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Bula do Maytenus ilicifolia

Princípio Ativo: Maytenus ilicifolia

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 13 de Fevereiro de 2020.

Maytenus ilicifolia, para o que é indicado e para o que serve?

Dispepsia, coadjuvante no tratamento de úlcera gástrica.

Quais as contraindicações do Maytenus ilicifolia?

Não se deve administrar a tintura, por conter álcool, a pessoas sensíveis e/ou dependentes do álcool e a pcientes hipersensíveis a droga.

Lactantes devem evitar o uso, pois pode ocorrer redução da secreção láctea (Santos C, et al. Plantas medicinais 1988).

Como usar o Maytenus ilicifolia?

Pode ocorrer a precipitação na tintura devido à composição química do medicamento, este fato não causará alteração nos princípios ativos. Agite o frasco antes de usar. A solução oral deve ser tomada com um pouco de água.

Tome as cápsulas sempre fechadas, sem parti-las ou mastigá-las.

Posologia do Maytenus ilicifolia


A dose diária permitida é de 60 a 90 mg de taninos totais, por via oral.

Tintura

Ingerir 2,5mL (copo medidor) diluídos em água, 2 a 3 vezes ao dia, antes das principais refeições ou a critério médico.

Cápsulas

Ingerir 2 cápsulas de 500mg, 2 vezes ao dia, antes das principais refeições ou a critério médico.

O tratamento deve ser mantido enquanto persistirem os sintomas ou a critério médico. Aconselham-se tratamentos descontínuos para não irritar a mucosa gástrica.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Maytenus ilicifolia com outros remédios?

Não há registros de interações medicamentosas na literatura consultada.

Qual a ação da substância do Maytenus ilicifolia?

Resultados de Eficácia


Grande parte dos estudos com Maytenus ilicifolia foram realizados no Brasil. Um deles, realizado no Recife, constatou que o triterpeno maitenina apresenta atividade antibacteriana in vitro com bactérias Gram positivas (Gonsalves de Lima, 1971; Simões et al., 1986; Fernández J. et al., 1996).

Na Argentina foi comprovada a atividade contra microrganismos Gram positivos e Gram negativos no extrato alcoólico e aquoso de Maytenus ilicifolia (Amani S. et al, 1997).

Na Escola Paulista de Medicina, estudou-se o efeito antiulcerogênico, administrando-se por via oral e intraperitonial, em ratas com úlcera gástricas induzidas, tomando como referência medicamentos convencionais como ranitidina e cimetidina. A Maytenus ilicifolia desenvolveu um efeito antiulcerogênico, muito importante, semelhante a cimetidina (Carlini E. et al., 1998; Souza O. et al., 1991; Carvalho E. et al., 1997).

Os compostos responsáveis pelo efeito foram identificados como os triterpenos friedelina e fridelanol e os taninos condensados pertencentes ao grupo das catequinas (Martins A. et al., 1997).

Foi realizado um estudo com 23 pacientes com dianóstico de dispepsia não ulcerativa, com sintomas de dor gástrico e acidez, durante 28 dias. 13 pacientes receberam cápsulas de 200mg de extrato liofilizado de infusão de Maytenus ilicifolia uma vez ao dia. Os 10 pacientes restantes receberam medicamento placebo. O grupo que recebeu o preparado ativo apresentou melhorias substanciais comparando com o placebo. Não houve relatos de efeitos adversos ou colaterais (Carlini et al., 1988).

Características Farmacológicas


Dentre os componentes químicos presentes nas folhas que revelaram ação terapêutica, destacam-se: Terpenos (maitenina); triterpenos (friedelina e friedelinol); taninos (catequinas) e trações de sais minerais tais como ferro, enxofre, sódio, cálcio.

São descritos ações tais como: tonificante, antiúlcera, carminativa, cicatrizante, anti-séptica, levemente diurética e laxativa, auxiliando também na eliminação de gases intestinais. Sua propriedade tonificante se deve a reintegração das funções estomacais.

Na Escola Paulista de Medicina foi avaliado o efeito anti-ulcerogênico da Maytenus ilicifolia e o resulto revelou um efeito importante, mostrando atividade protetora sobre a mucosa gástrica similar a fármacos anti-histamínicos de receptores H2, como a cimetidina e a ranitidina, que promove a diminuição da secreção do ácido clorídrico e consequente aumento do volume e pH da secreção gástrico (Alonso R.J. 1998).

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Medicamento Espinheira Santa EC.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Fevereiro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 13 de Fevereiro de 2020.

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