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Bula do Hypericum perforatum

Hypericum perforatum, para o que é indicado e para o que serve?

Indicado no tratamento dos estados depressivos leves a moderados.

Quais as contraindicações do Hypericum perforatum?

Pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes da fórmula não devem fazer uso do produto.

Não existem dados disponíveis sobre o uso de Hypericum perforatum na gravidez e na lactação, porém sabe-se que o extrato pode inibir a secreção de prolactina, portanto, não se recomenda seu uso em mulheres grávidas e amamentando.

Este medicamento é contraindicado em crianças abaixo de seis anos.

Não usar em episódios de depressão grave.

Como usar o Hypericum perforatum?

Uso oral.

Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos inteiros e sem mastigar com quantidade sufciente de água para que sejam deglutidos.

Caso haja esquecimento da ingestão de uma dose deste medicamento, retome a posologia prescrita sem a necessidade de suplementação.

Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), em sua embalagem original, ao abrigo da luz e umidade.

Aspecto físico e características organolépticas do produto

Comprimido alongado, coloração amarela, superfície lisa e brilhante.

Posologia do Hypericum perforatum


Ingerir 1 comprimido revestido 1 a 3 vezes ao dia, ou a critério médico. (A dose diária total deve estar compreendida entre 0,9 e 2,7mg de hipericinas expressas em hipericina).

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Hypericum perforatum com outros remédios?

Existe interação de Hypericum perforatum com ciclosporina, anticoagulantes cumarínicos, anticoncepcionais orais, teoflina, digoxina, indinavir e possivelmente outros inibidores da protease e transcriptase reversa, prejudicando os efeitos destes. Isto ocorre devido à indução pelo Hypericum perforatum da via metabólica envolvendo o citocromo P450.

A utilização de Hypericum perforatum concomitante a antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina e inibidores da MAO poderá causar síndrome serotoninérgica. Não é recomendado utilizar Hypericum perforatum com drogas fotossensibilizantes como clorpromazina ou tetraciclina.

O extrato de Hypericum perforatum não demonstrou interação com o álcool em estudos farmacológicos, porém sabe-se que o álcool pode piorar o quadro depressivo.

Qual a ação da substância do Hypericum perforatum?

Resultado de Efcácia


Uma metanálise de 23 estudos randomizados, duplo cegos, constituído de 1757 pacientes com depressão de leve a moderada foi conduzido para determinar a efetividade do Hypericum perforatum.

Concluiu-se que o Hypericum perforatum foi signifcativamente superior ao placebo com poucos efeitos adversos (19,9%) em relação aos antidepressivos padrões (52,8%).1

Referências:

1. LINDE, 1996.

Características Farmacológicas


O extrato de Hypericum perforatum é obtido a partir das partes aéreas no período da floração e padronizado em 0,3% de hipericinas. Contém também amentoflavona, xantonas, hiperforina, óleos essenciais e flavonóides como a rutina e hiperosídeo.

Farmacocinética

A meia vida de eliminação da hipericina oscilou entre 24,8 e 26,5 horas, segundo estudo em 12 voluntários sadios que se submeteram a uma dose de 300mg de extrato seco de Hypericum perforatum.1

O complexo de substâncias ativas do produto é liberado e atinge um nível efcaz no organismo com a administração de 600 a 900mg do extrato padronizado em 0,3% de hipericinas ao dia, sendo que o equilíbrio hemo-tecidual ocorrerá após quatro dias da administração.2

Mecanismo de ação

Embora inibição da MAO e COMT tenha sido identifcada em ensaios in vitro com frações de extratos, hipericina e flavonas, os estudos concluem que o efeito antidepressivo do Hypericum perforatum não pode ser explicado por inibição da MAO. Outros possíveis mecanismos de ação incluem a habilidade do extrato de modular a produção de citocinas, a expressão de receptores serotoninérgicos e o eixo hipotálamo-pituitário-adrenal.3, 4, 5, 6, 7, 8

Referências:

1. STAFFELDT et al., 1994.
2. STOCK S. Y HOLZTL J., 1991.
3. COTT, 1997.
4. CHATTERJEE et al., 1998.
5. BUTTERWECK et al., 1997.
6. PEROVIC & MULLER, 1995.
7. MULLER & ROSSOL, 1994.
8. HOLZL, 1989.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Medicamento Iperisan.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Fevereiro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 13 de Fevereiro de 2020.

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