Lactulose
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Tipo de receita
- Isento de Prescrição Médica
Classe terapêutica
- Laxantes Osmóticos
Forma farmacêutica
- Xarope
- Solução oral
- Goma
Categoria
- Medicamentos
- Laxantes
- Regulador Intestinal
- Vitaminas e Minerais
- Fígado
- Aparelho Digestivo
- Digestivos
- Intolerância a Lactose
Dosagem
- 667mg/mL
- 120mL
- 698mg/mL
- 1.43g
- 600mg/mL
Fabricante
- Legrand
- Abbott do Brasil
- Cimed
- Daiichi-Sankyo
- União Química
- Airela
- Cosmed
- EMS Sigma Pharma
- Laboratório Globo
- Arte Nativa
Princípio ativo
- Lactulose
Tipo do medicamento
- Outros
- Similar
- Específico
Quantidade
- 120 mL
- 15 mL
- 100 mL
- 200 mL
- 30 Unidades
Inlact 667mg/mL, caixa com 1 frasco com 120mL de xarope + copo medidor, ameixa
EMS Sigma Pharma
Lactulose
Inlact 667mg/mL, caixa com 1 frasco com 120mL de xarope + copo medidor, morango
EMS Sigma Pharma
Lactulose
Inlact 667mg/mL, caixa com 1 frasco com 120mL de xarope + copo medidor, papaya
EMS Sigma Pharma
Lactulose
Bula do Lactulose
Lactulose, para o que é indicado e para o que serve?
Lactulose é indicada para o tratamento sintomático da constipação intestinal. Também é indicada para a prevenção e o tratamento de encefalopatia hepática, tanto no pré-coma quanto no coma hepático.
Quais as contraindicações do Lactulose?
Lactulose é contraindicada em:
- Pessoas com história de hipersensibilidade a substância ativa;
- Pessoas com apendicite, hemorragia retal não diagnosticada ou com obstrução intestinal;
- Como agente para o preparo intestinal de exames proctológicos em que se pretenda usar eletrocautério.
Tipo de receita
Como usar o Lactulose?
Constipação intestinal crônica
Lactentes
5 mL/dia.
Crianças de 1 a 5 anos
5 a 10 mL/dia.
Crianças de 6 a 12 anos
10 a 15 mL/dia.
Acima de 12 anos e adultos
15 a 30 mL/dia.
A posologia pode ser ajustada para que se obtenham duas ou três evacuações diariamente.
Encefalopatia hepática, pré-coma e coma hepático
Iniciar com 60 mL ao dia, podendo chegar, em casos graves, a 150 mL ao dia.
Lactulose pode ser administrada preferencialmente em uma única tomada pela manhã ou à noite, sozinha ou com alimentos, ou ainda misturada a suco de fruta, leite, iogurte, água ou qualquer líquido.
Se houver esquecimento da administração de uma dose, deve-se tomá-la assim que possível, caso não esteja perto da próxima tomada. Caso o horário da próxima dose esteja próximo, deve-se aguardá-lo.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Lactulose com outros remédios?
Embora existam relatos contraditórios sobre o uso concomitante da neomicina e da Lactulose, a eliminação de certas bactérias do cólon pela neomicina pode interferir na degradação da Lactulose e impedir a acidificação adequada do cólon.
Devem ser administrados com cautela os medicamentos que induzam hipopotassemia ou hipomagnesemia, como droperidol e levometadil, pois há aumento do risco de ocorrer um efeito cardiotóxico (prolongamento do intervalo QT).
A Lactulose não deve ser administrada juntamente com laxantes, pois podem reduzir o efeito acidificante da Lactulose. O uso de antiácidos pode inibir a ação da Lactulose.
Qual a ação da substância do Lactulose?
Resultados de Eficácia
O uso de Lactulose no tratamento de encefalopatia hepática foi comprovado num estudo que demonstrou seu benefício na redução da concentração sérica de amônia (de 25 a 50%). A resposta clínica foi observada em 75% dos tratados, em um período de estudo superior a dois anos. Outro estudo, realizado com portadores de encefalopatia hepática subaguda, mostrou que o tratamento por longos períodos (24 semanas) levou a uma diminuição dos níveis séricos de amônia, melhorando o desempenho psicométrico e a qualidade de vida e diminuindo, assim, a prevalência de encefalopatia hepática.
Entretanto, o tratamento por um curto período (oito semanas) não melhorou o curso natural da doença. Em um estudo, 21 crianças com idades entre um e 15 anos, com histórico de constipação, receberam 10 a 15 mL de Lactulose por dia ou 10 a 20 mL de xarope de sene por dia, durante uma semana. A avaliação baseada em registros diários a cada período de sete dias de tratamento mostrou que houve significativamente mais resultados positivos naquelas tratadas com Lactulose do que naquelas tratadas com sene. As reações adversas, como cólica, diarreia e distensão abdominal, foram significativamente mais frequentes durante o tratamento com sene (12 casos) do que com Lactulose (um caso).
Outros estudos foram realizados com pessoas de todas as faixas etárias. A Lactulose foi utilizada em 20 pessoas entre 20 e 50 anos de idade com história de constipação crônica (por dois a 15 anos). A dose utilizada foi de 45 mL ao dia, dividida em três tomadas, após as principais refeições.
Ocorreu aumento do número de evacuações em 90% dos casos, e a sintomatologia associada desapareceu em 14 dos 19 casos em que estava presente, diminuindo nos outros cinco. Constatou-se também amolecimento das fezes sem aparecimento de diarreia, maior facilidade na evacuação e ausência de ardor anal.
Outro estudo duplo-cego incluiu 103 pessoas usuárias de laxantes, divididas em dois grupos, para tratar a constipação crônica. Um deles recebeu Lactulose (de 8 a 30 mL por dia), e o outro, placebo. Comparandose com o período pré-tratamento (duas semanas), verificou-se a eficácia sobre o hábito intestinal e a frequência do uso de laxantes nas três semanas de tratamento e mais duas semanas pós-tratamento. Os resultados mostraram que, em geral, a Lactulose foi estatisticamente mais eficaz que o placebo (86% e 60% respectivamente).
Características Farmacológicas
Farmacocinética / Farmacodinâmica
A Lactulose apresenta como princípio ativo a Lactulose, um dissacarídeo comum, formado por uma molécula de galactose e outra de frutose, também denominada quimicamente 4-O-ß-D-galactopiramosilD frutose.
Uma vez ingerida, a Lactulose não é absorvida pelo trato gastrintestinal nem é hidrolisável pelas enzimas intestinais, devido à ausência da enzima específica, a lactulase. Dessa forma, chega ao cólon praticamente inalterada, onde é fermentada pelas bactérias sacarolíticas, produzindo o ácido lático, bem como pequenas quantidades de ácido acético e ácido fórmico.
A acidificação do meio, que ocorre na degradação da Lactulose, desencadeia mecanismos responsáveis pela sua ação na constipação e na encefalopatia hepática.
A acidificação do conteúdo intestinal e o aumento na pressão osmótica causam um afluxo de líquidos para o interior do cólon, o que resulta em aumento e amolecimento do bolo fecal, acelerando, dessa forma, o trânsito intestinal.
A Lactulose também reduz a concentração sanguínea de amônia (de 25 a 50%), uma vez que, estando a acidez do conteúdo colônico acima daquela do sangue, ocorre uma migração de amônia do sangue para o cólon, formando o íon amônio (NH4+), que, por não ser absorvido, é eliminado nas fezes.
Dessa forma, o medicamento melhora o estado de consciência observado no eletroencefalograma e aumenta a tolerância às proteínas da dieta em pessoas com encefalopatia hepática.
Por sua ação fisiológica e não farmacológica, a Lactulose é indicada especialmente nos casos em que se busca facilitar ao máximo a evacuação, evitando-se o esforço, por exemplo em cardíacos e hipertensos. Também é indicada na constipação associada a problemas pediátricos, no puerpério, a idosos e acamados, a pessoas submetidas a cirurgia e com condições dolorosas do reto e do ânus, como fissuras, hemorroidas e após hemorroidectomia, ou quando a constipação é consequência do tratamento com determinados fármacos, como hipnoanalgésicos e obstipantes, bem como a dependentes de laxantes estimulantes.
A Lactulose não é um medicamento laxante, e sim um agente fisiológico que restabelece a regularidade intestinal, podendo levar de três a quatro dias para que se obtenham os primeiros efeitos. Por sua ação fisiológica, a Lactulose não induz o hábito, podendo ser utilizada por longo prazo.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lactulona.
Nomes comerciais
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