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Bula do Lisoclor

Princípio Ativo: Lisinopril + Hidroclorotiazida

Classe Terapêutica: Antihipertensivos

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 6 de Fevereiro de 2024.

Lisoclor, para o que é indicado e para o que serve?

Lisoclor é indicado para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica em pacientes nos quais a terapia combinada é apropriada.

Quais as contraindicações do Lisoclor?

Lisocor é contra-indicado para

  • Pacientes com anúria;
  • Pacientes que sejam hipersensíveis a qualquer um de seus componentes;
  • Pacientes com história de edema angioneurótico relacionado a tratamento anterior com inibidor da eca e para pacientes com edemaangioneurótico hereditário ou idiopático.

Como usar o Lisoclor?

Hipertensão arterial sistêmica

A dose usual é de 1 comprimido, administrado uma vez ao dia.

Se necessário, a dose pode ser aumentada para 2 comprimidos, administrados uma vez ao dia.

Dose na insuficiência renal

As tiazidas podem não ser diuréticos adequados para uso em pacientes com comprometimento renal e são ineficazes quando a depuração de creatinina for de 30 mL/min ou menos (isto é, insuficiência renal moderada ou grave).

Lisoclor não deve ser usado como tratamento inicial em nenhum paciente com insuficiência renal.

Em pacientes com depuração de creatinina entre >30 e <80mL/min, Lisoclor pode ser usado, mas apenas após a titulação de seus componentes individuais.

A dose inicial recomendada de lisinopril, quando usado isoladamente em insuficiência renal discreta, é de 5 a 10 mg.

Tratamento anterior com diuréticos

Pode ocorrer hipotensão sintomática após a dose inicial de Lisoclor.

Isso é mais freqüente em pacientes que tenham depleção de volume e/ou de sal como resultado de tratamento anterior com diuréticos.

O tratamento com diurético deve ser suspenso por dois ou três dias antes do início da administração de Lisoclor.

Se isto não for possível, o tratamento deve ser iniciado com lisinopril isoladamente, com dose de 5 mg.

Siga a orientação do seu médico respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Lisoclor?

Hipotensão e desequilíbrio hidroeletrolítico

Como acontece em todos os tratamentos anti-hipertensivos, pode ocorrer hipotensão sintomática em alguns pacientes.

Isso foi raramente observado em pacientes hipertensos sem complicações, mas é mais provável na presença de desequilíbrio hidroeletrolítico, como depleção de volume, hiponatremia, alcalose hipoclorêmica, hipomagnesemia ou hipocalemia, que podem ocorrer devido a tratamento anterior com diurético, restrição dietética de sal, diálise ou durante diarréia ou vômito intercorrentes.

A determinação periódica de eletrólitos séricos deve ser realizada em intervalos adequados em tais pacientes.

Deve-se dar especial atenção ao tratamento administrado a pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença cérebro-vascular, pois a queda excessiva da pressão arterial poderia resultar em infarto do miocárdio ou acidente cérebro-vascular.

Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, deve receber infusão intravenosa de soro fisiológico.

Uma resposta hipotensiva transitória não é contra-indicação para doses posteriores.

Após a restauração do volume sangüíneo efetivo e da pressão arterial, a reinstituição do tratamento com doses reduzidas é possível, ou um de seus componentes pode ser utilizado isoladamente.

Comprometimento da função renal

As tiazidas podem não ser diuréticos adequados para uso em pacientes com comprometimento renal e são ineficazes com valores de depuração de creatinina de 30 mL/min ou menos (isto é, insuficiência renal moderada ou grave).

Lisoclor não deve ser administrado a pacientes com insuficiência renal (depuração de creatinina < 80 mL/min), até que a titulação de seus componentes individuais tenha mostrado a necessidade das doses presentes no comprimido combinado.

Em alguns pacientes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria de rim único, observaram-se aumentos da uréia sangüínea e da creatinina sérica com o uso de inibidores da ECA.

Entretanto, esses aumentos foram reversíveis com a suspensão do tratamento. Isto é especialmente provável em pacientes com insuficiência renal.

Se houver hipertensão renovascular pré-existente, há um aumento de risco de hipotensão severa e insuficiência renal.

Nestes pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão médica com baixas doses e cuidadosa titulação de dose.

Uma vez que o tratamento com diuréticos pode ser um fator contribuinte para o caso acima, a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de terapia com Lisoclor.

Alguns pacientes hipertensos, sem doença renal pré-existente, desenvolveram aumentos transitórios e geralmente mínimos de uréia sangüínea e creatinina sérica quando o lisinopril foi administrado concomitantemente a um diurético.

Se isso ocorrer durante o tratamento com Lisoclor, a combinação deve ser suspensa.

A reinstituição do tratamento com posologia reduzida é possível, ou seus componentes podem ser usados adequadamente de forma isolada.

Hepatopatias

As tiazidas devem ser usadas com cautela em pacientes com função hepática comprometida ou hepatopatia progressiva, pois pequenas alterações de equilíbrio hidroeletrolítico podem precipitar coma hepático.

Cirurgia/anestesia

Em pacientes que serão submetidos a grandes cirurgias, ou durante anestesia com agentes que produzem hipotensão, o lisinopril pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina.

Se ocorrer hipotensão e for considerada como decorrente deste mecanismo, pode-se corrigí-la através de expansores de volume.

Efeitos metabólicos e endócrinos

O tratamento com tiazidas pode comprometer a tolerância à glicose.

Ajustes posológicos de agentes anti-diabéticos, inclusive insulina, podem ser necessários.

As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar elevações intermitentes e discretas do cálcio sérico.

Hipercalcemia importante pode ser evidência de hiperparatireoidismo sub-clínico.

As tiazidas devem ser descontinuadas antes da realização de testes da função paratireoideana.

Aumentos dos níveis de colesterol e triglicérides podem estar associados ao tratamento com diuréticos tiazídicos.

O tratamento com tiazidas pode precipitar hiperuricemia e/ou gota em alguns pacientes. Entretanto, o lisinopril pode aumentar a excreção de ácido úrico e, assim, atenuar o efeito hiperuricêmico da hidroclorotiazida.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edemas angioneuróticos de face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe foram raramente relatados em pacientes tratados com inibidores da enzima conversora da angiotensina, inclusive o lisinopril.

Nesses casos, o lisinopril deve ser descontinuado prontamente, e o paciente observado com cuidado até que o edema desapareça.

Nessas circunstâncias, quando o edema é confinado à face e aos lábios, a afecção geralmente é resolvida sem tratamento; entretanto, os antihistamínicos podem ser úteis para o alívio dos sintomas.

O edema angioneurótico associado com edema de laringe pode ser fatal.

Quando há envolvimento da língua, da glote ou da laringe que pode causar obstrução das vias aéreas, deve-se administrar adrenalina subcutânea imediatamente em solução 1:1000 (0,3 a 0,5 mL), e outro tratamento adequado deve ser instituído.

O paciente deve estar sob constante supervisão médica até a completa resolução dos sintomas.

Inibidores da ECA causam uma maior taxa de angioedema em pacientes da raça negra do que nos das outras raças.

Pacientes com história de angioedema não relacionado a terapia com inibidores da ECA podem estar sob risco aumentado de angioedema enquanto receberem um inibidor da enzima conversora da angiotensina.

Em alguns pacientes que recebem tiazidas, podem ocorrer reações de hipersensibilidade com ou sem história de alergia ou asma brônquica.

Relatou-se exacerbação ou ativação de Lupus eritematoso sistêmico com o uso de tiazidas.

Dessensibilização

Pacientes recebendo inibidores da ECA durante tratamento de dessensibilização (por exemplo: veneno de Hymenoptera) apresentaram reações anafilactóides.

Nos mesmos pacientes, essas reações foram evitadas com a descontinuação temporária dos inibidores da ECA, mas reapareceram com o reinício inadvertido da terapia.

Pacientes em hemodiálise

O uso de Lisoclor não é indicado para pacientes que necessitam de diálise por insuficiência renal.

Reações anafilactóides foram relatadas em pacientes que sofreram certos procedimentos de hemodiálise (por exemplo: com a membrana de alto fluxo AN 69) e foram tratados concomitantemente a um inibidor da ECA.

Nesses pacientes deve ser considerado o uso de uma membrana de diálise diferente ou uma outra classe de agentes anti-hipertensivos.

Tosse

Foram relatados casos de tosse com o uso de inibidores da ECA.

A tosse é não-produtiva, persistente e desaparece com a interrupção do tratamento.

A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando antes do início ou durante o tratamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Lisoclor?

Lisoclor é geralmente bem tolerado.

Em estudos clínicos, as reações adversas foram geralmente discretas e transitórias e, na maioria das vezes, não foi necessária a interrupção do tratamento.

Os efeitos observados limitaram-se àqueles anteriormente relatados com o lisinopril ou a hidroclorotiazida.

O efeito colateral mais comum foi tontura, que geralmente respondeu à redução da dose e raramente necessitou da suspensão do tratamento.

Outros efeitos colaterais menos comuns foram cefaléia, tosse seca, fadiga e efeitos ortostáticos.

Ainda menos comuns foram diarréia, náuseas, vômito, boca seca, erupção cutânea, gota, palpitação, desconforto torácico, cãibras e fraqueza muscular, parestesia, astenia e impotência.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edemas angioneuróticos de face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe foram raramente relatados.

Um conjunto de sintomas foi relatado e inclui:

Febre, vasculite, mialgia, artralgia/artrite, anticorpos antinucleares (ANA) positivo, velocidade de sedimentação dos eritrócitos elevada, eosinofilia e leucocitose, eritrema cutâneo, fotossensibilidade ou outras manifestações dermatológicas.

Depressão da medula óssea, manifestada como anemia e/ou trombocitopenia e/ou leucopenia foi relatada.

Agranulocitose foi raramente relatada, apesar de uma relação causal não ter sido estabelecida.

Pequenos decréscimos de hemoglobina e hematócrito foram relatados freqüentemente em pacientes hipertensos tratados com Lisoclor, mas raramente tiveram importância clínica, a menos que outra causa de anemia coexistisse.

Raramente, ocorreram elevações de enzimas hepáticas ou bilirrubina sérica, mas sua relação com Lisoclor não foi estabelecida.

Outros efeitos colaterais relatados com os componentes isolados e que podem ser considerados como potenciais com o uso de Lisoclor são

Hidroclorotiazida

Anorexia, irritação gástrica, constipação, icterícia (colestática), pancreatite, sialoadenite, vertigem, xantopsia, leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplástica, anemia hemolítica, púrpura, fotossensibilidade, urticária (vasculite e vasculite cutânea); febre, respiração ofegante (incluindo pneumonite e edema pulmonar), reações anafiláticas, hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, desequilíbrio eletrolítico (incluindo hiponatremia), espasmo muscular, inquietação, visão turva transitória, comprometimento renal, disfunção renal e nefrite intersticial.

Lisinopril

Iinfarto do miocárdio ou acidente cérebro-vascular possivelmente secundário à hipotensão excessiva em pacientes de alto risco, taquicardia, dor abdominal e indigestão, alterações no humor, confusão mental, vertigem, urticária, diaforese, hiponatremia, uremia, oligúria/anúria, disfunção renal, comprometimento renal agudo, pancreatite, hepatite (hepatocelular ou colestática) e icterícia.

Leucopenia e trombocitopenia também foram observadas, mas não foi estabelecida relação causal. Assim como com outros inibidores da ECA, foram observados distúrbios de sono e de paladar; broncoespasmo, rinite, sinusite, alopecia, prurido, psoríase e severos distúrbios de pele (incluindo pênfigo, necrose epidérmica tóxica, síndrome de Stevens-Johnson e eritema multiforme) também foram relatados.

Alterações em exames clínicos e laboratoriais

Os efeitos colaterais identificados em exames laboratoriais raramente foram de importância clínica.

Ocasionalmente, observaram-se hiperglicemia, hiperuricemia e hiper ou hipocalemia.

Comumente, ligeiros aumentos transitórios de nitrogênio uréico sangüíneo e de creatinina sérica foram notados em pacientes sem evidência de comprometimento renal pré-existente.

Se esses aumentos persistirem, geralmente serão reversíveis com a descontinuação de Lisoclor.

Informe seu médico a ocorrência de reações desagradáveis, tais como: tonturas, dores de cabeça e tosse seca.

População Especial do Lisoclor

Gravidez e lactação

O uso de lisinopril durante a gravidez não é recomendado.

Quando a gravidez for detectada, lisinopril deve ser interrompido o mais rápido possível, a menos que seja considerado de importância vital para a paciente.

Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados a grávidas durante o segundo e terceiro trimestres.

O uso de inibidores da ECA durante esse período foi associado a complicação fetal e neonatal, incluindo hipotensão, prejuízo renal, hipercalemia e/ou hipoplasia do crânio no recém-nascido.

Oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando diminuição da função renal no feto, ocorreu e pode resultar em contratura dos membros, deformações craniofaciais e desenvolvimento de hipoplasia pulmonar.

Essas reações adversas ao embrião e ao feto aparentemente não resultam da exposição ao inibidor da ECA limitada ao primeiro trimestre de gravidez.

Caso o lisinopril seja usado durante a gravidez, a paciente deve ser informada sobre o risco potencial para o feto.

Nos raros casos em que o uso durante a gravidez é essencial, deve-se realizar ultra-sonografia para avaliar o ambiente intra-amniótico.

Se for observado oligoidrâmnio, Lisoclor deve ser descontinuado, a não ser que seu uso seja considerado vital para a mãe.

As pacientes e os médicos devem estar cientes de que o oligoidrâmnio pode não aparecer até que o dano causado ao feto seja irreversível.

Idosos

O lisinopril, na faixa de dose diária de 20 a 80 mg, foi igualmente eficaz em idosos (acima de 60 anos) e em adultos hipertensos.

Em pacientes hipertensos idosos, a monoterapia com lisinopril foi tão eficaz quanto a monoterapia com hidroclorotiazida ou atenolol na redução da pressão arterial diastólica.

Em estudos clínicos, a idade não afetou a tolerabilidade do lisinopril.

Em estudos clínicos, a eficácia e a tolerabilidade do lisinopril e da hidroclorotiazida administrados concomitantemente foram semelhantes em pacientes hipertensos idosos e em mais jovens.

Qual a composição do Lisoclor?

Cada comprimido contém:

Lisinopril diidratado Equivalente a 20 mg de lisinopril anidro
Hidroclorotiazida 12,5 mg

Excipientes: celulose microcristalina, lactose, croscarmelose sódica, dióxido de silício, ácido esteárico e estearato de magnésio.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Lisoclor maior do que a recomendada?

Não há informação específica sobre o tratamento de superdose de Lisoclor.

O tratamento deve ser sintomático e de suporte.

Lisoclor deve ser descontinuado, e o paciente observado cuidadosamente.

As medidas terapêuticas dependem da natureza e severidade dos sintomas.

Medidas para prevenir a absorção e métodos para acelerar a eliminação devem ser empregados.

As medidas sugeridas incluem indução de êmese e/ou lavagem gástrica, se a ingestão for recente, e a correção da desidratação, do desequilíbrio eletrolítico e da hipotensão deve ser feita através das medidas usuais.

Lisinopril

O sintoma mais provável da superdose seria hipotensão, distúrbio eletrolítico e insuficiência renal.

Se ocorrer hipotensão severa, o paciente deve ser colocado em posição de Trendelemburg e uma solução intravenosa salina normal deve ser administrada rapidamente.

Os inibidores da ECA podem ser removidos da circulação por hemodiálise.

O uso de membranas de diálise de poliacrilonitrila de alto fluxo deve ser evitado.

Os eletrólitos séricos e a creatinina devem ser monitorados freqüentemente.

Hidroclorotiazida

Os sinais e sintomas mais comuns observados são os de depleção eletrolítica (hipocalemia, hipocloremia e hiponatremia) e desidratação resultante da diurese excessiva, se digitálicos tiverem sido também administrados, a hipocalemia pode acentuar as arritmias cardíacas.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Lisoclor com outros remédios?

Potássio Sérico – Veja Também ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipercalemia

O efeito espoliador de potássio dos diuréticos tiazídicos é geralmente atenuado pelo efeito poupador de potássio do lisinopril. O uso de suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio ou substitutos do sal contendo potássio pode levar a aumento significativo de potássio sérico, especialmente em pacientes com comprometimento da função renal.

Quando o uso concomitante deste medicamento com qualquer um desses agentes for considerado apropriado, eles devem ser usados com cautela e o potássio sérico deve ser monitorado frequentemente.

Lítio

Os diuréticos e os inibidores da ECA reduzem a depuração renal do lítio, aumentando muito o risco de toxicidade do lítio. O uso concomitante não é recomendado. Consulte as informações para prescrição das preparações contendo lítio antes de usá-las.

Anti-inflamatórios Não-Esteroidais Incluindo Inibidores Seletivos da Ciclooxigenase-2

Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidores da COX-2) podem reduzir o efeito de diuréticos e outros anti-hipertensivos. Portanto, o efeito anti-hipertensivo de antagonistas de receptores da angiotensina II ou de inibidores da ECA pode ser atenuado pelos AINEs, incluindo inibidores seletivos da COX-2. Em alguns pacientes com comprometimento da função renal (por exemplo, pacientes idosos ou pacientes que estejam com depleção volumétrica incluindo aqueles recebendo terapia diurética) que estão sendo tratados com anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a coadministração de antagonistas de receptores de angiotensina II ou de inibidores da ECA pode resultar em deterioração adicional da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda.

Esses efeitos, no entanto, geralmente são reversíveis. Portanto, a combinação deve ser administrada com cautela em pacientes com função renal comprometida.

Bloqueio duplo do sistema Renina-angiotensina-aldosterona

Em pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca ou diabetes com dano final em órgãos alvo, o bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona com antagonista de receptor da angiotensina, inibidor da ECA ou diretamente com inibidores da renina (como o alisquireno) está associado com um maior risco de hipotensão, sincope, hipercalemia e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparado a monoterapia.

Deve se monitorar atentamente a pressão sanguínea, a função renal e os eletrólitos em pacientes tratados com este medicamento e outros agentes que afetem o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Não co-administrar alisquireno com este medicamento em pacientes com diabetes. Evitar o uso de alisquireno com este medicamento em pacientes com comprometimento renal (FGR < 60mL/min).

Outros Agentes

As tiazidas podem aumentar a resposta à tubocurarina.

Ouro:

Reações nitritóides (sintomas incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) foram relatadas raramente em pacientes recebendo terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e terapia concomitante com inibidor da ECA, incluindo lisinopril.

Qual a ação da substância do Lisoclor?

Resultados de Eficácia

Nos estudos clínicos, o grau de redução da pressão arterial observado com a combinação de lisinopril e hidroclorotiazida foi aproximadamente aditiva. A combinação Lisinopril + Hidroclorotiazida 10-12,5 mg agiu igualmente bem em pacientes negros e caucasianos. As combinações Lisinopril + Hidroclorotiazida 20-12,5 mg e 20-25 mg pareceram de certa forma menos eficazes em pacientes negros, porém um número relativamente pequeno de pacientes negros foi estudado. Na maioria dos pacientes, o efeito anti-hipertensivo Lisinopril + Hidroclorotiazida foi mantido por pelo menos 24 horas.

Em uma comparação randomizada e controlada, os efeitos anti-hipertensivos médios Lisinopril + Hidroclorotiazida 20-12,5 mg e este medicamento 20-25 mg foram semelhantes, o que, sugere que muitos pacientes que respondem adequadamente ao último podem ser controlados com Lisinopril + Hidroclorotiazida 20-12.5 mg.

Características Farmacológicas

Farmacologia Clínica:

Lisinopril + Hidroclorotiazida propicia atividade anti-hipertensiva e diurética. Os dois componentes da combinação – lisinopril e hidroclorotiazida – foram usados isolada e concomitantemente para o tratamento da hipertensão e seus efeitos anti-hipertensivos são aproximadamente aditivos. Além disso, o componente lisinopril Lisinopril + Hidroclorotiazida mostrou atenuar a perda de potássio associada à hidroclorotiazida.

O lisinopril e a hidroclorotiazida têm esquemas posológicos semelhantes, portanto a formulação Lisinopril + Hidroclorotiazida para a administração concomitante de lisinopril e hidroclorotiazida é cômoda.

Mecanismo de Ação

Lisinopril:

A enzima conversora de angiotensina (ECA) é uma peptidil dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Após a absorção, o lisinopril inibe a ECA, o que resulta na redução da angiotensina II no plasma, levando ao aumento da atividade da renina plasmática (consequente à remoção da retroalimentação negativa da liberação de renina) e à diminuição da secreção de aldosterona. A ECA é idêntica à cininase II. Assim, o lisinopril também pode bloquear a degradação da bradicinina, um peptídeo vasodepressor potente, entretanto o papel desse bloqueio nos efeitos terapêuticos do lisinopril ainda precisa ser elucidado.

Embora se acredite que o mecanismo pelo qual o lisinopril reduz a pressão arterial deve-se principalmente à supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha um importante papel na regulação da pressão arterial, o lisinopril exerce efeito anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa. Esse fato é compatível com o que geralmente se considera uma correlação precária entre a atividade da renina plasmática e a resposta anti-hipertensiva.

Lisinopril-Hidroclorotiazida:

A hidroclorotiazida é um agente diurético e anti-hipertensivo que aumenta a atividade da renina plasmática. Embora o lisinopril isoladamente seja anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa, a administração concomitante de hidroclorotiazida a esses pacientes causa maior redução da pressão arterial.

Farmacocinética

Lisinopril:

Em estudos clínicos, concentrações séricas máximas ocorreram aproximadamente 6-8 horas após administração oral. As concentrações séricas declinantes apresentaram uma fase terminal prolongada que não contribuiu para o acúmulo do fármaco. Essa fase terminal não foi proporcional à dose e provavelmente representa ligação saturável à ECA. O lisinopril não pareceu estar ligado a outras proteínas plasmáticas.

O lisinopril não sofre metabolismo significativo e é excretado inalterado predominantemente na urina. Com base na recuperação urinária em estudos clínicos, a extensão da absorção do lisinopril foi de aproximadamente 25% e não foi influenciada pela presença de alimento no trato gastrintestinal.

Em estudos de doses múltiplas, o lisinopril exibiu meia-vida de acúmulo efetiva de 12 horas.
As concentrações plasmáticas máximas observadas em idosos sadios (65 anos de idade ou mais) após a administração de uma dose única de 20 mg de lisinopril foram mais altas do que as observadas em adultos jovens sadios que receberam dose semelhante. Em outro estudo, foram administradas doses únicas de 5 mg ao dia de lisinopril durante 7 dias consecutivos a voluntários sadios jovens e idosos e a pacientes idosos com insuficiência cardíaca congestiva. As concentrações plasmáticas máximas de lisinopril no 7o dia foram mais altas nos voluntários idosos do que nos jovens e ainda mais altas nos pacientes idosos com insuficiência cardíaca congestiva.

Esses achados são coerentes com o conceito de que o volume de distribuição de fármacos pouco lipossolúveis (como o lisinopril) em idosos é reduzido em razão da menor proporção massa corpórea/gordura nessa faixa etária; além disso, a depuração renal do lisinopril foi diminuída no idoso, particularmente na presença de insuficiência cardíaca congestiva.

A disposição do lisinopril em pacientes com insuficiência renal foi semelhante àquela observada em pacientes com função renal normal até a taxa de filtração glomerular alcançar 30 mL/min ou menos.

A partir daí, os níveis de lisinopril no vale e no pico aumentaram, o tempo para as concentrações máximas aumentou e o tempo para o estado de equilíbrio às vezes foi prolongado.
Estudos em ratos indicam que o lisinopril cruza muito pouco a barreira hematoencefálica. Doses múltiplas de lisinopril em ratos não resultam em acúmulo em nenhum tecido. Após administração de 14C-lisinopril, o leite de ratas lactantes continha radioatividade, que também foi demonstrada na placenta de ratas grávidas, mas não nos fetos.

Farmacocinética de Interações Medicamentosas:

Não ocorreram interações farmacocinéticas clinicamente significativas quando lisinopril foi usado concomitantemente com propranolol, digoxina ou hidroclorotiazida.

Hidroclorotiazida:

Quando os níveis plasmáticos foram acompanhados durante 24 horas, no mínimo, observou- se que a meia-vida plasmática foi de 5,60-14,8 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, mas é eliminada rapidamente pelo rim; pelo menos 61% da dose oral é eliminada inalterada em 24 horas. A hidroclorotiazida cruza a placenta, mas não a barreira hematoencefálica.

Lisinopril-Hidroclorotiazida:

Doses múltiplas de lisinopril e hidroclorotiazida administradas concomitantemente exercem pouco ou nenhum efeito na biodisponibilidade desses fármacos. O comprimido contendo a combinação é bioequivalente à administração concomitante dos componentes isoladamente.

Farmacodinâmica

Lisinopril:

A administração do lisinopril a pacientes hipertensos resulta em redução da pressão arterial nas posições deitada e ereta, sem taquicardia compensatória. Hipotensão postural sintomática geralmente não foi observada, embora possa ser prevista em pacientes com depleção de sal e/ou volume.

Na maioria dos pacientes estudados, o início da atividade anti-hipertensiva foi observado 1–2 horas após a administração oral de uma dose individual de lisinopril e a redução máxima da pressão arterial foi alcançada em 6 horas; em alguns pacientes, a redução ideal da pressão arterial pode requerer de duas a quatro semanas de terapia. Nas doses únicas diárias recomendadas, os efeitos anti-hipertensivos mantiveram-se por até 24 horas.

Os efeitos anti-hipertensivos do lisinopril mantiveram-se durante a terapia de longo prazo e sua descontinuação abrupta não foi associada a aumento rápido da pressão arterial nem superação significativa dos níveis pressóricos observados antes do tratamento.

Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi acompanhada de redução da resistência arterial periférica com pequena ou nenhuma alteração no débito cardíaco ou na frequência cardíaca. Em um estudo que envolveu pacientes hipertensos, o fluxo sanguíneo renal aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou após a administração do lisinopril.

O lisinopril, na faixa posológica de 20 mg a 80 mg, foi igualmente eficaz em pacientes hipertensos idosos (65 anos de idade ou mais) e mais jovens. Em estudos clínicos, a idade não afetou o perfil de segurança do lisinopril. Em pacientes com hipertensão renovascular, o lisinopril mostrou ser bem tolerado e eficaz no controle da pressão arterial.

Hidroclorotiazida:

O mecanismo do efeito anti-hipertensivo das tiazidas é desconhecido. Os diuréticos tiazídicos geralmente não afetam a pressão arterial normal.

A hidroclorotiazida é um agente diurético e anti-hipertensivo, que afeta o mecanismo tubular distal renal de reabsorção eletrolítica e aumenta a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A natriurese pode ser acompanhada de alguma perda de potássio, magnésio e bicarbonato.

Depois do uso oral, a diurese começa em 2 horas, alcançando o pico em aproximadamente 4 horas, e dura cerca de 6 a 12 horas.

Lisinopril-Hidroclorotiazida:

Quando administrado concomitantemente com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial do lisinopril foram aditivos.

Como devo armazenar o Lisoclor?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15° a 30°C). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido; poderá ocorrer diminuição significativa do seu efeito terapêutico.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Lisoclor

Registro M.S nº 1.0465.0320.

Farm. Responsável:
Dr Marco Aurélio Limirio G. Filho
CRF-GO no 3524.

Laboratório Neo Química Com. e Ind. Ltda.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - DAIA
Anápolis - GO
CEP 75132-020.

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Lisinopril + Hidroclorotiazida


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Fevereiro de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 6 de Fevereiro de 2024.

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