Bula do Flufenazina
Princípio Ativo: Flufenazina
Flufenazina, para o que é indicado e para o que serve?
Comprimido
O Flufenazina está indicado no controle das desordens psicóticas. É também indicado no monitoramento da esquizofrenia, estados maníacos e outras psicoses. É não somente útil no ambiente hospitalar, mas devido à sua ação duradoura, na terapêutica prolongada de manutenção dos pacientes com psicoses crônicas que podem ser tratados em ambulatório.
É utilizado também como adjunto de antidepressivos tricíclicos para tratamento de alguns pacientes em estado crônico de dor, como pacientes com síndrome de abstinência de narcóticos e tratamento de sintomas de diabete neuropática.
Injetável
O Flufenazina é indicado para o tratamento de perturbações mentais, sendo particularmente útil na terapêutica de manutenção de pacientes crônicos e naqueles que tomam fenotiazínicos em quantidade inadequada.
Quais as contraindicações do Flufenazina?
Os fenotiazínicos são contraindicados em pacientes em estados comatosos e em estados deprimidos por ação de depressores do SNC.
É contraindicado em doentes com lesões cerebrais subcorticais suspeitas ou estabelecidas, com ou sem lesão hipotalâmica, pelo risco de desenvolvimento de hipertermia com temperaturas superiores a 40° C que poderão ocorrer até 14 a 16 horas após a administração do fármaco. Em pacientes com arteriosclerose cerebral acentuada, insuficiência cardíaca grave, lesões renais ou retenção urinária. Compostos de fenotiazina não devem ser administrados em doentes que recebem grandes doses de hipnóticos por possibilidade de potencialização.
Flufenazina não é recomendada para o tratamento de estados de ansiedade e tensão ou confusão e agitação em pacientes geriátricos, em pacientes comfeocromocitoma, insuficiência cerebrovascular ou renal ou deficiência de reserva cardíaca severa como na insuficiência mitral, bem como em pacientes que exibiram idiossincrasia para outros fármacos de ação central. Estes pacientes podem sofrer reações graves a compostos fenotiazínicos e são particularmente propensos a reações hipotensivas.
O dicloridrato de Flufenazina não deve ser utilizado em pacientes com discrasia sanguínea, depressão da medula óssea e em presença de lesão hepática.
Está contraindicado em pacientes que mostrem hipersensibilidade à Flufenazina ou aos componentes da fórmula; Pode ocorrer sensibilidade cruzada a outras fenotiazinas.
Este medicamento é contraindicado para o uso em pacientes com danos subcorticais, discrasia sanguinea, danos renais ou hepáticos, doença de Parkison e hipersensibilidade aos componentes da fórmula do Flufenazina.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como usar o Flufenazina?
Comprimido
É necessário um tratamento contínuo para alcançar os benefícios terapêuticos máximos. Podem ser necessários ajustes na dose durante o tratamento de acordo com as necessidades de cada paciente.
A menor dose que produza os resultados desejados deve ser cuidadosamente determinada para cada indivíduo, uma vez que os níveis de dose ótima deste fármaco variam de paciente para paciente. O tratamento é melhor instituído com uma dose inicial baixa, que pode ser aumentada, se necessário, até que os efeitos clínicos desejados sejam alcançados.
Dose usual em Adultos e Adolescentes, para Desordens Psicóticas
Dose Inicial
Por via oral de 2,5 a 10 mg ao dia, dividindo as doses entre 6 a 8 horas, devendo ser aumentada gradualmente conforme a necessidade e tolerância.
Dose de Manutenção
Via oral de 1 a 5 mg por dia em dose única ou dividida.
Observação: Pacientes fragilizados ou debilitados requerem uma dose inicial baixa, de 1 a 2,5 mg diária, podendo a dose ser aumentada gradualmente conforme a necessidade e a tolerância.
Limite Usual para Adultos
Até 20 mg ao dia
Dose Usual Geriátrica, para Desordens Psicóticas
Pacientes idosos ou debilitados devem começar o tratamento com doses baixas, de 1 a 2,5 mg ao dia, podendo aumentar a dose gradualmente conforme a necessidade e tolerância.
A administração da dose adequada deve ser continuada por um período de tempo somente para obtenção dos benefícios máximos. Quando a resposta terapêutica é obtida, a dose pode ir sendo diminuída gradualmente até uma dose de manutenção eficaz.
É necessário um tratamento contínuo para alcançar os benefícios terapêuticos máximos. Podem ser necessários ajustes na dose durante o tratamento de acordo com as necessidades de cada paciente.
Com uma monitorização cuidadosa da dose somente 10% dos pacientes podem necessitar de fármacos antiparkinsonianos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Injetável
A administração deve ser preferencialmente por via intramuscular pelo fato de o produto conter veículo oleoso.
Recomenda-se a administração com cautela se for o primeiro episódio de tratamento injetável, considerando-se o risco de reação alérgica ao veículo oleoso da formulação injetável.
A administração deve ser lenta e profunda no quadrante superior das nádegas. Após a injeção o paciente deve permanecer deitado por cerca de 30 minutos para prevenir possíveis efeitos hipotensivos.
Recomenda-se a estabilização das doses da formulação injetável em ambiente hospitalar.
Doses recomendadas
Paciente sem prévia exposição às formulações de Flufenazina depot
Inicialmente 0,5 mL, ou seja, 12,5 mg (0,25 mL, ou seja, 6,25 mg para pacientes com mais de 60 anos de idade) por injeção preferencialmente intramuscular profunda na região glútea ou injeção subcutânea.
O início da ação aparece geralmente entre 24 e 72 horas após a injeção e os efeitos do fármaco sobre os sintomas psicóticos tornam-se significativos dentro de 48 a 96 horas. As injeções subsequentes e o intervalo de dose são determinados de acordo com a resposta do paciente (necessidades e tolerância).
Quando administrado como tratamento de manutenção, uma única injeção pode ser eficaz no controle de sintomas esquizofrénicos por até quatro semanas ou mais.
Pacientes previamente mantidos em Flufenazina oral
Não é possível prever a dose equivalente de formulação de depósito tendo em conta a grande variabilidade da respostaindividual. Na substituição da apresentação oral para depot, deve-se considerar o risco no manejo de eventos adversos da administração injetável, especialmente se tratando de primeiros episódios de tratamento.
Para doses maiores que 50 mg, os aumentos devem ser realizados cuidadosamente com incrementos de 12,5 mg. O limite da Dose Adulto é de até 100 mg por dose.
A dose não deve ser aumentada sem uma supervisão cuidadosa, devendo-se considerar uma variabilidade individual na resposta. A resposta ao tratamento com fármacos antipsicóticos pode ser retardada. Se os fármacos forem retirados, a recorrência dos sintomas pode não se tornar aparente durante várias semanas ou meses.
É desejável o manejo flexível na dose, orientando-se pela melhor resposta terapêutica com menor frequência de eventos adversos.
Paciente com prévia exposição às formulações de Flufenazina depot
Pacientes que sofreram uma recaída após o término de tratamento com a Flufenazina de depósito (depot) podem reiniciar o tratamento com a mesma dose, embora possa ser necessário o aumento da frequência das injeções nas primeiras semanas de tratamento até se obter um controle satisfatório.
Idosos
Pacientes idosos podem ser particularmente susceptíveis a reações extrapiramidais, efeitos sedativos e hipotensivos. Para evitar isso, pode ser necessária uma dose de manutenção reduzida e uma dose inicial menor.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Flufenazina com outros remédios?
Comprimido
Associações contraindicadas
- Levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e dos neurolépticos. Em caso de tratamento com neurolépticos, não tratar a síndrome extrapiramidal com a levodopa, pois vai inibir a parte ativa dos neurolépticos, e sim utilizar um anticolinérgico. Em parkinsonianos tratados com levodopa, em caso de necessidade de tratamento com neuroléptico, não é lógico prosseguir a dopaterapia, pois esta agrava os problemas psicóticos e não pode agir sobre os receptores bloqueados pelo neuroléptico.-Por ação aditiva no aumento de intervalo QTc são contraindicados os antiarrítmicos (ex: sotalol, amiodarona, disopiramida, quinidina, ibutilida e procainamida), antagonistas de receptores H1 da histamina (ex: astemizol, terfenadina); agonistas dos receptores da serotonina (ex: cisaprida); alguns diuréticos (ex: indapamida); antipsicóticos (ex pimozida, droperidol).
Não utilizar concomitante à metrizamida, devido ao risco de convulsões. Descontinuar a fenotiazina 48 horas antes e não reiniciar até 24 horas depois da mielografia.
Associações desaconselháveis
- Álcool: o álcool aumenta os efeitos sedativos dos neurolépticos. A alteração da vigilância pode ser perigosa para a condução de veículos e utilização de máquinas. Evite o uso de bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham álcool.
- Guanitidina e seus derivados: inibição do efeito anti-hipertensor da guanitidina (inibição da entrada de guanitidina nas fibras simpáticas do local de ação). Utilizar outro anti-hipertensor.
- Lítio: síndrome confusional, algumas vezes com aumento rápido da litemia.
- Sultoprida: risco maior de problemas de ritmia ventricular, em particular, pontadas no dorso, pela adição de efeitos eletropsicológicos.
Associações que necessitam precauções
- Sais, óxidos e hidróxidos de magnésio, alumínio e cálcio (tópicos gastrintestinais): diminuição da absorção digestiva dos neurolépticos fenotiazínicos. Suspender o uso de gastrintestinais tópicos se possível mais de 2 horas antes da administração do neuroléptico fenotiazínico.
Flufenazina aumenta a toxicidade do ácido aminolevulínico e metilaminolevulinato por sinergismo farmacodinâmico.
Pode ocorrer efeito aditivo no aumento do intervalo QTc, quando a Flufenazina é administrada concomitantemente com: antidepressivos tricíclicos (ex: amitriptilina), opiodes (ex: apomorfina), trióxido de arsênio, artemeter/lumefantrina, claritromicina, eritromicina, fluconazol, epinefrina, formoterol, itraconazol, cetoconazol, moxifloxacina, inibidores da tirosinoquinase (ex: nilotiniba); análogos da somatostatina (ex: octreotideo), alguns antieméticos (ex: ondansetrona, prometazina) e inibidores de protease (ex: saquinavir). Deve-se manter extrema precaução quando o vilanterol for coadministrado com fármacos que prolongam o intervalo QTc, pois efeitos agonistas adrenérgicos no sistema cardiovascular podem ser potencializados (ex: brometo de umeclidinio + trifenanato de vilanterol e furoato de fluticasona + trifenatato de vilanterol).
O uso concomitante de Flufenazina reduz o efeito das seguintes medicações: bromocriptina, cabergolina, dopamina, levodopa, lisurida, metildopa, pramipexol, ropinirol e yohimbe.
Fluoxetina e paroxetina podem aumentar o efeito da Flufenazina por ação em metabolismo da enzima hepática CYP2D6.
Pode ocorrer sinergismo farmacodinâmico com a coadministração com outros depressores do SNC, tais como relaxantes do músculo esquelético, podendo resultar em depressão respiratória, hipotensão, sedação profunda, coma e / ou morte.
Associações que devemos ter cautela e necessária monitorização
- Anti-hipertensivos (todos): efeito anti-hipertensivo e risco de hipotensão ortostática maior (efeito aditivo). Para guanitidina, conforme indicado acima.
- Outros depressores do SNC: derivados morfínicos (analgésicos e antitussígenos), a maioria dos anti-histamínicos H1, barbitúricos, benzodiazepínicos, ansiolíticos não benzodiazepínicos, clonidina e seus derivados. O aumento da depressão central, tendo conseqüências importantes no caso da conduta de veículos e utilização de máquinas.
- Atropina e outras substâncias atropínicas: os antidepressivos imipramínicos, a maioria dos anti-histamínicos H1, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos e disopiramida, adição dos efeitos indesejáveis atropínicos, retenção urinária, constipação e secura na boca.
- Uso concomitante de combinações anticolinérgicas/sedativas que podem reduzir os níveis de Flufenazina por inibição de absorção gastrintestinal. Outras medicações que necessitam cautela na coadministração: derivados de beladona, cafeína, dasatinibe, romidepsina, escopolamina, sorafenibe, imatinibe.
- Pode ocorrer aumento de sedação com os seguintes medicamentos: carbinoxamina, dantroleno, dobutamina, efedrina, propofol, sevoflurano, tramadol.
- O uso de cigarro pode reduzir o nível de Flufenazina.
- Concomitância com clonidina pode apresentar efeito hipotensor aditivo e potencial para delírio.
- A Flufenazina pode aumentar o nível ou o efeito do zolpidem por sinergismo farmacodinâmico.
Algumas insulinas apresentam efeito reduzido na concomitância de Flufenazina.
Injetável
Associações contraindicadas
- Levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e dos neurolépticos. Em caso de tratamento com neurolépticos, não tratar a síndrome extrapiramidal com a levodopa, pois esta irá inibir a parte ativa dos neurolépticos. Utilizar um anticolinérgico.
Em parkinsonianos tratados com levodopa, em caso de necessidade de tratamento com neuroléptico, não é lógico prosseguir a dopaterapia, pois esta agrava os problemas psicóticos e não pode agir sobre os receptores bloqueados pelo neuroléptico. Por ação aditiva no aumento de intervalo QTc são contraindicados os antiarrítmicos (ex: sotalol, amiodarona, disopiramida, quinidina, ibutilida e procainamida), antagonistas de receptores H1 da histamina (ex: astemizol, terfenadina); agonistas dos receptores da serotonina (ex: cisaprida); alguns diuréticos (ex: indapamida); antipsicóticos (ex pimozida, droperidol).
Não utilizar concomitante à metrizamida, devido ao risco de convulsões. Descontinuar a fenotiazina 48 horas antes e não reiniciar até 24 horas depois da mielografia.
Associações desaconselháveis
- Álcool: o álcool aumenta os efeitos sedativos dos neurolépticos. A alteração da vigilância pode ser perigosa para a condução de veículos e utilização de máquinas. Evite o uso de bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham álcool.
- Guanitidina e seus derivados: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanitidina (inibição da entrada de guanitidina nas fibras simpáticas do local de ação). Utilizar outro anti-hipertensivo.
- Lítio: síndrome confusional, algumas vezes com aumento rápido da litemia.
- Sultoprida: risco maior de problemas de arritmia ventricular, em particular, pontadas no dorso, pela adição de efeitos eletropsicológicos.
Associações que necessitam precauções
- Sais, óxidos e hidróxidos de magnésio, alumínio e cálcio (tópicos gastrintestinais): diminuição da absorção digestiva dos neurolépticos fenotiazínicos. Suspender o uso de gastrintestinais tópicos se possível mais de 2 horas antes da administração do neuroléptico fenotiazínico.
Flufenazina aumenta a toxicidade do ácido aminolevulínico e metilaminolevulinato por sinergismo farmacodinâmico.
Pode ocorrer efeito aditivo no aumento do intervalo QTc, quando a Flufenazina é administrada concomitantemente com: antidepressivos tricíclicos (ex: amitriptilina), opiodes (ex: apomorfina), trióxido de arsênio, artemeter/lumefantrina, claritromicina, eritromicina, fluconazol, epinefrina, formoterol, itraconazol, cetoconazol, moxifloxacina, inibidores da tirosinoquinase (ex: nilotiniba); análogos da somatostatina (ex: octreotideo), alguns antieméticos (ex: ondansetrona, prometazina) e inibidores de protease (ex: saquinavir).
Deve-se manter extrema precaução quando o vilanterol for coadministrado com fármacos que prolongam o intervalo QTc, pois efeitos agonistas adrenérgicos no sistema cardiovascular podem ser potencializados (ex: brometo de umeclidinio + trifenanato de vilanterol e furoato de fluticasona + trifenatato de vilanterol).
O uso concomitante de Flufenazina reduz o efeito das seguintes medicações: bromocriptina, cabergolina, dopamina, levodopa, lisurida, metildopa, pramipexol, ropinirol e yohimbe.
Fluoxetina e paroxetina podem aumentar o efeito da Flufenazina por ação em metabolismo da enzima hepática CYP2D6.
Pode ocorrer sinergismo farmacodinâmico com a coadministração com outros depressores do SNC, tais como relaxantes do músculo esquelético, podendo resultar em depressão respiratória, hipotensão, sedação profunda, coma e / ou morte.
Associações que devemos ter cautela e necessária monitorização
- Anti-hipertensivos (todos): efeito anti-hipertensivo e risco de hipotensão ortostática maior (efeito aditivo). Para guanitidina, conforme indicado acima.
- Outros depressores do SNC: derivados morfínicos (analgésicos e antitussígenos), a maioria dos anti-histamínicos H1, barbitúricos, benzodiazepínicos, ansiolíticos não benzodiazepínicos, clonidina e seus derivados. O aumento da depressão central, tendo consequências importantes no caso da conduta de veículos e utilização de máquinas.
- Atropina e outras substâncias atropínicas: os antidepressivos imipramínicos, a maioria dos anti-histamínicos H1, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos e disopiramida, adição dos efeitos indesejáveis atropínicos, retenção urinária, constipação e secura na boca.
- Uso concomitante de combinações anticolinérgicas/sedativas que podem reduzir os níveis de Flufenazina por inibição de absorção gastrintestinal. Outras medicações que necessitam cautela na coadministração: derivados de beladona, cafeína, dasatinibe, romidepsina, escopolamina, sorafenibe, imatinibe.
- Pode ocorrer aumento de sedação com os seguintes medicamentos: carbinoxamina, dantroleno, dobutamina, efedrina, propofol, sevoflurano, tramadol.
- O uso de cigarro pode reduzir o nível de Flufenazina.
- Concomitância com clonidina pode apresentar efeito hipotensor aditivo e potencial para delírio.
- A Flufenazina pode aumentar o nível ou o efeito do zolpidem por sinergismo farmacodinâmico.
Algumas insulinas apresentam efeito reduzido na concomitância de Flufenazina.
Qual a ação da substância do Flufenazina?
Resultados de Eficácia
Comprimido
Em um estudo randomizado e duplo-cego foi analisado a melhora clínica de 41 pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos agudos tratados por 28 dias com 10, 20 ou 30 mg/dia de cloridrato de Flufenazina oral. Houve melhora significativa nos quatro fatores da Escala de Avaliação Psiquiátrica Breve (BPRS): perturbação do pensamento, hostilidade, retardo do retraimento afetivo e depressão ansiosa.1
Outro estudo comparativo mostrou que a Flufenazina produz mudanças mais visíveis e parece possuir maior efeito estimulante, melhorando a disposição dos pacientes, diminuindo a apatia e aumentando a comunicação e a produtividade. A Flufenazina demonstrou também possuir efeito mais prolongado quando comparado a outro fenotiazínico.2
Publicação de série de casos com 61 pacientes psiquiátricos crônicos tratados ambulatorialmente com Flufenazina e psicoterapia demonstrou, segundoos autores, resultados satisfatórios em 44 (72%) dos 61 pacientes. Para a avaliação da melhora os autores consideraram não apenas o grau de sintomas, mas também as mudanças objetivas observadas em suas reações familiares e em sociedade, permitindo ao paciente o controle dos sintomas e viver confortavelmente em seu ambiente familiar e de trabalho.3
Estudo de Davis et al (1977) avaliou a combinação de cloridrato de amitriptilina e cloridrato de Flufenazina em pacientes portadores de neuropatiaperiférica diabética e que responderam mal aos padrões de tratamento. Os autores reportaram o alívio da dor dentro de dois a cinco dias após o tratamento com cloridrato de Flufenazina, cloridrato de amitriptilina ou uma combinação dos dois.4
Referências Bibliográficas:
1. Levinson DF, Singh H, Simpson GM. Timing of Acute Clinical Response to Fluphenazine. British Journal of Psychiatry. 1992; 160:365-371.
2. Howell RJ, Brown HM, Beaghler HE. A Comparison of Fluphenazine, Trifluoperazine and Placebo in the Context of an Active Treatment Unit. Journal of Nervous e Mental Disease. 1961; 132 (6): 522-530.
3. McLaughlik BE. Long-Term Management of Outpatients With Refractory Psychiatric Illnesses. Psychosomatics. 1966; 7 (6): 357- 363.
4. Davis JL, Lewis SB, Gerich JE, Kaplan RA, Schultz TA, Wallin JD. Peripheral diabetic neuropathy treated with amitriptyline and fluphenazine. JAMA. 1977; 238(21):2291-2.
Injetável
Os antipsicóticos injetáveis de ação prolongada são uma estratégia farmacológica para o tratamento de pacientes com esquizofrenia que poderiam recair em decorrência da não aderência aos antipsicóticos.
Oliveira JM et al revisaram a literatura sobre medicação depot e apresentaram dados referentes à adesão ao tratamento e necessidade de hospitalizações entre os pacientes que receberam enantato de Flufenazina em regime ambulatorial no Hospital Espírita de Pelotas. Um total de 100 pacientes participou do estudo e 66 ainda permaneciam recebendo aformulação depot ao término do estudo. Destes, 40 pacientes (61%) apresentavam boa adesão. Segundo os autores, os pacientes com boa adesão apresentaram menor número de hospitalizações em comparação com aqueles com má adesão e com aqueles que não estavam em tratamento. Os autores concluem que antipsicóticos em apresentação depot são úteis em psiquiatria, principalmente quando o tratamento com posologia diária é impossibilitada ou indesejada.1
Estudo duplo cego, cruzado, comparando Flufenazina oral e enantato de Flufenazina em 43 pacientes esquizofrênicos hospitalizados, demonstrou que ambos são medicamentos eficazes. Na avaliação apenas da pontuação total de escala de avaliação, a Flufenazina foi estatisticamente superior ao enantato de Flufenazina, entretanto através da análise da impressão clínica global demostrou-se superioridade para o enantoato de Flufenazina. Poucos pacientes necessitaram de medicação anti-parkinsoniana durante o período do estudo.2
Em estudo sobre a eficácia relativa de três braços de tratamentos em 46 pacientes com psicose aguda recentemente hospitalizados, o enantato de Flufenazina, isolado ou em combinação com a clorpromazina, provou ser significativamente mais eficaz do que a clorpromazina isolada.3
Keskiner et al avaliaram a eficácia e segurança das formulações depot de fuflenazina, concluindo pela efetividade similar e utilidade no tratamento de manutenção. Segundo a conclusão dos autores as formulações depot não são apenas importantes contribuições para o manejo de pacientes psicóticos “floridos”, mas representam um auxílio essencial à fase de manutenção do tratamento de pacientes hospitaliados e em regime ambulatorial.4
Referências Bibliográficas
1. Oliveira JM et al. Adesão ao tratamento e hospitalizações entre pacientes que realizam aplicações de Flufenazina Depot. R. Psiquiatr. RS. 2003; 25(2): 312-317.
2. Haider I. A Controlled Trial of Fluphenazine Enanthate in Hospitalized Chronic Schizophrenics. Brit. J. Psychiat. 1968; 114: 837-841.
3. Chien CP, Cole J. Depot Phenothiazine Treatment in Acute Psychosis: A Sequential Comparative Clinical Study. Am J Psychiatry. 1973; 130 (1): 13- 18.
4. Keskiner A et al. Fluphenazine Enanthate and Fluphenazine Decanoate: A Comparative Study in Chronic Schizophrenic Outpatients. Psychosomatics. 1969;10(1):42-5.
Características Farmacológicas
Comprimido
O dicloridrato de Flufenazina é um derivado fenotiazínico que difere dos outros fenotiazínicos em vários aspectos: é mais potente em uma base de miligramas, tem menor ação sedativa e menor efeito potencializador sobre os anestésicos e depressores do SNC.
Mecanismo de Ação
O dicloridrato de Flufenazina age sobre o hipotálamo, exercendo ação depressora sobre vários componentes do sistema ativador mesodiencefálico que envolve o controle do metabolismo basal e da temperatura corpórea, estado de vigília, tonicidade vasomotora, emese e balanço hormonal. Além disso, as fenotiazinas exercem um efeito periférico autônomo de grau variável. Entretanto, não se encontra completamente elucidado o local e modo de ação dos derivados fenotiazínicos.
No tratamento de distúrbios psicóticos, a Flufenazina, tal como outros derivados de fenotiazina, alivia muitos dos sintomas psicóticos, embora não altere substancialmente o processo psicótico básico. O medicamento se mostra particularmente eficaz na redução da hostilidade, ansiedade, agitação e hiperatividade; confusão, alucinações e delírios são afetados em menor grau. Em geral, o paciente psicótico torna-se mais cooperativo, menos retraído, mais adaptável às situações sociais e, mais acessível às medidas psicoterapêuticas ou outras não quimioterapêuticas.
Farmacodinâmica
Flufenazina tem forte ação extrapiramidal e fraca ação antiemética, anticolinérgica, hipotensiva e sedativa.
Farmacocinética
A ligação protéica é muito alta (90% ou mais). Tem biotransformação hepática. A eliminação é fundamentalmente renal e também biliar. Na diálise a Flufenazina não tem sucesso por causa da sua alta ligação protéica.
O início da ação antipsicótica é gradual (várias semanas) e varia entre pacientes. O efeito antipsicótico é realizado aproximadamente em 4 a 7 diasonde atinge a concentração plasmática. O pico do efeito terapêutico, pode levar de 6 semanas a 6 meses.
Injetável
A Flufenazina é um derivado fenotiazínico que difere dos outros fenotiazínicos em vários aspectos: é mais potente em uma base de miligramas, tem menor ação sedativa e menor efeito potencializador sobre os anestésicos e depressores do SNC.
Os efeitos básicos do enantanto de Flufenazina não parecem ser diferentes do cloridrato de Flufenazina, com exceção dasua duração de ação. A esterificação da Flufenazina prolonga acentuadamente a duração do efeito do fármaco sem atenuar indevidamente a sua ação benéfica.
Mecanismo de Ação
A Flufenazina age sobre o hipotálamo, exercendo ação depressora sobre vários componentes do sistema ativador mesodiencefálico que envolve o controle do metabolismo basal e da temperatura corpórea, estado de vigília, tonicidade vasomotora, emese e balanço hormonal. Além disso, as fenotiazinas exercem um efeito periférico autônomo de grau variável. Entretanto, não se encontra completamente elucidado o local e modo de ação dos derivados fenotiazínicos.
No tratamento de distúrbios psicóticos, a Flufenazina, tal como outros derivados de fenotiazina, alivia muitos dos sintomas psicóticos, embora não altere substancialmente o processo psicótico básico. O medicamento se mostra particularmente eficaz na redução da hostilidade, ansiedade, agitação e hiperatividade; confusão, alucinações e delírios são afetados em menor grau.
Em geral, o paciente psicótico torna-se mais cooperativo, menos retraído, mais adaptável às situações sociais e mais acessíveis às medidas psicoterapêuticas ou outras não quimioterapêuticas.
Flufenazina tem forte ação extrapiramidal e fraca ação antiemética, anticolinérgica, hipotensiva e sedativa.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Flufenan® (apresentação comprimido) e Flufenan® Depot (apresentação injetável).
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Fevereiro de 2020.