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Bula do Garra do Diabo Herbarium

Princípio Ativo: Harpagophytum procumbens

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 8 de Dezembro de 2023.

Garra do Diabo Herbarium, para o que é indicado e para o que serve?

Garra do Diabo Herbarium é usada tradicionalmente para alívio de dores articulares moderadas e dor lombar baixa aguda.

Como o Garra do Diabo Herbarium funciona?

Garra do Diabo Herbarium atua como anti-inflamatório, antir-reumático e analgésico, inibindo a síntese de prostaglandinas, as quais são formadas na fase irritativa do processo inflamatório.

Quais as contraindicações do Garra do Diabo Herbarium?

  • Pessoas com úlcera estomacal ou duodenal, devido à estimulação da secreção do suco gástrico.
  • Obstrução das vias biliares ou cálculos biliares.
  • Gastrite.
  • Cólon irritável.
  • Hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este produto é contraindicado para uso por crianças.

Mulheres grávidas ou amamentando não devem utilizar este produto, já que não há estudos que possam garantir a segurança nessas situações.

Como usar o Garra do Diabo Herbarium?

Uso oral / Uso interno.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros e com quantidade suficiente de água para que possam ser deglutidos.

Os produtos tradicionais fitoterápicos não devem ser administrados pelas vias injetável e oftálmica.

Posologia do Garra do Diabo Herbarium


Ingerir dois comprimidos, via oral, três vezes ao dia.

Tratamentos prolongados devem ter acompanhamento médico.

Este produto não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Garra do Diabo Herbarium?

Caso haja esquecimento da ingestão de uma dose deste produto, retomar a posologia prescrita sem a necessidade de suplementação.

Em caso de duvidas, procure orientação de profissional de saúde.

Quais cuidados devo ter ao usar o Garra do Diabo Herbarium?

  • Em caso de hipersensibilidade ao produto, recomenda-se descontinuar o uso e consultar o médico.
  •  Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam reações indeseja-
    das não descritas na embalagem ou no folheto informativo, interrompa
    Seu uso e procure orientação do profissional de saúde.
  • Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque orientação de
    profissional de saúde antes de utilizar este produto.
  • Este produto não deve ser utilizado por período superior ao indicado,
    ou continuamente, a não ser por orientação de profissionais de saúde.

Não há casos relatados que o uso deste produto interfira na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Garra do Diabo Herbarium?

Dores de cabeça, zumbidos, perda de apetite e do paladar.

Distúrbios gastrointestinais podem ocorrer em pessoas sensíveis, especialmente com o uso de doses elevadas.

Em casos raros, pode aparecer um ligeiro efeito laxante ao iniciar o tratamento, o qual pode cessar espontaneamente.

A revisão da literatura não revela a frequência das reações adversas.

Informe ao seu profissional de saúde o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do produto. Informe também à empresa através do seu Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Em caso de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível pelo portal da Anvisa.

Apresentações do Garra do Diabo Herbarium

Comprimido revestido gastrorresistente – Extrato seco das raízes secundárias de Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. e H. zeyheri Decne. 200 mg

Embalagem com 45 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto.

Produto registrado com base no uso tradicional, não sendo recomendado seu uso por período prolongado.

Medicamento fitoterápico.

Qual a composição do Garra do Diabo Herbarium?

Cada comprimido revestido contém:

Extrato seco de Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. e H. zeyheri Decne

200 mg*
Excipientes q.s.p. 1 comprimido

*Equivalente a 10 mg de iridoides totais calculados como harpagosídeos.

Excipientes: celulose microcristalina, talco, polivinil acetato ftalato, ácido esteárico, trietilcitrato, estearato de magnésio, croscarmelose sódica, dióxido de silício, hipromelose e polietilenoglicol.

Parte utilizada: Raiz.
Nomenclatura popular: Garra do diabo.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Garra do Diabo Herbarium maior do que a recomendada?

Doses elevadas podem provocar lesões hepáticas.

Recomenda-se tratamento sintomático e controle das funções vitais.

Em caso de uso de grande quantidade deste produto, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou folheto informativo, se possível.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Não há casos de superdose relatados.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Garra do Diabo Herbarium com outros remédios?

Pode interagir com drogas utilizadas para o tratamento de desordens cardíacas, como drogas antiarrítmicas e com terapia hipotensiva/hipertensiva.

Foi relatado o caso de um paciente que desenvolveu púrpura com o uso de garra do diabo em combinação com varfarina.

Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas medicinais e fitoterápicos que estiver tomando.

Interações podem ocorrer entre produtos e plantas medicinais e mesmo entre duas plantas medicinais quando administradas ao mesmo tempo.

Qual a ação da substância do Garra do Diabo Herbarium?

Resultados de Eficácia


Há diversos estudos clínicos demonstrando a eficácia de Harpagophytum procumbens no tratamento do alívio das dores articulares devido sua ação anti-inflamatória e analgésica para os pacientes com quadros de dores articulares de diversas etiologias1-5.

Estudos pré-clínicos realizados com ratos sugerem necessidade de preparações galênicas com proteção às condições gástricas, visto que, os resultados demonstraram que efeitos analgésicos e anti-inflamatórios foram reduzidos com a acidez estomacal6-9.

Chrubasik e col. em um estudo duplo-cego, placebo-controlado, para avaliar a efetividade no tratamento de dores lombares, administrou doses de 50 e 100 mg de harpagosídeo, comparado com placebo. A duração do tratamento foi de 4 semanas. Dos 183 pacientes que permaneceram no estudo durante as 4 semanas, 6 do grupo de 50 mg e 10 do grupo de 100 mg relataram ausência de dor e sem a necessidade de usar outras medicações concomitantes como tramadol.

Quando se avalia em conjunto a intensidade e radiação da dor e déficit neurológico, o grupo que recebeu a dose de 50mg apresentou mais benefícios ao longo do estudo3. O mesmo autor em 2003, em um estudo randomizado, duplocego, avaliou comparativamente tratamentos com um extrato de H. procumbens na dose correspondente de 60 mg de harpagosídeo e um anti-inflamatório não hormonal, o rofecoxib na dose de 12,5 mg ao dia em pacientes com quadros de dores lombares agudizadas. Quarenta e quatro pacientes no grupo do H. procumbens e 36 do grupo do rofecoxib completaram o estudo. Dez pacientes do grupo do H. procumbens e 5 do rofecoxib relataram ausência de dor por pelo menos 5 dias da sexta semana de tratamento. Observou-se uma redução nos escores de dor entre a primeira e sexta semana de tratamento em 18 e 12 pacientes dos grupos de H. procumbens e rofecoxib respectivamente4.

Diversas revisões sistemáticas, nível 1 de evidência científica, concluem que há evidência suficiente para a utilização de 60 mg de harpagosídeo ao dia para o tratamento das crises agudas de lombalgia, além das dores causadas por processos degenerativos e inflamatórios articulares da coluna, joelho e quadril1,2,5.

Referências bibliográficas:

1. Vlachojannis J, Roufogalis BD, Chrubasik S.Systematic review on the safety of Harpagophytumpreparations for osteoarthritic and low back pain.Phytother Res 2008; 22:149-152;
2. Gagnier, J.J., Chrubasik, S., Manheimer, E. Harpagophytum procumbens for osteoarthritis and low back pain: a systematic review. BMC Complementary and Alternative Medicine 2004; 4:13;
3. Chrubasik S, Junck H, Breitschwerdt H, Zappe H: Effectiveness of harpagopthytum extract WS 1531 in the treatment of exacerbation of low back pain: a randomized, placebo-controlled, double-blind study. Eur J Anaesth 1999; 16:118-129;
4. Chrubasik, S., Model, A., Black, A., Pollak, S. A randomized double-blind pilot study comparing Doloteffin® and Vioxx® in the treatment of low back pain. Rheumatology 2003; 42(1):141-8;
5. Gagnier JJ, van Tulder MW, Berman B, Bombardier C. Herbal medicine for low back pain: a Cochrane review. Spine 2007;32:82-92
6. Alonso, Jorge. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Monografias – Harpagofito. 1° Ed. Corpus. 2007. 551-554;
7.Soulimani R et al. The role stomachal digestion on the pharmacological activity of plant extracts of Harpagophytum procumbens. Can J Physiol Pharmacol V 72, 1994; p.1532-1536;
8. Lanhers MC et al. Anti-inflammmatory and analgesic effects of Harpagophytum procumbens and Harpagophytum zeyheri. Planta medica, v. 58, 1992; p.:117-123;
9. Mills, S.; Bone, K. Principles and practice of phytotherapy. Modern herbal medicine. Devil’s Claw. St.Louis, USA:Elsevier Churchill Livingstone, 1999; 345p.

Características Farmacológicas


Harpagophytum procumbens é uma planta da família Pedaliaceae, nativa da África do Sul. É constituída por glicosídeos iridoides: principalmente o harpagosídeo e pequenas quantidades de procumbídeo e harpagídeo; glicosídeos fenólicos e açúcares.

Farmacocinética

Tal como quase todos os extratos vegetais, o Harpagophytum procumbens é um composto complexo. Portanto, dados farmacocinéticos do extrato total não são disponíveis. No entanto há alguns dados referentes ao principal marcador, o harpagosídeo. No sangue coletado de um indivíduo após a ingestão de extrato de Harpagophytum procumbens com 44 mg de harpagosídeo, o nível de harpagosídeo após 2 horas foi de 15,4 ng/mL. Em seis voluntários, após a administração de 600 mg de extrato de Harpagophytum procumbens contendo 25% harpagosídeo (equivalente a 150 mg harpagosídeo), o Cmáx de 32,2 ng/ mL foi observado após 1,3 horas, seguido de rápida queda no nível plasmático. O segundo pico observado após 8 horas indica circulação enterohepática. O tempo de meia-vida de eliminação foi 5,6 horas. Em porcos, após a administração de 2g de extrato de Harpagophytum procumbens com 400 mg de harpagosídeo por incisão gástrica, os picos das concentrações de harpagosídeo de 52ng/mL (em 20 min) e 29 ng/mL (em 60 min) foram detectados nos vasos mesentéricos e femorais, respectivamente.

Existem algumas controvérsias sobre a ação do estômago ou da hidrólise ácida sobre o extrato e seus ingredientes ativos, como sugerem alguns estudos. Alguns autores sugerem que as substâncias obtidas após a hidrólise ácida, especialmente da harpagogenina, são os componentes ativos responsáveis pela propriedade anti inflamatória, porém outros estudos sugerem que o extrato, em particular o harpagosídeo, pode ser parcialmente inativado através da acidez do estômago.

Estudos recentes sugerem que o harpagosídeo e outros glicosídeos iridoides, e talvez outros componentes do extrato, são mais ativos do que os produtos gerados da hidrólise ácida da harpagogenina.

Além disso, alguns estudos realizados confirmaram que a acidez gástrica diminui a atividade anti-inflamatória do extrato de Harpagophytum procumbens, devido à degradação ácida do harpagosídeo. Por este motivo, sugerem preparações galênicas apropriadas para a proteção do ativo contra o suco gástrico.

O harpagosídeo é biotransformado em aucubina B através da flora fecal e das bactérias isoladas da flora.

Farmacodinâmica

O extrato de Harpagophytum procumbens é utilizado há muito tempo para inúmeras condições clínicas, principalmente como anti-inflamatório, analgésico, antirreumático, para o tratamento de dores articulares moderadas e lombalgia baixa aguda.

As atividades anti-inflamatórias, analgésica e antirreumática do extrato de Harpagophytum procumbens e do harpagosídeo foram muito investigadas através de diversos estudos in vitro e in vivo.

O principal constituinte químico contido no extrato de Harpagophytum procumbens, e o principal responsável pelos efeitos terapêuticos, é o harpagosídeo, que mostrou ter ação na inibição da síntese de leucotrienos e parece estar relacionado com a inibição da lipooxigenase.

No entanto, alguns estudos sugerem que o extrato total de Harpagophytum procumbens possui maior atividade que o extrato com harpagosídeo isolado, pois os vários constituintes presentes no extrato podem agir sinergicamente ao harpagosídeo para exercer as atividades terapêuticas. Há dados de que o efeito sinérgico dos betasitosteróis, presentes no extrato, exerce inibição da síntese de prostaglandina.

Estudos relatam diminuição da atividade anti-inflamatória do extrato ao passar pelo estômago, portanto sugerem a necessidade de preparações galênicas com proteção à ação gástrica.

Autores relatam que produtos a base de Harpagophytum procumbens têm sido utilizados como alternativa ao uso de analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), por possuir igual ou superior eficácia e por acarretar menos efeitos adversos. Estes estudos indicam que Harpagophytum procumbens provavelmente não atua por um mecanismo similar aos AINHs, inibindo a biossíntese de prostaglandinas, e isto sugere, portanto, que Harpagophytum procumbens não possui os efeitos irritativos gastrointestinais comuns aos AINHs.

Toxicologia

O extrato aquoso e etanólico de Harpagophytum procumbens e os compostos isolados harpagosídeo e harpagídeo demonstram toxicidade muito baixa em estudos de toxicidade aguda e subaguda realizados com ratos. Em camundongos macho e fêmea o DL50 oral do Harpagophytum procumbens foi maior que 13,5 g/kg. O DL50 intraperitoneal dos compostos isolados em camundongos foi 1g/kg para harpagosídeo e maior que 3,2g/kg para harpagídeo.

Há relatos que o harpagosídeo seja altamente tóxico por via intravenosa.

Em estudos de toxicidade subaguda não foram encontrados achados patológicos significantes, hematológicos ou macroscópicos, após 21 dias de tratamento oral com 7,5 g/kg de Harpagophytum procumbens.

Não foram observados efeitos hepatotóxicos com respeito ao peso do fígado ou aos níveis de proteína microssomal e enzimas hepáticas após 7 dias de tratamento oral com 2,0g/kg.

Devido à ausência de estudos de toxicidade crônica e uma possível cardioatividade, deve-se evitar o uso excessivo.

Toxicidade sobre a reprodução:

Não há dados disponíveis.

Genotoxicidade / Carcinogenicidade:

Não há dados disponíveis.

Como devo armazenar o Garra do Diabo Herbarium?

Garra do Diabo Herbarium deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30ºC) em sua embalagem original.

Proteger da luz e da umidade.

Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa no cartucho.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Para sua segurança, guarde o produto na embalagem original.

Características físicas

Comprimidos de cor bege.

Características organolépticas

Cheiro (odor) característico e praticamente não apresenta sabor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Este produto deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Garra do Diabo Herbarium

MS: 1.1860.0035

Farmacêutica resp.:
Gislaine B. Gutierrez
CRF-PR nº 12423

Fabricado e Distribuído por:
Herbarium Laboratório Botânico Ltda. 
Av. Santos Dumont, 1100
CEP 83403-500
Colombo - PR
CNPJ 78.950.011/0001-20
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Harpagophytum procumbens


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 8 de Dezembro de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 8 de Dezembro de 2023.

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