Bula do Duratocin
Princípio Ativo: Alfassebelipase
Classe Terapêutica: Indutores Do Parto Incluindo Oxitocinas
Duratocin, para o que é indicado e para o que serve?
Duratocin® está indicado para a prevenção da hemorragia pós-parto que pode ocorrer após o parto vaginal ou cesariana sob anestesia raquidiana ou peridural, devido à diminuição ou perda da capacidade de contração uterina.
Como o Duratocin funciona?
Duratocin® atua prevenindo a atonia uterina (diminuição ou perda da capacidade de contração uterina que geralmente ocorre no pós-parto), minimizando a perda de sangue na mulher, quando aplicado imediatamente após o parto cesariano ou parto vaginal.
No pós-parto, a carbetocina é capaz de aumentar a taxa e a força das contrações uterinas espontâneas.
O início da contração uterina, após a administração da carbetocina, é rápido, obtendo uma contração forte dentro de 2 minutos após a administração.
Quais as contraindicações do Duratocin?
Duratocin® não deve ser usado:
- Se você apresenta alergia (hipersensibilidade) à carbetocina, ocitocina ou a qualquer dos componentes de Duratocin®.
- Para indução do parto.
- Durante o período gestacional.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas.
- Se você apresenta distúrbios cardiovasculares graves.
- Se você apresenta doença renal ou hepática.
- Se você apresenta epilepsia.
Antes de receitar Duratocin®, o seu médico precisa saber sobre quaisquer condições médicas que você possa ter. Você também pode informar o seu médico sobre quaisquer novos sintomas que se desenvolvam enquanto estiver em tratamento com Duratocin®.
Cuidados especiais devem ser tomados em pacientes que sofrem de enxaqueca, asma, problemas cardíacos, circulatórios (por exemplo, hipertensão), pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
Como usar o Duratocin?
Duratocin® deve ser utilizado por via intravenosa ou via intramuscular, dependendo da indicação.
Duratocin® só deve ser administrado após o nascimento do bebê, o mais rapidamente possível após o parto, de preferência antes da remoção da placenta.
Duratocin® é destinado para utilização única. Não devem ser administradas doses adicionais de Duratocin®. Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser administrado misturado com outros.
Caso ocorra atonia uterina (diminuição ou perda da capacidade de contração uterina que geralmente ocorre no pós-parto) ou hipotonia (flacidez muscular) persistente e consequente sangramento excessivo após a administração de Duratocin®, terapia adicional com ocitocina e/ou ergometrina deve ser considerada.
Posologia do Duratocin
Para cesariana eletiva realizada sob anestesia epidural ou raquidiana
Retire 1 mL do frasco-ampola de Duratocin® contendo 100 mcg de carbetocina e administre somente por injeção intravenosa por profissional de saúde em hospital. A administração deve ser feita lentamente durante 1 minuto, somente após a retirada da criança por cesariana eletiva.
Para parto vaginal
Retire 1 mL do frasco-ampola de Duratocin® contendo 100 mcg de carbetocina e administre somente por injeção intramuscular por profissional de saúde em hospital.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Duratocin?
Duratocin® é um medicamento de uso exclusivo hospitalar que será administrado por um profissional de saúde. Por isso, não é provável que a administração do medicamento seja esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Duratocin?
Duratocin® deve ser utilizado em unidades obstétricas bem equipadas e sob supervisão médica adequada e contínua.
O uso de carbetocina em qualquer estágio antes do nascimento do bebê não é apropriado uma vez que a atividade uterotônica (contrações) persiste por várias horas após uma injeção única em bolus. Isto está em contraste com a rápida redução de efeito observada após a interrupção de infusão de ocitocina.
Havendo hemorragia pós-parto persistente após a administração da carbetocina, deve-se determinar a causa da hemorragia uterina. Deve-se levar em consideração a possibilidade de retenção de fragmentos da placenta, esvaziamento ou reparo uterino inadequado ou desordens da coagulação sanguínea.
A administração de carbetocina deve ser feita utilizando uma única injeção de Duratocin®. Quando administrada por via intravenosa, deve ser feita lentamente, por 1 minuto. Em caso de persistência da hipotonia (flacidez muscular) ou atonia uterina (baixa contração do útero) e consequente sangramento excessivo, a terapia adicional com outro medicamento que promova a contração uterina deve ser considerada. Não existem dados sobre doses adicionais de carbetocina ou sobre o uso de carbetocina após a ocitocina em casos de atonia uterina persistente.
Estudos em animais demonstraram que a carbetocina possui alguma atividade antidiurética (aumenta a retenção de água) e, portanto, a possibilidade de hiponatremia (diminuição da concentração de sódio no sangue) não pode ser excluída, principalmente em pacientes que estão recebendo grandes volumes de fluidos intravenosos. Os primeiros sinais de sonolência, apatia e dor de cabeça devem ser reconhecidos para prevenir convulsões e coma.
A carbetocina deve ser utilizada com cautela em casos de enxaqueca, asma e doenças cardiovasculares ou em qualquer ocasião em que o aumento de líquidos no meio extracelular possa representar perigo para um sistema já sobrecarregado. A decisão de utilizar a carbetocina nesses casos deve ser tomada por um médico, considerando os benefícios potenciais que a carbetocina pode trazer nesses casos.
Não foram realizados estudos específicos em mulheres grávidas com diabetes mellitus.
Pacientes com eclâmpsia ou pré-eclâmpsia devem ser cuidadosamente monitoradas.
Cuidados e advertências para populações especiais
A indicação do produto não abrange a utilização da medicação para pacientes idosos e crianças.
Não há dados sobre o uso de carbetocina em crianças menores de 12 anos de idade.
A segurança e eficácia da carbetocina em adolescentes ainda não foi estabelecida. Apesar dos dados atualmente disponíveis, nenhuma recomendação posológica pode ser feita.
Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Duratocin® é um medicamento de uso restrito a hospitais, além disso, em razão das condições médicas da paciente, a mesma não terá condições de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez e lactação
A carbetocina é contraindicada durante a gravidez para a indução do parto.
Não foram relatados efeitos significativos na produção de leite durante estudos clínicos. Foi demonstrado que pequenas quantidades de carbetocina podem ser transferidas do plasma para o colostro ou leite materno em mulheres lactantes, após uma injeção única e, consequentemente, ingerido pelo bebê. Essa situação não representando risco à saúde do rescém-nascido pois acredita-se que a carbetocina é rapidamente degradada no trato gastrintestinal da criança.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Duratocin?
As reações adversas observadas com o uso de carbetocina durante os estudos clínicos foram do mesmo tipo e frequência que as reações adversas observadas com a ocitocina.
Sistema | Muito comum > 1/10 | Comum > 1/100 e ≤ 1/10 | Incomum > 1/1.000 e ≤ 1/10 | Raro > 1/10.000 e ≤ 1/1.000 | Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) |
Distúrbios do sangue e do sistema linfático | --- | Anemia | --- | --- | --- |
Distúrbios do sistema imunológico | --- | --- | --- | --- | Hipersensibilidade (incluindo reações anafiláticas) |
Distúrbios do sistema nervoso | Dor de cabeça, tremores | Tontura, ansiedade | --- | --- | --- |
Distúrbios cardíacos | --- | --- | Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)** | --- | Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)*, bradicardia (batimentos cardíacos lentos(1), arritmia (batimentos cardíacos irregulares)(1), isquemia miocárdica (diminuição da passagem de sangue)(1) e prolongamento do intervalo QT(1) |
Distúrbios vasculares | Pressão baixa, rubor (vermelhidão) | --- | --- | --- | --- |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | --- | Dor no peito, dispneia | --- | --- | --- |
Distúrbios Gastrointestinais | Náusea, dor abdominal | Gosto metálico, vômito | --- | --- | --- |
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos | Coceira | --- | --- | --- | --- |
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos | --- | Dor nas costas | Fraqueza muscular** | --- | --- |
Distúrbios renais e urinários | --- | --- | --- | Retenção urinária** | --- |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração | Sensação de calor | Calafrios e dores no local da injeção | Febre** | --- |
*Administração intravenosa (baseado em estudos de cesariana eletiva).
** Administração intramuscular (baseado em estudos de parto vaginal).
(1) Relatados com ocitocina (estrutura semelhante à carbetocina).
Nos estudos clínicos, sudorese foi relatado como caso esporádico.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
População Especial do Duratocin
A indicação do produto não abrange a utilização da medicação para pacientes idosos e crianças.
Não há dados sobre o uso de carbetocina em crianças menores de 12 anos de idade.
A segurança e eficácia da carbetocina em adolescentes ainda não foi estabelecida. Apesar dos dados atualmente disponíveis, nenhuma recomendação posológica pode ser feita.
Apresentações do Duratocin
Solução injetável 100 mcg/mL
Embalagem com 5 frascos-ampola com 1 mL de solução.
Via intravenosa ou via intramuscular*.
Uso adulto.
*Conforme indicação.
Qual a composição do Duratocin?
Cada mL de solução injetável contém:
100 mcg de carbetocina.
Excipientes: manitol, levometionina, ácido succínico, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Duratocin maior do que a recomendada?
Superdosagem de carbetocina pode produzir hiperatividade uterina. Em doses únicas de até 800 microgramas observou-se taquicardia.
A hiperestimulação com contrações fortes (hipertônicas) ou prolongadas (tetânicas) resultantes da superdosagem com ocitocina pode levar a ruptura uterina ou hemorragia pós-parto.
A superdosagem de ocitocina pode levar à hiponatremia e intoxicação hídrica em casos severos, especialmente quando associada a ingestão concomitante e excessiva de fluidos. Como a carbetocina é um análogo da ocitocina, a possibilidade de eventos similares não está descartada.
O tratamento da superdosagem de carbetocina consiste no tratamento dos sintomas e em medidas de suporte. Quando os sinais ou sintomas de superdosagem ocorrem, oxigênio deve ser fornecido à mãe. Em casos de intoxicação hídrica, é essencial restringir a ingestão de líquidos, promover a diurese, corrigir o desequilíbrio eletrolítico e controlar as convulsões que eventualmente possam ocorrer.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Duratocin com outros remédios?
Converse com seu médico sobre todos os medicamentos que estiver tomando, inclusive aqueles que esteja tomando sem prescrição médica e/ou de origem natural.
Durante os estudos clínicos, a carbetocina foi administrada em associação com diversos analgésicos, espasmolíticos (inibe a motilidade da musculatura visceral) e agentes utilizados em anestesia epidural e raquidiana e não foi observada nenhuma interação medicamentosa.
Não foram realizados estudos específicos de interação.
Como a estrutura da carbetocina é parecida com a da ocitocina, é possível que algumas interações semelhantes às da ocitocina possam ocorrer:
- Hipertensão severa (aumento da pressão sanguínea) foi reportada nas pacientes que receberam ocitocina 3 a 4 horas após a administração profilática de um vasoconstritor conjuntamente com a anestesia.
A combinação de alcalóides de ergot (derivados de um fungo que cresce em grãos como o centeio), tais como metilergometrina, tanto com a ocitocina como com a carbetocina leva a um aumento da pressão sanguínea, aumentando o efeito desses agentes. Caso a ocitocina ou a metilergometrina sejam administradas após a carbetocina, existe o risco de efeito cumulativo.
Considerando que as prostaglandinas potencializam o efeito da ocitocina, espera-se que isto também possa ocorrer com carbetocina. Portanto, não é recomendado que prostaglandinas e carbetocina sejam utilizadas em conjunto. Se forem administradas concomitantemente, o paciente deve ser cuidadosamente acompanhado.
Alguns anestésicos inalatórios, como halotano e ciclopropano, podem aumentar o efeito hipotensor (redução da pressão arterial) e diminuir o efeito da carbetocina no útero. Foram descritos casos de arritmias (alterações nos batimentos cardíacos) com o uso concomitante com ocitocina.
O médico deve ter atenção especial nas pacientes que estiverem utilizando medicamentos para cardiopatias e/ou medicamentos que aumentem a retenção de líquido ou causem hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue).
Interações com alimentos e álcool
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Duratocin® com alimentos e álcool.
Alterações em exames laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento que demonstrem que Duratocin® possa alterar resultados de exames laboratoriais.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Duratocin?
Resultados de Eficácia
Lactentes que apresentam deficiência de LAL
O LAL-CL03 foi um estudo multicêntrico, aberto e de braço único de Alfassebelipase em 9 pacientes com deficiência de LAL com falha no crescimento ou outros indícios de doença rapidamente progressiva antes dos 6 meses de idade. Os pacientes apresentavam também doença hepática rapidamente progressiva e hepatoesplenomegalia grave. A faixa etária para admissão no estudo era de 1-6 meses. Os pacientes receberam Alfassebelipase a 0,35 mg/kg uma vez por semana durante as primeiras 2 semanas e depois 1 mg/kg uma vez por semana. Com base na resposta clínica, o aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana verificou-se logo ao fim de 1 mês e até 20 meses após o início do tratamento a 1 mg/kg. Foi permitido um aumento adicional progressivo da dose para 5 mg/kg uma vez por semana. A eficácia foi avaliada comparando a experiência de sobrevida de pacientes tratados com Alfassebelipase que sobreviveram por mais de 12 meses de idade no LAL-CL03 com um grupo histórico de lactentes não tratados que apresentavam deficiência de LAL com características clínicas semelhantes.
No LAL-CL03, 6 de 9 lactentes tratados com Alfassebelipase sobreviveram mais de 12 meses (67% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 30% a 93%). Com o tratamento continuado por mais de 12 meses de idade, 1 paciente adicional faleceu aos 15 meses de idade. No grupo histórico, 0 de 21 pacientes sobreviveu mais de 8 meses de idade (0% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 0% a 16%). Alfassebelipase em doses até 1 mg/kg uma vez por semana resultou em melhorias dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e aumento de peso nas primeiras semanas de tratamento. Da linha basal até à semana 48, as reduções médias de ALT e AST foram -34,0 U/l e -44,5 U/l, respetivamente. O aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana foi associado a melhorias adicionais no aumento de peso, linfadenopatia e albumina sérica. Da linha basal até à semana 48, o percentil de peso médio para a idade melhorou de 12,74% para 29,83% e os níveis médios de albumina sérica aumentaram de 26,7 g/l para 38,7 g/l. Um lactente foi tratado com 5 mg/kg uma vez por semana no LAL-CL03; não foram notificadas reações adversas novas com esta dose. Na ausência de mais dados clínicos, esta dose não é recomendada.
Crianças e adultos com deficiência de LAL
O LAL-CL02 foi um estudo multicêntrico, duplo cego e controlado por placebo em 66 crianças e adultos com deficiência de LAL. Os pacientes foram aleatorizados para receberem Alfassebelipase a uma dose de 1 mg/kg (n=36) ou placebo (n=30) uma vez de duas em duas semanas durante 20 semanas no período duplo cego. A faixa etária no momento da randomização era dos 4 aos 58 anos de idade (71% tinham < 18 anos de idade). Para a admissão no estudo, os pacientes tinham de apresentar níveis de ALT ≥1,5 vezes o limite superior do normal (LSN). A maioria dos pacientes (58%) tinha colesterol LDL > 190 mg/dl no momento da admissão no estudo e 24% dos pacientes com colesterol LDL > 190 mg/dl estavam tomando medicamentos para baixar os lípidos. Dos 32 pacientes que fizeram uma biópsia de fígado no momento da admissão no estudo, 100% tinham fibrose e 31% tinham cirrose. A faixa etária dos pacientes com indícios de cirrose na biópsia era dos 4 aos 21 anos de idade.
Foram avaliados os seguintes parâmetros de avaliação final:
Formalização da ALT, diminuição do colesterol LDL, diminuição do colesterol não HDL, normalização da AST, diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol HDL, diminuição do teor de gordura no fígado avaliado por imagem por ressonância magnética - eco de gradiente multi-eco (MEGE-MRI) e melhoria da esteatose hepática medida por morfometria. Observou-se uma melhoria estatisticamente significativa em vários parâmetros de avaliação final no grupo tratado com Alfassebelipase em comparação com o grupo de placebo na conclusão do período de 20 semanas de duplo cego do estudo, como apresentado na Tabela 3. A redução absoluta do nível médio de ALT foi de - 57,9 U/l (-53%) no grupo tratado com Alfassebelipase e -6,7 U/l (-6%) no grupo de placebo.
Tabela 3: Parâmetros de avaliação final primários e secundários de eficácia no LALCL02
a Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34 ou 43 U/l, em função da idade e do sexo.
b Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34-59 U/l, em função da idade e do sexo. Avaliada em pacientes com valores anormais na linha basal (n=36 para o Alfassebelipase; n=29 para o placebo).
c Avaliado em pacientes com avaliações efetuadas por MEGE-MRI (n=32 para o Alfassebelipase; n=25 para o placebo).
d Os valores de P são do teste exato de Fisher para os parâmetros de avaliação final de normalização e do teste de soma de postos Wilcoxon para todos os outros parâmetros de avaliação final.
Estiveram disponíveis biópsias de fígado emparelhadas na linha basal e na semana 20 num subgrupo de pacientes (n=26). Dos pacientes com biópsias de fígado emparelhadas, 63% (10/16) dos pacientes tratados com Alfassebelipase melhoraram da esteatose hepática (pelo menos ≥ 5% de redução) medida por morfometria em comparação com 40% (4/10) dos pacientes a receber placebo. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. Período aberto Sessenta e cinco de 66 pacientes entraram no período aberto (até 130 semanas) com uma dose de Alfassebelipase de 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas.
Nos pacientes que tinham recebido Alfassebelipase durante o período de duplo cego, as reduções dos níveis de ALT durante as primeiras 20 semanas de tratamento mantiveram-se e observaram-se melhorias adicionais nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Quatro (4) de 65 pacientes no período aberto tiveram um aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez de duas em duas semanas com base na resposta clínica. Os pacientes que receberam placebo apresentaram níveis séricos persistentemente elevados de transaminases e níveis séricos anormais de lípidos durante o período de duplo cego. Consistente com o que foi observado nos pacientes tratados com Alfassebelipase durante o período de duplo cego, o início do tratamento com Alfassebelipase durante o período aberto produziu melhorias rápidas nos níveis de ALT e nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Num estudo aberto separado (LAL-CL01/LAL-CL04) em pacientes adultos com deficiência de LAL, as melhorias nos níveis séricos de transaminases e lípidos foram sustentadas durante o período de tratamento de 104 semanas.
População pediátrica
Cinquenta e seis de 84 pacientes (67%) que receberam Alfassebelipase durante os estudos clínicos (LAL-CL01/LAL-CL04, LAL-CL02 e LAL-CL03) pertenciam à faixa etária pediátrica e adolescente (1 mês até 18 anos de idade).
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros produtos do trato alimentar e metabolismo, enzimas; código ATC: A16AB14.
Deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)
A deficiência de LAL é uma doença rara associada a morbidade e mortalidade significativas, que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta. A deficiência de LAL nos lactentes é uma emergência médica com rápida progressão da doença ao longo de um período de semanas, tipicamente fatal nos primeiros 6 meses de vida. A deficiência de LAL é uma doença autossômica recessiva de armazenamento lisossomal caracterizada por um defeito genético que resulta numa diminuição acentuada ou perda de atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL). A atividade deficiente da enzima LAL resulta no acúmulo lisossomal de ésteres do colesterol e triglicérides.
No fígado, este acúmulo conduz a hepatomegalia, teor de gordura no fígado aumentado, elevação das transaminases indicativo de lesão crônica do fígado e progressão para fibrose, cirrose e complicações de doença hepática em fase terminal. No baço, a deficiência de LAL resulta em esplenomegalia, anemia e trombocitopenia. O acúmlo de lípidos na parede do intestino conduz a má absorção e falha no crescimento. A dislipidemia é frequente com o LDL e os triglicérides elevados e o HDL baixo, associados ao teor de gordura aumentado no fígado e às elevações das transaminases. Além da doença hepática, os pacientes com deficiência de LAL têm um risco aumentado de doença cardiovascular e aterosclerose acelerada.
Mecanismo de ação
A Alfassebelipase é uma lipase ácida lisossomal humana recombinante (rhLAL). A Alfassebelipase liga-se aos recetores da superfície celular através de glicanos expressos na proteína e é subsequentemente internalizada nos lisossomas. A Alfassebelipase catalisa a hidrólise lisossomal dos ésteres do colesterol e triglicérides para colesterol livre, glicerol e ácidos graxos livres. A substituição da atividade da enzima LAL conduz a reduções do teor de gordura no fígado e das transaminases, e ativa o metabolismo dos ésteres do colesterol e triglicérides no lisossoma, conduzindo a reduções do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol de lipoproteínas não de alta densidade, triglicérides e aumentos do colesterol HDL. A melhoria do crescimento ocorre em resultado da redução de substratos no intestino.
Propriedades farmacocinéticas
Crianças e adultos
A farmacocinética da Alfassebelipase em crianças e adultos foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população de 65 pacientes com deficiência de LAL que receberam infusões intravenosas de Alfassebelipase a 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas no LAL-CL02. Vinte e quatro pacientes tinham idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, 23 tinham idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e 18 tinham idade ≥ 18 anos (Tabela 4). Com base numa análise não compartimental de dados de adultos (LAL-CL01/LAL-CL-04), a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg. Não se observou acúmulo a 1 mg/kg (uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas) ou 3 mg/kg uma vez por semana.
Tabela 4: Parâmetros farmacocinéticos médios da população
* Semana 22 para os pacientes a receber placebo reinicializada para Semana 0, isto é, primeira semana de tratamento ativo.
AUCss = Área sob a curva de concentração plasmática-tempo em estado estacionário.
Cmax = Concentração máxima.
Tmax = Tempo até à concentração máxima.
CL = Depuração.
Vc = Volume central de distribuição.
T½ = Semivida.
Lactentes (< 6 meses de idade)
No LAL-CL03, a Alfassebelipase foi eliminada da circulação sistêmica com um T½ mediana de 0,1 h (intervalo: 0,1-0,2) à dose de 3 mg/kg uma vez por semana (n = 4). A diferença em exposições à Alfassebelipase entre os grupos que receberam 0,35 mg/kg e 3 mg/kg uma vez por semana foi mais do que proporcional à dose, com um aumento de 8,6 vezes da dose, resultando num aumento de 9,6 vezes da exposição para a AUC e um aumento de 10,0 vezes para a Cmax.
Linearidade/não linearidade
Com base nestes dados, a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg.
Populações especiais
Durante a análise de covariáveis do modelo de farmacocinética da população para a Alfassebelipase, constatou-se que a idade, o peso corporal e o sexo não tinham uma influência significativa na CL e no Vc da Alfassebelipase. A Alfassebelipase não foi investigada em pacientes com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos ou em pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. As informações sobre a farmacocinética da Alfassebelipase em grupos étnicos não caucasianos são limitadas. A Alfassebelipase é uma proteína e prevê-se que seja metabolicamente degradada através de hidrólise péptica. Consequentemente, não se prevê que a função hepática comprometida afete a farmacocinética da Alfassebelipase.
Para os pacientes com comprometimento hepático grave existe falta de dados. A eliminação renal da Alfassebelipase é considerada uma via menor para a depuração. Para os pacientes com comprometimento renal existe falta de dados. As informações sobre o impacto de anticorpos antifármaco na farmacocinética da Alfassebelipase são limitadas.
Como devo armazenar o Duratocin?
Duratocin® deve ser armazenado em temperatura ambiente (temperatura entre 15-30°C) e protegido da luz.
Uma vez aberto o frasco-ampola, o produto deve ser imediatamente utilizado.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
Líquido claro e incolor.
Características organolépticas
Solução clara, incolor, livre de partículas estranhas e bolhas de ar.
A solução não deve ser administrada caso contenha partículas ou não esteja clara.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Mensagens de Alerta do Duratocin
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações abaixo. Caso não esteja seguro a respeito de determinado item, favor informar ao seu médico.
Dizeres Legais do Duratocin
MS: 1.2876.0024
Farm. Resp.:
Silvia Takahashi Viana
CRF/SP 38.932
Fabricado por:
Ferring GmbH.
Kiel, Alemanha.
Embalado por:
Ferring International Center SA.
Saint-Prex, Suíça
Importado por:
Laboratórios Ferring Ltda.
Praça São Marcos, 624
05455-050 – São Paulo – SP
CNPJ: 74.232.034/0001-48
SAC
0800 772 4656
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Alfassebelipase
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 16 de Julho de 2024.
Duratocin 100mcg/mL, caixa com 5 frascos-ampola com 1mL de solução de uso intravenoso
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