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Bula do Cloridrato De Ranitidina Pharlab

Princípio Ativo: Cloridrato de Ranitidina

Classe Terapêutica: Antagonistas Receptores H2

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 14 de Junho de 2024.

Cloridrato De Ranitidina Pharlab, para o que é indicado e para o que serve?

Ranitidina injetável é indicado para:

  • Tratamento de úlceras do estômago ou do duodeno;
  • Prevenção de sangramentos decorrentes de úlcera do estômago ou do duodeno;
  • Tratamento de úlcera pós-operatória;
  • Tratamento de problemas causados pelo refluxo de ácido do estômago para o esôfago (esofagite), e outros problemas que, como esse, causam dor ou desconforto, (algumas vezes conhecidos como indigestão, dispepsia ou azia);
  • Tratamento de uma doença conhecida como síndrome de Zollinger-Ellison, caracterizada por úlceras graves, extrema acidez gástrica e tumores das células do pâncreas secretoras de gastrina (hormônio liberado no suco gástrico);
  • Prevenção de úlcera causada por estresse em pacientes gravemente doentes;
  • Prevenção de sangramento recorrente em portadores de úlcera péptica hemorrágica
  • Prevenção de uma doença conhecida como síndrome de Mendelson, caracterizada por inflamações pulmonares produzidos pela aspiração de suco gástrico pelo trato respiratório.

Podem também lhe aplicar ranitidina injetável antes de uma anestesia, para prevenir problemas específicos que o ácido do estômago pode causar durante uma operação.

Como Cloridrato de Ranitidina Pharlab funciona?

Ranitidina injetável contém ranitidina, substância que reduz a quantidade de ácido produzida no estômago. Isso favorece a cicatrização da gastrite e das úlceras pépticas do estômago e do duodeno, além de prevenir complicações.

Após alguns dias de tratamento, você já deverá se sentir bem melhor. Mas não pare de usar ranitidina injetável antes do fim do período determinado pelo seu médico, pois a dor e o desconforto poderão voltar.

Quais as contraindicações do Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

Se você responder “sim” a qualquer uma das perguntas abaixo, avise seu médico antes de usar este medicamento.

  • Já lhe disseram que você é alérgico(a) a ranitidina injetável, ranitidina ou qualquer outro ingrediente de utilizado na composição do medicamento?
  • Você tem doença dos rins, ou já lhe disseram que seus rins não funcionam adequadamente?
  • Você apresenta um tumor de estômago chamado carcinoma gástrico?
  • Você tem uma doença rara chamada porfiria?
  • Você tem mais de 65 anos, apresenta doença pulmonar crônica, diabetes ou é imunodeprimido (seu sistema de defesa não funciona adequadamente)?
  • Você está grávida ou pretende engravidar logo?
  • Você está amamentando?

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

Ranitidina injetável é compatível com as seguintes soluções para uso intravenoso (pela veia)

  • Cloreto de sódio a 0,9%;
  • Glicose a 5%;
  • Cloreto de sódio a 0,18% e glicose a 4%;
  • Bicarbonato de sódio a 4,2%;
  • Solução de Hartmann.

As soluções diluídas de ranitidina injetável não utilizadas dentro de 24 horas devem ser descartadas.

Posologia

Ranitidina injetável pode ser administrado

  • Por injeção intravenosa lenta (durante 2 minutos) de 50 mg (1 ampola) a cada 6 a 8 horas, diluídos para um volume de 20 mL;
  • Por infusão intravenosa (pela veia) intermitente, na velocidade de 25 mg/h durante 2 horas, repetida em intervalos de 6 a 8 horas;
  • Por injeção intramuscular (pelo músculo) de 50 mg (1 ampola) a cada 6 a 8 horas.

Prevenção da síndrome de Mendelson

Para prevenção da síndrome de Mendelson (distúrbios pulmonares produzidos pela aspiração de suco gástrico pelo trato respiratório), administrar 50 mg, por injeção intramuscular (pelo músculo) ou intravenosa (pela veia) lenta, 45 a 60 minutos antes da indução da anestesia geral.

Prevenção da hemorragia por úlcera de estresse em pacientes gravemente doentes ou na prevenção de hemorragia recorrente (que reaparece) em pacientes com episódio de sangramento por ulceração péptica

Na prevenção da hemorragia por úlcera de estresse em pacientes gravemente doentes ou na prevenção de hemorragia recorrente (que reaparece) em pacientes com episódio de sangramento por ulceração péptica, ranitidina injetável pode ser mantido até que paciente volte a se alimentar normalmente. Os pacientes considerados ainda sob risco de hemorragia podem, então, ser tratados com ranitidina comprimidos 150 mg duas vezes ao dia.

Na prevenção da hemorragia do trato gastrintestinal superior por úlcera de estresse em pacientes gravemente doentes, é preferível uma dose preventiva de 50 mg por injeção intravenosa lenta seguida de infusão contínua de 0,125 a 0,250 mg/kg/h.

Crianças

O uso em crianças não foi avaliado.

Pacientes com insuficiência renal

Pode ocorrer acúmulo de ranitidina, resultando em elevadas concentrações plasmáticas (no sangue), nos pacientes com insuficiência renal grave. Recomenda-se que ranitidina injetável seja administrado em doses fracionadas de 25 mg nestes pacientes.

Idosos

Não existe necessidade de ajuste de dose em pacientes idosos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Cloridrato de Ranitidina Pharlab?

Caso você se esqueça de tomar uma dose, providencie a aplicação o quanto antes e prossiga com o horário normal das demais doses.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

O tratamento com ranitidina pode mascarar sintomas relacionados ao carcinoma gástrico (tipo de tumor no estômago) e, assim, retardar o diagnóstico dessa doença. Em caso de suspeita de úlcera gástrica deve ser excluída a possibilidade de doença maligna antes de se instituir a terapia com ranitidina injetável.

Caso você tenha insuficiência renal (mal funcionamento dos rins), converse com o seu médico. Ele pode alterar a sua dosagem.

Deve-se evitar o uso de ranitidina em pacientes com história de porfiria aguda, visto que há relatos, embora raros, de crises desta doença causadas pela ranitidina. É recomendado o acompanhamento regular dos pacientes que estão em tratamento concomitante com anti-inflamatórios não-esteroidais e ranitidina, especialmente dos idosos e daqueles com histórico de úlcera péptica.

Interações medicamentosas

A ranitidina pode interagir com outros medicamentos. Por isso, seu médico pode recomendar ajuste na dosagem do medicamento afetado ou a interrupção do tratamento com ranitidina.

Converse com o seu médico caso você esteja fazendo uso dos seguintes medicamentos:

  • Diazepam, triazolam e midazolam, usados para tratar ansiedade e dificuldade de dormir;
  • Lidocaína, um anestésico;
  • Fenitoína, usado para controlar alguns tipos de convulsão (epilepsia);
  • Propanolol, usado para tratar hipertensão (pressão alta);
  • Teofilina, usado no tratamento da asma;
  • Procainamida e N-acetilprocainamida, usados no tratamento da arritmia cardíaca;
  • Glipizida, usado no tratamento do diabetes;
  • Cetoconazol, usado no tratamento de infecções causadas por fungos;
  • Atazanavir e delavirdina, usados no tratamento da AIDS;
  • Gefitinibe, usado no tratamento de câncer;
  • Sucralfato, usado no tratamento de úlceras no estômago.

Não existem contraindicações relativas a faixas etárias.

Informe seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

A maioria dos pacientes que usam este medicamento não apresentam problemas. Mas como ocorre com todos os medicamentos, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais.

Se você tiver algum dos sintomas abaixo logo após fazer uso de ranitidina injetável, pare o tratamento e procure seu médico imediatamente.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Respiração ofegante, dor ou aperto no peito de início repentino;
  • Inchaço de pálpebras, face, lábios, boca ou língua;
  • Febre;
  • Erupções cutâneas ou fissuras na pele, em qualquer lugar do corpo;
  • Sensação de fraqueza, especialmente ao ficar em pé.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Choque anafilático (reação extrema sensibilidade a uma substância que pode se manifestar como coceira, inchaço dos vasos sanguíneos, dificuldade para respirar e, que pode levar à morte). Conforme relatos, as reações ocorreram após uma única dose.

Comunique seu médico o quanto antes, caso sinta qualquer dos sintomas abaixo.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Redução dos batimentos cardíacos ou batimento irregular;
  • Tonteira;
  • Reação na pele, ocasionalmente grave (placas roxas/vermelhas ou erupções).

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Visão turva;
  • Náuseas, vômitos, perda de apetite (mais intensa que a usual), icterícia (pele e olhos amarelados) e urina de coloração escura. Esses sintomas podem indicar que você está com hepatite (inflamação do fígado);
  • Confusão mental;
  • Impotência sexual reversível;
  • Diarreia;
  • Queda de cabelo;
  • Dor de forte intensidade no estômago ou mudança no tipo de dor que você costuma sentir;
  • Infecções recorrentes (repetidas);
  • Hematomas (manchas roxas na pele).
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares ou nas juntas;
  • Problemas nos rins (os sintomas que indicam isso são mudança na quantidade e na cor da urina, náuseas, vômitos, confusão, febre e erupções);
  • Sensação de depressão;
  • Alucinações;
  • Movimentos musculares anormais ou tremores;
  • Crescimento ou alargamento das mamas;
  • Secreção de leite pelas mamas.

Avise seu médico que você toma ranitidina caso vá fazer um exame de sangue, urina ou outros. Ranitidina pode alterar o resultado de alguns exames.

Se em algum momento você experimentar sintomas que não consegue entender, consulte seu médico.

Informe seu médico ou cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimentos de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Cloridrato De Ranitidina Pharlab

Idosos

Em idosos, e em pacientes com doença pulmonar crônica, com diabetes ou imunodeprimidos, pode haver aumento do risco de desenvolver pneumonia comunitária.

O uso de doses maiores que as recomendadas de antagonistas H2, como a ranitidina, administradas por via intravenosa tem sido relacionado à elevação das enzimas hepáticas (do fígado), quando o tratamento se estende por cinco dias ou mais. Foram relatados raros casos de diminuição dos batimentos cardíacos (bradicardia) associados à administração rápida de ranitidina injetável. Esses casos ocorreram geralmente em pacientes com fatores que predispunham a distúrbios do ritmo cardíaco.

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Qual a composição do Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

Apresentação

Solução injetável (pH entre 6,7 e 7,3), contendo 25 mg/mL de ranitidina, para uso intravenoso ou intramuscular. Apresentado em caixas com 50 ampolas de 2 mL.

Uso intravenoso ou intramuscular.

Uso adulto.

Composição

Cada 1 mL de ranitidina solução injetável contém:

28 mg de cloridrato de ranitidina, correspondente a 25mg de ranitidina base.

Excipientes: fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico dodecaidratado, fenol e água para injetáveis.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cloridrato De Ranitidina Pharlab maior do que a recomendada?

Devido à elevada especificidade de ação da ranitidina, não está prevista a ocorrência de problemas de maior gravidade no caso de eventual superdosagem de ranitidina injetável. Em caso de superdosagem, procure socorro médico o mais rápido possível.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato De Ranitidina Pharlab com outros remédios?

O Cloridrato de Ranitidina, usada até 400 mg/dia, não inibe o citocromo hepático P450 relacionado ao sistema oxigenase de função mista.

Consequentemente, o Cloridrato de Ranitidina não potencializa as ações de medicamentos que são inativados por este sistema enzimático, como por exemplo:

  • Diazepam, lidocaína, fenitoína, propranolol, teofilina e varfarina.

A administração conjunta de Cloridrato de Ranitidina e antiácidos ou doses altas de sucralfato pode reduzir a absorção do Cloridrato de Ranitidina. Este efeito não é observado caso o sucralfato seja tomado após um intervalo de 2 horas.

A administração conjunta de Cloridrato de Ranitidina e cetoconazol diminui a absorção deste último. Deve-se usar o Cloridrato de Ranitidina 2 horas após a administração de cetoconazol.

Na relação a seguir são listadas as principais interações relacionadas ao uso de Cloridrato de Ranitidina, de acordo com sua gravidade

Interações Medicamento – Medicamento

Severidade Maior

Efeito da interação

Mecanismo

Medicamento

Redução das concentrações plasmáticas

Desconhecido

Atazanavir e fosamprenavir

Redução das concentrações plasmáticas

Diminuição da solubilidade

Dasatinibe

Severidade Moderada

Efeito da interação

Mecanismo

Medicamento

Redução da exposição à droga

Redução da absorção intestinal

Cetoconazol e itraconazol

Aumento da concentração plasmática

Diminuição da excreção renal

Metformina e procainamida

Aumento da biodisponibilidade

Diminuição da acidez gástrica

Midazolam

Redução da biodisponibilidade

Desconhecido

Risedronato

Aumento da biodisponibilidade

Desconhecido

Risperidona

Severidade Menor

Efeito da interação

Mecanismo

Medicamento

Redução da atividade antiagregante

Redução da absorção

Ácido acetilsalicílico

Redução da efetividade

Desconhecido

Bisacodil

Aumento de concentrações plasmáticas e possível toxicidade

Redução do metabolismo hepático e aumento da biodisponibilidade

Diltiazem

Aumento da exposição à glipizida

Aumento da absorção

Glipizida

Aumento da concentração de fenitoína

Diminuição de metabolismo

Fenitoína

Aumento da toxicidade

Diminuição de metabolismo

Teofilina

Redução da efetividade

Diminuição da absorção e da excreção renal

Trinatereno

Interações Medicamento - Substância Química

Efeito da interação

Mecanismo

Substância química

Aumento da biodisponibilidade do álcool

Redução da metabolização enzimática

Álcool

Interações Medicamento - Exames Laboratoriais

Efeito da interação

Mecanismo

Exame

Alteração do tempo de protombina

Desconhecido

Acenocoumarol, dicumarol e varfarina

Resultado falso-negativo

Supressão do H. pylori

Teste de detecção respiratória por uréase para H.pylori

Resultado falso-positivo

Desconhecido

Teste de detecção de proteínas na urina

Resultado falso-negativo

Desconhecido

Teste cutâneo com antígenos

Interação Alimentícia: posso usar o Cloridrato De Ranitidina Pharlab com alimentos?

Interações Medicamento - Alimento

Efeito da interação

Mecanismo

Alimento

Redução da efetividade do Cloridrato de Ranitidina

Redução da acidez gástrica

Cranberry

Qual a ação da substância do Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

Resultados de Eficácia


Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

Em estudo clínico aberto, não controlado, prospectivo e consecutivo em 49 crianças e adolescentes de 1 ano e 1 mês a 17 anos e 3 meses (mediana = 7 anos e 8 meses) de ambos os sexos com esofagite de refluxo, administrou-se Cloridrato de Ranitidina (4 mg/kg) em 2 doses durante 8 semanas, associada à terapia postural e dietética. Após o diagnóstico endoscópico de esofagite, os pacientes foram avaliados clinicamente antes e durante o tratamento: após 8, 15, 30 e 60 dias.

Foi realizada endoscopia de controle após 60 dias. Do total de 49 pacientes, 40 completaram o estudo. A eficácia foi avaliada através da evolução clínica e dos achados endoscópicos. Houve regressão total ou parcial dos sintomas em 96% dos pacientes e melhora ou cura endoscópica em 81,5%; porém levando-se em consideração o grau de esofagite, o tratamento foi eficaz em 86% da esofagite grau I comparados a 43% da esofagite grau II. Do total de 38 pacientes, 50% foram considerados curados, 45% melhorados e 5% inalterados.

Em estudo com 58 pacientes com diferentes doenças relacionadas à hipersecreção e refluxo gastroesofágico, incluindo DRGE (n = 20); úlcera gástrica e duodenal (n = 10) e gastrite e duodenite (n = 7), utilizou-se Cloridrato de Ranitidina tanto em forma de solução oral (dose de ataque de 10 mg/kg por 8 semanas seguida por 5 mg/kg/ dia como terapia de manutenção por 1 ano). Dos 20 pacientes com DRGE, 14 foram avaliados com métodos complementares de diagnóstico histológico e endoscópico, 4 foram avaliados clinicamente e 2 mantiveram-se em acompanhamento clínico após o término do estudo. Observou-se uma taxa global de cicatrização de 85%, sendo o tratamento considerado eficaz e bem tolerado.

Em um estudo duplo-cego, cruzado e controlado por placebo realizado durante quatro semanas em 37 crianças e adolescentes (idade média de 14 anos) com asma brônquica, foram utilizadas doses de 300 mg de Cloridrato de Ranitidina (150 mg quando o peso era inferior a 40 kg), administrada em dose única noturna, durante quatro semanas. Em avaliações anteriores 18 dos 37 pacientes haviam tido diagnóstico de DRGE com pHmetria esofágica de 24 horas e os restantes 19 pacientes com DRGE serviram como controle para os possíveis efeitos do Cloridrato de Ranitidina sobre a asma, não relacionadas com a redução do quadro de refluxo.

Observou-se redução estatisticamente significativa (30%) dos sintomas de asma noturna, relacionada à ação das Ranitidinass em pacientes com DRGE com asma comparada àqueles com DRGE sem asma. Houve correlação significativa entre a melhora dos sintomas da asma e do grau de refluxo ácido.

Prevenção de úlceras com risco de sangramento

Durante o período de 1 ano, 165 pacientes com um ou mais fatores de risco para hemorragia digestiva alta foram randomizados em quatro grupos. Um total de 140 pacientes completou o estudo, com 35 pacientes em cada grupo.

Os grupos foram divididos em: controle, almagate 25-5 mL/kg a cada 2 horas por sonda nasogástrica; Cloridrato de Ranitidina 1,5 mg/kg a cada 6 horas endovenosa (EV) e sucralfato 0,5 a 1 g cada 6 horas por sonda nasogástrica. Foram determinados o pH intragástrico e hemorragias macroscópicas a cada 2 horas em todos os pacientes até o final do estudo.

A taxa de ocorrência de hemorragia digestiva alta foi maior (20%) no grupo controle do que no resto dos grupos (5,7%), p < 0,01. Não houve diferenças entre os outros grupos (almagate 5,7%, Cloridrato de Ranitidina 8,5% e sucralfato 2,8%). A profilaxia com almagate, Cloridrato de Ranitidina ou sucralfato reduziu a taxa de ocorrência de hemorragia digestiva clinicamente importante.

Tratamento de úlceras gástricas ou duodenais

Em estudo com 12 crianças, foram avaliados os parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos do Cloridrato de Ranitidina em pacientes com úlcera gástrica ou duodenal documentadas. Inicialmente, a medicação foi administrada por via EV, para avaliar a concentração sérica necessária para obter-se a supressão gástrica em pelo menos 90% e posteriormente foram calculadas as doses orais correspondentes, as quais foram administradas em dias separados da formulação endovenosa.

As concentrações séricas necessárias para a inibição da secreção gástrica em pelo menos 90% variou de 40 a 60 ng/mL. Durante as 6 semanas do tratamento oral não foram observados efeitos adversos clínicos ou bioquímicos e a reavaliação endoscópica mostrou completa cicatrização das úlceras.

Referências Bibliográficas:

Kawakami, E. et al. Avaliaçäo da eficácia da ranitidina na esofagite de refluxo em crianças e adolescentes/ Evaluation of efficacy of ranitidine in reflux esophagitis in children and adolescents. Folha Med; 117(2): 165-70, set.-out. 1998.
Scorza, A et al. Ranitidine in children with peptic ulcer and patients with pancreatic cystic fibrosis. Int J Clin Pharmacol Res; 10(3): 179-82, 1990.
Gustafsson, P.M.; Kjellman, N.I.; Tibbling, L. A trial of ranitidine in asthmatic children and adolescents with or without pathological gastro-oesophageal reflux. Eur Respir J; 5(2): 201-6, 1992.
Lopez-Herce, J. Frequency and prophylaxis of upper gastrointestinal hemorrhage in critically ill children: a prospective study comparing the efficacy of almagate, ranitidine, and sucralfate. The Gastrointestinal Hemorrhage Study Group. Crit Care Med; 20(8): 1082-9, 1992.
Blumer, J.L. et al. Reed M. Pharmacokinetic determination of ranitidine pharmacodynamics in pediatric ulcer disease. J Pediatr;107(2):301-6, 1985.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O Cloridrato de Ranitidina é um antagonista do receptor H2 da histamina e caracteriza-se pela elevada seletividade e rápido início de ação. O Cloridrato de Ranitidina inibe a secreção de suco gástrico basal, diurna e noturna, tanto quanto a estimulada por alimentos, betazol, cafeína, insulina, pentagastrina e reflexo fisiológico vagal. Seu efeito reduz o volume e a concentração de ácido e pepsina. O Cloridrato de Ranitidina não afeta, diretamente, a secreção de pepsina, que é reduzida proporcionalmente ao volume de suco gástrico.

Farmacocinética

O Cloridrato de Ranitidina é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal atingindo picos de concentração plasmática em aproximadamente 2 a 3 horas após a administração oral.

Os alimentos não afetam a absorção de maneira significativa. A biodisponibilidade da Ranitidina (substância ativa) após administração oral é de cerca de 50%.

A meia-vida de eliminação é de cerca de 2 a 3 horas, aumentando nos casos de insuficiência renal. Uma pequena parte da Ranitidina (substância ativa) é metabolizada no fígado formando metabólitos ativos, no entanto, a proporção desses metabólitos é de apenas 4 a 6% da dose administrada.

Cerca de 30% da dose oral administrada é excretada na forma inalterada na urina em 24 horas, primariamente por secreção tubular ativa, embora haja também uma parcela de excreção fecal.

O Cloridrato de Ranitidina cruza a barreira placentária e é distribuída no leite materno.

A concentração mínima no leite materno após uso de múltiplas doses ocorre entre 1 a 2 horas após a administração da dose e a concentração máxima no leite ocorre por volta do final de 12 horas de intervalo após a dose.

Em alguns indivíduos pode ser observado um segundo pico de concentração plasmática devido à circulação enterohepática, contudo, estudos demonstraram que apenas 0,35 a 1,0% da dose de Cloridrato de Ranitidina (300 mg) foi excretada pela bile após 24 horas.

Em neonatos, devido à limitação de função renal no primeiro mês de vida, é esperado que ocorra redução do clearence de Cloridrato de Ranitidina.

Amostras de sangue colhidas após uma única dose intravenosa (IV) de Cloridrato de Ranitidina (2,4 mg/kg) em 27 recém-nascidos a termo, sem insuficiência renal ou hepática, revelaram os seguintes dados farmacocinéticos: meia-vida de eliminação = 3,45 horas; volume total de distribuição = 1,52 litros/kg; depuração plasmática total = 5,02 mL/kg/minuto.

A análise descritiva dos valores obtidos em estudo realizado com 34 voluntários sadios com administração de dose única de solução oral de Cloridrato de Ranitidina 40 mg/mL, com desenho Crossover 2x2 padrão, comparando-se aos valores obtidos com a administração de Cloridrato de Ranitidina xarope 150 mg/10 mL, com amostras coletadas no intervalo de 0 hora até 12 horas, visando avaliar os parâmetros farmacocinéticos de Cloridrato de Ranitidina solução oral, está resumida na tabela abaixo.

Média e Desvio Padrão dos parâmetros Farmacocinéticos de ranitidina solução oral 40 mg/mL:

Parâmetro

Média

Desvio

Cmáx (ng/mL)

897.253

322.071

ASC 0-t (ng.h/mL)

3886.468

882.265

ASC 0-inf (ng.h/mL)

4170.774

940.709

Tmax(h)

2.208

0.767

T1/2 (h)

2.854

0.485

Como devo armazenar o Cloridrato De Ranitidina Pharlab?

Mantenha o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e protegido da luz.

Todas as soluções de ranitidina injetável para uso intravenoso, preparadas com líquidos normalmente usados para este fim, devem ser descartadas depois de 24 horas.

Após preparo, manter por até 24 horas.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos

Ranitidina injetável é uma solução aquosa estéril que vai de incolor a amarelo pálido (amarelada), em ampolas de 2mL.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Cloridrato De Ranitidina Pharlab

M.S. 1.4107.0080

Farm. Resp.:
Fabiana Costa Firmino
CRF/MG-19.764

Pharlab Indústria Farmacêutica S.A.
Rua São Francisco, 1300 - Américo Silva
CEP 35590-000 - Lagoa da Prata - MG
CNPJ 02.501.297/0001-02
Indústria Brasileira

SAC: 0800 0373322
www.pharlab.com.br

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Cloridrato de Ranitidina


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 14 de Junho de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 14 de Junho de 2024.

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