Fenilbutazona Cálcica (6)
Preço
Tipo de receita
- Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Classe terapêutica
- Anti-Reumáticos Não Esteroidais Puros
- Anti-inflamatórios Anti-Reumáticos
Forma farmacêutica
- Comprimido revestido
- Drágea
Categoria
- Anti-inflamatórios
- Artrite
- Artrose
- Gota
- Medicamentos
- Reumatismo
Dosagem
- 200mg
Fabricante
- Vitamedic
- Boehringer Ingelheim
Princípio ativo
- Fenilbutazona Cálcica
Tipo do medicamento
- Similar
- Novo
Quantidade
- 10 Unidades
- 20 Unidades
- 100 Unidades
Butazona Cálcica 200mg, caixa com 100 comprimidos revestidos
Boehringer Ingelheim
Fenilbutazona Cálcica
Butazona Cálcica 200mg, caixa com 10 comprimidos revestidos
Boehringer Ingelheim
Fenilbutazona Cálcica
Bula do Fenilbutazona Cálcica
Fenilbutazona Cálcica, para o que é indicado e para o que serve?
Fenilbutazona Cálcica é indicado para o tratamento de episódios de espondilite anquilosante, episódios agudos de gota e pseudogota e nos seguintes casos, quando não houver resposta satisfatória ao tratamento com outras substâncias antiinflamatórias não esteroides: exacerbações agudas de artrite reumatoide, osteoartrose e formas agudas de reumatismo extra-articular.
Informações além da bula: Fenilbutazona Cálcica
Quais as contraindicações do Fenilbutazona Cálcica?
Fenilbutazona Cálcica é contraindicado nos seguintes casos:
- Histórico ou sintomas de dispepsia ou inflamação gastrintestinal ou ulceração;
- Discrasia sanguínea (ou história pregressa de discrasia sanguínea);
- Diáteses hemorrágicas (trombocitopenia, distúrbios da coagulação sanguínea, terapia de longo prazo com anticoagulante);
- Insuficiência cardíaca grave, insuficiência renal ou hepática, ou insuficiência pulmonar, edema ou hipertensão, em que há risco da descompensação cardíaca;
- Doenças da tireoide;
- Hipersensibilidade aos derivados do pirazol;
- Síndrome de Sjögren;
- Polimialgia reumática ou arterite temporal;
- Último trimestre de gravidez.
Como outros agentes anti-inflamatórios não esteroides, o Fenilbutazona Cálcica é também contraindicado em pacientes nos quais os acessos de asma, urticária ou rinite aguda são desencadeados pelo ácido acetilsalicílico ou por outros medicamentos inibidores da prostaglandina-sintetase.
Tipo de receita
Como usar o Fenilbutazona Cálcica?
Recomenda-se uma posologia individualizada de Fenilbutazona Cálcica, conforme quadro clínico, idade do paciente e suas condições gerais. Deve ser utilizada a menor dose que seja eficaz.
Duração do tratamento
O tratamento não deverá exceder uma semana. Nos casos de tratamentos mais prolongados, devem ser tomados cuidados especiais.
Instruções para o uso
Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos inteiros, nas refeições, com um pouco de líquido.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Dosagem
As seguintes dosagens são recomendadas:
Doenças reumáticas
- Primeiros dias: dose diária de 2 a 3 comprimidos (400 mg a 600 mg), ao longo do dia;
- Após: dose diária de 1 comprimido (200 mg), que normalmente é suficiente.
Episódios agudos de gota
Nos primeiros dias do tratamento (de 1 a 3 dias): dose diária de 3 a 4 comprimidos (600 mg a 800 mg), em 2 a 3 tomadas ao dia.
Se necessário continuar o tratamento, a dose diária deve ser de 1 a 2 comprimidos (200 mg a 400 mg).
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Fenilbutazona Cálcica com outros remédios?
AINEs (anti-inflamatórios não esteroides), incluindo salicilatos, glicocorticoides e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
A administração concomitante de alguns AINEs e ISRS podem aumentar o risco de hemorragia gastrintestinal e úlcera. Assim, o uso concomitante de Fenilbutazona Cálcica com outro AINE ou ISRS deve ser evitado.
Metilfenidato
Quando a Fenilbutazona Cálcica é administrada simultaneamente com metilfenidato, a concentração sérica da oxifembutazona eleva-se e a meia-vida de eliminação da Fenilbutazona Cálcica é prolongada.
Esteroides anabolizantes
Durante o período de administração concomitante de esteroides anabólicos e Fenilbutazona Cálcica, eleva-se a concentração da oxifembutazona no soro.
Colestiramina
A administração simultânea de colestiramina reduz a absorção entérica da Fenilbutazona Cálcica.
Medicamentos que afetam o sistema enzimático dos microssomos hepáticos
Em pacientes previamente tratados com drogas que ativam o sistema enzimático dos microssomos hepáticos (por exemplo, barbitúricos, clorfenamina, rifampicina, prometazina e corticosteroides como a prednisona), a meia-vida de eliminação da Fenilbutazona Cálcica (normalmente cerca de 75 horas) é reduzida.
Por meio da indução de enzimas de microssomos hepáticos, a Fenilbutazona Cálcica pode acelerar o metabolismo de dicumarol, digitoxina e cortisona. Por outro lado, pode inibir a degradação metabólica da fenitoína e potencializar o efeito da insulina.
Medicamentos ligados a proteínas
Por deslocar competitivamente outras drogas de suas ligações proteicas, a Fenilbutazona Cálcica pode aumentar a atividade e a duração do efeito de outros fármacos como outros agentes anti-inflamatórios (ex: diclofenaco sódico e potássico, ibuprofeno), anticoagulantes orais (ex: varfarina), antidiabéticos orais (ex: glibenclamida, gliclazida, glipizida, clorpropamida), fenitoína e sulfonamidas.
Fenitoína, lítio
O uso concomitante de Fenilbutazona Cálcica com preparações com fenitoína ou lítio pode aumentar a concentração sérica dessas medicações. É necessário controlar a concentração sérica de lítio. O monitoramento da concentração sérica de fenítoina é recomendado.
Diuréticos, inibidores da ECA e antagonistas da angiotensina II
AINEs podem aumentar o efeito de diuréticos e de drogas anti-hipertensivas. A administração concomitante de Fenilbutazona Cálcica e diuréticos poupadores de potássio pode causa hipercalemia. É necessário monitorar a concentração sanguínea de potássio.
Anticoagulantes
AINEs podem aumentar o efeito de anticoagulantes como a varfarina. Dessa forma, é requerido o controle da coagulação sanguínea. O uso concomitante de Fenilbutazona Cálcica com anticoagulante em longo prazo é contraindicado.
Metotrexato
A Fenilbutazona Cálcica pode aumentar a concentração sanguínea e a toxicidade do metotrexato, resultando em morte por toxicidade gastrintestinal e hematológica grave (leucopenia, trombocitopenia, anemia, nefrotoxicidade, ulceração da mucosa).
Antidiabéticos orais e insulina
Com a administração concomitante de Fenilbutazona Cálcica, a potência ou duração do efeito de antidiabéticos orais e insulina pode aumentar levando ao risco de hipoglicemia. Assim, é recomendado o monitoramento dos níveis sanguíneos de glicose em caso de tratamento concomitante.
Interferência em testes laboratoriais
Fenilbutazona Cálcica desloca os hormônios tiroidianos de suas ligações com proteínas séricas e pode dessa forma, interferir na interpretação de provas da função da tireoide.
Qual a ação da substância do Fenilbutazona Cálcica?
Resultados de Eficácia
Espondilite anquilosante
Em um estudo randomizado, duplo-cego, com duração de 6 semanas, flurbiprofeno (150-200 mg por dia) e Fenilbutazona Cálcica (300-400 mg por dia) foram comparados no tratamento de 27 pacientes com espondilite anquilosante ativa. Apesar das duas drogas terem sido igualmente efetivas no alívio da dor e na sensibilidade das juntas afetadas, Fenilbutazona Cálcica mostrou uma tendência superior na melhora global subjetiva, quando foi avaliada pelo paciente e pelo investigador ao final do estudo. 1
Episódios agudos de gota
Foram avaliados 33 pacientes com episódios agudos de gota em um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, comparativo entre Fenilbutazona Cálcica e flurbiprofeno. Observou-se ao final do estudo que os pacientes em uso de Fenilbutazona Cálcica apresentaram resolução dos sintomas de crise aguda de gota (alívio da dor e retorno às atividades normais) em média, após 4,3 dias do início de tratamento. 2
Artrite reumatoide e osteoartose
Em estudo realizado com 90 pacientes, por um período de duas semanas, com o objetivo de avaliar a relação doseresposta da Fenilbutazona Cálcica, concluiu-se que a posologia de 300 mg/dia foi significativamente superior a de 50 mg/dia no alívio da dor em pacientes com artrite reumatoide. 3
40 pacientes com doença degenerativa de quadril ou joelho, comprovada radiologicamente, foram avaliados em estudo randomizado e alocados em quatro grupos distintos (Fenilbutazona Cálcica, narpoxeno, meclofenamato de sódio e placebo). A melhora global avaliada pelos pacientes que tomaram Fenilbutazona Cálcica foi de 56,8 % contra 10,0 % para o placebo, enquanto a melhora global avaliada pelo médico foi de 53,1 % para a Fenilbutazona Cálcica contra 8,3 % para o placebo. A redução da dor em relação ao início do estudo foi de 75 % para os pacientes que estavam em uso da Fenilbutazona Cálcica contra 20 % para os que estavam utilizando placebo (p <0,001). 4
Reumatismo extra-articular
Foram avaliados por um período de 14 dias, em um estudo multicêntrico, duplo-cego, 125 pacientes portadores de reumatismo extra-articular agudo (tendinite/ bursite). Os pacientes foram alocados em três grupos: Fenilbutazona Cálcica, oxaprozina e placebo e fizeram uso da medicação por uma semana. Após 7 dias de tratamento houve melhora estatisticamente significativa (p <0,05) em relação ao placebo na severidade da doença, dor e limitação de movimentos avaliados pelos pacientes e médico. 5
Referências Bibliográficas
1. Mena HR, Willkens RF. Treatment of ankylosing spondylitis with flurbiprofen or phenylbutazone. Eur J Clin Pharmacol. 1977 Apr 20;11(4):263-6.
2. Butler-R-C, Goddard-D-H, Higgens-C-S, Hollingworth-P, Scott-J-T, et-al. Double blind trial of flurbiprofen and phenylbutazone in acute gouty arthritis. Br-J-Clin-Pharmacol 20: 511-513,1985.
3. Brooks-P-M, Walker-J-J, Dick-W-C.Phenylbutazone: a clinico-pharmacological study in rheumatoid arthritis.Br-J-Clin-Pharmacol 2 (5): 437-42,1975.
4. Lopez-Sanchez-J, Yanez-Marchena-G.Meclofenamate sodium, phenylbutazone and naproxen in the treatment of degenerative joint disease. Report of a placebo controlled double blind clinical comparison.Arzneim-Forsch 33: 653-656, 1983.
5. Hubsher-J-A, Bono-R-F, Finkel-S, Goodman-H-F, Hanna-C-B, Rabinowitz-S, Sharon-E. Comparison of the efficacy and safety of oxaprozin (4,5-Diphenyl-2-Oxazole Propionic acid) and phenylbutazone versus placebo in the treatment of patients with acute tendinitis- bursitis. Clinical Research 30(4):806, 1982.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
Fenilbutazona Cálcica apresenta propriedades antirreumáticas, anti-inflamatórias, e antipiréticas. A Fenilbutazona Cálcica exerce ação uricosúrica, mas esse mecanismo não foi claramente estabelecido. No mecanismo de ação do Fenilbutazona Cálcica, a inibição da ciclo-oxigenase (prostaglandina-sintetase) representa o fator principal, restringindo a produção das prostaglandinas (principalmente as séries "E" e "F"), as quais participam do desenvolvimento de reações inflamatórias, dolorosas e febris. Em condições experimentais, a Fenilbutazona Cálcica também inibe as funções leucocitárias (quimiotaxia, liberação/atividade das enzimas lisossômicas).
Farmacocinética
Após administração oral, a Fenilbutazona Cálcica é rapidamente e completamente absorvida no trato gastrintestinal; as concentrações séricas máximas são atingidas em 2 horas, aproximadamente. As medidas das áreas sob as curvas das concentrações séricas mostram que, das doses administradas, 63% circulam no plasma como Fenilbutazona Cálcica não modificada, 23% como oxifembutazona e cerca de 2,5% na forma de outros hidroximetabólitos. A porcentagem de Fenilbutazona Cálcica ligada às proteínas séricas é de aproximadamente 98%. A Fenilbutazona Cálcica distribui-se no organismo, em diversos tecidos e líquidos; por exemplo, no líquido sinovial.
Sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 75 horas, sendo prolongada nos pacientes geriátricos para cerca de 105 horas. A Fenilbutazona Cálcica é extensamente metabolizada no fígado, sendo excretada quase inteiramente sob a forma de metabólitos: aproximadamente 61% pela urina (cerca de 40% como Cglicuronídeo de Fenilbutazona Cálcica e 10-15% como Cglicuronídeo de hidroxifenilbutazona) e cerca de 1/4 pelas fezes.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Butacid®.
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