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Bula do Lopril-D

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 18 de Setembro de 2023.

Lopril-D, para o que é indicado e para o que serve?

Lopril-D (captopril + hidroclorotiazida) é indicado para o tratamento da hipertensão. Os efeitos redutores da pressão arterial de captopril e da hidroclorotiazida são aproximadamente aditivos.

Como o Lopril-D funciona?

Lopril-D é a combinação de dois agentes anti-hipertensivos:

  • Captopril e hidroclorotiazida. Lopril-D controla a pressão arterial dos pacientes hipertensos.

Normalmente, a diminuição máxima na pressão arterial ocorre 60 a 90 minutos após a administração oral de uma única dose de captopril. A duração do efeito depende da dose e aumenta na presença de diuréticos tipo tiazídicos, como a hidroclorotiazida. Os efeitos redutores da pressão arterial de captopril e dos diuréticos tiazídicos se somam.

Quais as contraindicações do Lopril-D?

Você não deve utilizar Lopril-D se já teve reações alérgicas ao medicamento antes. Se você apresenta anúria (diminuição ou retenção urinária), a hidroclorotiazida é contra-indicada.

Como usar o Lopril-D?

Você deve tomar Lopril-D 1 hora antes das refeições.

Posologia do Lopril-D


A posologia deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente. O seu médico determinará a dose ideal para você. Em geral, as doses diárias de captopril não devem ser maiores que 150 mg e as de hidroclorotiazida, 50 mg.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Lopril-D?

Gravidez e lactação

Há riscos para o feto durante o tratamento com inibidores da ECA (p.ex. captopril).

Não é recomendável que você use Lopril-D, se você estiver grávida ou amamentando, já que este medicamento pode ser liberado no leite materno, e as tiazidas em altas doses causando diurese intensa podem inibir a produção do leite materno,portanto informe ao seu médico se estiver grávida, amamentando ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Insuficiência Hepática

Há casos raros de aparecimento de uma síndrome que inicia com icterícia colestática (provocada pela bile) e evolui para necrose hepática (morte das células ou parte do fígado) fulminante e algumas vezes morte, devido ao uso deste medicamento.

Função Renal Prejudicada

Se você apresenta doença renal, particularmente se você tiver estenose (estreitamento) grave da artéria renal, é possível que haja aumentos de uréia e creatinina no sangue, após diminuição da pressão arterial com o uso de captopril. Nestes casos, podem ser necessários a diminuição da dosagem de captopril ou o fim do uso de diuréticos, ou ambas opções.

Nestes casos, pode, ainda, não ser possível normalizar a pressão arterial e manter uma perfusão renal adequada.

Lopril-D pode ser administrado em pacientes com função renal normal, nos quais o risco é pequeno. Se você apresenta função renal comprometida, particularmente com doença vascular do colágeno, Lopril-D só deve ser indicado se você for hipertenso e tiver efeitos colaterais inaceitáveis com outros medicamentos, ou que não teve resposta positiva utilizando outras combinações de medicamentos.

Miopia Aguda e Glaucoma de ângulo fechado secundário

A sulfonamida ou outras drogas derivadas da sulfonamida, podem causar uma reação idiossincrática resultando em miopia transitória e glaucoma de ângulo fechado secundário. Embora a hidroclorotiazida seja uma sulfonamida, apenas casos isolados de glaucoma de ângulo fechado secundário, sem associação causal definitiva, foram relatados até agora com a hidroclorotiazida.

Os sintomas incluem início agudo de diminuição da acuidade visual ou dor ocular e ocorrem normalmente dentro de horas ou semanas após o início da administração do medicamento. O não tratamento do glaucoma de ângulo fechado secundário pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário é descontinuar a ingestão do medicamento, o mais rapidamente possível.

Tratamentos médicos imediatos ou cirúrgicos podem ser necessários se a pressão intra-ocular permanece descontrolada. Um dos fatores de risco para desenvolver glaucoma de ângulo fechado secundário pode incluir histórico de alergia a sulfonamida ou penicilina.

Uso em crianças

Segurança e eficácia em crianças não foram estabelecidos. A posologia é baseada no peso da criança e, geralmente, é igual ou menor à dose usada por adultos.

Lopril-D deve ser usado em crianças, somente se outras medidas para controle da pressão arterial não forem eficazes.

Uso em idosos

Não há recomendações especiais para pacientes idosos.

Advertências do Lopril-D


Se você tem insuficiência cardíaca, é recomendável que você não aumente rapidamente a atividade física, enquanto você estiver usando este medicamento.

Captopril

Ao usar captopril (presente em Lopril-D), é possível que você apresente uma série de reações adversas indesejáveis.

Podem ser desde uma reação mais leve, como tosse, até uma mais grave como reações alérgicas, que podem incluir:

  • Inchaço de face, olhos, lábios, língua, laringe e extremidades; dificuldade em engolir ou respirar; rouquidão. Caso ocorra alguma destas reações, você deve parar com o tratamento e procurar imediatamente um médico para tratamento de emergência.

Você deve também informar qualquer indicação de infecção (ex.: garganta inflamada, febre), que podem ser sinais de neutropenia (quantidade menor e anormal de neutrófilos no sangue); ou de edema (inchaço) progressivo, podendo estar relacionado à proteinúria (presença de proteínas na urina) e à síndrome nefrótica (renal).

A neutropenia é normalmente detectada dentro de 3 meses após o início da terapia com captopril.

Na maioria dos casos conhecidos, a proteinúria diminuiu ou desapareceu dentro de seis meses, quando o tratamento com captopril foi interrompido ou não.

É importante que você consulte o seu médico quando você apresentar transpiração excessiva e desidratação, que podem levar a uma queda excessiva da pressão arterial, por causa da diminuição do volume de líquidos. Outras causas de perda de volume, tais como vômitos ou diarréia, também podem conduzir a uma queda de pressão arterial.

Há casos raros de hipotensão excessiva (diminuição da pressão arterial) em pacientes hipertensos, porém é uma conseqüência possível do uso do captopril em pessoas com perda de sal/volume (tais como aquelas em terapia vigorosa com diuréticos), em pacientes com insuficiência cardíaca ou naqueles sob diálise renal.

Alguns pacientes, que usaram captopril, apresentaram aumentos de potássio no sangue. Existe um risco de aparecimento de hipercalemia (elevação de potássio) se você tiver insuficiência renal, diabetes melittus ou se você também utiliza diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio, ou outras drogas que possam levar a aumentos de potássio no sangue (p.ex.: heparina).

Há casos de tosse, causada pelo uso de captopril e que desaparece, quando você interrompe o tratamento.

Hidroclorotiazida

Se você apresenta uma doença renal grave, função hepática (relacionada ao fígado) prejudicada ou doença hepática progressiva, você deve usar as tiazidas (por exemplo, hidroclorotiazida) com cuidado.

Reações alérgicas podem ocorrer em pacientes que já tiveram, ou não, alergia ou asma brônquica.

Todos os pacientes recebendo terapia com tiazidas devem ser observados, quanto a sinais clínicos de desequilíbrio de líquidos e eletrólitos, caracterizados por:

Durante o uso de tiazidas, você pode apresentar manifestação de diabetes mellitus latente.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Lopril-D?

Captopril

Renais

Pode ocorrer proteinúria (perda de proteínas na urina) insuficiência renal, falência renal, síndrome nefrótica, poliúria, oligúria e polaciúria.

Hematológicas

Pode ocorrer neutropenia/agranulocitose. Relata-se casos de anemia, trombocitopenia e pancitopenia.

Dermatológicas

Erupções, com pruridos e algumas vezes com febre, artralgia (dor nas articulações) e eosinofilia ocorreram em alguns pacientes (dependendo do estado renal e da dose), normalmente durante as primeiras quatro semanas de terapia. De modo geral, são maculopapulares e raramente urticariformes. As erupções são normalmente leves e desaparecem após tratamento médico.

Prurido sem erupções ocorrem em cerca de 2 em cada 100 pacientes.

Rubor ou palidez tem sido relatado em 2 a 5 de cada 1000 pacientes.

Cardiovasculares

Pode ocorrer hipotensão, taquicardia, dores no peito e palpitação, cada um deles, observados em aproximadamente 1 em cada 100 pacientes. Angina pectoris, infarto do miocárdio, síndrome de Raynaud e insuficiência cardíaca congestiva ocorreram, cada um, em 2 a 3 de cada 1000 pacientes.

Alteração do paladar

Aproximadamente 2 a 4 (dependendo do estado renal e da dose) em cada 100 pacientes desenvolveram uma diminuição ou perda de paladar. Isto é reversível mesmo com a administração contínua da droga. A perda de peso pode estar associada à perda de paladar.

Angioedema

Relata-se angioedema envolvendo as extremidades, rosto, lábios, mucosas, língua, glote ou laringe em aproximadamente 1 em cada 1000 pacientes. Angioedema envolvendo as vias aéreas superiores pode provocar obstrução fatal das mesmas.

Tosse

Relatou-se a ocorrência de tosse em 0,5 a 2% dos pacientes tratados com captopril em testes clínicos.

As seguintes reações foram relatadas em 0,5 a 2% dos pacientes, porém, não ocorreram em frequência superior, quando comparadas com placebo ou outros tratamentos usados em estudos controlados:
  • Irritação gástrica, dor abdominal, náusea, vômitos, diarréia, anorexia, constipação, aftas, úlcera péptica, tontura, dor de cabeça, mal estar, fadiga, insônia, boca seca, dispnéia, alopécia, parestesias.

Outros efeitos adversos relatados a partir da comercialização do medicamento estão listados a seguir por sistema orgânico. Nestas condições, uma relação de incidência ou causal não pode ser determinada com exatidão.

Gerais

Astenia e ginecomastia.

Cardiovasculares

Parada cardíaca, acidente/insuficiência cerebrovascular, distúrbios de ritmo, hipotensão ortostática e síncope.

Dermatológicos

Pênfigo bolhoso, eritema multiforme (incluindo síndrome de Stevens-Johnson), dermatite esfoliativa.

Gastrintestinais

Pancreatite, glossite, dispepsia.

Hematológicos

Anemia, incluindo a aplástica e a hemolítica.

Hepatobiliares

Icterícia, hepatite, incluindo casos raros de necrose hepática e colestase.

Metabólicas

Hiponatremia sintomática.

Músculo-esqueléticos

Mialgia e miastenia.

Nervoso/Psiquiátricos

Ataxia, confusão, depressão, nervosismo e sonolência.

Respiratórios

Broncoespasmo, pneumonite eosinofílica e rinite.

Órgãos dos sentidos

Visão turva.

Urogenitais

Impotência.

Como com outros inibidores da ECA, relatou-se uma síndrome que pode incluir:
  • Febre, mialgia, artralgia, nefrite intersticial, vasculite, erupções ou outras manifestações dermatológicas, eosinofilia e elevação da hemossedimentação.

Hidroclorotiazida

Sistema Gastrintestinal

Anorexia, irritação gástrica, náusea, vômitos, cólicas, diarréia, constipação, icterícia (icterícia intra-hepática colestática), pancreatite e sialoadenite.

Sistema Nervoso Central

Tontura, vertigem, parestesias, dor de cabeça e xantopsia.

Hematológicas

Leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplástica e anemia hemolítica.

Cardiovascular

Hipotensão ortostática.

Hipersensibilidade

Púrpura, fotossensibilidade, erupção cutânea, urticária, angeíte necrotizante (vasculite; vasculite cutânea), febre, desconforto respiratório, incluindo pneumonite e reações anafiláticas.

Outras

Hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, espasmo muscular, fraqueza, inquietação e turvação transitória da visão.

Alteração dos testes laboratoriais

Podem ocorrer alterações de alguns testes laboratoriais conforme descrito a seguir. Em caso de dúvida procure orientação do seu médico.

Acetona urinária

Pode resultar em falso-positivo.

Eletrólitos do Soro
  • Hipercalemia (aumento de potássio no sangue): principalmente se você apresenta insuficiência renal.
  • Hiponatremia (diminuição de sódio no sangue): principalmente se você está de dieta com restrição de sal ou em tratamento juntamente com diuréticos.
Nitrogênio da uréia sangüínea/ Creatinina sérica

Aumento passageiro dos níveis de nitrogênio da uréia sangüínea ou creatinina sérica, principalmente em pacientes volume- ou sal-depletados ou com hipertensão renovascular.

Hematológica

Ocorrência de títulos positivos de anticorpo anti-núcleo.

Testes de Função Hepática (do fígado)

Podem ocorrer elevações de enzimas chamadas: transaminases, fosfatase alcalina e bilirrubina sérica.

Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.

Apresentações do Lopril-D

Comprimidos 25 mg e 50 mg

Em embalagens com 16 e 30 comprimidos divisíveis, ou seja, que você pode partir, de acordo com a indicação de seu médico.

Uso oral.

Uso adulto.

Qual a composição do Lopril-D?

Cada comprimido de Lopril-D (captopril + hidroclorotiazida) 50/25mg contém:

Captopril

50 mg

Hidroclorotiazida

25 mg

Lopril-D contêm os seguintes ingredientes inativos: celulose microcristalina, corante FD&C amarelo nº6 (amarelo crepúsculo), lactose, estearato de magnésio, amido pré-gelatinizado e ácido esteárico.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Lopril-D maior do que a recomendada?

Captopril

A correção da hipotensão é a preocupação principal caso você tome este medicamento em uma quantidade maior do que a indicada pelo seu médico.

Hidroclorotiazida

Uma superdose (uso em uma quantidade maior) de tiazídicos pode levar à diurese (excreção de urina), e também pode resultar em graus variados de letargia (inconsciência profunda e prolongada), podendo levar a coma em poucas horas, com depressão mínima da respiração e da função cardiovascular e sem evidência de alterações dos eletrólitos séricos ou desidratação. Irritação gastrintestinal e hipermotilidade podem ocorrer.

Se você tomar Lopril-D em uma quantidade maior do que a recomendada, você deve procurar imediatamente um médico.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Lopril-D com outros remédios?

É muito importante que você informe ao seu médico sobre o uso de outros medicamentos, pois estes, quando tomados junto com Lopril-D, podem anular ou aumentar seus efeitos, causando problemas que podem ser graves.

Hipotensão

Pacientes sob terapia com diuréticos

Pacientes tomando diuréticos e especialmente aqueles nos quais a terapia diurética foi recentemente instituída, bem como aqueles em dietas rigorosas de restrição de sal ou diálise, podem ocasionalmente experimentar uma súbita redução da pressão arterial, normalmente na primeira hora após a ingestão da dose inicial de captopril.

Esta resposta hipotensiva transitória não é uma contra-indicação para a administração de outras doses.

Drogas com Atividade Vasodilatadora

Dados sobre o efeito do uso concomitante de outros vasodilatadores em pacientes recebendo captopril na insuficiência cardíaca não estão disponíveis; dessa maneira, a nitroglicerina ou outros nitratos (usados no tratamento da angina) ou outras drogas com atividade vasodilatadora devem, se possível, ser descontinuados antes do início de captopril. Se retomados durante o tratamento com captopril, estas drogas devem ser administradas cuidadosamente e talvez em doses inferiores.

Drogas que Causam Liberação de Renina

O efeito do captopril é aumentado pelos agentes anti-hipertensivos que causam liberação da renina. Por exemplo, diuréticos (tais como as tiazidas) podem ativar o sistema renina-angiotensina-aldosterona.

Drogas que Afetam a Atividade Simpática

O sistema nervoso simpático pode ser especialmente importante para manter a pressão arterial em pacientes recebendo captopril sozinho ou com diuréticos. Dessa maneira, as drogas que afetam a atividade simpática (p. ex.: Drogas bloqueadoras ganglionares ou drogas bloqueadoras dos neurônios adrenérgicos) devem ser usadas com cautela. Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos acrescentam algum efeito anti-hipertensivo ao captopril, porém a resposta global não chega a ser aditiva.

Drogas que Aumentam o Potássio Sérico

Diuréticos poupadores de potássio, tais como espironolactona, triantereno ou amilorida, ou suplementos de potássio devem ser administrados somente na hipocalemia comprovada e ainda assim com cautela, uma vez que podem conduzir a um aumento significativo do potássio sérico. Os substitutos do sal contendo potássio também devem ser usados com cautela.

Inibidores da Síntese de Prostaglandina Endógena

Há relatos de que a indometacina pode reduzir os efeitos anti-hipertensivos do captopril, especialmente nos casos de hipertensão com renina baixa. Outros agentes antiinflamatórios não esteroidais (p. ex.: Ácido acetilsalicílico) também podem apresentar este efeito.

Em alguns pacientes, a administração de agentes antiinflamatórios não esteroidais pode reduzir os efeitos diurético, natriurético e anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos. Dessa maneira, quando a hidroclorotiazida e antiinflamatórios não esteroidais são usados concomitantemente, o paciente deve ser rigorosamente acompanhado para verificar se o efeito diurético desejado está sendo obtido. Em pacientes idosos com depleção de volume (incluindo aqueles em tratamento com diuréticos), ou com comprometimento da função renal, a administração concomitante de antiinflamatórios não esteroidais, incluindo inibidores seletivos de COX-2, com inibidores da ECA, incluindo o captopril, pode resultar na deterioração da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Estes efeitos são geralmente reversíveis. Deve-se monitorar periodicamente a função renal em pacientes recebendo terapia fosinopril e antiinflamatórios não esteroidais.

Lítio

Relatou-se aumento dos níveis séricos de lítio e sintomas de toxicidade por lítio em pacientes tratados com lítio e inibidores da ECA concomitantemente. Estas drogas devem ser administradas juntas com cautela e recomenda-se a monitorização freqüente dos níveis séricos de lítio.

Os agentes diuréticos reduzem o clearance renal de lítio e aumentam o risco de toxicidade pelo lítio. A hidroclorotiazida deve ser co-administrada com cautela e recomenda-se a monitorização freqüente do lítio sérico.

Quando administradas concomitantemente, as seguintes drogas podem interagir com os diuréticos tiazídicos:

  • Álcool, Barbitúricos ou Narcóticos - pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática.
  • Anfotericina B, Corticosteróides ou Corticotrofina (ACTH) - podem intensificar o desequilíbrio de eletrólitos, particularmente a hipocalemia. Monitorizar os níveis de potássio e usar suplementos de potássio, se necessário.
  • Anticoagulantes (Orais) - podem ser necessários ajustes de dose da medicação anticoagulante, uma vez que a hidroclorotiazida pode diminuir seus efeitos.
  • Medicações Antigotosas - pode ser necessário o ajuste de dose da medicação antigotosa, já que a hidroclorotiazida pode aumentar o nível de ácido úrico no sangue.
  • Outras Medicações Anti-Hipertensivas (p.ex.: Agentes Bloqueadores Ganglionares ou Adrenérgicos Periféricos) - pode ser necessário o ajuste da dose, pois a hidroclorotiazida pode potencializar seus efeitos.
  • Medicamentos Antidiabéticos (Agentes Orais e Insulina) - como as tiazidas podem aumentar os níveis de glicose sangüínea, pode ser necessário o ajuste de dose dos medicamentos antidiabéticos.
  • Sais de Cálcio - pode ocorrer aumento dos níveis de cálcio sérico devido à excreção diminuída. Se houver necessidade de administrar cálcio, monitorizar os níveis séricos de cálcio e ajustar a posologia do cálcio de acordo.
  • Glicosídeos Cardíacos - há aumento do risco de toxicidade digitálica associada com hipocalemia induzida por tiazidas. Monitorizar os níveis de potássio.
  • Resina Colestiramina e Cloridrato de Colestipol - podem retardar ou diminuir a absorção da hidroclorotiazida. Diuréticos sulfonamídicos devem ser tomados pelo menos uma hora antes ou quatro a seis horas após estas medicações.
  • Diazóxido - efeitos hiperglicêmico, hiperuricêmico e anti-hipertensivo aumentados. Estar ciente da possível interação; monitorizar a glicose sangüínea e os níveis séricos de ácido úrico.
  • Inibidores da MAO - ajustes da dose de um ou ambos agentes podem ser necessários caso haja aumento dos efeitos hipotensivos.
  • Relaxantes Musculares Não Despolarizantes, Pré-Anestésicos e Anestésicos Usados em Cirurgia (p. ex.: cloreto de tubocurarina e trietiliodeto de galamina) - os efeitos destes agentes podem ser potencializados e ajustes de dose podem ser necessários; monitorizar e corrigir quaisquer desequilíbrios de líquidos e eletrólitos antes da cirurgia, se possível.
  • Metenamina - possível diminuição da eficácia de hidroclorotiazida pela alcalinização da urina.
  • Aminas Pressoras (p.ex.: norepinefrina) - ocorre diminuição da resposta arterial, porém não suficiente para impedir a eficácia do agente pressor para uso terapêutico. Usar com cautela em pacientes tomando ambas as medicações e que serão operados. Administrar os agentes anestésicos e pré-anestésicos em doses reduzidas e, se possível, descontinuar a terapia com hidroclorotiazida uma semana antes da cirurgia.
  • Probenecida ou Sulfimpirazona: uma dose maior desses agentes pode ser necessária, uma vez que a hidroclorotiazida pode ter efeitos hiperuricêmicos.
  • Carbamazepina: o uso concomitante de hidroclorotiazida e carbamazepina tem sido associado com o risco de hiponatremia sintomática. Os eletrólitos devem ser monitorizados durante o uso concomitante dessas substâncias. Se possível, outra classe de diuréticos deve ser usado.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

Qual a ação da substância do Lopril-D?

Resultados de Eficácia

Captopril + Hidroclorotiazida proporciona alta eficácia anti-hipertensiva pelo fato de seus componentes atuarem sobre o principal mecanismo gerador da hipertensão arterial: o sistema renina-angiotensina-aldosterona.

Captopril + Hidroclorotiazida, quando administrado 1 vez ao dia, mantém seu efeito antihipertensivo máximo durante a maior parte do dia (excelente relação vale pico de 76%). Assim, proporciona cobertura antihipertensiva por 24 horas, com segurança comprovada.

Características Farmacológicas

Captopril + Hidroclorotiazida, para uso oral, é a combinação de dois agentes anti-hipertensivos: Captopril e Hidroclorotiazida.

Captopril é um inibidor competitivo específico da Enzima Conversora de Angiotensina I (ECA), a enzima responsável pela conversão da angiotensina I em angiotensina II. A hidroclorotiazida é um diurético anti-hipertensivo do grupo das benzotiadiazidas (tiazidas).

Mecanismo de Ação

Captopril

Seus efeitos benéficos na hipertensão e na insuficiência cardíaca parecem resultar primariamente da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Entretanto, não há uma correlação consistente entre os níveis de renina e a resposta à droga. A renina, uma enzima sintetizada pelos rins, é liberada na circulação onde age sobre um substrato de globulina plasmática para produzir angiotensina I, um decapeptídio relativamente inativo.

Essa por sua vez, pela ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), transforma-se na angiotensina II, uma das mais potentes substâncias vasoconstritoras endógenas. A angiotensina II também estimula secreção de aldosterona pelo córtex da supra-renal, contribuindo deste modo para a retenção de sódio e líquidos.

O captopril impede a conversão da angiotensina I em angiotensina II pela inibição da ECA, uma peptidildipeptídeo carboxiidrolase.

A ECA é idêntica à bradicininase e o captopril pode também interferir na degradação da bradicinina, um peptídeo vasodepressor. Concentrações aumentadas de bradicinina ou prostaglandinas E2 também podem ter uma função no efeito terapêutico de captopril.

A inibição da ECA resulta na diminuição da angiotensina II plasmática e no aumento da atividade da renina plasmática (ARP), sendo este resultado da perda do feedback negativo sobre a liberação da renina causada pela redução da angiotensina II. A redução da angiotensina II leva à diminuição da secreção de aldosterona e, como resultado, pequenos aumentos de potássio sérico podem ocorrer junto com a perda de sódio e líquidos.

Os efeitos anti-hipertensivos persistem por um período de tempo maior do que a inibição da ECA circulante. Não se sabe se a ECA presente no endotélio vascular é inibida por mais tempo que a ECA circulante no sangue.

Hidroclorotiazida

As tiazidas afetam o mecanismo tubular renal de reabsorção de eletrólitos. Nas doses terapêuticas máximas, todas as tiazidas são aproximadamente iguais em sua potência diurética.

As tiazidas aumentam a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A natriurese causa uma perda secundária de potássio e bicarbonato.

As tiazidas não afetam a pressão arterial normal.

Farmacocinética

Captopril

Após administração oral de doses terapêuticas de captopril, a absorção é rápida e níveis sangüíneos máximos são atingidos em cerca de uma hora. A presença de alimentos no trato gastrintestinal reduz a absorção em cerca de 30 a 40%, devendo o captopril ser ingerido uma hora antes das refeições.

A absorção mínima média é de aproximadamente 75%. Em um período de 24 horas, mais de 95% da dose absorvida é excretada pela urina, sendo 40 a 50% como droga inalterada e a maior parte do restante como dímeros dissulfeto de captopril e dissulfeto captopril-cisteína.

Aproximadamente 25 a 30% da droga circulante liga-se às proteínas plasmáticas. A meia-vida aparente de eliminação do sangue é provavelmente inferior a três horas.

A determinação precisa da meia-vida de captopril inalterado não é possível até o presente, porém é provavelmente inferior a duas horas. Em pacientes com danos renais, entretanto, ocorre retenção de captopril.

Hidroclororiazida

A absorção oral da hidroclorotiazida é relativamente rápida. A meia-vida plasmática média da hidroclorotiazida em indivíduos em jejum é de aproximadamente 2,5 horas. A hidroclorotiazida é eliminada rapidamente pelos rins, sendo a maior parte (> 95%) eliminada na forma inalterada pela urina.

Farmacodinâmica

Captopril

A administração de captopril resulta em uma redução na resistência arterial periférica em pacientes hipertensos sem alterações ou aumento do débito cardíaco. Em pacientes com insuficiência cardíaca, demonstra-se uma diminuição significativa da resistência periférica (vascular sistêmica) e da pressão sangüínea (pós-carga), redução da pressão capilar pulmonar (pré-carga) e da resistência vascular pulmonar, aumento do débito cardíaco e aumento do tempo de tolerância ao exercício (TTE).

Reduções na pressão arterial são normalmente máximas 60 a 90 minutos após a administração oral de uma dose única de captopril. A duração do efeito está relacionada com a dose e aumenta na presença de diuréticos tipo tiazídicos. O efeito terapêutico máximo de uma determinada dose pode não ser alcançado em 6-8 semanas. Os efeitos redutores da pressão arterial de captopril e dos diuréticos tiazídicos são aditivos. Em contraste, captopril e beta-bloqueadores apresentam efeito aditivo menor.

A pressão arterial é diminuída de maneira aproximadamente igual nas posições em pé e supina.

Efeitos ortostáticos e taquicardia são pouco freqüentes, mas podem ocorrer em pacientes com depleção de volume. Não se tem associado à descontinuação abrupta de captopril com um rápido aumento da pressão sangüínea.

O captopril não atravessa a barreira hematoencefálica em quantidades significativas.

Hidroclorotiazida

O início da diurese ocorre em duas horas após administração de hidroclorotiazida e o efeito máximo em cerca de quatro horas. Sua ação persiste por aproximadamente seis a doze horas.

Como devo armazenar o Lopril-D?

Você deve armazenar este produto em temperatura ambiente, entre 15ºC e 30ºC.

Nº do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.

Aspecto físico e características organolépticas

Os comprimidos de Lopril-D são laranja, levemente matizados (pode apresentar outras cores), ovais, biconvexos (arredondados), com corte nas duas faces.

Não use este medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Lopril-D

Reg. MS- 1.0180.0099

Farm. Bioq. Resp.:
Dra Elizabeth M. Oliveira
CRF-SP nº 12.529

Fabricado por, Embalado por, Distribuído por:
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
R. Carlos Gomes, 924 - Santo Amaro
São Paulo - SP
CNPJ. 56.998.982/0001-07
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Captopril + Hidroclorotiazida


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 18 de Setembro de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 18 de Setembro de 2023.

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