instruções. Toda injeção defeituosa, levando a uma perda de uma quantidade de suspensão superior àquela que normalmente resta no dispositivo utilizado para injeção, deve ser anotada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Injetável 22,5 mg

Nos pacientes com neoplasia maligna da próstata ou com puberdade precoce central, aplicar uma injeção de Neo Decapeptyl LP por via intramuscular profunda a cada 24 semanas.

Por favor, ler as instruções completamente e preparar o paciente antes de iniciar o procedimento de administração do medicamento Neo Decapeptyl LP.

A preparação deste medicamento e a sua administração devem ser realizadas por profissionais de saúde.

  • Com o auxílio de uma seringa, remover o diluente da ampola e injetar no frasco-ampola contendo os microgrânulos (pequenos grãos).
  • Agitar vigorosamente por 30 segundos para misturar bem o conteúdo. A suspensão deve ter aspecto homogêneo e leitoso. Para evitar a separação da suspensão, prosseguir para as próximas etapas sem demora. O produto deve ser injetado em menos de 2 minutos após a reconstituição. Se houver sedimento no frasco, agitar novamente.
  • Virar o frasco-ampola de cabeça para baixo e puxar o êmbolo da seringa para retirar toda a suspensão contida no frasco-ampola. Montar a agulha de injeção (20G – diâmetro interno) na seringa com a suspensão pronta. Não preencher a agulha após o preparo/reconstituição da medicação.
  • Uma vez reconstituída, a suspensão deve ser aplicada imediatamente por via intramuscular profunda.

Assim como outras drogas administradas por via intramuscular, o local de injeção deve mudar periodicamente. A segurança e eficácia de Neo Decapeptyl LP somente é garantida na administração por via intramuscular.

Observações

  • Utilizar agulha (agulha 20G – diâmetro interno) e comprimento adequado variando de acordo com a constituição física do paciente.
  • É importante que a injeção sob a forma de liberação prolongada seja aplicada seguindo rigorosamente as instruções. Toda injeção defeituosa, levando à perda de uma quantidade de suspensão superior àquela que normalmente resta no dispositivo utilizado para injeção, deve ser anotada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Neo Decapeptyl LP?

É importante que você receba o medicamento de modo regular. Se você esquecer ou perder uma consulta na qual tomaria o medicamento, o médico deverá ser consultado o mais breve possível para reestabelecer o cronograma de administração.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Neo Decapeptyl LP?

Injetável 11,25 mg

Dos casos isolados de agravamento (piora), mais frequentemente transitórios (passageiros) foram relacionados sintomas clínicos (dores ósseas em particular) a partir da instituição do tratamento. Justifica-se uma supervisão médica particularmente cuidadosa durante as primeiras semanas de tratamento, especialmente se você é portador de uma obstrução das vias excretoras (nos rins, por exemplo) e apresenta metástases vertebrais (câncer que se desenvolveu na coluna). Pela mesma razão, a administração do tratamento nos pacientes apresentando sinais de compressão medular deve ser cuidadosamente avaliada.

Pode ser útil verificar periodicamente a testosteronemia (testosterona no sangue) que não deve ser superior a 1 ng/mL.

A resposta ao tratamento pode ser avaliada em nível ósseo por exame cintilográfico e/ou escanográfico (exames de imagem nos quais é possível ver os ossos); em nível prostático, a resposta será apreciada por outro exame clínico e toque retal, ultrassonografia e/ou por exame escanográfico (exame de imagem).

Risco de diabetes e risco cardiovascular

Os pacientes podem apresentar alterações metabólicas (por exemplo, intolerância à glicose, esteatose hepática [fígado gorduroso]). Risco aumentado de diabetes mellitus (aumento do açúcar do sangue) e/ou eventos cardiovasculares foram relatados em homens tratados com agonistas de GnRH. Assim, é aconselhado monitorar os pacientes com hipertensão arterial (pressão alta), com alto risco de doença metabólica, incluindo hiperlipidemia (valores elevados de gorduras - colesterol, triglicerídeos ou ambos - no sangue) ou doenças cardiovasculares (doenças relacionadas ao coração) devido a este risco durante o tratamento com triptorrelina.

A administração de análogos sintéticos do LHRH no tratamento do carcinoma prostático (câncer de próstata) pode provocar perda óssea que pode causar osteoporose, aumentando assim o risco de fraturas. Desse modo, a consequência pode ocorrer um falso diagnóstico de metástases ósseas.

Transtornos do humor e da depressão

As variações de humor, e até depressões (em casos severos), foram relatadas durante o tratamento com triptorrelina. Os pacientes que sofrem de depressão (mesmo em seu histórico familiar) devem ser cuidadosamente observados durante a utilização deste medicamento.

Apoplexia hipofisária

Casos raros de apoplexia hipofisária (síndrome clínica resultante de um infarto hipofisário) têm sido descritos após a administração de agonistas LHRH. A maioria dos casos ocorreu em 2 semanas, algumas horas após a primeira injeção.

A apoplexia hipofisária se manifesta por dor de cabeça súbita, vômitos, distúrbios visuais, alteração do estado mental e, às vezes, colapso cardiovascular.

A intervenção médica imediata é indispensável.

Na maioria dos pacientes, já houve um edema hipofisário. Não é necessário administrar o agonista de LHRH em casos de edema hipofisário conhecido.

Este medicamento pode causar doping.

Injetável 22,5 mg

Imediatamente após a injeção de Neo Decapeptyl LP foram raramente observadas reações alérgicas. Casos raros de choque anafilático e de edema angioneurótico (reação alérgica que provoca inchaço localizado e pronunciado da pele, do revestimento do nariz, da boca e da garganta, podendo comprometer as vias respiratórias) também foram descritos após administração de triptorrelina. Se for o caso, interromper imediatamente o tratamento com este medicamento e tomar as medidas necessárias.

Parestesias (formigamentos) e enxaquecas graves são raras. Entretanto, nos casos graves ou reincidentes, interromper o tratamento.

Um cuidado especial é indicado em relação aos pacientes tratados com anticoagulantes em função do risco de hematoma no local da injeção.

Durante a fase pós-marketing, casos raros de apoplexia hipofisária (síndrome clínica resultante de um infarto hipofisário que leva à insuficiência de produção de hormônios por esta glândula) foram descritos após administração de agonistas da GnRH. Um adenoma hipofisário foi diagnosticado na maioria dos casos. A maioria dos casos ocorreu em até 2 semanas e alguns na hora subsequente à primeira injeção. A apoplexia hipofisária se manifestou subitamente por enxaquecas, vômitos, perturbações visuais, oftalmoplegia, alteração do estado mental e, às vezes, colapso cardiovascular. Nestes casos, uma intervenção imediata do médico é indispensável.

Não se deve administrar um agonista do GnRH no caso de adenoma hipofisário conhecido. Se você já teve ou apresenta doenças que acometem a hipófise, deve avisar seu médico antes de iniciar o tratamento.

Assim como os outros agonistas do LHRH, a triptorrelina provoca uma elevação passageira do teor de testosterona circulante durante a primeira semana após a primeira injeção da fórmula com liberação retardada do princípio ativo. O que é igualmente possível se o intervalo entre 2 injeções é maior que 24 semanas. Contrariamente à queda do teor de testosterona após uma orquiectomia, uma pequena porcentagem de pacientes (< 5%) pode apresentar um agravamento passageiro dos sinais e sintomas do carcinoma prostático em razão da elevação inicial da concentração de testosterona circulante. O que se manifesta, na maioria das vezes, por um agravamento das dores decorrentes do câncer, principalmente por uma neuropatia, uma hematúria ou dores ósseas que podem ser controladas com um tratamento sintomático. Casos isolados podem apresentar um agravamento dos sintomas, seja pela obstrução da uretra ou do esfíncter vesical, ou pela compressão medular por metástases, que pode ser acompanhada de paralisias com ou sem resultados fatais.

Risco de diabetes e Risco cardiovascular

Os pacientes podem apresentar alterações metabólicas (por exemplo, intolerância à glicose, esteatose hepática [fígado gorduroso]). Risco aumentado de diabetes mellitus (aumento do açúcar no sangue) e/ou eventos cardiovasculares foram relatados em homens tratados com agonistas de GnRH. Assim, é aconselhado monitorar os pacientes com hipertensão arterial (pressão alta), com alto risco de doença metabólica, incluindo hiperlipidemia (valores elevados de gorduras - colesterol, triglicérideos ou ambos - no sangue) ou doenças cardiovasculares (doenças relacionadas ao coração) contra este risco durante o tratamento com triptorrelina.

A administração de análogos sintéticos do LHRH no tratamento do carcinoma prostático (câncer de próstata) pode provocar uma perda óssea que pode causar osteoporose, aumentando assim o risco de fraturas. Desse modo, a consequência pode ocorrer um falso diagnóstico de metástases ósseas.

Alterações de humor, incluindo depressão, foram reportadas. Pacientes com depressão conhecida devem ser monitorados de perto nesse período.

Os pacientes em tratamento com Neo Decapeptyl LP para puberdade precoce central devem ser acompanhados periodicamente por um médico.

Pode ocorrer sangramento vaginal leve durante as primeiras semanas após a primeira injeção de Neo Decapeptyl LP em meninas em tratamento para puberdade precoce central. Procure o médico se o sangramento for de moderado a intenso, ou se persistir.

Hipertensão intracraniana idiopática (pseudotumor cerebral) foi relatada em pacientes pediátricos recebendo triptorrelina. Os pacientes devem ser alertados quanto aos sinais e sintomas de hipertensão intracraniana idiopática, incluindo cefaleia grave ou recorrente, distúrbios visuais e zumbidos. Se ocorrer hipertensão intracraniana idiopática, a descontinuação da triptorrelina deve ser considerada.

Este medicamento pode causar doping.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Neo Decapeptyl LP?

Injetável 11,25 mg

O uso desse medicamento pode causar reações indesejáveis que são classificadas de acordo com a frequência de aparecimento, conforme descritas abaixo:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Hipertensão, ondas de calor, aumento da ureia (exame de sangue da função dos rins), dor nos ossos, queda de hemoglobina (exame de sangue para anemia) e quadro semelhante ao gripal.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Inchaço nos membros, dor no peito, aumento da fosfatase alcalina (exame de sangue para função do fígado), aumento do açúcar no sangue, náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação (dificuldade para evacuar), diarreia, indigestão, perda do apetite, bronquite, tosse, falta de ar, faringite, tontura, dor de cabeça, insônia, dor no local da aplicação do medicamento, vermelhidão na pele, dor ao urinar, dificuldade para urinar, infecção de urina, dor nas articulações, dor nas costas, dor nos membros, câimbras, atrofia (diminuição do tamanho) dos testículos, impotência sexual, aumento e dor nas mamas no homem, redução da libido, anemia, alteração da função do fígado, conjuntivite, dor nos olhos, alteração do humor, cansaço e aumento do tumor.
Há ainda reações em que a frequência não pode ser determinada pelos estudos, que são as seguintes:
  • Sistema cardiovascular: palpitações, tromboses (embolia pulmonar, derrame, infarto agudo do miocárdio, tromboflebite [obstrução das veias acompanhada por inflamação], ataque isquêmico transitório e trombose venosa profunda).
  • Endocrinometabólico: aumento do colesterol e triglicérides e apoplexia hipofisária (perda da função na hipófise).
  • Imunológico: sépsis e angioedema (inchaço na pele).
  • Musculoesquelético: osteopenia (diminuição da massa óssea).
  • Neurológico: convulsão.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Injetável 22,5 mg

O uso desse medicamento pode causar reações indesejáveis que são classificadas de acordo com a frequência de aparecimento, conforme descritas abaixo:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Hipertensão, ondas de calor, alteração na sensibilidade em membros inferiores, aumento do suor, dor lombar, queda da hemoglobina e fraqueza.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Inchaço nos membros, aumento do açúcar no sangue, náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, diarreia, indigestão, perda do apetite, bronquite, tosse, falta de ar, tontura, dor de cabeça, insônia, dor no local da aplicação, coceira, vermelhidão na pele, dor ao urinar, retenção urinária, infecção do trato urinário, impotência sexual, redução da libido, anemia, conjuntivite, dor ocular, alteração do humor, fadiga, dor e aumento do tumor.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Gota (aumento do ácido úrico), aumento de apetite, alteração de sensibilidade, acne, queda de cabelo, prurido, aumento da ureia (exame de função renal), câimbras, mialgia, fraqueza muscular, aumento das mamas nos homens, dor mamária, atrofia testicular, dor testicular, alteração da função hepática (AST, ALT aumentadas), depressão, irritabilidade, zumbido, apatia e sonolência.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Queda de pressão, dor no peito, ganho de peso, distensão abdominal, boca seca, alteração do paladar, flatulência, dificuldade de respirar deitado, sangramento no nariz, faringite, prejuízo na memória, bolhas na pele, rigidez articular, rigidez muscular, edema articular, osteoartrite, falha na ejaculação, manchas de cor roxa na pele, aumento da fosfatase alcalina (exame de função hepática), choque anafilático, reação de hipersensibilidade, visão borrada, confusão mental, euforia, desânimo, febre, quadro gripal e alteração do equilíbrio.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Dor óssea, mal-estar, síncope, reações no local da aplicação (erupção, eritema, hematoma e endurecimento), alopecia ou queda de cabelo, menarca precoce, sudorese, sensação de calor e astenia.
Há ainda reações em que a frequência não pode ser determinada pelos estudos, que são as seguintes:
  • Sistema cardiovascular: palpitações, doença tromboembólica (embolia pulmonar, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, tromboflebite, ataque isquêmico transitório e trombose venosa profunda).
  • Endocrinometabólico: hiperlipidemia e apoplexia hipofisária.
  • Imunológico: sepsis, angioedema e urticária.
  • Musculoesquelético: osteopenia.
  • Neurológico: convulsão, hipertensão intracraniana idiopática (pseudotumor cerebral) para população pediátrica.
  • Psiquiátrico: ansiedade.
  • Respiratório: nasofaringite e infecção do trato respiratório superior.
  • Gastrointestinal: gastroenterite.
  • Reprodutivo: sangramento vaginal leve, sangramento menstrual.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Neo Decapeptyl LP

Pó liofilizado para suspensão injetável de 11,25 mg

Embalagem com 1 frasco-ampola contendo microgrânulos liofilizados + 1 diluente com 2 mL.

Uso intramuscular.

Uso adulto.

Pó liofilizado para suspensão injetável de liberação prolongada de 22,5 mg

Embalagem com 1 frasco-ampola contendo microgrânulos liofilizados + 1 diluente com 2 mL.

Uso intramuscular.

Uso adulto de pediátrico.

Qual a composição do Neo Decapeptyl LP?

Cada frasco-ampola de Neo Decapeptyl LP 11,25 mg (microgrânulos liofilizados) contém:

15,5 mg de embonato de triptorrelina (equivalente a 11,25 mg de triptorrelina).

Excipientes: polímero (D,L-lactídeo-co-glicolídeo), manitol, carmelose sódica e polissorbato 80.
Diluente: água para injetáveis.

Cada frasco-ampola (microgrânulos liofilizados) de Neo Decapeptyl LP 22,5 mg contém a dose injetável de:

36,0 mg de embonato de triptorrelina (equivalente a 22,5 mg de triptorrelina).

Excipientes: polímero (D,L-lactídeo-co-glicolídeo), manitol, carmelose sódica e polissorbato 80.
Diluente: água para injetáveis.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Neo Decapeptyl LP maior do que a recomendada?

Injetável 11,25 mg

As características farmacológicas da triptorrelina e o seu modo de administração faz a superdosagem acidental ou intencional improvável. A experimentação animal não mostrou nenhum outro efeito terapêutico previsto na concentração dos hormônios sexuais e sistema reprodutivo não produzidos, mesmo em doses mais elevadas de triptorrelina. Uma eventual superdosagem deve se beneficiar de um tratamento sintomático.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Injetável 22,5 mg

Não foram relatados casos com sinais ou sintomas decorrentes de dosagem excessiva. As experiências em animais mostram que nenhum outro efeito se manifesta fora o efeito terapêutico previsto na concentração dos hormônios sexuais e no sistema reprodutor, mesmo em doses mais elevadas de triptorrelina.

No entanto, caso ocorra superdose, a terapia deve ser descontinuada imediatamente e o tratamento de suporte e sintomático apropriado deve ser administrado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Neo Decapeptyl LP com outros remédios?

Injetável 11,25 mg

Medicamento-medicamento

Na ausência de dados e por medida de segurança, é conveniente evitar a associação de medicamentos hiperprolactinemiantes, tais como metoclopramida, fenotiazínicos (como clorpromazina e levomepromazina), butiferonas (como haloperidol), alfametildopa, antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina e clomipramina), inibidores da MAO (como tranilcipromina), opiáceos (como morfina e codeína) e medicamentos à base de estrogênio. Neo Decapeptyl LP não deve ser administrado concomitantemente (ao mesmo tempo) com medicamentos que aumentem o hormônio prolactina.

Quando a triptorrelina é coadministrada com medicamentos que afetam a secreção hipofisária de gonadotrofinas, atenção particular deve ser dada e é recomendado supervisionar o estado hormonal do paciente.

Medicamento-alimento

A ingestão de alimentos não afeta a absorção da triptorrelina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Injetável 22,5 mg

Medicamento-medicamento

Não é conhecida nenhuma interação medicamentosa entre o Neo Decapeptyl LP e outros medicamentos.

Assim, na ausência de dados e por medida de segurança, é conveniente evitar a associação de medicamentos hiperprolactinemiantes, tais como metoclopramida, fenotiazídicos (como clorpromazina e levomepromazina), butiferonas (como haloperidol), alfametildopa, antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina e clomipramina), inibidores da MAO (como tranilcipromina), opiácios (como morfina e codeína) e medicamentos a base de estrogênio. Este medicamento não deve ser administrado concomitantemente (ao mesmo tempo) com medicamentos que aumentem o hormônio prolactina.

Medicamento-alimento

A ingestão de alimentos não afeta a absorção da triptorrelina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia: posso usar o Neo Decapeptyl LP com alimentos?

A ingestão de alimentos não afeta a absorção do Embonato de Triptorrelina.

Qual a ação da substância do Neo Decapeptyl LP?

Resultados de Eficácia


A análise da resposta histológica do carcinoma de próstata tratado com injeção intramuscular mensal de Embonato de Triptorrelina foi avaliada através de biópsias prostáticas por agulha, realizadas em 20 pacientes após 24 horas da injeção, em 10 pacientes após 7 dias e em 10 pacientes após 30 dias da injeção, evidenciando-se diminuição da atividade proliferativa e atividade apoptótica.

Os estudos de farmacocinética e farmacodinâmica realizados em pacientes com carcinoma de próstata demonstram que a dose mensal de Embonato de Triptorrelina suprime a hipófise por período de pelo menos 50 dias. Em dois estudos grandes, incluindo respectivamente 91 e 41 pacientes portadores de carcinoma de próstata avançado, as taxas de respostas parciais foram obtidas em 41 a 50 % dos pacientes tratados com a injeção mensal de Embonato de Triptorrelina, e doença estável foi obtida em 37 a 44% dos pacientes. A redução das massas tumorais prostáticas em mais de 50% a partir de avaliação por ultrassonografia ou tomografia computadorizada também foi observada. Entretanto, a melhora objetiva das metástases ósseas foi variada, e observada em 14 a 39% dos pacientes.

Quando são comparados os efeitos terapêuticos de Embonato de Triptorrelina com a orquiectomia bilateral, observamos a mesma eficácia terapêutica nos dois grupos, com menores eventos adversos e maior aceitação pelo paciente com o Embonato de Triptorrelina. Em estudo clínico randomizado, as taxas de resposta obtidas pelo tratamento com Embonato de Triptorrelina de aplicação mensal (liberação de dose de 100 mcg/dia) foram comparáveis às obtidas com a orquiectomia em 79 pacientes com carcinoma de próstata avançado. As taxas de respostas parciais foram de 50 e 41% em pacientes tratados com Embonato de Triptorrelina ou orquiectomia, respectivamente; doença estável foi observada em 37% e 40%, respectivamente. Dos pacientes com metástases ósseas, melhora objetiva ocorreu em 39% dos pacientes tratados com Embonato de Triptorrelina e 35% nos tratados com orquiectomia. Os efeitos adversos da privação de testosterona foram observados com a mesma frequência nos dois grupos.

Outro estudo comparando a utilização de Embonato de Triptorrelina com a orquiectomia foi realizado por Botto, com 80 pacientes apresentando carcinoma de próstata avançado, com seguimento de 12 meses. O grupo tratado com o Embonato de Triptorrelina apresentou melhora dos sintomas urinários mais marcada, mais rápida e prolongada. A redução de volume da próstata ocorreu nos dois grupos, mas de maneira mais acentuada com o Embonato de Triptorrelina. (p<0.05). A sobrevida foi semelhante nos dois grupos.

Em outro estudo realizado por Parmar e colaboradores, foram analisados 104 pacientes randomizados entre os seguintes grupos de tratamento:

  • Grupo 1 - D-Trp-6-LHRH e grupo 2- orquiectomia. As características dos pacientes previamente ao tratamento eram semelhantes entre os dois grupos e os níveis de testosterona 1 mês após o tratamento indicavam níveis compatíveis com castração nos dois grupos.

Quarenta e seis pacientes (83%) no grupo da D-Trp-6-LHRH e 40 (82%) no grupo submetido à orquiectomia apresentaram resposta parcial ou doença estável após 3 meses. Não houve nenhuma diferença significante entre os grupos para resposta ou sobrevida. Três pacientes no grupo de D-Trp-6-LHRH tiveram reação tipo “flare” nos primeiros 10 dias de tratamento, que se solucionaram ao final de 4 a 8 semanas.

A incidência de ondas de calor, libido diminuída e impotência foram semelhantes em ambos os grupos. O estudo corrobora com a indicação de Embonato de Triptorrelina como opção segura e eficaz para a orquiectomia nos pacientes com carcinoma de próstata avançado, assim como os dados de diversos outros estudos.

Em estudo revisando os diferentes tratamentos hormonioterápicos que levam à supressão androgênica em pacientes com carcinoma de próstata, incluindo a leuprolida, a goserelina, o Embonato de Triptorrelina, e a histrelina, concluiu-se que o Embonato de Triptorrelina mantém os níveis de testosterona adequadamente baixos à terapêutica de castração em comparação aos outros agentes.

O tratamento combinado de Embonato de Triptorrelina com outros agentes antiandrogênicos para levar ao bloqueio androgênico completo vem sendo também objeto de diversos estudos, demonstrando a possibilidade de controle ou possível cura em longo prazo do carcinoma de próstata localizado. Estudo realizado com 57 paciente por Labrie e colaboradores com seguimento de 5 anos, os pacientes que receberam o tratamento de Embonato de Triptorrelina em associação à flutamida por período de 3,5 a 6,5 anos apresentaram taxa de não falência terapêutica de 95%.

O bloqueio completo das secreções gonadais assegura uma rápida regressão dos caracteres sexuais desde o terceiro mês de tratamento, retardando o crescimento estatural que se normaliza ao terceiro ano de tratamento. A progressão da maturação óssea diminui nitidamente já ao fim do primeiro ano, de modo que o prognóstico estatural final destas crianças melhora de maneira significativa. A reversibilidade do efeito antigonadotrófico de Embonato de Triptorrelina é igualmente demonstrada seja qual for a duração do tratamento. A puberdade é restabelecida no prazo compreendido entre 3 e 9 meses após a suspensão do tratamento. A tolerância deste produto é excelente.

As raras reações adversas são mínimas nesse grupo de pacientes, e não conduzem em hipótese alguma a interrupção do tratamento:

  • Cefaleias (8% dos casos), ondas de calor (12% dos casos). A porcentagem de abandono é muito baixa. O uso deEmbonato de Triptorrelina é efetivo no tratamento da puberdade precoce de origem central. O tratamento por até 5 anos diminui a velocidade de crescimento e maturação óssea, e leva a melhoria dos valores de altura média prevista para adultos. Em meninas com diagnóstico de puberdade precoce com início em idades menores (7,5 a 10 anos), o uso de Embonato de Triptorrelina não demonstrou modificação na estatura adulta final.

As reduções nos hormônios luteinizante, folículo estimulante, estrogênio, e testosterona aos níveis pré-puberais ocorreram aproximadamente após 1 mês da instituição do tratamento e mantiveram-se constantes durante a terapia.(25) Em meninas, a supressão gonadal foi correlacionada com diminuição do desenvolvimento mamário, suspensão dos ciclos menstruais e parada do desenvolvimento dos pelos pubianos; e em meninos observou-se a diminuição do crescimento dos pelos pubianos e estabilização ou regressão do volume testicular.

Em série de casos com 15 meninas, com idade média de 8,2 anos, realizou-se tratamento com Embonato de Triptorrelina 3,75 mg a cada 4 semanas por 2 anos. Observou-se a regressão do desenvolvimento mamário ao normal em um terço das pacientes, e em outro terço houve retardo do desenvolvimento mamário. Não foi observada alteração no desenvolvimento dos pelos pubianos. Em 40% das pacientes observou-se melhora dos padrões de complicações psicológicas decorrentes da patologia.

Em estudo retrospectivo incluindo 26 meninos com puberdade precoce central tratados com Embonato de Triptorrelina mensal na dose de 3,75 mg, constatou-se que o tratamento resultou em estatura final próxima à estatura alvo potencialmente estabelecida.

Diminuições significantes na velocidade de crescimento (dentro de um ano) e maturação óssea (dentro de 18 meses) aconteceram em meninos e meninas durante terapia com o Embonato de Triptorrelina.

Uma melhoria significativa na altura prevista para idade adulta foi reportada após 1.5 a 4.5 anos de tratamento. Em meninas, há alguma evidência que o benefício maior na estatura adulta prevista é mais provável de ser observado em pacientes que apresentam idade óssea mais avançada e maior diferença entre as estaturas prevista e objetivada no começo de terapia.

Em estudo de seguimento com 50 meninas e mulheres jovens que haviam sido tratadas com Embonato de Triptorrelina de depósito para puberdade precoce central (CPP) demonstrou-se que houve preservação do potencial de estatura genético, mantendo proporções de corpo normais e não houve nenhum efeito negativo na densidade óssea ou função reprodutiva. O estudo foi conduzido durante média de 5.7 anos (de 1.2 a 11 anos) após o término do tratamento com o Embonato de Triptorrelina, quando todos os pacientes atingiram a estatura potencial total. Setenta e oito por cento das meninas alcançaram a gama de altura designada individual. Só 2 mostraram proporções de corpo anormais. Menstruações começaram espontaneamente em todas as pacientes após o término do tratamento. A incidência de ovários policísticos não foi mais alta que a observada em mulheres saudáveis. Sete pacientes apresentaram osteopenia (6 em coluna lombar e 3 em colo femoral); nenhum teve osteoporose. A taxa de gordura corporal (“massa gorda”) observada foi de 37%, quase o dobro do observado em meninas saudáveis. Obesidade é um problema comum em meninas com CPP, mas a obesidade não foi agravada através de tratamento com Embonato de Triptorrelina. Avaliação psicossocial das pacientes tratadas demonstrou que as mesmas apresentavam adequada auto-estima e não apresentavam problemas psicossociais graves.

O pré-tratamento com o Embonato de Triptorrelina permite que a hiperestimulação seja realizada independentemente do ciclo natural e permite que a duração da estimulação ovariana seja mantida por pelo menos que 5 dias. O uso do análogo do GnRH nos protocolos de dessensibilização da hipófise pode ter posologia diária ou de depósito, não havendo diferença em termos de resultados (taxas de gestação) entre elas.

Em estudo de eficácia realizado por Zorn e colaboradores com 124 pacientes usando protocolo combinado noretisterona/HMG com uma injeção depot intramuscular de Embonato de Triptorrelina, foram realizadas 119 aspirações foliculares, 116 em dias programados, facilitando a rotina da clínica e das pacientes. Resultados semelhantes foram observados por Ron-El e colaboradores.

Em outro estudo realizado por Zorn, foram seguidos 408 ciclos de IVF nos quais dois protocolos foram usados:

  • Protocolo de bloqueio (n=268) ou protocolo de “flare up” (n=140). No protocolo de bloqueio o Embonato de Triptorrelina foi administrada antes da menstruação no dia 25 de um ciclo ovulatório normal. Gonadotrofinas foram administradas 10 a 17 dias mais tarde para estimular a ovulação. No primeiro passo do “flare up”, noretisterona foi administrada a partir do dia 2 do ciclo espontâneo por 7 a 25 dias, sempre terminando em uma segunda-feira e na sexta-feira seguinte eram administradas o Embonato de Triptorrelina e gonadotrofina. O protocolo 1 resultou em 46 gestações e 29 nascidos vivos. O protocolo 2 resultou em 21 gestações e 14 nascidos vivos.

Em estudo realizado com 196 pacientes submetidas à fertilização in vitro, Embonato de Triptorrelina na forma de depósito (3,75 mg via intramuscular em dose única no 21º dia do ciclo precedente ao procedimento) foi comparada o Embonato de Triptorrelina de liberação padrão (0,1 mg diariamente, via subcutânea, iniciando no 21º dia do ciclo precedente ao procedimento), não sendo evidenciadas diferenças entre os grupos em relação a tempo para obtenção de dessensibilização, duração da estimulação, e número de oócitos coletados. As taxas de gestação (28,7% versus 25,6%) e as taxas de abortamento (30% em cada grupo) foram semelhantes, e não foram observadas diferenças nos níveis hormonais durante a fase lútea do ciclo entre os grupos.

O uso de Embonato de Triptorrelina de longa ação se mostrou efetiva no tratamento do mioma uterino, prevenindo a necessidade de histerectomia em 40% das pacientes com mioma na pré-menopausa.

Em estudo realizado com 123 mulheres pré-menopausadas que apresentavam miomatose uterina com útero clinicamente aumentado para volumes entre 12 e 16 semanas de gestação, foi realizada a randomização entre dois grupos de tratamento:

  • Cirurgia ou tratamento clínico inicial com Embonato de Triptorrelina na dose de 3,75 mg a cada mês por período de 3 meses e cirurgia após o término do tratamento. As taxas de histerectomias que poderiam ser realizadas por via vaginal, anteriormente ao tratamento realizado na randomização, no primeiro grupo foram de 16%, e no segundo seria de 16%. Após o tratamento clínico no segundo grupo, 53% das mulheres foram submetidas à procedimento via vaginal (p<0,0001). Essa redução de 37% no risco de realização de cirurgia por via abdominal indica que 3 mulheres necessitariam ser tratadas com Embonato de Triptorrelina anteriormente a cirurgia para que se evite a cirurgia por via abdominal.

A realização de histerectomia por via laparoscópica também se demonstrou facilitada pelo tratamento prévio por 3 meses com Embonato de Triptorrelina, em estudo prospectivo e randomizado realizado com 62 pacientes com miomatose uterina, sendo evidenciadas diminuições do volume uterino, do tempo cirúrgico e da perda sanguínea.

O Embonato de Triptorrelina tem se demonstrado eficaz na redução dos sintomas e na remissão parcial dos implantes de endometriose na maioria das pacientes tratadas por períodos de até 6 meses.

Em estudo inicial envolvendo oito mulheres com endometriose comprovada, Zorn e colaboradores investigaram a eficácia de injeções de Embonato de Triptorrelina via intramuscular em intervalos de 16 a 36 dias por 3 a 5 meses. Após uma fase estimulatória inicial, o hipogonadismo definido como nível de estradiol < 50 pg/mL, foi atingido em todas as pacientes no dia 14 (variando do dia 7 ao dia 19). Todas as pacientes demonstraram melhora clínica com o tratamento e continuaram a apresentá-la após 5 a 7 meses do término do tratamento. Após parada do tratamento, os níveis hormonais retornaram ao normal em média de 41 dias após (variação de 32-59 dias), com ciclos menstruais após média de 70 dias (variação de 65-76 dias). Efeitos adversos, predominantemente dependentes do hipogonadismo, foram mais frequentemente apresentados através de ondas de calor e dispareunia. Em estudo posterior com 51 mulheres com endometriose comprovada, recebendo Embonato de Triptorrelina em doses mensais, observou-se queda do FSH, LH e estradiol conforme o esperado. Das 36 pacientes que terminaram o estudo, 32 foram subsequentemente seguidas. Todas elas obtiveram alívio da dismenorreia e da dor pélvica, presente em 28 das pacientes antes do tratamento.

Em estudo duplo-cego, controlado com placebo, foram analisadas pacientes com endometriose leve a moderada, que foram randomizadas para receber 3,75 mg de Embonato de Triptorrelina mensalmente ou placebo na mesma posologia, ambos por via intramuscular.

Após 24 semanas de tratamento e seguimento, foram observadas:

  • Redução da dor significativamente maior no grupo que recebeu o Embonato de Triptorrelina (p<0,001), e também diminuição da área média dos implantes de endometriose em 45% no grupo que recebeu o Embonato de Triptorrelina, sem haver modificação das medidas no grupo que recebeu placebo. Efeitos adversos, como ondas de calor principalmente, foram observados em 80% das pacientes submetidas ao tratamento com o Embonato de Triptorrelina e em 30% no grupo placebo.

Em outro estudo, o Embonato de Triptorrelina na dose de 3,75 mg aplicada via intramuscular a cada 4 semana por período de 6 meses demonstrou-se efetiva no tratamento da endometriose, avaliada através de medidas subjetivas de alívio de sintomas, através do escore revisado da American Fertility Society (rAFS), e através da redução do endometrioma ovariano. Os sintomas álgicos melhoraram após o primeiro tratamento na maioria das pacientes e virtualmente todas as pacientes ficaram sem dor após 8 semanas de tratamento. Em 21 das 25 pacientes que foram submetidas à laparoscopia de second-look, houve redução dos escores da rAFS de uma média de 43,44 no pré-tratamento para 22,30 de média no pós-tratamento (p<0,001). Em 8 de 9 pacientes com endometrioma ovariano, houve redução do diâmetro médio de 3,44 a 2,6 cm (p<0,05).

Referências Bibliográficas

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Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

O Embonato de Triptorrelina é um decapeptídeo sintético, um agonista análogo ao LHRH natural (hormônio de liberação do LH). Na sua estrutura química ocorre uma mudança de uma molécula de L-Glicina por uma de D-Triptofano na posição 6 de sua cadeia estrutural, desencadeando uma maior afinidade aos receptores GnRh, o que leva a uma diminuição da excreção dos hormônios LH e FSH. Após um estímulo inicial, a administração prolongada de Embonato de Triptorrelina leva a uma inibição da secreção gonadotrófica, suprimindo, consequentemente, as funções testiculares e ovarianas.

Pode-se ter outro mecanismo de ação:

  • Efeito direto nas gônadas pela diminuição da sensibilidade dos receptores periféricos do LHRH.

Propriedades Farmacocinéticas

Após aplicação intramuscular profunda, o pico sérico plasmático deEmbonato de Triptorrelina ocorre ao redor de 7 dias, com biodisponibilidade próxima de 100%. O tempo de meia-vida de eliminação de Embonato de Triptorrelina pode variar de 30 minutos a aproximadamente 3 horas. Apresenta excreção renal com um "clearance" de 83,5 mL/min.

Câncer da próstata

A administração de uma dose diária de Embonato de Triptorrelina pode causar uma elevação inicial das taxas sanguíneas de LH e FSH, e consequentemente, um aumento inicial das taxas de esteróides gonadais (testosterona e diidrotestosterona). A continuidade do tratamento causa uma diminuição das taxas de LH e FSH conduzindo os esteróides a uma taxa de castração, dentro de um prazo de 2 a 3 semanas, assim como quando o produto é administrado por muito tempo. Paralelamente, pode ser observada no início do tratamento uma elevação transitória das fosfatases ácidas.

O tratamento é suscetível a propiciar uma melhora de sinais funcionais e objetivos.

Aproximadamente 80% dos carcinomas de próstata são andrógeno-dependentes:
  • Pela inibição do efeito da testosterona muitas vezes é possível obter uma diminuição parcial ou retardo no desenvolvimento do tumor e, consequentemente, promover um alívio sintomático (por exemplo, na micção e nas dores devidas ao carcinoma). Esta inibição pode ser realizada tanto pela cirurgia (orquidectomia, adrenalectomia, remoção da hipófise), ou através de castração química (tratamento estrogênico ou anti-androgênico) ou, como tem sido descrito, pela administração contínua. Embonato de Triptorrelina permite que o paciente não se submeta a cirurgia e provavelmente não apresente reações adversas cardiovasculares frequentemente encontradas com tratamentos estrogênicos.
  • Após a injeção intramuscular profunda de Embonato de Triptorrelina é observado um pico inicial do princípio ativo, seguido de uma liberação constante. A Cmáx é de 1359,9 ng/L, o Tmáx é de 44,9 horas, e a área sob a curva é igual a 8534,3 ng/L/h.

Puberdade precoce

A inibição da hiperatividade gonadotrófica-hipofisária manifesta-se nos dois sexos pela supressão da secreção do estradiol ou testosterona, pela diminuição do pico de LH e pela melhora da relação idade estatural/idade óssea.

A estimulação inicial das gônadas pode ser responsável por pequenas hemorragias genitais, necessitando-se recorrer a um tratamento com acetato de medroxiprogesterona ou de ciproterona.

Endometriose

A administração prolongada de Embonato de Triptorrelina causa uma supressão da secreção do estradiol e, portanto, uma condição de repouso do tecido endometrial.

O tempo médio estimado para início da ação terapêutica após a administração de Embonato de Triptorrelina é de 48 horas.

Como devo armazenar o Neo Decapeptyl LP?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, utilizar o produto imediatamente.

Característica físicas e organolépticas

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Frasco-ampola de coloração marrom contendo pó liofilizado branco a ligeiramente amarelo, livre de partículas visíveis, que forma uma suspensão após reconstituição.

Injetável 22,5 mg

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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Neo Decapeptyl LP

MS – 1.0573.0120

Farmacêutica Responsável:
Gabriela Mallmann
CRF-SP nº 30.138

Registrado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 - 20º andar
São Paulo – SP
CNPJ 60.659.463/0029-92
Indústria Brasileira

Fabricado por:
Debiopharm Research & Manufacturing S.A.
Martigny - Suíça

Importado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Guarulhos - SP

Embalado (embalagem secundária) por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. das Nações Unidas, 22.428
São Paulo – SP

Ou

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Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Cabo de Santo Agostinho - PE

Venda sob prescrição médica.

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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 16 de Julho de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 16 de Julho de 2024.

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