Cloridrato de Nalbufina
(15)Preço
Tipo de receita
- C1 Branca 2 Vias (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica)
Classe terapêutica
- Analgésicos Narcóticos
Forma farmacêutica
- Solução injetável
Categoria
- Analgésicos
- Medicamentos
- Produtos Hospitalares
Dosagem
- 10mg/mL
Fabricante
- Hipolabor
- Laboratório Cristália
- Halex Istar
Princípio ativo
- Cloridrato de Nalbufina
Tipo do medicamento
- Genérico
- Similar
Quantidade
- 1 mL
- 2 mL
Bula do Cloridrato de Nalbufina
Cloridrato de Nalbufina, para o que é indicado e para o que serve?
Cloridrato de Nalbufina é indicado para alívio de dores desde as moderadas até as severas. Pode também ser utilizado como complemento da anestesia cirúrgica, na analgesia pré e pós-operatória, na analgesia obstétrica durante o trabalho de parto, e para alívio da dor após infarto agudo do miocárdio.
Quais as contraindicações do Cloridrato de Nalbufina?
A nalbufina é contraindicada em pacientes com:
- Hipersensibilidade ao cloridrato de nalbufina ou a qualquer outro componente do produto;
- Abdômen agudo, obstrução gastrointestinal suspeita ou conhecida, incluindo íleo paralítico;
- Tratamento com inibidores da monoaminoxidase (IMAO) ou cuja suspensão destes fármacos for inferior a 14 dias;
- Depressão respiratória significativa;
- Asma brônquica aguda ou severa em ambiente não monitorado ou na ausência de equipamentos de ressuscitação.
Gravidez
Categoria B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Tipo de receita
Como usar o Cloridrato de Nalbufina?
Cloridrato de Nalbufina deve ser administrado por via subcutânea, intramuscular ou intravenosa.
Posologia do Cloridrato de Nalbufina
Adultos
A dose recomendada para um adulto de 70 kg é de 10 mg, por via subcutânea, intramuscular ou intravenosa. Esta dose pode ser repetida, se necessário, a cada 3 a 6 horas. A dose deve ser ajustada de acordo com a severidade da dor, o estado psíquico do paciente e outras medicações que o mesmo estiver recebendo. Em pacientes não tolerantes, a dose única máxima é de 20 mg, com uma dose total diária máxima de 160 mg.
O uso de Cloridrato de Nalbufina como complemento de anestesia requer doses maiores que as recomendadas para analgesia. A dose de indução deve ser de 0,3 mg/kg a 3,0 mg/kg, administrada por via intravenosa durante 10 a 15 minutos, com dose de manutenção de 0,25 a 0,50 mg/kg, em administrações intravenosas únicas, quando necessário.
Cloridrato de Nalbufina é fisicamente incompatível com naficilina e cetorolaco.
Pacientes que tenham feito tratamento crônico com opioides podem apresentar sintomas de crise de abstinência após a administração de Cloridrato de Nalbufina. Os sintomas da crise de abstinência de opioides podem ser controlados pela administração intravenosa lenta de pequenos incrementos de morfina, até que o alívio seja alcançado. Se o analgésico administrado previamente for morfina, petidina, codeína ou outro opioide com mesma duração de atividade, pode-se administrar inicialmente 1/4 da dose de Cloridrato de Nalbufina, sendo necessário observar o aparecimento de sintomas da crise de abstinência como cólica abdominal, náusea e vômito, rinorreia, lacrimejamento, ansiedade, agitação, hipertermia e piloereção. Caso estes sintomas não ocorram, pode-se administrar doses progressivamente maiores em intervalos apropriados, até que a analgesia desejada seja obtida com Cloridrato de Nalbufina.
Soluções de uso parenteral devem ser inspecionadas visualmente quanto à presença de partículas ou alteração de cor antes de serem administradas.
Pacientes idosos
Nalbufina deve ser usado com cautela em pacientes idosos por serem mais propensos a efeitos adversos, especialmente depressão respiratória.
Devido à diminuição do metabolismo, os pacientes idosos normalmente requerem doses mais baixas.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Nalbufina com outros remédios?
Benzodiazepínicos e outros Depressores do Sistema Nervoso Central (CNS) (como álcool, hipnóticos, sedativos, ansiolíticos, anestésicos, tranquilizantes, neurolépticos, antidepressivos e outros opioides)
O uso concomitante de nalbufina com benzodiazepínicos ou outros depressores do SNC pode apresentar efeitos aditivos, resultando em depressão respiratória, sedação profunda e risco de óbito. É recomendado avaliar se o paciente necessita receber estes fármacos concomitantemente baseado na relação risco benefício, e caso positivo, ajustar a dose mínima efetiva de acordo com a sua resposta clínica.
Fármacos serotonérgicos
O uso concomitante de opioides com outros medicamentos que afetam o sistema neurotransmissor serotonérgico, como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSNs), antidepressivos tricíclicos (ADTs), triptanos, antagonistas dos receptores 5-HT3, fármacos que afetam o sistema de neurotransmissor de serotonina (ex: mirtazapina, trazodona, tramadol) e inibidores de monoaminaoxidase (MAO) (aqueles destinados a tratar distúrbios psiquiátricos e outros, como linezolida e azul de metileno por via intravenosa), resultou em síndrome serotoninérgica.
Inibidores da monoaminaoxidase (IMAOs)
As interações de IMAO (ex: fenelzina, tranilcipromina, linezolida) com opioides podem manifestar-se como síndrome serotoninérgica ou toxicidade de opioides (ex: depressão respiratória, coma).
O uso de nalbufina não é recomendado para pacientes que tomam IMAO ou dentro de 14 dias após a interrupção desse tratamento. Se for estritamente necessário o uso de um opioide, é recomendado utilizar doses de teste, realizar titulação frequente e monitorar a pressão arterial do paciente, sinais e sintomas do SNC e depressão respiratória.
Qual a ação da substância do Cloridrato de Nalbufina?
Resultados de Eficácia
Nalbufina apresenta alívio prolongado da dor no pós-operatório, com potente ação analgésica nos casos da dor aguda; boa sedação e com menos alteração cardiovascular em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio e troca de válvula.
Referência:
Lake CL, Duckworth EN, DiFazio CA, Durbin CG, Magruder MR. Cardiovascular Effects of Nalbuphine in Patients with Coronary or Valvular Heart Disease. Anesthesiology 1982; 57: 498-503.
Estudo com 15 pacientes com infarto agudo do miocárdio. Um grupo (8 pacientes) fez uso de nalbufina e outro grupo (7 pacientes) fez uso de morfina. Nos parâmetros respiratórios e hemodinâmico analisados em relação à manutenção do equilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio no coração infartado, o autor conclui que os resultados apresentados foram significativos (p < 0,05) a favor da nalbufina, e que esta pode ser utilizada para controle da dor em pacientes com IAM. O estudo também mostrou baixa incidência de náuseas e vômitos.
Referência:
Lee G, Low RI, Amsterdam EA, DeMaria AN, Huber PW, Mason DT. Hemodynamic effects of morphine and nalbuphine in acute myocardial infarction. Clin Pharmacol Ther 1981; 29:5: 576-581.
Nalbufina, morfina e petidina, foram comparadas quanto à analgesia intravenosa durante as primeiras 24 horas após a colecistectomia. Os resultados na avaliação da analgesia não mostraram significância entre o grupo da morfina e nalbufina, e a nalbufina mostrou-se útil em analgesia pós-operatória, mais seguro e tão eficaz quanto a morfina.
Referência:
Bahar M, Rosen M, Vickers MD. Self-administered nalbuphine, morphine and pethidine. Comparison, by intravenous route, following cholecystectomy. Anaesthesia 1985;40: 529-532.
Estudo realizado com morfina e nalbufina em doses equipotentes para alívio da dor no intra e pós-operatório em histerectomia abdominal total. O grupo da morfina apresentou elevação da pressão arterial e frequência cardíaca 20% acima dos valores basais, enquanto a nalbufina se manteve dentro do limite de 20%. Nalbufina proporcionou melhor estabilidade hemodinâmica e melhor analgesia.
Referência:
Minai FN, Khan FA. A Comparison of Morphine and Nalbuphine for Intraoperative and Postoperative Analgesia. J Pak Med Assoc 2003;53:9:391-396.
Características Farmacológicas
Cloridrato de Nalbufina é um analgésico opioide sintético, agonista-antagonista, da série do fenantreno. É quimicamente relacionado com a naloxona, amplamente utilizada como antagonista de opioides e com a oximorfona, um potente analgésico opioide.
Cloridrato de Nalbufina é um analgésico potente. Sua potência analgésica é equivalente à da morfina [10 mg de Cloridrato de Nalbufina equivalem a 8 -10 mg de sulfato de morfina]. Estudos mostraram que Cloridrato de Nalbufina liga-se aos receptores mu, kappa e delta, mas não aos receptores sigma. Cloridrato de Nalbufina é um analgésico que atua principalmente como agonista de receptores kappa e antagonista parcial de receptores mu.
O início de ação de Cloridrato de Nalbufina ocorre 2 a 3 minutos após administração intravenosa e em menos de 15 minutos após administração subcutânea ou intramuscular.
A meia-vida plasmática da nalbufina é de 5 horas e estudos clínicos relataram a duração de atividade analgésica entre 3 a 6 horas.
A potência da atividade antagonista opioide do Cloridrato de Nalbufina é equivalente a 1/4 da potência da nalorfina e a 10 vezes a potência da pentazocina.
Cloridrato de Nalbufina pode produzir o mesmo grau de depressão respiratória que doses equianalgésicas de morfina. Entretanto, Cloridrato de Nalbufina produz um efeito teto tal que, mesmo doses maiores que 30 mg não produzem um grau maior de depressão respiratória.
Cloridrato de Nalbufina apresenta atividade antagonista opioide potente em doses iguais ou menores que sua dose analgésica. Quando administrado após ou concomitantemente a analgésicos opioides mu agonistas (morfina, oximorfona, fentanil), Cloridrato de Nalbufina pode reverter parcialmente ou bloquear a depressão respiratória opioide-induzida. Cloridrato de Nalbufina pode precipitar crise de abstinência a pacientes dependentes de fármacos opioides. Cloridrato de Nalbufina deve ser prescrito com cautela a pacientes que receberam doses regulares de analgésicos opioides.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Nubain®.
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Consulta também a Bula do Cloridrato de Nalbufina
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