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Bula do Lotensin

Lotensin® é utilizado principalmente para o tratamento da pressão alta. Lotensin® pode também ser utilizado em outras condições (por exemplo, doenças dos rins), conforme orientação do seu médico.

Lotensin® é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) utilizado para tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) e da insuficiência renal crônica progressiva.

Na maioria dos pacientes, a atividade anti-hipertensiva (contra pressão alta) se inicia aproximadamente 1 hora após a administração de uma dose oral única e, a redução máxima da pressão arterial é alcançada dentro de 2 a 4 horas. Os efeitos são mantidos independentemente de raça, idade e não diferem muito em pacientes com dietas com baixo ou alto teor de sódio.

A pressão arterial elevada aumenta o trabalho do coração e artérias. Se isso persistir por muito tempo, podem-se causar danos aos vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins, resultando em um derrame, insuficiência cardíaca, ou insuficiência renal. A pressão alta eleva o risco de ataques do coração. Ao reduzir a sua pressão arterial aos níveis normais, o risco dessas doenças ocorrerem diminui. Lotensin® pode ajudar a relaxar os vasos sanguíneos, diminuindo assim a pressão arterial.

Monitoração durante o tratamento com Lotensin®

É importante para o seu médico verificar o seu progresso em visitas regulares para ter certeza de que este medicamento está funcionando corretamente.

Pode ser necessário de tempos em tempos medir a quantidade de potássio em seu sangue e sua função cardíaca, especialmente se você tiver mais de 65 anos, tem certas doenças do coração, fígado ou rim e se estiver tomando suplementos de potássio. O seu médico irá orientá-lo sobre isso.

Se você também é tratado com medicamentos usados para aliviar a dor ou inflamação (anti-inflamatórios não-esteroidais), sua função renal deve ser verificada.

Se você também é tratado com lítio, a quantidade de lítio em seu sangue deve ser cuidadosamente verificada, pois Lotensin® também afeta a quantidade de lítio do seu sangue.

Se você tem alguma doença vascular do colágeno (grupo diverso de doenças nas quais o organismo reage contra seus próprios tecidos, muitas vezes causando dor nas articulações e inflamação), como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia, a sua contagem de glóbulos brancos deve ser monitorada.

Se você tiver alguma dúvida sobre como funciona Lotensin® ou por que este medicamento foi prescrito para você, pergunte ao seu médico.

Este medicamento é contraindicado para uso por:

  • Paciente alérgico (hipersensível) ao Lotensin® ou a qualquer outro componente de Lotensin® listado no início dessa bula;
  • Paciente que tem reações não usuais ou alérgicas associadas aos inibidores da ECA;
  • Paciente que tem ou teve anteriormente uma situação envolvendo rouquidão, inchaço no rosto, nos lábios, nas mãos, ou pés, ou dificuldade repentina de respirar;
  • Paciente grávida ou que pretende ficar grávida;
  • Paciente que tem alto nível de açúcar no sangue ou se você tem diabetes tipo 2 (também conhecido como diabetes mellitus não-insulino dependente) enquanto estiver tomando um medicamento que diminui a pressão arterial chamado alisquireno;
  • Pacientes que tomam outros medicamentos contendo inibidor da neprilisina isolado ou em combinação (por exemplo: sacubitril/valsartana);
  • Crianças menores que 6 anos;
  • Paciente com histórico de angioedema não induzido por inibidores da ECA;
  • Lotensin® é contraindicado para crianças portadoras de lesão de artéria renal unilateral / bilateral ou lesão estenótica em rim único.

Se qualquer uma dessas condições se aplicar a você, fale com o seu médico antes de tomar Lotensin®. Se você acha que pode ser alérgico, peça orientação ao seu médico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Siga cuidadosamente as instruções do seu médico. Não exceda a dose recomendada.

Pacientes que têm pressão arterial elevada geralmente não percebem sinais desse problema. Alguns podem sentir-se normais.

Lembre-se que este medicamento não irá curar sua pressão alta, entretanto pode ajudar a controlá-la. Você deve, então, continuar a tomá-lo continuamente se você quer diminuir e manter a sua pressão baixa.

Os comprimidos de Lotensin® não podem ser partidos ou mastigados. Você deve ingeri-los com um pouco de líquido.

Engula o seu comprimido com um copo de água.

Quanto tomar Lotensin®

Normalmente, o tratamento é iniciado com as menores doses e a dosagem é, então, aumentada gradualmente. Seu médico prescreverá a menor dose possível para as suas necessidades, para ser tomada uma ou duas vezes ao dia.

Para o tratamento de doença do coração é aconselhável tomar Lotensin® sob supervisão do seu médico. O primeiro comprimido deve ser tomado no consultório do seu médico e, então, sua pressão arterial deve ser medida pelo médico por pelo menos uma hora. Seu médico falará exatamente quantos comprimidos de Lotensin® tomar.

Dependendo da sua resposta ao tratamento, seu médico pode sugerir uma dose maior ou menor.

Quando tomar Lotensin®

É aconselhável tomar seu medicamento todos os dias no mesmo horário.

Lotensin® pode ser tomado antes, durante ou depois de uma refeição.

Seu médico lhe dirá quantas vezes ao dia você terá de tomar Lotensin®.

Por quanto tempo tomar Lotensin®

Continue tomando Lotensin® todos os dias conforme a orientação do seu médico.

Este é um tratamento de longo prazo, e provavelmente irá durar meses ou anos. Seu médico irá monitorar sua condição regularmente para verificar se o tratamento está tendo o efeito desejado.

Se você tem dúvidas sobre quanto tempo tomar Lotensin®, converse com o seu médico ou farmacêutico ou profissional da saúde.

Se você parar de tomar Lotensin®

A interrupção do tratamento com Lotensin® pode causar a piora da sua doença. Não pare de tomar o medicamento a menos que seu médico lhe diga.

Do que mais você deve estar ciente enquanto usa Lotensin®

Fale imediatamente com o seu médico se você tem desconforto estomacal, especialmente náusea, vômito ou diarreia severas ou se as mesmas não desaparecerem. Essas condições podem fazer com que você perca muita água e causar a diminuição da pressão arterial.

Tontura (sensação de que vai desmaiar) ou desmaio pode ocorrer quando você se exercitar ou se o clima estiver quente. O suor excessivo pode levar você a perder muita água e a queda da pressão. Seja cuidadoso durante a prática de exercícios e ao clima quente.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Se você esquecer de tomar uma dose desse medicamento, tome-o assim que possível. Entretanto, se estiver quase no horário da próxima dose, não tome a dose esquecida e tome a próxima dose no horário usual. Não tome uma dose dupla no dia seguinte para compensar o comprimido esquecido.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Siga cuidadosamente as instruções do seu médico. Elas podem ser diferentes das informações gerais contidas nesta bula.

Tome cuidados especiais com Lotensin®

  • Se você apresentar um inchaço, sobretudo, da face e garganta ao ingerir outros medicamentos (incluindo os inibidores da ECA).

Se você apresentar qualquer um dos sintomas acima, pare de tomar Lotensin® e fale com o seu médico imediatamente.

  • Se você tem doença renal grave;
  • Se você tem um distúrbio de valva do coração;
  • Se você está próximo de ser operado (incluindo cirurgia dentária) ou tratamento de emergência;
  • Se você sofre de vômito e diarreia;
  • Se você está próximo de receber tratamento com veneno de Hymenoptera (um veneno usado para testar ou tratar alergia à picada de insetos);
  • Se você está prestes a fazer, ou está fazendo, diálise;
  • Se você faz tratamento para hiperpotassemia (muito potássio no sangue);
  • Se você tem diabetes;
  • Se você tem alguma doença vascular do colágeno (grupo diverso de doenças nas quais o organismo reage contra seus próprios tecidos, muitas vezes causando dor nas articulações e inflamação), como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia;
  • Se você está sendo tratado com medicamentos que diminuem a pressão arterial, tais como bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs) ou alisquireno.

Se qualquer uma das condições acima se aplicar a você, fale com o seu médico antes de tomar Lotensin®.

Informação importante sobre os excipientes de Lotensin®

Lotensin® contém lactose (açúcar do leite). Se você tem intolerância grave à lactose, fale com seu médico antes de tomar Lotensin®.

Pacientes idosos

Lotensin® pode ser utilizado por pacientes com 65 anos ou mais.

Crianças e adolescentes

Lotensin® pode ser utilizado para tratar a hipertensão (pressão alta) em crianças com 6 anos de idade ou mais. Lotensin® não é recomendado para crianças com menos de 25 Kg. Siga a recomendação médica.

Crianças que não conseguem engolir comprimidos não devem ser tratadas com Lotensin® comprimidos.

Lotensin® comprimidos não deve ser administrado em crianças para tratamento de outras doenças (por exemplo doença do coração ou rim).

Este produto é contraindicado para crianças menores que 6 anos.

Gravidez e amamentação

Não tome Lotensin® se você está grávida. Os inibidores da ECA (incluindo o Lotensin®) quando tomados durante a gravidez podem causar danos sérios ao feto. É, portanto, importante falar imediatamente com o seu médico se você acha que está grávida.

Seu médico discutirá com você os riscos potenciais de tomar Lotensin® durante a gravidez.

Lotensin® passa para o leite materno. Se você está amamentado, avise ao seu médico.

Fale com seu médico ou um farmacêutico ou profissional da saúde para orientações antes de usar qualquer medicamento.

Dirigindo e/ou operando máquinas

Assim como outros medicamentos utilizados no tratamento da pressão alta, Lotensin® pode causar tontura e afetar sua concentração. Então, antes de dirigir um veículo, operar uma máquina, ou efetuar outras tarefas que exijam concentração, tenha certeza que você sabe como reagir aos efeitos de Lotensin®.

A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.

Assim como com todos os medicamentos, pacientes em tratamento com Lotensin® podem apresentar reações adversas, ainda que nem todos as apresentem.

Não se alarme por esta lista de possíveis reações adversas. Você pode não apresentar nenhuma delas.

Algumas reações adversas podem ser graves

Estas reações adversas são raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento) ou muito raras (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

  • Inchaço da face, olhos, lábios ou língua, ou problemas para engolir ou respirar;
  • Dores súbitas e opressivas no peito, batimento irregular do coração (possíveis sinais de distúrbios do coração);
  • Dor abdominal com náusea, vômito, febre (possíveis sinais de inflamação do pâncreas);
  • Erupção da pele, pele avermelhada, bolhas nos lábios, olhos ou boca, descamação da pele, febre;
  • Pele e olhos amarelados, náusea, perda de apetite, urina escura (possíveis sinais de distúrbios do fígado);
  • Eliminação da urina gravemente reduzida (possíveis sinais de distúrbios dos rins);
  • Pele pálida, cansaço, falta de ar, urina escura (possíveis sinais de níveis reduzidos de células sanguíneas vermelhas);
  • Sangramento espontâneo ou hematomas (possíveis sinais de níveis reduzidos de plaquetas no sangue);
  • Queda na pressão arterial ao se levantar (possível sinal de hipotensão ortostática);
  • Espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de nível elevado de potássio no sangue);
  • Dor de garganta ou úlceras na boca devido a infecções, febre ou calafrios, infecções mais frequentes (sinais de distúrbios sanguíneos);
  • Dor abdominal com ou sem vômito e diarréia;
  • Reações alérgicas graves.

Fale com o seu médico imediatamente se alguma delas ocorrerem.

Algumas reações adversas são comuns

Ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento:

  • Tontura ou desmaio ao se levantar;
  • Tosse (seca, não-produtiva, principalmente à noite, contínua);
  • Faringite, dor de garganta, irritação da garganta (possíveis sinais de infecções do trato respiratório superior);
  • Desconforto estomacal;
  • Batimento rápido do coração;
  • Vermelhidão;
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Coceira;
  • Aumento da sensibilidade da pele ao sol.

Fale com o seu médico se alguma dessas reações ocorrerem com gravidade.

Algumas reações adversas são raras

Ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento

  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Vômito;
  • Náusea;
  • Nervosismo;
  • Problemas para dormir;
  • Dor nas juntas e rigidez;
  • Dor muscular;
  • Dormência ou formigamento nas mãos, pés ou lábios;
  • Resultados anormais nos testes de função renal.

Fale com o seu médico se alguma dessas reações ocorrerem com gravidade.

Algumas reações adversas são muito raras

Ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento

  • Zumbido nos ouvidos;
  • Perda do paladar.

Fale com o seu médico se alguma dessas reações ocorrerem com gravidade.

Os seguintes eventos adversos de frequência desconhecida foram relatados durante o uso pós-comercialização de benazepril:

  • Angioedema do intestino delgado e pescoço;
  • Reações anafilactoides;
  • Hiperpotassemia;
  • Agranulocitose;
  • Neutropenia;
  • Visão prejudicada.

Informe ao seu médico ou farmacêutico se você notar quaisquer outras reações adversas não mencionadas nessa bula.

Pacientes tomando este medicamento podem tomar outros medicamentos somente quando isto foi discutido e autorizado pelo seu médico.

Também relatado:

  • Visão prejudicada.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Comprimidos revestidos

  • 5 mg: embalagem contendo 30 comprimidos revestidos.
  • 10 mg: embalagens contendo 14 ou 30 comprimidos revestidos.

Via oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 6 anos.

Cada comprimido revestido de Lotensin® contém:

5 mg ou 10 mg de cloridrato de benazepril.

Excipientes: dióxido de silício, óleo de rícino, lactose, crospovidona, hipromelose, óxido de ferro amarelo, amido, macrogol, talco, celulose microcristalina e dióxido de titânio.

Se você tomou acidentalmente muitos comprimidos de Lotensin®, ou se outra pessoa tomou seus comprimidos, contate seu médico ou hospital para orientações imediatamente. Você pode precisar de cuidados médicos.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Informe ao seu médico, farmacêutico ou profissional da saúde se você está tomando ou tomou recentemente qualquer outro medicamento, inclusive medicamentos obtidos sem prescrição:

  • Medicamentos utilizados para diminuir a pressão arterial, especialmente diuréticos (pílulas d`água), como espironolactona, por exemplo, BRAs ou alisquireno;
  • Medicamentos contendo um inibidor da neprilisina isolado ou em associação (por exemplo: sacubitril/valsartana);
  • Lítio, um medicamento utilizado para tratar algumas condições psicológicas;
  • Medicamentos contendo potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio;
  • Ciclosporina, um medicamento imunossupressor usado em pacientes transplantados para reduzir o risco de rejeição de órgão;
  • Heparina, um medicamento utilizado para prevenir a formação de coágulos no seu sangue;
  • Indometacina e outros anti-inflamatórios não-esteroidais, medicamentos utilizados para aliviar a dor e a inflamação;
  • Insulina ou antidiabéticos orais, medicamentos que ajudam uma pessoa com diabetes a controlar o nível de glicose (açúcar) no sangue;
  • Eritropoietina, um medicamento usado para regular a produção de células vermelhas no sangue;
  • Ouro para o tratamento da artrite reumatoide;
  • Probenecida, um medicamento utilizado para tratar gota e hiperuricemia;
  • Medicamentos utilizados no tratamento de alguns tipos de câncer e também alguns crescimentos não cancerosos associados com distúrbio genético (por exemplo tensirolimo, sirolimo, everolimo).

O uso, ao mesmo tempo, de Lotensin® com outros fármacos anti-hipertensivos (contra pressão alta), inclusive diuréticos, betabloqueadores e antagonistas do cálcio, geralmente leva a uma redução adicional na pressão arterial.

Tomando Lotensin® com alimento e bebida

Você pode tomar Lotensin® com ou sem alimento.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Resultados de Eficácia


O benazepril em doses orais de 10 a 20 mg, uma ou duas vezes ao dia, tem sido efetivo no tratamento da hipertensão leve a moderada, como evidenciam diversos estudos.

Aumentando-se a dose de benazepril para 40 ou 80 mg uma vez ao dia, não há melhora significativa da hipertensão quando comparado a dose de 20 mg uma vez ao dia, ou seja, os resultados de melhora da condição foram semelhantes aos das doses mais baixas.

Diversos estudos controlados comprovam que a combinação de benazepril com hidroclorotiazida ou atenolol produz efeitos sinérgicos positivos em pacientes com hipertensão de leve a moderada.

Treze pacientes hipertensos, não tratados previamente, participaram de um estudo aberto de 18 meses para controle contínuo da pressão arterial. Nove pacientes foram mantidos em monoterapia de 10 mg de benazepril e dois em 20 mg; dois outros necessitaram de tratamento adicional com 25 mg de clortalidona para controle da pressão arterial. A coleta de dados incluiu medidas ambulatoriais de pressão, no início do tratamento e após 12 meses e ecocardiografia Doopler no início, no 12º e no 18º mês. Após um ano, reduções médias de 9% e 12% nas pressões sistólica/diastólica foram relatadas por monitoração de 24 horas. Sete de 13 pacientes apresentaram hipertrofia ventricular prévia ao início do tratamento, no entanto, após 12 meses de tratamento, apenas um desses pacientes persistiu com a hipertrofia; decréscimos médios de 18% e 10% da espessura da parede septal e posterior, respectivamente, foram observados.

Nenhuma melhora adicional foi verificada na continuação do tratamento até o 18º mês.

O benazepril, 10 mg por dia, retarda o progresso da insuficiência renal em pacientes com diversos tipos de neuropatia.

Em uma pesquisa longitudinal de 3 anos, envolvendo 583 pacientes com insuficiência renal causadas por diferentes patologias, 300 pacientes receberam benazepril e 283 receberam placebo. As patologias dos pacientes eram glomerulopatias (n = 192), nefrite intersticial (n = 105), nefrosclerose (n = 97), rim policístico (n = 64), nefropatia diabética (n = 21) e patologias mistas (n = 104). Avaliou-se o clearance (depuração) de creatinina de tais pacientes.

Observou-se maior diminuição do risco de insuficiência renal (71%), quando comparado ao placebo, em pacientes do sexo masculino, com glomerulopatias, nefropatia diabética ou causas mistas de grau leve. O benazepril só não foi eficaz em pacientes com rim policístico.

Outros estudos também enfatizam o retardo na progressão da insuficiência renal crônica, medida pelo clearance de creatinina e diminuição da proteinúria em pacientes com insuficiência renal crônica.

Em um estudo clínico com 107 pacientes pediátricos, de 7 a 16 anos de idade, com a pressão sistólica ou diastólica acima do percentil 95, os pacientes receberam 0,1 ou 0,2 mg/kg, em seguida, titulada até 0,3 ou 0,6 mg/kg, com uma dose máxima de 40 mg por dia.

Os principais critérios de exclusão do estudo foram uma taxa de filtração glomerular (TFG) <30 mL/min/1,73m2, hipertensão grave ou hipertensão envolvendo órgãos, estenose da artéria renal bilateral ou unilateral, transplante de órgãos sólidos (exceto para transplante renal ≥ 1 ano antes da inscrição e clinicamente estável), síndrome nefrótica exceto as estáveis com terapia de manutenção com prednisona ou ciclosporina, indicativo de anormalidades laboratoriais neurológicas clinicamente significativas, respiratórias, gastrintestinais, hepatobiliares, ou doença hematológica, ou doença cardíaca estrutural ou arritmias clinicamente significativas.

Após quatro semanas de tratamento, 85 pacientes cuja pressão arterial foi reduzida na terapia, foram então randomizados para placebo ou três grupos com doses de benazepril (ou seja, 5 ou 10 mg/d, 10 ou 20 mg/d, 20 ou 40 mg/d, dependendo do peso corporal) foram acompanhados por mais duas semanas. No final de duas semanas, nas crianças retiradas para receber o placebo, a pressão arterial (sistólica e diastólica) subiu de 4 a 6 mmHg a mais do que em crianças com benazepril. Nenhuma dose-resposta foi observada para os três grupos de dose.

Hipertensão

Como outros inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), Cloridrato de Benazepril também inibe a degradação do vasodilatador bradicinina pela quininase. Essa inibição pode contribuir para o efeito anti-hipertensivo.

Cloridrato de Benazepril reduz a pressão arterial em qualquer grau de hipertensão nas posições sentada, supina ou em pé. Na maioria dos pacientes, a atividade anti-hipertensiva se inicia aproximadamente 1 hora após a administração de uma dose oral única e, a redução máxima de pressão arterial é alcançada dentro de 2 a 4 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste pelo menos 24 horas após a administração. Durante a administração repetida, a redução máxima da pressão arterial com cada dose é geralmente obtida após 1 semana e persiste durante o tratamento a longo prazo. Os efeitos anti-hipertensivos são mantidos independentemente de raça, idade ou atividade basal da renina plasmática. A dose diária máxima recomendada de Cloridrato de Benazepril em pacientes hipertensos é de 40 mg, em dose única ou duas doses. A dose de 80 mg provê uma resposta aumentada, mas a experiência com esta dose é limitada.

Os efeitos anti-hipertensivos de Cloridrato de Benazepril não diferem muito em pacientes com dietas com baixo ou alto teor de sódio.

Não foi observada elevação rápida da pressão arterial após retirada abrupta de Cloridrato de Benazepril . Em estudo conduzido com voluntários sadios, doses únicas de Cloridrato de Benazepril produziram um aumento no fluxo sanguíneo renal e não afetaram a TFG.

Os efeitos anti-hipertensivos de Cloridrato de Benazepril e dos diuréticos tiazídicos são sinérgicos. O uso concomitante de Cloridrato de Benazepril e outros fármacos anti-hipertensivos, inclusive betabloqueadores e antagonistas do cálcio, geralmente leva a uma redução adicional na pressão arterial.

Em um estudo clínico com 107 pacientes pediátricos, de 7 a 16 anos, com pressão sistólica ou diastólica superior ao percentil 95, os pacientes foram tratados com 0,1 ou 0,2 mg/kg e a dose foi aumentada até 0,3 ou 0,6 mg/kg, com dose máxima de 40 mg uma vez ao dia. Após quatro semanas de tratamento, os 85 pacientes que tiveram a pressão sanguínea reduzida com a terapia foram então randomizados para o grupo placebo ou grupos de três diferentes doses de benazepril (isto é, 5 ou 10 mg/dia, 10 ou 20 mg/dia, 20 ou 40 mg/dia, dependendo do peso corpóreo) e foram acompanhadas por duas semanas adicionais. Ao final das duas semanas, a pressão sanguínea (sistólica e diastólica) das crianças que receberam placebo aumentou 4 a 6 mmHg mais do que as crianças que continuaram recebendo benazepril. Não se observou dose-resposta para os três grupos tratados com benazepril.

Insuficiência renal crônica progressiva

Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e com duração de três anos, 583 pacientes com doença renal de várias etiologias e creatinina sérica variando entre 1,5 a 4 mg/dL [clearance (depuração) de creatinina entre 30 e 60 mL/min], com ou sem hipertensão, foram randomizados para placebo ou Cloridrato de Benazepril 10 mg, uma vez ao dia. Para se atingir o controle da pressão arterial foram administrados agentes anti-hipertensivos adicionais, de acordo com a necessidade dos pacientes, em ambos os grupos. O grupo tratado com Cloridrato de Benazepril teve 53% de redução no risco relativo de atingir o objetivo do estudo, definido como sendo a duplicação da creatinina sérica ou a necessidade de diálise. Esses efeitos benéficos foram acompanhados pela redução da pressão arterial e por uma pronunciada redução na proteinúria. Pacientes com doença renal policística não apresentaram redução na perda da função renal quando tratados com Cloridrato de Benazepril; entretanto, o produto pode ainda ser utilizado no tratamento da hipertensão em tais pacientes.

Referências Bibliográficas

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Características Farmacológicas


Grupo farmacoterapêutico e código ATC
Grupo farmacoterapêutico: inibidor da enzima conversora de angiotensina (código ATC C09A A07).

Propriedades farmacodinâmicas

Cloridrato de Benazepril é um pró-fármaco que, após hidrólise para o metabólito ativo benazeprilate, inibe a ECA e, consequentemente, bloqueia a conversão de angiotensina I para angiotensina II. Assim sendo, reduz todos os efeitos mediados pela angiotensina II - por exemplo, vasoconstrição e produção de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e água nos túbulos renais - e eleva o débito cardíaco. Cloridrato de Benazepril diminui a frequência cardíaca aumentada induzida pelo reflexo simpático que ocorre em resposta à vasodilatação.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

No mínimo 37% de uma dose oral de cloridrato de benazepril são absorvidos. O pró-fármaco é então rapidamente convertido ao metabólito farmacologicamente ativo, o benazeprilate. Após a administração do cloridrato de benazepril, com estômago vazio, os picos de concentração plasmática do benazepril e do benazeprilate são alcançados, respectivamente, após 30 e 60 a 90 minutos.

A biodisponibilidade absoluta do benazeprilate, após a administração oral do cloridrato de benazepril, é de aproximadamente 28% da biodisponibilidade obtida após a administração i.v. do metabólito isolado. A administração dos comprimidos após as refeições retarda a absorção, mas não afeta a quantidade absorvida e convertida a benazeprilate. O cloridrato de benazepril pode, portanto, ser ingerido com ou sem alimentos.

No intervalo de dose de 5 a 20 mg, a área sob a curva (ASC) e o pico das concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilate são aproximadamente proporcionais à dose. Desvios pequenos, mas estatisticamente significativos, da proporcionalidade da dose são observados no intervalo de dose mais amplo, de 2 a 80 mg. Isso pode ser causado pela ligação saturável do benazeprilate à enzima conversora de angiotensina.

A cinética não se altera durante doses múltiplas (5 a 20 mg uma vez ao dia). O benazepril não se acumula. O benazeprilate se acumula apenas em extensão mínima, sendo o estado de equilíbrio na ASC aproximadamente 20% mais elevado do que a observado no primeiro intervalo de dose de 24 horas. A meia-vida efetiva de acumulação do benazeprilate é de 10 a 11 horas. Os níveis do estado de equilíbrio são alcançados após 2 a 3 dias.

Distribuição

Cerca de 95% do benazepril e do benazeprilate se ligam a proteínas plasmáticas humanas (principalmente a albumina).

A ligação não é afetada pela idade. O volume de distribuição do benazeprilate no estado de equilíbrio é de cerca de 9 litros.

Biotransformação

O benazepril é extensivamente metabolizado, sendo seu principal metabólito o benazeprilate. Supõe-se que essa metabolização ocorra principalmente no fígado, por hidrólise enzimática. Os outros dois metabólitos são os acil glicuronídeos conjugados do benazepril e do benazeprilate.

Eliminação

O benazepril é eliminado principalmente por clearance (depuração) metabólico. O benazeprilate é eliminado por via renal e biliar, sendo a excreção renal a principal via em pacientes com função renal normal. O clearance (depuração) metabólico do benazeprilate disponível sistemicamente é de importância secundária. Na urina, o benazepril corresponde a menos de 1% e o benazeprilate a cerca de 20% de uma dose oral. A eliminação plasmática do benazepril é completa após 4 horas. A eliminação do benazeprilate é bifásica, com uma meia-vida inicial de cerca de 3 horas e uma meia-vida terminal de cerca de 22 horas. A fase de eliminação terminal (de 24 horas adiante) sugere uma forte ligação do benazeprilate à enzima conversora de angiotensina.

Populações de pacientes especiais

Pacientes pediátricos

Em pacientes pediátricos (N=45), hipertensos, com idade entre 6 e 16 anos, que receberam doses múltiplas diárias de cloridrato de benazepril (0,1 a 0,5 mg/kg), o clearance (depuração) de benazeprilate em crianças de 6 a 12 anos foi de 0,35 L/hr/kg, mais que o dobro quando comparado com adultos sadios que receberam uma dose única de 10 mg (0,13 L/hr/kg). Em adolescentes de 13 a 16 anos foi de 0,17 L/hr/kg, 27% maior que em adultos sadios. A meia-vida terminal de eliminação de benazeprilate em pacientes pediátricos ficou em torno de 5 horas, um terço daquela observada em adultos.

Pacientes hipertensos

As concentrações plasmáticas de benazeprilate no estado de equilíbrio se correlacionam com a dose diária.

Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva

A absorção do benazepril e sua conversão a benazeprilate não são afetadas. Porque a eliminação é um pouco mais lenta, as concentrações mínimas do benazeprilate no estado de equilíbrio tendem a serem maiores nesse grupo de pacientes, quando comparado a voluntários sadios ou a pacientes hipertensos.

Idade, insuficiência renal leve a moderada, síndrome nefrótica e insuficiência hepática

As cinéticas do benazepril e do benazeprilate não são grandemente afetadas por idade, insuficiência renal leve a moderada [clearance (depuração) de creatinina de 30 mL/ min a 80 mL/min] ou por síndrome nefrótica. A cinética e a biodisponibilidade do benazeprilate não são afetadas em pacientes com disfunção hepática causada por cirrose, não sendo necessário o ajuste de dose em tais pacientes.

Insuficiência renal grave e doença renal em estágio final

As cinéticas do benazeprilate são substancialmente afetadas pela insuficiência renal grave [clearance (depuração) de creatinina menor que 30 mL/min], sendo necessária a redução da dose como resultado da eliminação mais lenta e maior acúmulo. O benazepril e o benazeprilate são eliminados do plasma mesmo em pacientes com doença renal em estágio final, sendo as cinéticas similares àquelas de pacientes com insuficiência renal grave. O clearance (depuração) não-renal (ex.: biliar ou metabólico) compensa parcialmente o clearance (depuração) renal deficiente.

Hemodiálise

A hemodiálise regular, que se inicia ao menos duas horas após a administração do cloridrato de benazepril, não afeta significativamente as concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilate, o que significa não ser necessária a administração de dose adicional após a diálise. Apenas uma pequena quantidade do benazeprilate é removida do organismo pela diálise.

Dados de segurança pré-clínicos

Estudos de toxicidade na reprodução

Não foram observados efeitos adversos no perfil de reprodução em ratos machos e fêmeas tratados com cloridrato de benazepril em doses de até 500 mg/kg/dia.

Não foram observados efeitos embriotóxicos, fetotóxicos ou teratogênicos diretos em camundongos tratados com até 150 mg/kg/dia, em ratos tratados com até 500 mg/kg/dia e em coelhos tratados com até 5 mg/kg/dia.

Mutagenicidade

Em uma série de estudos in vitro e in vivo, não foi detectado potencial mutagênico.

Carcinogenicidade

Não foi observada evidência de efeito carcinogênico quando o cloridrato de benazepril foi administrado a ratos em doses de até 150 mg/kg/dia [250 vezes a dose máxima recomendada para humanos (DMRH)]. Não foi observada evidência de carcinogenicidade quando o Cloridrato de Benazepril foi administrado a camundongos por 104 semanas nas mesmas doses.

Toxicidade juvenil

Não se realizaram estudos pré-clínicos com o propósito de se investigar o potencial toxicológico juvenil de cloridrato de benazepril.

Manter em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

  • Lotensin® 5 mg: Comprimido revestido, amarelo claro, oblongo.
  • Lotensin® 10 mg: Comprimido revestido, amarelo escuro, circular.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

MS – 1.0068.0028

Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150

Registrado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira.

Fabricado por:
Anovis Industrial Farmacêutica Ltda.
Taboão da Serra, SP

® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Lotensin

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

Novo

Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Classe Terapêutica:

Especialidades:

Cardiologia

Nefrologia

Preço Máximo ao Consumidor:

PMC/SP R$ 111,16

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 80,41

Registro no Ministério da Saúde:

1006800280118

Código de Barras:

7896261000872

Temperatura de Armazenamento:

Temperatura ambiente

Produto Refrigerado:

Este produto não precisa ser refrigerado

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

Modo de Uso:

Uso oral

Pode partir:

Esta apresentação não pode ser partida

LOTENSIN É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


Sobre a Novartis

Com uma história de muita tradição, a Novartis é resultado da fusão de outras duas grande empresas: Ciba-Geigy e da Sandoz.  Tais organizações se especializaram, inicialmente, no desenvolvimento de produtos químicos. Na sequência, seu foco mudou para produtos farmacêuticos.

Com tal histórico, a Novartis não poderia ter outras essência, se não a de ser apaixonada pelo desenvolvimento e comercialização de produtos que contribuem para a vida das pessoas, por meio da ciência e da saúde.

Para isso, investe pesado em inovação, pesquisa e desenvolvimento. Essa política trouxe várias conquistas, como a de ser a única fábrica de divisão oftalmológica da América Latina.

Fonte: https://www.novartis.com.br

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