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Bula do Estreptoquinase

Princípio Ativo: Estreptoquinase

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 11 de Março de 2021.

Estreptoquinase, para o que é indicado e para o que serve?

Estreptoquinase é indicado no tratamento de:

Administração sistêmica

  • Infarto agudo transmural do miocárdio (não mais que 12 horas) com elevação persistente do segmento ST ou recente bloqueio do ramo esquerdo;
  • Trombose venosa profunda (não mais que 14 dias);
  • Embolia pulmonar maciça aguda;
  • Trombose aguda e subaguda das artérias periféricas;
  • Doença arterial obstrutiva crônica (não mais que 6 semanas);
  • Oclusão de artéria ou veia central da retina (oclusões arteriais de não mais que 6 a 8 horas, oclusões venosas de não mais que 10 dias).

Administração Local

  • Infarto agudo do miocárdio para a reabertura dos vasos coronários (não mais que 12 horas);
  • Trombose aguda, subaguda e crônica, bem como embolia de veias periféricas e vasos arteriais.

Nota: Não há relatos sobre o resultado da terapia na administração fora das faixas de tempo indicadas acima.

Quais as contraindicações do Estreptoquinase?

Estreptoquinase não deve ser utilizado em casos de reações alérgicas graves à preparação.

Devido ao risco aumentado de hemorragia na terapia trombolítica, Estreptoquinase é contraindicado nas seguintes situações:

  • Hemorragia interna existente ou recente;
  • Todas as formas de coagulação sanguínea reduzida, em particular fibrinólise espontânea e distúrbios graves de coagulação;
  • Acidente cerebrovascular recente, cirurgia intracraniana ou intraespinhal;
  • Neoplasia intracraniana;
  • Trauma craniano recente;
  • Malformação arteriovenosa ou aneurisma;
  • Neoplasia conhecida com risco de hemorragia;
  • Pancreatite aguda;
  • Hipertensão arterial grave com valores sistólicos acima de 200 mm Hg e/ou diastólicos acima de 100 mm Hg ou alterações hipertensivas retinianas Grau III/IV;
  • Implantação recente de uma prótese de vaso sanguíneo;
  • Tratamento simultâneo com anticoagulantes orais (RNI> 1,3);
  • Danos graves no fígado ou nos rins;
  • Endocardite ou pericardite. Casos isolados de uma pericardite, diagnosticada de forma errada como infarto agudo do miocárdio e tratada com Estreptoquinase, resultaram em efusões pericárdicas incluindo tamponamento;
  • Tendência conhecida à hemorragia;
  • Cirurgias de grande porte recentes (6º ao 10º dia pós-operatório, dependendo da gravidade da intervenção cirúrgica);
  • Cirurgias invasivas, por exemplo, biópsia recente do órgão, massagem cardíaca com tórax fechado a longo prazo (traumática).

Na administração local também é possível um efeito sistêmico. Portanto, as contraindicações acima mencionadas também devem ser consideradas no caso da administração local.

Categoria C: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento não é indicado para menores de 18 anos de idade.

Como usar o Estreptoquinase?

Estreptoquinase é administrado por via intravenosa ou intra-arterial. A duração do tratamento depende da natureza e extensão da obstrução vascular e difere de acordo com a indicação.

Estreptoquinase é apresentado como um liofilizado branco. Após a reconstituição com solução fisiológica é obtida uma solução límpida, incolor a amarelada.

Para garantir que o conteúdo do frasco seja rápida e completamente reconstituído, 5 mL de solução salina fisiológica devem ser injetados no frasco de Estreptoquinase contendo vácuo e o vácuo residual eliminado soltando-se por um instante a agulha da seringa.

Para a administração com uma bomba de infusão, podem ser utilizados como diluentes: solução salina fisiológica, solução de Ringer-lactato, solução de glicose 5% ou solução de levulose. Para diluições maiores, especialmente quando é necessária uma boa estabilidade durante períodos prolongados, pode ser utilizada poligelina como diluente.

Posologia do Estreptoquinase


Nota: Quando a terapia trombolítica é necessária ou quando uma elevada concentração de anticorpos contra Estreptoquinase estiver presente, ou quando a terapia com Estreptoquinase foi administrada recentemente (mais de 5 dias e menos de um ano, previamente), fibrinolíticos homólogos devem ser utilizados.

Infarto agudo transmural do miocárdio com elevação persistente do segmento ST ou recente bloqueio do ramo esquerdo

Administração sistêmica

  • Na lise de curto prazo para o tratamento do infarto agudo do miocárdio, administrar 1.500.000 UI de Estreptoquinase dentro de 60 min.

Administração local

  • Em pacientes com infarto agudo do miocárdio é administrado, em média, um bolo intracoronário de 20.000 UI de Estreptoquinase e uma dose de manutenção de 2.000 UI a 4.000 UI por minuto durante 30 min. a 90 min.

Trombose aguda, subaguda e crônica / embolia de vasos arteriais e venosos periféricos e doença arterial obstrutiva crônica

Administração sistêmica

  • Na trombólise de curto prazo, adultos com obstruções de vasos arteriais e venosos periféricos / embolias recebem uma dose inicial de 250.000 UI de Estreptoquinase dentro de 30 min., seguido por uma dose de manutenção de 1.500.000 UI por hora ao longo de um período máximo de seis horas. A infusão por seis horas de Estreptoquinase pode ser repetida no dia seguinte, dependendo do sucesso terapêutico da lise. No entanto, a repetição do tratamento não deve, em hipótese alguma, ser realizada depois de 5 dias após a primeira aplicação.
  • Como uma alternativa para a lise de curto prazo, uma lise de longo prazo para o tratamento de oclusões periféricas pode ser considerada. Uma dose inicial de 250.000 UI de Estreptoquinase é administrada dentro de 30 min., seguida por uma dose de manutenção de 100.000 UI por uma hora. A duração do tratamento depende da extensão e localização da oclusão vascular. Na oclusão vascular periférica a duração máxima é de 5 dias.

Administração local

  • Pacientes com trombose aguda, subaguda ou crônica e embolia periférica recebem 1.000 UI a 2.000 UI de Estreptoquinase em intervalos de 3 a 5 min. A duração da administração depende da extensão e localização da oclusão vascular, totalizando em até 3 horas uma dose de, no máximo, 120.000 UI de Estreptoquinase.
  • A angioplastia transluminal percutânea pode ser realizada simultaneamente, se necessário.

Oclusões de artérias ou veias centrais da retina

Administração sistêmica

  • Em caso de trombose dos vasos centrais da retina, a lise de oclusões arteriais deve ser limitada ao máximo de 24 horas e de oclusões venosas ao máximo de 72 horas.
  • Se for indicada a continuação da trombólise devido a oclusões trombóticas extensas, a terapia deve ser interrompida por um dia, seguida pela administração de um fibrinolítico homólogo.

Dose para recém-nascidos, lactentes e crianças

  • Não há experiência suficiente do tratamento de crianças com Estreptoquinase. O benefício do tratamento deve ser avaliado em função dos riscos potenciais que podem agravar a situação de risco à vida.

Controle do tratamento

Administração sistêmica: Em caso de lise de curto prazo deve-se administrar heparina por seis horas durante ou após a infusão de Estreptoquinase, quando o tempo de trombina (TT) ou o tempo de tromboplastina parcial (TTPa) atingirem menos de duas ou 1,5 vezes o valor de referência normal, respectivamente. O TT e o TTPa devem ser prolongados para 2 a 4 vezes e 1,5 a 2,5 vezes o valor normal, respectivamente, a fim de assegurar uma proteção suficiente contra retrombose.

Se a infusão de Estreptoquinase não for repetida a terapia com heparina deve ser instituída simultaneamente com a administração de anticoagulantes orais.

A lise de longo prazo é controlada com o tempo de trombina (TT). Deve-se buscar um prolongamento do tempo de trombina (TT) de 2 a 4 vezes, considerado como uma proteção anticoagulante suficiente. Portanto, uma administração simultânea de heparina pode tornar-se necessária a partir da 16ª. hora do tratamento. Se o TT após a 16ª. hora ainda for prolongado por mais de 4 vezes o valor de referência normal, a dose de manutenção de Estreptoquinase deve ser dobrada por várias horas até que o TT retroceda.

Administração local

  • Comumente em angiografias, a heparina é administrada, se necessário, antes da angiografia como meio de proteção contra trombose induzida por cateter. O sucesso do tratamento pode ser determinado pela angiografia. Com um fluxo sanguíneo suficiente por mais de 15 minutos, a terapia pode ser considerada bem sucedida e, em seguida, finalizada.

Acompanhamento do tratamento

Depois de cada série da terapia com Estreptoquinase, um acompanhamento do tratamento com anticoagulantes ou inibidores da agregação plaquetária, pode ser instituído como uma prevenção da retrombose. Na terapia com heparina, em especial, deve-se considerar um risco aumentado de hemorragia. A terapia com heparina é controlada individualmente com o TT ou o TTPa. Deve-se buscar um prolongamento do TT de 2 a 4 vezes e do TTPa de 1,5 a 2,5 vezes. Para a profilaxia a longo prazo, anticoagulantes orais como, por exemplo, derivados da cumarina ou inibidores da agregação plaquetária podem ser usados.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Estreptoquinase maior do que a recomendada?

As conseqüências da administração de uma dose excessiva de Estreptoquinase não são conhecidas.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Estreptoquinase com outros remédios?

O tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (por exemplo, heparina) e substâncias que inibem a formação ou a função plaquetária (por exemplo, inibidores da agregação plaquetária, dextranas) pode aumentar o risco de hemorragia.

Antes de iniciar a lise sistêmica a longo prazo de trombose venosa profunda e oclusões arteriais com estreptoquinase, deve-se permitir que cessem os efeitos das drogas que agem sobre a formação ou função plaquetária.

Incompatibilidades

Não são conhecidas incompatibilidades.

Para posterior diluição da solução reconstituída, são recomendadas soluções especiais para infusão.

Qual a ação da substância do Estreptoquinase?

Resultados de Eficácia


A produção de Estreptoquinase altamente purificada promoveu a nível mundial o uso clínico da substância para iniciar e manter uma atividade fibrinolítica adequada.

A eficácia de Estreptoquinase no tratamento de doenças tromboembólicas foi estabelecida em investigações angiográficas amplas em numerosos estudos.

De acordo com "Consensus Development Conference" do Instituto Nacional de Saúde, E.U.A., a terapia trombolítica com Estreptoquinase pode atingir os objetivos de administração ideal como segue:

  • Lisar trombos e êmbolos e restaurar a circulação normal;
  • Normalizar os distúrbios hemodinâmicos e reduzir a morbidade;
  • Prevenir danos valvulares venosos e hipertensão venosa decorrente nas extremidades mais baixas;
  • Prevenir dano permanente do leito vascular pulmonar e reduzir a probabilidade de hipertensão pulmonar persistente.

Referências Bibliográficas

1 - WHITE, H.D. et al.: Effect of intravenous streptokinase on left ventricular function and early survival after acute myocardial infarction. N. Engl. J. Med,1987, 317: p.850-855.
2 - EMERAS Collaborative Group: Randomized trial of late thrombolysis in patients with suspected acute myocardial infarction. The Lancet, 1993, 8874: p.767-772.
3 - ISIS-2 Collaborative Group: Randomized trial of intravenous streptokinase, oral aspirin, both, or neither among 17.187 cases of suspected acute myocardial infarction: ISIS-2. The Lancet (1988), ii: p. 349-360.
4 - ISIS-3 Collaborative Group: ISIS-3 – a randomized comparison of streptokinase vs. tissue plasminogen activator vs. antistreplase and of aspirin plus heparin plus heparin vs. aspirin alone among 41.299 cases of suspected myocardial infarction. The Lancet, 1992, 339: p.753-770.

Características Farmacológicas


Estreptoquinase é uma proteína bacteriana altamente purificada extraída de filtrado de cultura de estreptococos beta-hemolíticos do Grupo C de Lancefield.

Propriedades Farmacodinâmicas

A ativação do sistema fibrinolítico endógeno é iniciada pela formação de um complexo estreptoquinase-plasminogênio.

Este complexo possui propriedades ativadoras e converte o plasminogênio em plasmina proteolítica e fibrinolítica ativa. Quanto mais o plasminogênio é ligado dentro deste complexo ativador, menos plasminogênio é deixado para ser convertido em sua forma enzimaticamente ativa.

Assim, altas doses de Estreptoquinase estão associadas a um menor risco de sangramento e vice-versa.

Após a administração intravenosa ou intra-arterial e neutralização do título individual de anticorpos antiestreptoquinase, a Estreptoquinase está imediatamente disponível sistemicamente ou localmente para a ativação do sistema fibrinolítico.

Propriedades Farmacocinéticas

Devido ao alto grau de afinidade e à rápida reação entre Estreptoquinase e anticorpos antiestreptoquinase, que possivelmente estão presentes no sangue dos pacientes, quantidades baixas de Estreptoquinase são eliminadas do sangue com uma meia-vida de 18 minutos. A meia-vida de eliminação da Estreptoquinase com base na formação do ativador é de cerca de 80 minutos.

A maior parte da Estreptoquinase é degradada a peptídeos e eliminada pelo intestino e rins.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Streptase.

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 11 de Março de 2021.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 11 de Março de 2021.

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