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Bula do Iodixanol

Iodixanol, para o que é indicado e para o que serve?

Produto farmacêutico somente para uso diagnóstico.

Meio de contraste radiológico indicado para os seguintes procedimentos:

Angiocardiografia, angiografia cerebral (convencional), arteriografia periférica (convencional), angiografia abdominal (angiografia digital por subtração - DSA), urografia, venografia, tomografia computadorizada (TC) realçada por contraste e mielografia lombar, torácica e cervical.

Quais as contraindicações do Iodixanol?

Hipersensibilidade ao iodixanol ou qualquer componente da fórmula. Tireotoxicose franca. Histórico de reação de hipersensibilidade grave ao Iodixanol.

Como usar o Iodixanol?

Como todos os produtos parenterais, Iodixanol deve ser inspecionado visualmente para detectar a presença de partículas, alterações da coloraç ão ou da integridade do frasco, antes do seu uso.

O produto deve ser aspirado em uma seringa, imediatamente antes da utilização. Os frascos são destinados a uso único (com exceção dos frascos de 100 e 500mL); assim qualquer quantidade não usada deve ser descartada. Única exceção ocorre para o s frascos de 100 e 500 mL que são indicados para uso em doses múltiplas com sistemas de injeção automáticos pelo período máximo de um dia. Qualquer quantidade não usada do meio de contraste que permanecer no frasco e todos os equipos devem ser descartados ao fim do dia.

Iodixanol deve ser aquecido à temperatura corporal (37ºC) antes de sua administração.

Não se observaram incompatibilidades com outros produtos. Contudo, o Iodixanol não deve ser misturado diretamente com outras medicações. Deve -se usar uma seringa separada.

Instruções adicionais pa ra sistemas de injeção automáticos

Os frascos de 100 mL de meio de contraste devem se r usados preferencialmente com sistemas de injeção automáticos, enquanto que os frascos d e 500 mL devem ser usados exclusivamente com estes equipamentos, aprovados para este volume. Deve -se usar um único procedimento de perfuração.

O equipo que segue para o paciente, a partir do sistema de injeção automático , deve ser trocado após cada pacient e. As apresentações de 100 e 500 mL são destinadas para múltiplas doses. Usar somente por um período de um dia (24 horas). Qualquer quantidade não usada do meio de co ntraste que permanecer no frasco e todos os equipos devem ser descartados ao fim do dia. É essencial seguir as instruções do fabricante do equipamento .

Posologia do Iodixanol


A dose pode variar dependendo do tipo do exame, a idade, o peso, o débito cardíaco, o estado geral do paciente e a técnica utilizada. Em geral, se usa concentração e volume de iodo aproximadamente iguais aos de outros meios de contraste radiológico iodados utiliz ados atualmente . Entretanto, também foram obtidas informações diagnósticas adequadas em alguns estudos com injeção de Iodixanol com concentração de iodo um pouco menor. Deve -se garantir a hidratação adequada antes e após a administração, da mesma forma que para com os outros meios d e contraste.

O produto é destinado para uso intravenoso, intra-arterial e intratecal.

As seguintes doses podem ser utilizadas como referência as doses fornecidas para uso intra- arterial correspondem a uma única injeção, que pode ser repetida.

Indicação/exame

Concentração

Volume por injeção

Uso intra-arterial

Arteriografias adultos

Cerebral seletiva

270/320(1) mgI/mL 5-10 mL

Aortografia

270/320 mgI/mL 40-60 mL

Periférica

270/320 mgI/mL 30-60 mL

Visceral seletiva por DSA

270 mgI/mL 10-40 mL

Angiocardiografia adultos

Injeção ventricular esquerda e raiz aórtica

320 mgI/mL

30-60 mL

Arteriografia coronariana seletiva

320 mgI/mL

4-8 mL

Crianças

270/320 mgI/mL

De acordo com a idade, peso e patologia (dose total máxima recomendada 10 mL/kg)

(1) Ambas as dosagens estão documentadas, porém 270 mgI/mL é a dose recomendada na maioria dos casos.

Indicação/exame

Concentração

Volume por injeção

Uso intravenoso

Urografia

Adultos

270/320 mgI/mL

40-80 mL(2)

Crianças < 7 kg

270/320 mgI/mL

2-4 mL/kg

Crianças > 7 kg

270/320 mgI/mL

2-3 mL/kg Todas as dosagens dependem da idade, peso corporal e patologia (máx. 50 mL)

Venografia

-

270 mgI/mL

50-150 mL (por perna)

TC com contraste

TC de crânio, adultos

270/320 mgI/mL

50-150 mL

TC de corpo, adultos

270/320 mgI/mL

75-150 mL

Crianças, TC de crânio e de corpo

270/320 mgI/mL

2-3 mL/kg até 50 mL (em alguns casos até 150 mL podem ser administrados)

Uso intratecal, Somente adultos

Mielografia torácica e lombar (injeção lombar)

270 mgI/mL ou 320 mgI/mL

10-12 mL(3)
10 mL(3)

Mielografia cervical (injeção lombar ou cervical)

270 mgI/mL ou 320 mgI/mL

10-12 mL(3)
10 mL(3)

(2) Em casos selecionados se pode exceder os 80 mL.
(3) Para reduzir ao mínimo as possíveis reações adversas não se deve exceder a dose total de 3,2 g de iodo.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Iodixanol maior do que a recomendada?

A superdosagem é improvável em pacientes com função renal normal. A duração do procedimento é importante para a tolerabilidade renal para doses elevadas de meios de contraste (t1/2 de cerca de 2 horas). Na eventualidade de superdosagem acidental, as per das de água e eletrólitos devem ser compensadas por procedimento de infusão. A função renal deve ser monitorada, no mínimo, durante os 3 dias seguintes. Se necessário, pode -se recorrer à hemodiálise para remover o iodixanol do organismo do paciente. Não ex iste um antídoto específico. O tratamento para superdosag em é sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 08000 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Iodixanol com outros remédios?

Todos os meios de contraste iodados podem interferir nos testes da função tireoidiana, pois a capacidade de ligação da tireoide ao iodo pode ser reduzida durante várias semanas. Altas concentrações de meio de contraste no soro e na urina podem interferir nos exames laboratoriais para bilirrubina, proteínas ou substâncias inorgânicas (por exemplo, ferro, cobre, cálcio e fosfato). Estas substâncias, portanto, não devem ser analisadas no dia do exame.

O uso de meios de contraste iodados pode resultar em um comprometimento transitório da função renal e isto pode precipitar acidose lática em pacientes diabéticos que fazem uso de metformina.

Em pacientes tratados com interleucina-2 menos de duas semanas antes da injeção de um meio de contraste iodado, detectou-se um risco mais elevado de reações tardias (sintomas gripais ou reações cutâneas).

Há evidências de que o uso de beta bloqueadores são um fator de risco para reações anafilactóides em exames radiológicos com meios de contraste (com o hipotensão severa).

Qual a ação da substância do Iodixanol?

Resultados de Eficácia


Iodixanol foi administrado em 1 .244 pacientes adultos. Os agentes comparadores administrados em 861 pacientes adultos incluíram meios de contraste não iônicos de baixa osmolalidade e iônicos de alt a e baixa osmolalidade. Aproximadamente metade (590) dos pacientes que receberam Iodixanol tinha idade igual ou acima de 60 anos e a idade média era de 56 anos (variação de 18 a 90 anos). Dos 1 .244 pacientes, 806 (65%) eram homens e 438 (35%) eram mulheres. A distribuição racia l: 85% eram caucasianos, 12% negros, <1% oriental e 3% outra raça ou desconhecida. A informação demográfica para o conjunto de pacientes que recebeu um agente de contraste comparador foi semelhante. A eficácia foi avaliada em 1 .235 pacientes que receberam Iodixanol e 855 que receberam outros meios de contraste, com base na qualidade da visualização do diagnóstico radiográfico (isto é, excelente, bom, ruim ou nenhuma) e na capacidade de fazer o diagnóstico (isto é, confirmou um diagnóstico ante rior, conside rado normal ou diagnosticou novos achados). Os resultados foram comparados aos dos controles ativos [ioxagalato, ioexol, iopromida e diatrizoato de meglumina sódica] em concentrações que eram similares às de Iodixanol.

Administração intra-arterial

Uso adulto

Angiocardiografia, arteriografia cerebral, arteriografia periférica e arteriografia visceral foram avaliadas com uma ou ambas as concentrações de Iodixanol (270 mgI/mL ou 320 mgI/mL). Nestes estudos intra - arteriais, a classific ação da visualização di agnóstica foi boa ou excelente em 100% dos pacientes e o diagnóstico radiológico foi realizado em todos (100%) os pacientes que receberam Iodixanol. Em estudos intra -arteriais adicionais, a qualidade geral da visualização diagnóstic a foi classificada como ótima na maioria dos pacientes e o diagnóstico radiológico foi feito em todos (100%) os pacientes aos quais Iodixanol foi administrado. Os resultados foram comparados aos dos controles ativos [ioxaglato, ioexol, diatrizoato de meglumina sódica]. O número de pacientes avaliados em cada indicação é informado abaixo.

Angiocardiografica

A angiocardiografia foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, em 101 pacientes adultos que receberam Iodixanol 320 mgI/mL e em 97 que receberam ioexol 350 mgI/mL1 . Sete estudos adicionais de angiocardiografia foram realizados em 217 pacientes adultos que receberam Iodixanol 320 mgI/mL, em 37 que receberam ioexol 350 mgI/mL, em 40 que receberam diatrizoato de meglumina sódica 370 mgI/mL e em 96 que receberam ioxaglato 320 mgI/mL2,3. A classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam Iodixanol; o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.

Arteriografia cerebral

A aplicação em arteriografia cerebral foi avaliada em dois estudos clínicos, duplo -cegos, randomizados, em 51 pacientes adultos que receberam Iodixanol 320 mgI/mL e em 48 que receberam ioexol 300 mgI/mL4 , 5 .

Dois estudos adicionais em arteriografia cerebral foram realizados:

Um estudo cruzado envolvendo Iodixanol 270 mgI/mL e 320 mgI/mL (15 pacientes adultos), e outro estudo envo lvendo Iodixanol 320 mgI/mL (40 pacientes) e ioxaglato 320 mgI/mL (40 pacientes)6 . A classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam Iodixanol e o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resul tados foram semelhantes aos dos controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.

Arteriografia periférica

A arteriografia periférica foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, em paciente s adultos que receberam Iodixanol 320 mgI/mL (49 pacientes), ioexol 350 mgI/mL (25 pacientes) e o ioxaglato 320 mgI/mL (25 pacientes)7. Quatro estudos adicionais em arteriografia periférica foram realizados com Iodixanol 270 mgI/mL (50 pacientes adultos), Iodixanol 320 mgI/mL (76 pacientes), ioexol 300 mgI/mL (37 pacientes) e iopromida 300 mgI/mL (47 pacientes). A classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam Iodixanol; o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.8,9,10

Arteriografia visceral

A arteriografia visceral foi avaliada em dois estudo s duplo-cegos, randomiz ados, em pacientes adultos que receberam Iodixanol 320 mgI/mL (55 pacientes adultos), ioexol 350 mgI/mL (27 pacientes) e ioxaglato 320 mgI/mL (25 pacientes)11,12 . A classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos paci entes que receberam Iodixanol; o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do ioexol. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos. O risco adicional para a arteriografia re nal com a administração de Iodixanol não pode ser analisado.

Angiografia digital por subtração ( DSA)

Estudos similares com angiografia digital por subtração ( DSA) foram concluídos com achados comparáveis observados na arteriografia cerebral, arteriografi a periférica e arteriografia visceral. Não foram conduzidos estudos para determinar a menor concentração efetiva.

Uso pediátrico

Dois estudos multicêntricos com dois grupos de pacientes ( Iodixanol 320 mgI/mL e ioexol 350 mgI/mL) em cada estudo foram cond uzidos. O total de 195 pacientes abaixo de 14 anos de idade foi incluído. Trinta e seis pacientes tinham menos de um mês; entre estas crianças três tinham menos que 24 horas de vida. Setenta e s ete pacientes tinham entre um mês e dois anos de idade.

A eficácia foi avaliada por dois radiologistas independentes usando uma escala de quatro pontos para classificar a qualidade da visualização fornecida pelo meio de contraste (excelente, boa, ruim, inadequada).

Os investigadores consideraram que, para todos os pa cientes, o exame fornec eu a informação necessária para realizar o diagnóstico radiográfico. A qualidade geral da visualização foi excelente para 86% dos pacientes no grupo Iodixanol. Para um paciente no grupo ioexol a qualidade foi ruim devido a dificulda des técnic as.

O exame forneceu informação diagnóstica complementar para uma porcentagem semelhante de pacientes nos dois grupos de agentes de contraste. Em 41 de 92 pacientes (45%) no grupo Iodixanol e em 40 de 76 pacientes (53%) no grupo ioexol, o contra ste forneceu informação anatômica adicional. Os dois estudos em cardioangiografia mostraram que Iodixanol foi eficiente. Nenhuma diferença significante foi detectada entre os grupos Iodixanol e ioexol.

Administração intravenosa

Uso adulto

Urografia ex cretora, tomografia computadorizada realçada com contraste (TCRC) da cabeça, TCRC do corpo e venografia periférica foram estudadas com uma ou ambas concentrações de Iodixanol (270 mgI/mL ou 320 mgI/mL). Nestes estudos intravenosos, a classificação da visu alização diagnóstica foi boa ou excelente em 96 -100% dos pacientes e o diagnóstico radiológico foi feito em todos (100%) os pacientes que receberam Iodixanol . Os resultados foram comparados aos do controle ativo. O número de pacientes avaliados em cada in dicação é fornecido aba ixo.

Urografia excretora

A urografia excretora foi avaliada em um estudo clínico não controlado, aberto, em 40 pacientes onde 20 receberam Iodixanol 270 mgI/mL e 20 receberam Iodixanol 320 mgI/mL1 3 , e em dois estudos clínicos rand omizados, duplo-cegos, nos quais foram administrados Iodixanol 270 mgI/mL (50 pacientes adultos), Iodixanol 320 mgI/mL (50 pacientes) e ioexol 300 mgI/mL (50 pacientes)12 . A classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que rec eberam Iodixanol; o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do controle ativo. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.

Tomografia computadorizada realçada com contraste (TCRC )

A TCRC de cabeça foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, com administração de Iodixanol 270 mgI/mL (49 pacientes adultos), Iodixanol 320 mgI/mL (50 pacientes) e ioexol 300 mgI/mL (49 pacientes)14. A TCRC de corpo foi avaliada em três estudos clínicos randomizados, duplo -cegos, com a administração de Iodixanol 270 mgI/mL (104 pacientes adultos), Iodixanol 320 mgI/mL (109 pacientes) e ioexol 300 mgI/mL (101 pacientes)15. Tanto na TCRC de cabeça como de corpo, a classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam Iodixanol ; o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos controles ativos. Não foi obtida a confirmação do s achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.

Venografia periférica

A venografia periférica foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, em 46 pacientes adultos que receberam Iodixanol 270 mgI/mL e em 50 pacientes que receberam ioexol 300 mgI/mL16. A classificação da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam Iodixanol ; o diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do controle ativo. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.

Uso Pediátrico

Urografia
Dois estudos foram realizados:

Um estudo de centro único e o outro multicêntrico17. Três grupos separados de pacientes foram avaliados em cada estudo, e 14 7 paciente s com idades entre 30 dias e 15 anos foram incluídos. Dentre estes pacientes, 47 receberam Iodixanol 270 mgI/mL, 50 receberam Iodixanol 320 mgI/mL, enquanto 50 receberam ioexol 300 mgI/mL. Cinquenta e cinco deles tinham menos de dois anos de ida de. As dos es de iodo injetadas variaram entre 0,23 e 1,07 g I/kg peso corpóreo (a média variou entre 0,49 e 0,58 gI/kg peso corpóreo). Um dos pacientes foi sedado.

A eficácia foi avaliada por dois radiologistas usando uma escala de quatro pontos para classificar a qualidade do re alce fornecido pelo meio de contraste (excelente, boa, ruim, inadequada).

Os rins direito e esquerdo foram avaliados separadamente. A informação geral da informação diagnóstica foi excelente ou boa para a maioria dos pacientes nos três grupos.

A menor proporção de informação diagnóstica excelente foi encontrada no grupo do ioexol 300 mgI/mL, tanto para o rim direito como para o rim esquerdo. No grupo d e Iodixanol 270 mgI/mL as imagens de 3 pacientes (2 do rim direito e 1 do rim esquerdo) foram classificadas como ruins. Para 2 pacientes, as classificações foram inadequadas devido à falta de funcionamento do rim esquerdo. No grupo d e Iodixanol 320 mgI/mL, a informação diagnóstica geral foi classificada como ruim em 5 pacientes (2 rins direitos e 3 rins esquerdos). Para um paciente a imagem foi considerada inadequada devido à falta de secreção do rim direito. No grupo do ioexol 300 mgI/mL, as imagens de 5 pacientes (4 rins direitos e 1 rim esquerdo) foram consideradas ruins.

As imagens de dois pacientes foram classificadas como inadequadas:
  • Uma devido a ter o rim esquerdo displásico policístico e outra a ter o rim policístico.

Com relação à utilidade do realce do contraste, para a grande maioria dos pacientes o diagnóstico de referência fo i confirmado ou pareceu consistente com os sintomas depois do exame com o contraste.

Além disso, novos diagnósticos foram confirmados para 6 pacientes:
  • 3 com Iodixanol 270 mgI/mL, 1 com Iodixanol 320 mgI/mL e 2 com ioexol.

Em relação à qualidade radiográ fica, houve uma tendênc ia dirigida à maior pontuação (qualidade diagnóstica geral excelente/boa) com Iodixanol , especialmente com Iodixanol 320 mgI/mL. Isto pode ser devido à maior concentração de iodo que, combinada com a isotonicidade do meio de contra ste, pode causar menor efeito diurético; uma densidade um pouco mais alta do contraste no sistema coletor pode ser esperada. É, todavia, impossível interpretar tais diferenças sem relacioná -las à função renal. Os resultados não indicaram quaisquer diferenç as entre o s três grupos com relação à opacificação do parênquima renal.

Tomografia computadorizada (cabeça e corpo)

Quatro estudos foram executados, duas TC da cabeça e duas TC do corpo, e entre estes havia dois estudos multicêntricos. Três grupos de paci entes em cada estudo foram avaliados; Iodixanol 270, Iodixanol 320 e ioexol 300, respectivamente. No total 296 pacientes com idades entre quatro dias e 17 anos foram incluídos, 57 com menos de dois anos de idade.

A maioria dos pacientes nos grupos de TC do corpo foi examinada devido a tumores ou doenças infecciosas. Noventa e seis pacientes receberam Iodixanol 270 mgI/mL, 100 receberam Iodixanol 320 mgI/mL, e 100 pacientes receberam ioexol 300 mgI/mL. As doses de iodo administradas variaram entre 0,24 e 1,87 gI/kg peso corpór eo (média variando entre 0,55 e 0,67 gI/kg peso corpóreo). Cento e sete pacientes foram sedados.

A eficácia foi avaliada por dois radiologistas usando uma escala de quatro po ntos para classificar a qualidade do realce fornecido pelo meio de contraste, assim como de cada área do corpo examinada (excelente, boa, ruim, inadequada).

A informação diagnóstica geral foi excelente ou boa para todos os pacientes no grupo Iodixanol 270 mgI/mL, para 96% dos pacientes no grupo Iodixanol 320 mgI/mL e para 97% dos pacientes no grupo ioexol 300 mgI/mL. As imagens de 3 pacientes no grupo Iodixanol 320 mgI/mL foram classificadas como inadequadas. Para um paciente, o investigador considerou que não foi observado realce por provável infiltração do con traste durante a injeção; para os outros dois a razão foi a velocidade baixa de administração e artefatos, respectivamente. Devido a um problema técnico, um paciente no grupo ioexol 300 mgI/mL também foi classificado como inadequado.

Com relação à consistência com o diagnóstico de referência, para metade dos pacientes nos grupos Iodixanol a TC com realce de contraste excluiu o diagnóstico de referência ou pareceu inconsistente com os sintomas atuais, enquanto que para o ioexol isto ocorreu em 42% dos pacientes. Para um paciente no grupo Iodixanol 320 mgI/mL a CT com realce de contraste não permitiu comparações com o diagnóstico de referência ou com os sintomas atuais, para outro paciente neste grupo nenhuma resposta foi registrada pelo investigador devido a provável infiltração do contraste. No grupo ioexol 300 mgI/mL, os resultados radiográficos não permitiram comparações com o diagnóstico de referência ou com os sintomas atuais em 3 pacientes.

Com relação à contribuição do agente de contraste para o diagn óstico radiográfico, os investigadores relataram que a confiança no diagnóstico aumentou em 82 -83% dos pacientes entre os três grupos.

Informação geral diagnóstica excelente foi obtida com todos os meios de contraste. Não houve diferenças significativas en tre os dois grupos Iodixanol e o grupo ioexol nas avaliações de eficácia.

Administração intratecal

Uso adulto

A eficácia de Iodixanol 270 mgI/mL e 320 mgI/mL administrado por via intratecal para mielografia foi documentada em um programa clínico de fa se III. Este programa compreendeu dois estudos independentes (estudos 1 e 2)18,19, ambos desenhados como estudos fase III, multicêntricos, randomizados, de grupos paralelos, duplo -cegos, com 3 grupos de tratamento. Setecentos e dez pacientes foram avaliado s (398 no estudo 1 e 312 no estudo 2). Os estudos foram realizados em oito centros em seis países.

Em ambos os estudos o objetivo principal era comparar as eficácias radiográficas de Iodixanol 270 mgI/mL e 320 mgI/mL com Omnipaque® 300 mgI/mL (estudo 1) e iotrolan 300 mgI/mL (estudo 2), respectivamente, administrados por via intratecal. Para ambos os estudos, o principal parâmetro foi a qualidade geral da informação diagnóstica obtida pelos diferentes contrastes em cada região particular da coluna (lombar, torácica e/ou cervical).

Em todos os grupos de meio de contraste, quase todas as imagens foram de qualidade boa ou excelente e de valor diagnóstico. Não houve diferença estatisticamente significante com relação à visualização adequada entre os três meios de contraste em ambos os estudos.

No estudo 1, 121 pacientes foram submetidos ao exame cervical, 62 com punção cervical e 59 com punção lombar 1 8 . Quando se compara a proporção de pacientes com filmes excelentes versus a proporção de filmes não excelentes o btidos no grupo Iodixanol 320 com a proporção obtida no grupo Omnipaque® 300, encontra -se uma diferença estatisticamente significante a favor de Iodixanol para a área cervical com punção cervical (p=0,009). Não houve diferença para Iodixanol 270 versus Omnipaque® 300 para a injeção lombar (p=0,53) ou para a injeção cervical (p=0,52). Em geral, Iodixanol 320 forneceu maior número de filmes excelentes que Iodixanol 270 e Omnipaque® 300 na área cervical.

No estudo 2, cinquenta e quatro pacientes foram submetidos ao exame cervical, 12 com punção cervical e 42 com punção lombar19 . Não foi observada tendências clara s com relação à qualidade da visualização radiográfica entre os grupos de meio de contaste devido ao número pequeno de pacientes.

No estudo 2 não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante entre Iodixanol 320 e Iodixanol 270 versus iotrolan 300 (p=0,24 e p=0,58, respectivamente)19 .

Teoricamente, a maior viscosidade de um meio de contraste dimérico pode influenciar a qualidade de visualização de estruturas anatômicas e isto pode ter se refletido em maior classificação de filmes excelentes com Iodixanol 320 mgI/mL. Embora apenas uma diferença mínima na qualidade radiográfica a favor do Iodixanol 320 tenha sido encontrada, este a chado pode r ser de maior importância em hospitais gerais com radiologistas menos experientes e equipamento de raios-X menos adequado. Portanto, a extensão das indicações para uso do Iodixanol em exames mielográficos é considerada bastante apropriada.

Uso Pediátrico

Não indicado. O uso por via intratecal aplica -se apenas para adultos.

Referências:

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7Rosenblum J. et al. Iodixanol and ioxaglate in adult aortography and peripheral arteriography: a phase III clinical trial. Acad. Radiol. 3 (Suppl. 3): S514 -8, 1996.
8Albrechtsson U. et al. Iodixanol – a new nonionic dimer – in aortof emoral angiography. Acta Radiol. 33 (6): 611 -3, 1992.
9Pugh N.D. et al. Iodixanol in femoral arteriography (Phase III): a comparative double - blind parallel trial between Iodixanol and iopromide. Clin Radiol 47 (2): 96 -9, 1993.
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18Skalpe I.O. et al. Myelography with a dimeric (Iodixanol) and a monomeric (iohexol) contrast medium: a clinical multicentre comparative study. Eur. Radiol. 8: 1054 -7, 1998.
19Palmers Y. et al. Comparison in mielography between Iodixanol 270 and 320 mgI/ml and iotrolan 300 mgI/ml: a multicentre, randomized, parallel group, double -blind, phase III trial. Eur. Radiol. 12: 686 -91, 2002.

Características Farmacológicas


O Iodixanol é um meio de contraste radiológico não-iônico, isosmolar, dimérico, hexaiodinatado e solúvel em água. Soluções aquosas puras de Iodixanol em todas as concentrações clínicas relevantes apresentam uma osmolalidade inferior em relação àquela do sangue total e àquelas das potências correspondentes dos meios de contraste monoméricos não-iônicos. Iodixanol torna-se isotônico em contato com os fluidos corporais normais através da adição de eletrólitos.

Os valores de osmolalidade e de viscosidade de Iodixanol são os seguintes:

Concentração Osmolalidade* mOsm/kg H2O Viscosidade (mPa.s)
37ºC a 20ºC a 37ºC
270 mgI/mL 290 11,3 5,8
320 mgI/mL 290 25,4 11,4

*Método: Osmometria de vapor-pressão.

Propriedades farmacodinâmicas

O iodo organicamente ligado absorve radiação nos vasos sanguíneos/tecidos quando é injetado. Para a maior parte dos parâmetros hemodinâmicos, clínico -químicos e da coagulação, avaliados após a injeção intravenosa de Iodixanol em voluntários sadios, não se detectou nenhum desvio significativo com relação aos valores pr évios à in jeção. As poucas alterações observadas nos parâmetros laboratoriais foram menores e consideradas sem importância clínica.

Iodixanol induz somente efeitos leves sobre a função renal nos pacientes. Em 64 pacientes diabéticos com níveis de creatini na sérica de 115 a 308 µmol/L, a utilização de Iodixanol resultou em elevação na creatinina de > 44.2 µmol/L em 3% dos pacientes e elevação de > 88.4 µmol/L em 0% dos pacientes. A liberação de enzimas (fosfatase alcalina e N-acetil-β-glicosaminidase) a pa rtir das c élulas tubulares proximais é menor do que após a injeção de meios de contraste monoméricos não -iônicos e a mesma tendência é observada em comparação a meios de contraste iônicos diméricos. Iodixanol é também bem tolerado pelos rins.

Os parâmetros cardiovasculares, como a pressão diastólica final e a pressão sistólica do ventrículo esquerdo, a frequência cardíaca e o intervalo QT, bem como o fluxo sanguíneo femoral, foram menos influenciados após a administração de Iodixanol quando comparado a outros meios de contraste, sempre que foram medidos.

Propriedades farmacocinéticas

O Iodixanol se distribui rapidamente no organismo, com meia -vida média de distribuição de aproximadamente 21 minutos. O volume de distribuição aparente é da mesma magnitude que o do líquido extracelular (0,26 L/kg de peso corpóreo), indicando que o Iodixanol é distribuído apenas no volume extracelular.

Nenhum metabólito foi detectado. A ligação à s proteínas é inferior a 2%.

A meia-vida média de eliminação é de aproximadamente 2 horas em adultos normais. Em crianças, a eliminação do Iodixanol é prolongada (t 1 / 2 de aproximadamente 4 horas em recém-nascidos). O Iodixanol é excretado principalmente atravé s dos rins por filtração glomerular. Cerca de 80% da dose administrada é recuperada não metabolizada na urina dentro de 4 horas e 97% dentro de 24 horas após a injeção intravenosa em voluntários sadios. Apenas cerca de 1,2% da dose injetada é excretada nas fezes dentro de 72 horas. A concentração urinária máxima surge cerca de 1 hora após a injeção. Na faixa de dose recomendada, não se observou cinética dependente da dose.

Após a administração intratecal a meia -vida do Iodixanol é prolongada, refletindo a t axa de eliminação do compartimento do sistema nervoso central para a circulação sistêmica. A aparente meia-vida de eliminação varia, mas com um valor médio em torno de 12 horas.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Visipaque®.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 27 de Março de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 27 de Março de 2023.

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