Cloridrato de Ranitidina
(110)Preço
Tipo de receita
- Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Classe terapêutica
- Antagonistas Receptores H2
- Antiulceroso, Antagonista H2
Forma farmacêutica
- Comprimido revestido
- Xarope
- Solução injetável
- Comprimido
- Solução oral (gotas)
Categoria
- Medicamentos
- Úlcera
- Azia
- Refluxo Gastroesofágico
- Artrite
- Gastrite
- Aparelho Respiratório
- Antiácidos
- Anti-inflamatórios
- Infecções
Dosagem
- 150mg
- 15mg/mL
- 300mg
- 25mg/mL
- 40mg/mL
- 500mg
- 80mg
Fabricante
- Geolab
- Teuto
- Medquímica
- GSK
- Nova Química
- Aché
- Biosintética - Aché
- Medley
- Sun Pharma
- Pharlab
Princípio ativo
- Cloridrato de Ranitidina
Tipo do medicamento
- Genérico
- Similar Intercambiável
- Novo
- Similar
- Referência
- Outros
Quantidade
- 20 Unidades
- 120 mL
- 10 Unidades
- 2 mL
- 500 Unidades
- 300 Unidades
- 100 Unidades
- 60 Unidades
- 30 Unidades
- 400 Unidades
Bula do Cloridrato de Ranitidina
Cloridrato de Ranitidina, para o que é indicado e para o que serve?
Cloridrato de Ranitidina é indicado para:
- Tratamento de úlceras gástricas ou duodenais;
- Tratamento da esofagite por refluxo gastroesofágico e suas manifestações associadas;
- Prevenção de úlceras causadas por estresse em pacientes graves.
Quais as contraindicações do Cloridrato de Ranitidina?
Cloridrato de Ranitidina não deve ser utilizado em pacientes que tenham histórico de hipersensibilidade à medicação ou medicações que pertencem à mesma classe de medicamentos (cimetidina e famotidina) e também aos componentes de sua formulação.
Em pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina abaixo de 50 ml/min) poderá ocorrer acúmulo de Cloridrato de Ranitidina, como resultado de elevadas concentrações plasmáticas.
A hemodiálise reduz os níveis circulantes de Cloridrato de Ranitidina. Recomenda-se uma dose diária de 150 mg, à noite, por quatro a oito semanas. Em pacientes sob diálise peritoneal crônica ambulatorial ou hemodiálise crônica que estejam fazendo o uso de Cloridrato de Ranitidina, 150 mg do medicamento devem ser tomados imediatamente após a diálise.
Este medicamento é contraindicado para menores de 1 mês de idade.
Tipo de receita
Como usar o Cloridrato de Ranitidina?
- Retirar a tampa para abrir o frasco. (fig. 1)
- Inserir o conta-gotas no frasco.
- Pressionar o bulbo do conta-gotas para que o medicamento entre na cânula do mesmo. (fig 2)
- Direcionar o conta-gotas para o canto da boca do paciente, contando o número de gotas a serem administradas. (fig. 3)
- Caso permaneça produto na cânula, volte o conta-gotas para o frasco e pressione o bulbo até esvaziar totalmente a cânula.
- Fechar o frasco.
Úlcera duodenal
A dose recomendada de Cloridrato de Ranitidina para cicatrização em crianças a partir de 1 mês de idade, com úlceras duodenais ativas é de 2 a 4 mg/Kg de 12 em 12 horas. A dose máxima é 300 mg/dia.
Tratamento de manutenção de úlcera duodenal
A dose recomendada de Cloridrato de Ranitidina para o tratamento de manutenção de cicatrização de úlceras duodenais em crianças a partir de 1 mês de idade é de 2 a 4 mg/Kg em dose única diária. A dose máxima é 150 mg/dia.
Esofagite erosiva e Doença do Refluxo Gastroesofágico
Embora os estudos sejam limitados para tais condições em pacientes pediátricos, com base nos dados da literatura, a dose recomendada para o tratamento destas condições é 2,5 a 5 mg/kg de 12 em 12 horas.
Úlcera gástrica
A dose recomendada de Cloridrato de Ranitidina para cicatrização em crianças com úlceras gástricas é de 2 a 4 mg/kg de 12 em 12 horas. A dose máxima é 300 mg/dia.
Tratamento de Manutenção de úlcera gástrica
A dose recomendada de Cloridrato de Ranitidina para o tratamento de manutenção de cicatrização de úlceras gástricas em crianças é de 2-4 mg/kg em dose única diária. A dose máxima é 150 mg/dia.
Indicação |
Peso |
Posologia |
Úlcera gástrica e duodenal: tratamento agudo |
3kg |
3 a 6 gotas de 12 em 12 horas |
4kg |
4 a 8 gotas de 12 em 12 horas |
|
5kg |
5 a 10 gotas de 12 em 12 horas |
|
6kg |
6 a 12 gotas de 12 em 12 horas |
|
7kg |
7 a 14 gotas de 12 em 12 horas |
|
8kg |
8 a 16 gotas de 12 em 12 horas |
|
9kg |
9 a 18 gotas de 12 em 12 horas |
|
10kg |
10 a 20 gotas de 12 em 12 horas |
|
Úlcera gástrica e duodenal: tratamento de manutenção |
3kg |
3 a 6 gotas em dose única diária |
4kg |
4 a 8 gotas em dose única diária |
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5kg |
5 a 10 gotas em dose única diária |
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6kg |
6 a 12 gotas em dose única diária |
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7kg |
7 a 14 gotas em dose única diária |
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8kg |
8 a 16 gotas em dose única diária |
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9kg |
9 a 18 gotas em dose única diária |
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10kg |
10 a 20 gotas em dose única diária |
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Esofagite erosiva e doença de refluxo gastroesofágico |
3kg |
4 a 8 gotas de 12 em 12 horas |
4kg |
5 a 10 gotas de 12 em 12 horas |
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5kg |
7 a 13 gotas de 12 em 12 horas |
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6kg |
8 a 15 gotas de 12 em 12 horas |
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7kg |
9 a 18 gotas de 12 em 12 horas |
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8kg |
10 a 20 gotas de 12 em 12 horas |
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9kg |
12 a 23 gotas de 12 em 12 horas |
|
10kg |
13 a 25 gotas de 12 em 12 horas |
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina abaixo de 50 ml/min) poderá ocorrer acúmulo de Cloridrato de Ranitidina, como resultado de elevadas concentrações plasmáticas. Recomenda-se uma dose diária de 150 mg, à noite. Em pacientes sob diálise peritoneal crônica ambulatorial ou hemodiálise crônica, 150 mg de Cloridrato de Ranitidina devem ser tomados imediatamente após a diálise.
Insuficiência hepática
Em pacientes com cirrose hepática compensada, as alterações de biodisponibilidade, distribuição e meia-vida do Cloridrato de Ranitidina são mínimas, não sendo necessário ajuste de doses, contudo deve ser monitorizada a função hepática com dosagem de transaminases. No caso de aumento de níveis de transaminases durante o tratamento com Cloridrato de Ranitidina, a medicação deverá ser descontinuada.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cloridrato de Ranitidina maior do que a recomendada?
Devido à elevada especificidade de ação do Cloridrato de Ranitidina, não se prevê a ocorrência de problemas significativos com eventual superdosagem. Se necessário, deve-se instituir terapia sintomática e de suporte, assim como a remoção do Cloridrato de Ranitidina por indução de êmese ou lavagem gástrica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Ranitidina com outros remédios?
O Cloridrato de Ranitidina, usada até 400 mg/dia, não inibe o citocromo hepático P450 relacionado ao sistema oxigenase de função mista.
Consequentemente, o Cloridrato de Ranitidina não potencializa as ações de medicamentos que são inativados por este sistema enzimático, como por exemplo:
A administração conjunta de Cloridrato de Ranitidina e antiácidos ou doses altas de sucralfato pode reduzir a absorção do Cloridrato de Ranitidina. Este efeito não é observado caso o sucralfato seja tomado após um intervalo de 2 horas.
A administração conjunta de Cloridrato de Ranitidina e cetoconazol diminui a absorção deste último. Deve-se usar o Cloridrato de Ranitidina 2 horas após a administração de cetoconazol.
Na relação a seguir são listadas as principais interações relacionadas ao uso de Cloridrato de Ranitidina, de acordo com sua gravidade
Interações Medicamento – Medicamento
Severidade Maior
Efeito da interação |
Mecanismo |
Medicamento |
Redução das concentrações plasmáticas |
Desconhecido |
Atazanavir e fosamprenavir |
Redução das concentrações plasmáticas |
Diminuição da solubilidade |
Severidade Moderada
Efeito da interação |
Mecanismo |
Medicamento |
Redução da exposição à droga |
Redução da absorção intestinal |
Cetoconazol e itraconazol |
Aumento da concentração plasmática |
Diminuição da excreção renal |
Metformina e procainamida |
Aumento da biodisponibilidade |
Diminuição da acidez gástrica |
Midazolam |
Redução da biodisponibilidade |
Desconhecido |
Risedronato |
Aumento da biodisponibilidade |
Desconhecido |
Severidade Menor
Efeito da interação |
Mecanismo |
Medicamento |
Redução da atividade antiagregante |
Redução da absorção |
Ácido acetilsalicílico |
Redução da efetividade |
Desconhecido | |
Aumento de concentrações plasmáticas e possível toxicidade |
Redução do metabolismo hepático e aumento da biodisponibilidade |
Diltiazem |
Aumento da exposição à glipizida |
Aumento da absorção |
Glipizida |
Aumento da concentração de fenitoína |
Diminuição de metabolismo |
Fenitoína |
Aumento da toxicidade |
Diminuição de metabolismo |
Teofilina |
Redução da efetividade |
Diminuição da absorção e da excreção renal |
Trinatereno |
Interações Medicamento - Substância Química
Efeito da interação |
Mecanismo |
Substância química |
Aumento da biodisponibilidade do álcool |
Redução da metabolização enzimática |
Álcool |
Interações Medicamento - Exames Laboratoriais
Efeito da interação |
Mecanismo |
Exame |
Alteração do tempo de protombina |
Desconhecido |
Acenocoumarol, dicumarol e varfarina |
Resultado falso-negativo |
Supressão do H. pylori |
Teste de detecção respiratória por uréase para H.pylori |
Resultado falso-positivo |
Desconhecido |
Teste de detecção de proteínas na urina |
Resultado falso-negativo |
Desconhecido |
Teste cutâneo com antígenos |
Qual a ação da substância do Cloridrato de Ranitidina?
Resultados de Eficácia
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)
Em estudo clínico aberto, não controlado, prospectivo e consecutivo em 49 crianças e adolescentes de 1 ano e 1 mês a 17 anos e 3 meses (mediana = 7 anos e 8 meses) de ambos os sexos com esofagite de refluxo, administrou-se Cloridrato de Ranitidina (4 mg/kg) em 2 doses durante 8 semanas, associada à terapia postural e dietética. Após o diagnóstico endoscópico de esofagite, os pacientes foram avaliados clinicamente antes e durante o tratamento: após 8, 15, 30 e 60 dias.
Foi realizada endoscopia de controle após 60 dias. Do total de 49 pacientes, 40 completaram o estudo. A eficácia foi avaliada através da evolução clínica e dos achados endoscópicos. Houve regressão total ou parcial dos sintomas em 96% dos pacientes e melhora ou cura endoscópica em 81,5%; porém levando-se em consideração o grau de esofagite, o tratamento foi eficaz em 86% da esofagite grau I comparados a 43% da esofagite grau II. Do total de 38 pacientes, 50% foram considerados curados, 45% melhorados e 5% inalterados.
Em estudo com 58 pacientes com diferentes doenças relacionadas à hipersecreção e refluxo gastroesofágico, incluindo DRGE (n = 20); úlcera gástrica e duodenal (n = 10) e gastrite e duodenite (n = 7), utilizou-se Cloridrato de Ranitidina tanto em forma de solução oral (dose de ataque de 10 mg/kg por 8 semanas seguida por 5 mg/kg/ dia como terapia de manutenção por 1 ano). Dos 20 pacientes com DRGE, 14 foram avaliados com métodos complementares de diagnóstico histológico e endoscópico, 4 foram avaliados clinicamente e 2 mantiveram-se em acompanhamento clínico após o término do estudo. Observou-se uma taxa global de cicatrização de 85%, sendo o tratamento considerado eficaz e bem tolerado.
Em um estudo duplo-cego, cruzado e controlado por placebo realizado durante quatro semanas em 37 crianças e adolescentes (idade média de 14 anos) com asma brônquica, foram utilizadas doses de 300 mg de Cloridrato de Ranitidina (150 mg quando o peso era inferior a 40 kg), administrada em dose única noturna, durante quatro semanas. Em avaliações anteriores 18 dos 37 pacientes haviam tido diagnóstico de DRGE com pHmetria esofágica de 24 horas e os restantes 19 pacientes com DRGE serviram como controle para os possíveis efeitos do Cloridrato de Ranitidina sobre a asma, não relacionadas com a redução do quadro de refluxo.
Observou-se redução estatisticamente significativa (30%) dos sintomas de asma noturna, relacionada à ação das Ranitidinass em pacientes com DRGE com asma comparada àqueles com DRGE sem asma. Houve correlação significativa entre a melhora dos sintomas da asma e do grau de refluxo ácido.
Prevenção de úlceras com risco de sangramento
Durante o período de 1 ano, 165 pacientes com um ou mais fatores de risco para hemorragia digestiva alta foram randomizados em quatro grupos. Um total de 140 pacientes completou o estudo, com 35 pacientes em cada grupo.
Os grupos foram divididos em: controle, almagate 25-5 mL/kg a cada 2 horas por sonda nasogástrica; Cloridrato de Ranitidina 1,5 mg/kg a cada 6 horas endovenosa (EV) e sucralfato 0,5 a 1 g cada 6 horas por sonda nasogástrica. Foram determinados o pH intragástrico e hemorragias macroscópicas a cada 2 horas em todos os pacientes até o final do estudo.
A taxa de ocorrência de hemorragia digestiva alta foi maior (20%) no grupo controle do que no resto dos grupos (5,7%), p < 0,01. Não houve diferenças entre os outros grupos (almagate 5,7%, Cloridrato de Ranitidina 8,5% e sucralfato 2,8%). A profilaxia com almagate, Cloridrato de Ranitidina ou sucralfato reduziu a taxa de ocorrência de hemorragia digestiva clinicamente importante.
Tratamento de úlceras gástricas ou duodenais
Em estudo com 12 crianças, foram avaliados os parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos do Cloridrato de Ranitidina em pacientes com úlcera gástrica ou duodenal documentadas. Inicialmente, a medicação foi administrada por via EV, para avaliar a concentração sérica necessária para obter-se a supressão gástrica em pelo menos 90% e posteriormente foram calculadas as doses orais correspondentes, as quais foram administradas em dias separados da formulação endovenosa.
As concentrações séricas necessárias para a inibição da secreção gástrica em pelo menos 90% variou de 40 a 60 ng/mL. Durante as 6 semanas do tratamento oral não foram observados efeitos adversos clínicos ou bioquímicos e a reavaliação endoscópica mostrou completa cicatrização das úlceras.
Referências Bibliográficas:
Kawakami, E. et al. Avaliaçäo da eficácia da ranitidina na esofagite de refluxo em crianças e adolescentes/ Evaluation of efficacy of ranitidine in reflux esophagitis in children and adolescents. Folha Med; 117(2): 165-70, set.-out. 1998.
Scorza, A et al. Ranitidine in children with peptic ulcer and patients with pancreatic cystic fibrosis. Int J Clin Pharmacol Res; 10(3): 179-82, 1990.
Gustafsson, P.M.; Kjellman, N.I.; Tibbling, L. A trial of ranitidine in asthmatic children and adolescents with or without pathological gastro-oesophageal reflux. Eur Respir J; 5(2): 201-6, 1992.
Lopez-Herce, J. Frequency and prophylaxis of upper gastrointestinal hemorrhage in critically ill children: a prospective study comparing the efficacy of almagate, ranitidine, and sucralfate. The Gastrointestinal Hemorrhage Study Group. Crit Care Med; 20(8): 1082-9, 1992.
Blumer, J.L. et al. Reed M. Pharmacokinetic determination of ranitidine pharmacodynamics in pediatric ulcer disease. J Pediatr;107(2):301-6, 1985.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
O Cloridrato de Ranitidina é um antagonista do receptor H2 da histamina e caracteriza-se pela elevada seletividade e rápido início de ação. O Cloridrato de Ranitidina inibe a secreção de suco gástrico basal, diurna e noturna, tanto quanto a estimulada por alimentos, betazol, cafeína, insulina, pentagastrina e reflexo fisiológico vagal. Seu efeito reduz o volume e a concentração de ácido e pepsina. O Cloridrato de Ranitidina não afeta, diretamente, a secreção de pepsina, que é reduzida proporcionalmente ao volume de suco gástrico.
Farmacocinética
O Cloridrato de Ranitidina é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal atingindo picos de concentração plasmática em aproximadamente 2 a 3 horas após a administração oral.
Os alimentos não afetam a absorção de maneira significativa. A biodisponibilidade da Ranitidina (substância ativa) após administração oral é de cerca de 50%.
A meia-vida de eliminação é de cerca de 2 a 3 horas, aumentando nos casos de insuficiência renal. Uma pequena parte da Ranitidina (substância ativa) é metabolizada no fígado formando metabólitos ativos, no entanto, a proporção desses metabólitos é de apenas 4 a 6% da dose administrada.
Cerca de 30% da dose oral administrada é excretada na forma inalterada na urina em 24 horas, primariamente por secreção tubular ativa, embora haja também uma parcela de excreção fecal.
O Cloridrato de Ranitidina cruza a barreira placentária e é distribuída no leite materno.
A concentração mínima no leite materno após uso de múltiplas doses ocorre entre 1 a 2 horas após a administração da dose e a concentração máxima no leite ocorre por volta do final de 12 horas de intervalo após a dose.
Em alguns indivíduos pode ser observado um segundo pico de concentração plasmática devido à circulação enterohepática, contudo, estudos demonstraram que apenas 0,35 a 1,0% da dose de Cloridrato de Ranitidina (300 mg) foi excretada pela bile após 24 horas.
Em neonatos, devido à limitação de função renal no primeiro mês de vida, é esperado que ocorra redução do clearence de Cloridrato de Ranitidina.
Amostras de sangue colhidas após uma única dose intravenosa (IV) de Cloridrato de Ranitidina (2,4 mg/kg) em 27 recém-nascidos a termo, sem insuficiência renal ou hepática, revelaram os seguintes dados farmacocinéticos: meia-vida de eliminação = 3,45 horas; volume total de distribuição = 1,52 litros/kg; depuração plasmática total = 5,02 mL/kg/minuto.
A análise descritiva dos valores obtidos em estudo realizado com 34 voluntários sadios com administração de dose única de solução oral de Cloridrato de Ranitidina 40 mg/mL, com desenho Crossover 2x2 padrão, comparando-se aos valores obtidos com a administração de Cloridrato de Ranitidina xarope 150 mg/10 mL, com amostras coletadas no intervalo de 0 hora até 12 horas, visando avaliar os parâmetros farmacocinéticos de Cloridrato de Ranitidina solução oral, está resumida na tabela abaixo.
Média e Desvio Padrão dos parâmetros Farmacocinéticos de ranitidina solução oral 40 mg/mL:
Parâmetro |
Média |
Desvio |
Cmáx (ng/mL) |
897.253 |
322.071 |
ASC 0-t (ng.h/mL) |
3886.468 |
882.265 |
ASC 0-inf (ng.h/mL) |
4170.774 |
940.709 |
Tmax(h) |
2.208 |
0.767 |
T1/2 (h) |
2.854 |
0.485 |
Interação Alimentícia: posso usar o Cloridrato de Ranitidina com alimentos?
Interações Medicamento - Alimento
Efeito da interação |
Mecanismo |
Alimento |
Redução da efetividade do Cloridrato de Ranitidina |
Redução da acidez gástrica |
Cranberry |
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Label Gotas.
Nomes comerciais
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Consulta também a Bula do Cloridrato de Ranitidina
Ler a bula do Cloridrato de Ranitidina completa