Bula do Meropeném Nova Farma
Princípio Ativo: Meropeném
Classe Terapêutica: Carbapenemes E Penemes
Meropeném Nova Farma, para o que é indicado e para o que serve?
Meropeném é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças, causadas por uma única ou múltiplas bactérias sensíveis e como tratamento empírico antes da identificação do microrganismo causador:
Infecções do trato respiratório inferior; infecções urinárias, incluindo infecções complicadas; infecções intra-abdominais; infecções ginecológicas, incluindo infecções pós-parto; infecções de pele e anexos; meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da medula espinhal); septicemia (doença sistêmica causada pela propagação de microrganismos e suas toxinas através do sangue); tratamento empírico (uso inicial de antimicrobianos baseado nos agentes mais prováveis da infecção), incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos (com baixo número de neutrófilos no sangue); infecções polimicrobianas (causadas por vários microrganismos); fibrose cística (doença hereditária comum, que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, frequentemente, levando à morte prematura), tanto como monoterapia, quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.
Como o Meropeném - Nova Farma funciona?
O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral (administrado por via injetável).
O meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas.
Quais as contraindicações do Meropeném Nova Farma?
Você não deve utilizar meropeném se apresentar alergia ao meropeném ou carbonato de sódio anidro. Antes de iniciar o tratamento com meropeném, informe seu médico se você tem reação alérgica a qualquer outro antibiótico, incluindo penicilinas, outros carbapenêmicos ou outros antibióticos beta-lactâmicos.
Como usar o Meropeném Nova Farma?
Uso em adultos
A faixa de dosagem é de 1,5g a 6,0g diários, divididos em três administrações.
Dose usual
500mg a 1g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da sensibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.
Exceções
- Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1g a cada 8 horas.
- Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2g a cada 8 horas.
Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se doses de pelo menos 1g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6g por dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo menos 20mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120mg/kg por dia, divididos em 3 doses).
Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa.
Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 2g.
Uso em adultos com doença renal
A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance (depuração) de creatinina inferior a 51mL/min, como esquematizado abaixo:
Clearance de creatinina (mL/min) |
Dose (baseada na faixa de unidade de dose de 500mg a 2,0g a cada 8 horas) |
Frequência |
26 - 50 |
1 unidade de dose |
A cada 12 horas |
10 - 25 |
½ unidade de dose |
A cada 12 horas |
< 10 |
½ unidade de dose |
A cada 24 horas |
Meropeném é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração, caso seja necessário a continuidade do tratamento com meropeném, recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.
Não existe experiência com diálise peritoneal.
Uso em adultos com doença hepática
Não é necessário ajuste de dose.
Uso em idosos
Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina superiores a 50mL/min.
Uso em crianças
Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.
Exceções
- Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20mg/kg a cada 8 horas.
- Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40mg/kg a cada 8 horas.
Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40mg/kg para crianças.
Não há experiência em crianças com função renal alterada.
Reconstituição e Compatibilidade
Preparo de meropeném
Para injeção intravenosa em bolus meropeném deve ser reconstituído em água para injetáveis (10mL para cada 500mg), conforme tabela abaixo. Essa reconstituição fornece uma solução de concentração final de aproximadamente 50mg/mL. As soluções reconstituídas são claras ou amarelo-pálidas.
Frasco-ampola |
Conteúdo do diluente a ser adicionado | Volume final |
Concentração final |
500mg |
10mL | 10,3mL |
48,54mg/mL |
1g |
20mL | 20,4mL |
49,02mg/mL |
Para infusão intravenosa, os frascos-ampola de meropeném podem ser diretamente reconstituídos com um fluido de infusão compatível e, posteriormente, esta solução pode ser diluída com outra solução, também compatível, para infusão conforme necessário.
Utilizar preferencialmente soluções de meropeném recém preparadas. Entretanto, quando reconstituído com água para injetáveis ou solução de cloreto de sódio 0,9%, as soluções de meropeném mantêm potência satisfatória em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C) ou sob refrigeração (entre 2ºC e 8° C).
Deve-se agitar a solução reconstituída antes do uso.
Meropeném não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Meropeném - Nova Farma?
O esquema de doses será estabelecido por seu médico, que irá monitorar a administração adequada nos períodos determinados.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Meropeném Nova Farma?
Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de microrganismos não-sensíveis, sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente.
Raramente, foi relatada a ocorrência de colite pseudomembranosa (inflamação do intestino), assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de meropeném. Informe seu médico se você teve diarreia grave decorrente do uso de outros antibióticos.
Uso pediátrico
A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas. Portanto, meropeném não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.
Uso durante a gravidez e lactação
A segurança de meropeném na gravidez humana não foi estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném não deve ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto, a critério médico.
Categoria B de risco de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno. Meropeném não deve ser usado em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.
Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.
Você deve informar seu médico se estiver amamentando.
Pacientes com doença hepática
Informe seu médico se você tem problemas no fígado, pois pacientes portadores de alterações hepáticas devem ter a função do fígado monitorada durante o tratamento com meropeném.
Pacientes com doença renal
Informe seu médico se você tem problemas nos rins. A dose de meropeném pode precisar ser reduzida se os rins não estiverem funcionando adequadamente.
Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
Não se espera que meropeném afete a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas, mas é importante a avaliação do médico, pois foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia (sensações desagradáveis de coceira, queimação, dormência não causadas por estímulo exterior ao corpo) e convulsões durante o uso do medicamento.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Meropeném Nova Farma?
Durante o tratamento com meropeném podem ocorrer as seguintes reações adversas:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Trombocitemia (aumento do número de plaquetas no sangue), cefaleia (dor de cabeça), náusea, vômito, diarreia, aumento das enzimas hepáticas (transaminases séricas, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e aumento da gama-glutamiltransferase), exantema (manchas ou pápulas na pele), prurido (coceira), inflamação e dor no local da aplicação.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Candidíase oral (infecções por fungos na boca) e vaginal (infecções por fungos na vagina), eosinofilia (aumento do número de eosinófilos no sangue), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos do sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue), parestesia (sensação de dormência), aumento da bilirrubina sanguínea, urticária (coceira na pele com vermelhidão) e tromboflebites (inflamação venosa com formação de trombo).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Convulsões e agranulocitose (ausência ou número insuficiente de glóbulos brancos/granulócitos no sangue).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Anemia hemolítica, angioedema (inchaço da pele, mucosas, vísceras e cérebro), manifestações de anafilaxia (reações alérgicas intensas), colite pseudomembranosa (inflamação no intestino), eritema multiforme (vermelhidão inflamatória da pele), Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica com formação de erupções cutâneas nas mucosas) e necrólise epidérmica tóxica (degeneração da pele).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Qual a composição do Meropeném Nova Farma?
Cada frasco-ampola de 500 mg contém:
570,40mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 500mg de meropeném anidro.
Cada frasco-ampola de 1 g contém:
1140,80mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 1g de meropeném anidro.
Excipiente: carbonato de sódio anidro.
Apresentação do Meropeném - Nova Farma
Pó para solução injetável (meropeném 500mg e 1g)
Caixa com 10 frascos-ampola de vidro transparente.
Via de administração: exclusivamente para uso intravenoso.
Uso adulto e pediátrico acima de 3 meses.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Meropeném Nova Farma maior do que a recomendada?
É improvável que ocorra a superdosagem intencional, embora a superdosagem possa ocorrer particularmente em pacientes com alteração renal. Experiências limitadas na pós-comercialização indicam que se ocorrer um efeito adverso decorrente de superdosagem, e será geralmente de gravidade leve e solucionado com a suspensão do tratamento ou redução da dose.
O tratamento sintomático deve ser considerado.
Em indivíduos com função normal dos rins ocorrerá rápida eliminação renal.
Hemodiálise, se necessário, removerá meropeném e seu metabólito.
Em caso de uso de uma grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Meropeném Nova Farma com outros remédios?
Informe seu médico se estiver tomando ácido valpróico, pois o uso concomitante com meropeném pode reduzir os níveis sanguíneos desta medicação.
Informe seu médico se você estiver tomando probenecida. Não se recomenda a coadministração de meropeném e probenecida.
Meropeném foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Meropeném Nova Farma?
Resultados de Eficácia
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de rotina normal. Testes in vitro mostram que Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos. Demonstrou-se que Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g, tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra microorganismos gram-positivos e gram-negativos.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos. Isto é explicado parcialmente pela maior estabilidade às beta-lactamases. A atividade in vitro contra cepas resistentes às classes de antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal.
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de infecções graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local da resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.
Pó para solução injetável 2g
A avaliação da eficácia do Meropeném Pó para solução injetável 2 G para o tratamento de pneumonias associadas ao uso de ventiladores mecânicos (PAV) foi realizada comparando três posologias distintas: 2 g por infusão prolongada por 3 horas a cada 8 horas por um período de 24 horas, injeção em bolus de Meropeném Pó para solução injetável 2 G 1 g por 10 minutos a cada 8 horas por um período de 24 h e 1 g por infusão prolongada por 3 horas cada 8 h por um período de 24 h. Foi evidenciada proporcionalidade entre dose e ASC (área sob a curva) por infusão prolongada. O breakpoint utilizado foi o estabelecido pela CLSI, que é a CIM maior de 4,0 µg/mL. Logo, as concentrações séricas médias obtidas após infusão de 1 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G por 3 h ficaram acima de 4,0 µg/mL por aproximadamente 72% do intervalo de dosagens de 8 horas.
Da mesma maneira, quando uma injeção em bolus de 1 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G foi administrada, as porcentagens de T> CIM foram aproximadamente de 60 % do intervalo entre as doses. A CIM para P. aeruginosa isolada de dois pacientes foi > que 4,0 µg/mL. De acordo com as simulações farmacocinéticas com as CIMs para os patógenos, as concentrações médias obtidas através da infusão de 1 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G por 3 horas estavam acima de 8 µg/mL por aproximadamente 58% do período de 8 horas. Entretanto, as concentrações séricas médias quando 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G foram administradas por 3 horas ficaram acima das CIMs de 8 e 16 µg/mL por 72% e 57% do intervalo de dose de 8 horas, respectivamente. Deste modo, no tratamento de infecções com microrganismos que apresentam CIM intermediário (resistência intermediária), a dose de Meropeném Pó para solução injetável 2 G administrada por infusão prolongada de 3 h pode ser aumentada até 2 g a cada 8 h. Para o tratamento de infecções causadas por patógenos isolados com resistência intermediária, a infusão por 3 horas de Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g a cada 8 horas fornece concentrações séricas acima da CIM de 16 µg/mL para quase 60% do intervalo de 8 horas. 1
Em um estudo randomizado, cruzado e prospectivo, quinze paciente criticamente infectados com diagnóstico de pneumonia (n=7), sepse (n=3) ou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (n=5) receberam, aleatoriamente, ou uma dose de ataque de 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G EV seguida por infusão contínua diária de 3 g por 48 horas, ou administração intermitente de 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G EV a cada 8 horas por 2 dias. Os objetivos principais deste estudo foram investigar a farmacocinética do Meropeném Pó para solução injetável 2 G por infusão prolongada versus infusão intermitente em pacientes portadores de infecções graves internados, e comparar os efeitos colaterais dos dois regimes de administração empregados. Os autores concluíram que o racional para usar o Meropeném Pó para solução injetável 2 G por infusão contínua é apoiado pelos dados farmacocinéticos. As concentrações séricas permaneceram acima da CIM para a maioria dos prováveis patógenos em todos os pacientes. Durante a infusão prolongada não foram observados efeitos adversos relacionados a este regime de administração. Desta forma, o Meropeném Pó para solução injetável 2 G pode ser administrado com segurança por este regime. 2
Em um estudo clínico envolvendo 6 indivíduos com fibrose cística, administrou-se o Meropeném Pó para solução injetável 2 G na dosagem de 2 g a cada 8 horas por infusão endovenosa por 30 minutos. Três doses sucessivas foram administradas. O uso do Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g em regime de infusão maximiza a farmacodinâmica deste antibiótico. Os resultados do estudo mostram que após uma dosagem de 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G a cada 8 horas, as concentrações plasmáticas permanecem mais altas por pelo menos 50% dos intervalos entre as dosagens, minimizando a probabilidade de uma resposta clínica desfavorável. 3
Referências Bibliográficas
1. Jaruratanasirikul S, Sriwiriyajan S, Punyo J. Comparison of the pharmacodynamics of Meropeném Pó para solução injetável 2 G in patients with ventilator-associated pneumonia following administration by 3-hour infusion or bolus injection. Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2005;v49 (4):1337-1339
2. Thalhammer F, Traunmuller F, Menyawi I, et al. Continuous infusion versus intermittent administration of Meropeném Pó para solução injetável 2 G in critically ill patients. Journal of Antimicrobial chemotherapy 1999; v:43: 523-527.
3. Bui K, Ambrose P, Nicolau D, et al. Pharmacokinetics of high-dose Meropeném Pó para solução injetável 2 G in adult cystic fibrosis patients. Chemotherapy 2001;vol 47: 153-156.
Características Farmacológicas
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
Propriedades farmacodinâmicas
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I humana (DHPI). O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é estruturalmente similar ao imipeném.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases, e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs), explicam a potente atividade bactericida de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas. As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).
Mecanismos de resistência
A resistência bacteriana ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g pode ser resultado de um ou mais fatores:
- Redução da permeabilidade da membrana externa das bactérias gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas);
- Redução da afinidade dos PBPs alvos;
- Aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo; e
- Produção de betalactamases que possam hidrolisar os carbapenêmicos. Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de infecções devido à resistência bacteriana a carbapenêmicos.
A suscetibilidade ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g de um dado clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados. As interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica. O espectro antibacteriano do Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas diretrizes terapêuticas.
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária), Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSA [S. aureus resistente à oxacilina] são resistentes ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE [S. epidermidis resistentes à meticilina] são resistentes ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g), Streptococcus agalactiae (Streptococcus grupo B), grupo Streptococcus milleri (S. anginosus, S. constellatus e S. intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus grupo A).
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-negativos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-positivos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-negativos
Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros, P anaerobius, P. magnus).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem mecanismos de resistência adquiridos).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-negativos
Acinetobacer species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.
Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios gram-negativos
Stenotrophomonas maltophiliae espécies de Legionella.
Outros organismos inerentemente resistentes
Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.
A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g in vitro de várias outras espécies de bactérias. No entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto.
Aconselhamento sobre o significado clínico dos achados in vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em microbiologia clínica local e com diretrizes profissionais locais.
Propriedades farmacocinéticas
Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é de aproximadamente 1 hora; o volume de distribuição médio é de aproximadamente 0,25 L/kg e a depuração média é de 239 mL/min a 500 mg, caindo para 205 mL/min a 2g. Doses de 500, 1000 e 2000 mg de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. em uma infusão de 30 minutos, resulta em picos de concentração plasmática de aproximadamente 23 μg/mL para dose de 500 mg; 49 μg/mL para doses de 1 g e 115 μg/mL após dose de 2 g, que corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153 μg.h/mL respectivamente.
Após infusão por 5 minutos os valores de Cmáx são 52 e 112 μg/mL após doses de 500 e 1000 mg, respectivamente. Quando doses múltiplas são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g.
Um estudo com 12 pacientes com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g 1000 mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais pós-cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes normais, porém apresentou maior volume de distribuição (27 L).
Distribuição
A ligação de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2%, e foi independente da concentração. O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo pulmões, secreções brônquicas, bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudato peritoneal.
Metabolismo
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é metabolizado por hidrólise do anel beta-lactâmico gerando um metabólito microbiologicamente inativo. In vitro o Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHPI) humana comparada ao imipeném e não é requerida a coadministração de um inibibor de DHP-I.
Eliminação
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50-70%) da dose é excretada inalterada em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa 2% da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g sofre filtração e secreção tubular.
Insuficiência renal
Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de 2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CLCr 33-74 mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes com distúrbios renais graves (CLCr 4-23 mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise (CLCr < 2 mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CLCr >80 mL/min). A AUC do metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios renais. São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é eliminado por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes anúricos.
Insuficiência hepática
Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g efeitos relacionados à doença no fígado após doses repetidas.
Adultos
Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de farmacocinética versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente. A população modelo desenvolvida a partir dos dados de 79 pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume central sobre o peso, da depuração da creatinina e da idade.
Crianças
A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40 mg/kg apresentou valores de Cmáx aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1000 e 2000 mg, respectivamente. A comparação demonstrou farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos os pacientes, menos os mais novos (< 6 meses t1/2 1,6 horas). As depurações médias do Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g foram 5,8 mL/min/kg (6-12 anos), 6,2 mL/min/kg (2-5 anos), 5,3 mL/min/kg (6-23 meses) e 4,3 mL/min/kg (2-5 meses). Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas como Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g e mais de 12% como metabólito. As concentrações de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g no líquido cefalorraquidiano das crianças com meningite são de aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente embora haja uma variabilidade individual significante.
A farmacocinética de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g em neonatos requerendo tratamento anti-infeccioso apresentou aumento da depuração em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas. A simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de 20 mg/kg a cada 8 horas atingiu 60% T > CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos neonatos não prematuros.
Idosos
Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65-80 anos) demonstraram redução da depuração plasmática correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução da depuração não renal. Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios renais moderados a graves.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal foi observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2000 mg/kg, e em doses superiores.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com doses muito altas, de 2000 mg/kg ou mais.
A DL50 I.V. de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g em roedores é superior a 2000 mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração, foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500 mg/kg.
Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120 mg/kg).
Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g em animais jovens em comparação com animais adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção.
Um único metabólito de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.
Pó para solução injetável 2g
Propriedades Farmacodinâmicas
Meropeném Pó para solução injetável 2 G é um antibiótico para uso parenteral, pertencente à classe dos carbapenêmicos. A presença de um anel carbapenêmico confere a esta substância a propriedade de agir com elevada potência contra microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos. Age facilmente nestes microrganismos, pois possui estabilidade frente a todas as beta-lactamases, sendo estável à hidrólise pela enzima ESBL (enzima beta-lactamase de espectro estendido), além de possuir uma boa afinidade pelas proteínas que ligam à penicilina (PBP). Estas propriedades fazem dos carbapenêmicos agentes muito efetivos para o tratamento de infecções bacterianas graves.
Possui atividade antimicrobiana tempo-dependente, ou seja, seu sucesso clínico depende da porcentagem do tempo (%T) em que os níveis do fármaco no local da infecção excedem a CIM (concentração inibitória mínima). Uma maneira de prolongar a %T> CIM é através da infusão prolongada do fármaco, que fornece um tempo maior acima da CIM, se comparado com a administração IV (intravenosa) em bolus. A duração acentuada do efeito antibiótico pode ser particularmente importante em pacientes imunossuprimidos, com infecção grave ou no tratamento de patógenos com CIM alta. Para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G, 40% do tempo do intervalo de dose ou mais acima da CIM se correlaciona com o potencial bactericida máximo do fármaco, aumentando a eficácia do produto.
O espectro antibacteriano in vitro do Meropeném Pó para solução injetável 2 G inclui a maioria dos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos clinicamente significantes e cepas de bactérias aeróbicas e anaeróbicas conforme a relação a seguir:
Gram-positivos aeróbios |
Gram-negativos aeróbios |
Bactérias anaeróbias |
Bacillus spp. |
Achromobacter xylosoxidans Acinetobacter anitratus |
Actinomyces odontolyticus |
Enterococcus faecalis |
Acinetobacter lwoffii |
Actinomyces israellii |
Enterococcus liquifaciens |
Acinetobacter baumannii |
Bacteróides-Prevotella-Porphyromonas ssp |
Lactobacillus spp |
Aeromonas sorbria |
Bacteroides pneumosintes |
Staphylococcus saprophyticus |
Campylobacter coli |
Bacteroides thetaiotaomicron |
Staphylococcus capitis |
Campylobacter jejuni Citrobacter freundii Citrobacter diversus |
Bacteroides eggerthii |
Staphylococcus warneri |
Citrobacter koseri |
Bacteroides corporis |
Staphylococcus hominis |
Citrobacter amalonaticus Enterobacter aerogenes Enterobacter (Pantoea) agglomerans |
Bacteroides gracilis |
Staphylococcus sciuri |
Enterobacter cloacae |
Bacteroides ureolyticus |
Staphylococcus lugdunensis |
Enterobacter sakazakii Escherichia coli Escherichia hermannii |
Prevotella melaninogenica |
Streptococcus pyogenes |
Gardnerella vaginalis |
Prevotella corporis |
Streptococcus equi |
Haemophilus influenzae (incluindo cepas beta-lactamasepositivas) e resistentes a ampicilina) Haemophilus parainfluenzae Haemophilus ducreyi Helicobacter pylori |
Prevotella oralis |
Streptococcus milleri |
Neisseria meningitidis Neisseria gonorrhoeae (incluindo cepas betalactamase-positivas, resistentes a penicilina a espectinomicina) Hafnia alvei |
Prevotella buccae |
Streptococcus salivarius |
Klebsiella pneumoniae |
Prevotella buccae |
Streptococcus morbillorum |
Klebsiella aerogenes |
Prevotella denticola |
Rhodococcus equi |
Morganella morganii |
Bilophila wadsworthia |
- | Proteus mirabilis Proteus vulgaris Proteus penneri |
Clostridium perfringens |
- | Providencia rettgeri |
Clostridium sporogenes |
- | Providencia stuartii Providencia alcalifaciens Pasteurella multocida |
Clostridium cadaveris |
- | Plesiomonas shigelloides |
Clostridium butyricum |
- | Pseudomonas aeruginosa Pseudomonas putida Pseudomonas alcaligenes |
Clostridium clostridiiformis |
- | Burkholderia (Pseudomonas) cepacia |
Clostridium tertium |
- | Pseudomonas fluorescens Pseudomonas stutzeri Pseudomonas pickettii |
Eubacterium lentum |
- | Pseudomonas pseudomallei |
Fusobacterium necrophorum |
- | Pseudomonas acidovorans Salmonella ssp (incluindo Salmonella enteritidis/typhi) Serratia marcescens |
Fusobacterium nucleatum |
- | Serratia liquefaciens |
Mobiluncus mulieris |
- | Serratia rubidaea Shigella sonnei Shigella flexneri |
Peptostreptococcus anaerobius |
- | Shigella boydii Shigella dysenteriae |
Peptococcus saccharolyticus |
- | Vibrio cholerae |
Peptostreptococcus magnus |
- | Vibrio parahaemolyticus Vibrio vulnificus Yersinia enterocolitica |
Peptostreptococcus prevotii |
- | - |
Propionibacterium granulosum |
- | - |
Veillonella parvula |
Propriedades Farmacocinéticas
Em voluntários sadios, a administração de 2 g por infusão prolongada durante 3 h apresenta melhor potencial de cura para infecções causadas por microrganismos menos sensíveis, quando comparada com a dose de 0,5 g neste mesmo regime de infusão, pois garante a %T> CIM superiores. Para confirmar que o estado de equilíbrio (steady-state) foi alcançado, as concentrações séricas do fármaco foram comparadas no tempo t = 0 h imediatamente antes da terceira dose (0,32 ± 0,17 µg/mL para a dosagem de 0,5 g, e 1,92 ± 0,99 µg/mL para a dosagem de 2 g) e no t = 8 h após a terceira dose (0,22 ± 0,11 µg/mL para a dosagem de 0,5 g e 1,58 µg/mL ± 0,53 para a dosagem de 2 g). O perfil sérico foi determinado para a terceira dose administrada em cada posologia. A ausência de diferenças significativas no t = 0 e t = 8 h confirmou o estado de equilíbrio para as duas dosagens (p>0,05). O Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g apresenta proporcionalidade entre as doses administradas e as concentrações plasmáticas, uma vez que os valores de Cmax e AUCs são 4 vezes maiores para a dose de 2 g se comparado com a dosagem de 0,5 g, confirmando que a farmacocinética é linear, com as concentrações plasmáticas aumentando de acordo com a dose administrada, para estas faixas de dosagem, sendo a AUC igual a 28,35 ± 2,86 µg.h/mL para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G 0,5 g e 126,55 ± 28,81 µg.h/mL para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g. Esta mesma proporcionalidade pode ser observada ao se comparar os valores de Cmax para dosagem de 0,5 g este parâmetro médio foi de 9,71 ± 0,76 µg/mL e para dosagem de Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g, o Cmax foi de 15,24 ± 3,79. Juntamente a estes parâmetros farmacocinéticos, determinou-se o tempo em que as concentrações séricas foram superiores à CIM. Para tanto, considerou-se o breakpoint de resistência para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G estabelecido pelo Clinical Laboratory Standard Institute – CLSI, que é > 4 µg/mL para P. aeruginosa. A meta de pelo menos 30% do tempo do intervalo entre as doses acima deste CIM (%T>CIM) é considerada como alvo terapêutico para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G.
Deste modo, a infusão por 30 min das doses de 0,5 e 2 g resulta em %T> CIM de 30% e 58%, respectivamente. Estas mesmas doses administradas por infusão prolongada de 3 horas, resultam em metas farmacodinâmicas de 43% e 73%, respectivamente. Quando as CIMs 90 de 32 µg/mL e 16 µg/mL para espécies de Acinetobacter e P. aeruginosa são utilizadas, apenas a infusão por 3 h garante %T> CIM superior a 30% para P. aeruginosa, sendo de 32% para a dose 0,5 g e 48% para a dose de 2 g. Para Acinetobacter, apenas a dose de 2 g nas duas formas de administração (infusão de 30 min e 3 h) garante %T> CIM em torno de 19% do tempo de intervalo. Os resultados indicam que a dose de 2 g administrada como infusão contínua por 3 h apresenta o melhor potencial de cura para infecções ocasionadas por microrganismos com CIM elevadas e intermediárias, pois garante a %T>CIM superiores.
Distribuição
Outros locais de distribuição do Meropeném Pó para solução injetável 2 G:
- Bile: Alcança altas concentrações na bile em pacientes recebendo colangiografia retrógrada endoscópica após doses de 1 g por via intravenosa. No instante da colangiografia, as concentrações plasmáticas e biliares foram de 15 µg/mL em pacientes sem obstrução. Pacientes com obstrução alcançaram níveis de 20 µg/mL e 8 µg/mL no plasma e na bile, respectivamente;
- Fluído cérebro-espinhal: A administração de 2 g por via intravenosa três vezes diariamente resulta em um pico de concentração de 16 µg/mL no fluído cérebro-espinhal. Pacientes recebendo doses de Meropeném Pó para solução injetável 2 G por via intravenosa de 20 mg/kg ou 40 mg/kg, as concentrações cérebro-espinhal variaram de 0,2 a 2,8 mg/L e 0,9 a 6,5 mg/L respectivamente.
Metabolismo e excreção
O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é estável à DHP-I (diidropeptidase I), dispensando a co-administração de inibidores desta enzima, consequentemente tornando-se desnecessário associá-lo a cilastatina. In vitro, a reação do Meropeném Pó para solução injetável 2 G com a DHP-I produz um composto com um anel beta-lactâmico aberto, resultante de uma mistura dos isômeros 1-pirrolina e 2-pirrolina. O mesmo metabólito é produzido por hidrólise química sob condições ácidas (pH< 2) e alcalinas (pH>13). A excreção do Meropeném Pó para solução injetável 2 G é predominantemente renal, através de uma combinação de filtração glomerular com secreção tubular ativa, variando de 60-70% da dose administrada. Devido à alta eliminação por excreção renal, o ajuste das doses de Meropeném Pó para solução injetável 2 G deve ser realizado em pacientes com disfunção renal. Pacientes com doença renal em estágio avançado que sofreram nefrectomia apresentaram metabólitos do Meropeném Pó para solução injetável 2 G em seu plasma. Uma vez que estes tipos de pacientes não apresentam “virtualmente” clearance renal, foi concluído que o Meropeném Pó para solução injetável 2 G sofre metabolismo ou degradação extra-renal (este fármaco também sofre metabolismo renal). Quando múltiplas doses são administradas a indivíduos com a função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de Meropeném Pó para solução injetável 2 G. A meia-vida de eliminação para estes indivíduos é de aproximadamente 1 hora. Um estudo farmacocinético do Meropeném Pó para solução injetável 2 G em pacientes com fibrose cística mostrou alteração bem consistente com mudanças associadas ao uso de outros agentes antimicrobianos no grupo de pacientes. O tempo de meia-vida de eliminação estava diminuído em 8 pacientes com fibrose cística quando comparada com 8 voluntários saudáveis quando recebendo 15 mg/kg por 30 minutos. Semelhantemente, o clearance renal e total tenderam a ser maior e o volume de distribuição tendeu a ser menor nesta classe de pacientes. Estudos farmacocinéticos em idosos demonstraram uma redução na depuração plasmática de Meropeném Pó para solução injetável 2 G, que se correlacionou com a redução na depuração da creatinina associada à idade.
Estudos farmacocinéticos em pacientes com doença hepática não demonstraram efeitos desta doença sobre a farmacocinética do Meropeném Pó para solução injetável 2 G. Neste mesmo grupo de pacientes foi observado que o clearance total e o clearance renal foram diminuídos com a idade, enquanto que AUC e o tempo de meia-vida tiveram um aumento significante. O clearance renal (média de 8,2 à 13,1 L/h) ocorre principalmente via filtração glomerular mas a secreção tubular também tem uma participação de 54 à 79% da dose original de Meropeném Pó para solução injetável 2 G que é recuperada na forma inalterada na urina, indicando estabilidade da molécula DHP-I; aproximadamente 2% é recuperado nas fezes e a quantidade remanescente é excretada na urina como metabólito inativo. Um estudo realizado em voluntários idosos saudáveis mostrou que o clearance total e o clearance renal foram diminuídos com a idade, enquanto que ASC e o tempo de meia-vida tiveram um aumento significante.
Problemas renais
O déficit da função renal bem como do clearance total resultam no aumento da quantidade do fármaco inalterado e do aumento do tempo de meia-vida plasmática e da diminuição do seu metabólito excretado na urina. O tempo de meia-vida de eliminação aumenta com aumento do dano renal (taxas de clearance de creatinina <0,3 L/h). A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 2%. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluídos corporais, incluindo o líquido cefalorraquidiano de pacientes com meningite bacteriana, alcançando concentrações acima das requeridas para inibir o crescimento de microrganismos.
Em indivíduos com alteração renal são necessários ajustes de dose:
Eliminação extracorpórea:
O Meropeném Pó para solução injetável 2 G pode ser removido através de diálise; seu clearance e de seu metabólito ICI 213689 é de 79 e 81 mL/min, respectivamente.
Pode também ser eliminado através da hemofiltração. Em 9 pacientes anúricos, 47% da dose de Meropeném Pó para solução injetável 2 G foi removida através da hemofiltração venosa contínua.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que Meropeném Pó para solução injetável 2 G é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal foi observada em camundongos e em cães, apenas em doses de 2000 mg/kg e em doses superiores. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é geralmente bem tolerado pelo sistema nervoso central. Foram observados efeitos apenas com doses muito altas, de 2000 mg/kg ou mais. A DL50 intravenosa de Meropeném Pó para solução injetável 2 G em roedores é superior a 2000 mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração, foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500 mg/kg. Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo potencial teratogênico. Em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120 mg/kg). Houve um aumento na incidência de abortos com 500 mg/kg em um estudo preliminar em macacos.
Não houve evidência de sensibilidade aumentada ao Meropeném Pó para solução injetável 2 G em animais jovens em comparação com animais adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção. O único metabólito de Meropeném Pó para solução injetável 2 G teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos com animais.
Como devo armazenar o Meropeném Nova Farma?
Meropeném deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após reconstituição em água para injetáveis, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 3 horas ou sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 16 horas.
Após reconstituição em cloreto de sódio 0,9%, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 3 horas ou manter sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 15 horas.
Após reconstituição em glicose 5%, a solução deve ser utilizada imediatamente.
Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem. Meropeném apresenta-se na forma de pó branco a amarelado.
Armazenamento após a reconstituição
A solução para injeção intravenosa em bolus deve ser preparada dissolvendo o produto meropeném em água para injetáveis, com concentração final de 50mg/mL.
A solução para infusão intravenosa deve ser preparada dissolvendo o produto meropeném em solução para infusão de cloreto de sódio 0,9% ou solução para infusão de glicose 5%, com concentração final de 1 a 20mg/mL.
Após reconstituição, as soluções de meropeném não devem ser congeladas.
Do ponto de vista microbiológico, a não ser que o modo de abrir, reconstituir e diluir elimine o risco de contaminação microbiológica, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não utilizado imediatamente, o tempo e condições de armazenamento pós-reconstituição são de responsabilidade do usuário.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Meropeném Nova Farma
Registro MS 1.1402.0075
Farmacêutica Responsável:
Dra. Lucimeide E. de Jesus
CRF-GO: 2377
Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda.
Av. Brasil Norte, 1255, Bairro Cidade Jardim
Anápolis - GO
CNPJ: 06.629.745/0001-09
Indústria Brasileira.
Nº do lote, prazo de validade e data de fabricação: vide frasco-ampola e/ou rótulo externo.
Venda sob prescriçõ médica.
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Consulta também a Bula do Meropeném
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 17 de Abril de 2024.
Meropeném Nova Farma 1g pó, caixa com 10 frascos contendo 50mL de solução injetável de uso intravenoso
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