Bula do Glicose + Cloreto de Sódio
Princípio Ativo: Glicose + Cloreto de Sódio
Glicose + Cloreto de Sódio, para o que é indicado e para o que serve?
Glicose + Cloreto de Sódio é utilizada para o restabelecimento de fluidos e eletrólitos e reposição calórica em adultos e crianças. Assim, podem ser usadas em caso de desidratação, diarreia, queimaduras, vômitos, pós-operatórios, Mal de Addison, toxicose, choque, traumatismo e desidratação em acidentes vasculares. Também é utilizado como diluente para medicamentos compatíveis.
Quais as contraindicações do Glicose + Cloreto de Sódio?
O uso da solução glicofisiologica não deve ser utilizada nas seguintes situações: hipernatremia, retenção hídrica, hipercloremia, hiperhidratação, hiperglicemia, diabetes, acidose, hipocalemia e desidratação hipotônica. A solução glicofisiológica não deve ser utilizada por pacientes com hipersensibilidade aos produtos derivados do milho.
Categoria C de risco na gravidez.
Como usar o Glicose + Cloreto de Sódio?
A solução somente deve ter uso intravenoso e individualizado.
A dosagem a ser utilizada deve ser determinada pelo médico e depende da idade, do peso, das condições clínicas do paciente e das determinações em laboratório.
O produto deve ser inspecionado visualmente antes de sua administração, para se observar a integridade da embalagem, identificação do produto, prazo de validade, presença de partículas e coloração da solução. Caso seja observado alguma alteração, como descrita anteriormente, o produto não deverá ser utilizado.
Conservar o produto em temperatura ambiente e protegida do resfriamento. O conteúdo deve ser utilizado imediatamente após sua abertura.
O conteúdo que não for utilizado deve ser desprezado.
A solução é acondicionada em frascos plásticos de Sistema fechado para administração intravenosa usando equipo estéril.
Atenção: Não usar embalagens primárias em conexões em série. Tal procedimento pode causar embolia gasosa devido ao ar residual aspirado da primeira embalagem antes que a administração de fluido da segunda embalagem seja completada.
Não perfurar a embalagem, pois há comprometimento da esterilidade do produto e risco de contaminação.
Para abrir
Verificar se existem vazamentos mínimos comprimindo a embalagem primária com firmeza. Se for observado vazamento de solução descartar a embalagem, pois a sua esterilidade pode estar comprometida.
Se for necessária medicação suplementar, seguir as instruções descritas a seguir antes de preparar a solução glicofisiológica para administração.
No preparo e administração do produto devem-se tomar os seguintes cuidados: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões das linhas de infusão.
- Remover o lacre de proteção;
- Fazer a assepsia da embalagem primária utilizando álcool 70%;
- Suspender a embalagem pela alça de sustentação;
- Conectar o equipo de infusão da solução. Consultar as instruções de uso do equipo;
- Administrar a solução, por gotejamento contínuo, conforme prescrição médica.
Para adição de medicamentos
Atenção: Verificar se há incompatibilidade entre o medicamento e a solução e, quando for o caso, se há incompatibilidade entre os medicamentos. Apenas as embalagens que possuem dois sítios, um sítio para equipo e um sítio próprio para administração de medicamentos, poderão permitir a adição de medicamentos nas soluções parenterais.
Para administração de medicamentos antes da administração da solução parenteral
- Preparar o sítio de injeção fazendo sua assepsia;
- Utilizar uma seringa com agulha estéril para perfurar o sítio próprio para administração de medicamentos e injetar o medicamento na solução parenteral;
- Misturar o medicamento completamente na solução parenteral;
- Pós liofilizados devem ser reconstituídos/suspendidos no diluente estéril e apirogênico adequado antes de serem adicionados à solução parenteral.
Para administração de medicamentos durante a administração da solução parenteral
- Fechar a pinça do equipo de infusão;
- Preparar o sítio próprio para administração de medicamentos, fazendo sua assepsia;
- Utilizar uma seringa com agulha estéril para perfurar o sítio e adicionar o medicamento na solução parenteral;
- Misturar o medicamento completamente na solução parenteral;
- -Prosseguir a administração.
Sítios de administração |
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1. Efetue inserções exatamente no cento dos sítos de administração, como indicado. | |
2. Retire o lacre de proteção até a metade. | |
Técnica de infusão |
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2. Feche o regulador de gotas do equipo. |
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3. Introduza a ponta do equipo, extaamente no centro do sítio de administração até que esteja firmemente conectado no ponto de infusão. |
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4. Istale o frascco em um surporte no soro. |
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5. Estabeleça o nível de soluação na câmara gotejadora do equipo. |
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6. Preencha o equipo com a solução. |
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7. Conecte o equipo e defina a taxa de fluxo desejada. |
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Técnica de adtivação |
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1.Utilizando técnica asséptica, prepare a seringa contendo a medicação a ser adtivada. |
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2. Retire o lacre de proteção. |
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3. Segure o frasco, introduza a agulha totalmente. |
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4. Adtive o medicamento. |
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5. Agite o frasco para misturar a solução. |
Posologia
A dosagem varia e deve ser adaptada de acordo com as necessidades de cada paciente. O preparo e a administração devem obedecer a prescrição médica, precedida de criteriosa avaliação pelo farmacêutico da compatibilidade físico-químico e interação medicamentosa que possam ocorrer entre os componentes.
As concentrações de glicose no plasma devem ser monitoradas, a taxa máxima que pode ser administrada sem causar glicosúria é 0,5g/Kg de peso corporal/hora. No entanto, o ideal é que a taxa de glicose infundida seja de 6 -7 mg/Kg/minuto.
Em pacientes pediátricos, a dose e a taxa de infusão devem ser selecionadas com cuidado, principalmente nos neonatos e crianças com baixo peso ao nascer, pois aumenta o risco de hiperglicemia e hipoglicemia.
Deve-se ter maior cuidado, na administração da solução glicofisiológica, em pacientes que estejam utilizando corticosteróides, corticotropina e medicamentos que possam causar retenção de sódio.
A solução glicofisiológica pode ser administrada em pacientes diabéticos, mesmo em coma, porém é fundamental o controle da cetose e, se necessário, deve-se recorrer a administração de insulina.
As concentrações de glicose e eletrólitos, o balanço de fluidos e o balanço ácido-base no organismo devem ser monitorados através da avaliação clínica e das determinações laboratoriais durante a terapia parenteral prolongada ou sempre que a condição do paciente permitir.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Glicose + Cloreto de Sódio com outros remédios?
Há incompatibilidade desta solução com anfotericina B, ocorrendo precipitação desta substância e com glucagon.
Para minimizar o risco de possíveis incompatibilidades da solução glicofisiológica e outras medicações que possam ser prescritas, deve ser verificada a presença de turbidez ou precipitação imediatamente após a mistura, antes e durante a administração.
Consultar o farmacêutico sempre que necessário.
Qual a ação da substância do Glicose + Cloreto de Sódio?
Características Farmacológicas
A solução glico-fisiológica é uma solução estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente plástico e administrada intravenosamente.
A glicose é a principal fonte de energia para as células. A glicose é usada, distribuída e estocada nos tecidos. A mesma é facilmente metabolizada pelo organismo, dispensando em alguns casos o uso de lipídios e proteínas como fonte de energia, evitando assim acidose e cetose.
O sódio é principal cátion e o cloreto é o principal ânion do fluido extra-celular. O sódio é um importante regulador da osmolaridade, do equilíbrio ácido-base e auxilia na estabilização do potencial de membrana das células, sendo importantíssimo para neurotransmissão, eletrofisiologia cardíaca e metabolismo renal.
A solução glico-fisiológica é útil como fonte de água, calorias e eletrólitos, sendo utilizada para o restabelecimento de fluido e suprimento calórico e dos eletrólitos sódio e cloro. Dependendo das condições clínicas do paciente, é capaz de induzir a diurese.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 21 de Outubro de 2020.