Defina sua localização

Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.


Bula do Frangula purshiana

Princípio Ativo: Frangula purshiana

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 20 de Maio de 2020.

Frangula purshiana, para o que é indicado e para o que serve?

Frangula purshiana é indicada para casos de constipação ocasional.

Quais as contraindicações do Frangula purshiana?

  • Casos de constipação crônica, abdômen agudo, dor abdominal, obstrução intestinal, processos ulcerosos do trato digestivo, doenças inflamatórias intestinais agudas (colites, Doença de Chron), esofagite por refluxo, transtornos hidroeletrolíticos, íleo paralítico, cólon irritável, diverticulite, doença diverticular, apendicite e nefrite;
  • Estados inflamatórios uterinos, menstruação, cistites e quando houver hemorroida;
  • Insuficiência renal, hepática e cardíaca;
  • Hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

Como usar o Frangula purshiana?

As cápsulas devem ser ingeridas inteiras e com uma quantidade suficiente de água para que possam ser deglutidas.

Posologia do Frangula purshiana


Ingerir duas cápsulas, uma vez ao dia, no meio da tarde ou antes de dormir.

Este medicamento não deve ser utilizado por mais de uma semana.

A dose diária não deve ultrapassar duas cápsulas ao dia.

Utilizar apenas a via oral. O uso deste medicamento por outra via, que não a oral, pode causar a perda do efeitos esperados ou mesmo promover danos ao seu usuário.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Frangula purshiana maior do que a recomendada?

Pode haver perda de eletrólitos, em especial de potássio, o que pode ocasionar complicações em cardiopatas, bem como nos pacientes com esteatorreia leve e na enteropatia perdedora de proteínas. Forte efeito purgante pode ocorrer.

O tratamento da superdose é importante, principalmente para crianças e idosos, devendo ser acompanhado com grandes quantidades de água.

Em caso de superdosagem, suspender a medicação imediatamente. Recomenda-se tratamento de suporte sintomático pelas medidas habituais de apoio e controle das funções vitais.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Frangula purshiana com outros remédios?

  • A perda de potássio, resultante do uso prolongado da F. purshiana, pode potencializar a toxicidade dos digitálicos e as arritmias quando Frangula purshiana é administrada concomitantemente com drogas antiarrítmicas.
  • A interação da F. purshiana com diuréticos tiazídicos, esteroides corticoadrenais e raiz de Glycyrriza glabra pode aumentar essa deficiência de potássio.
  • A indometacina e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) podem ter seu efeito diminuído quando administrados com a F. purshiana, devido à inibição da prostaglandina E2.
  • Certos constituintes da F. purshiana são excretados pelos rins, podendo tornar a urina alaranjada. Pode haver alterações bioquímicas nos exames laboratoriais.

Qual a ação da substância do Frangula purshiana?

Resultados de Eficácia


A efetividade e aceitabilidade de três regimes de esvaziamento intestinal foram determinadas em 271 pacientes de colonoscopia. Uma preparação de F. purshiana combinada com enema, uma solução de eletrólitos de polietilenoglicol ou um regime de Frangula purshiana foram administrados. Não houve diferenças clínicas importantes entre as três preparações.

Referências:

BORKJE, B.; PEDERSEN, R.; LUND, G. M.; ENEHAUG, J. S.; BERSTAD, A. Effectiveness and acceptability of three bowel cleansing regimens. Scand. J. Gastroenterol. 26(2):162-166, 1991.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O extrato de F. purshiana é constituído por compostos antraquinônicos (6 a 9%), presentes principalmente como C-heterosídeos (cascarosídeos A e B), compostos livres (ácido crisofânico, emodol e aloe emodina-antrona) e O-heterosídeos (derivados da emodina: emodina-antrona). Outros compostos também podem estar presentes como taninos, sais minerais, ácidos graxos (linoleico, mirístico e siríngico), resinas, ácido málico, dentre outros. O seu efeito laxante ocorre devido principalmente aos glicosídeos antraquinônicos e cascarosídeos A-D. Após a administração oral da casca de F. purshiana, os glicosídeos antraquinônicos não são absorvidos no intestino delgado, mas são hidrolisados no cólon pelas bactérias intestinais, formando os metabólitos ativos. Esses metabólitos são parcialmente absorvidos no cólon e agem como estimulantes e irritantes do trato gastrointestinal. Primeiro, ocorre um estímulo da motilidade do cólon, resultando num aumento da propulsão e aceleração do trânsito fecal pelo cólon, o que reduz a absorção de fluidos do bolo fecal. Em seguida, ocorre um aumento na permeabilidade paracelular através da mucosa do cólon, provavelmente devido à inibição dos canais de cloro. Esse aumento da permeabilidade resulta no aumento da água no cólon.

O tempo estimado para início da ação deste medicamento é de 6 a 8 horas após a sua administração. Os glicosídeos hidroxiantracênicos são excretados predominantemente nas fezes, mas também são excretados na urina, produzindo uma coloração alaranjada. Antronas e antranóis também passam para o leite materno.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Cáscara Sagrada Herbarium.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 20 de Maio de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 20 de Maio de 2020.

Usamos cookies para melhorar sua experiência na CR. Consulte mais informações em nossa Política de Privacidade.