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Bula do Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 14 de Outubro de 2020.

Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina, para o que é indicado e para o que serve?

Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina é um medicamento utilizado para o tratamento das afecções nasais de origem alérgica, inflamatória ou infecciosa.

Quais as contraindicações do Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina?

Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina é contraindicado para pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

É contraindicado em casos de sífilis, varicela, reações vacinais, micoses, herpes simples e infecções cutâneas.

Este produto não se destina ao uso oftalmológico.

Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes menores de 7 anos.

Como usar o Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina?

Introduzir na narina o bico do frasco nebulizador voltado para cima e apertar as paredes do frasco. (Fig. 1)

Adultos e crianças acima de 7 anos

Fazer 3 a 5 nebulizações em cada narina, 3 a 4 vezes ao dia.

Limpar bem o bico do frasco nebulizador após cada utilização, tampá-lo e guardálo em sua embalagem original. (Fig. 2)

Duração do tratamento: a duração do tratamento dependerá da gravidade do quadro clínico, ficando a mesma a critério do médico.

De acordo com a dose, frequência e duração da terapia, a medicação deverá ser descontinuada, reduzindo-se a dose gradualmente.

Pacientes cujas condições não melhorarem dentro de 7 dias devem ser reavaliados.

O uso do produto deve ser limitado para no máximo 2 semanas.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina maior do que a recomendada?

No caso de superdosagem o tratamento deve ser sintomático e de suporte.

Dexametasona

  • Superdosagem aguda: as reações adversas são pouco prováveis com a pequena quantidade de corticosteroide contida em cada embalagem.
  • Superdosagem crônica: se sintomas de superdosagem crônica ocorrerem, o corticosteroide nasal deve ser descontinuado lentamente.
  • Sintomas de superdosagem crônica: lesões acneiformes, Síndrome de Cushing, hiperglicemia e alterações menstruais.
    • Maior incidência: queimação, ressecamento ou outro sintoma nasal, de caráter moderado e passageiro.
    • Menor incidência: espirros.

Nafazolina

  • Sinais de superdosagem aguda e crônica: diminuição da temperatura corporal, sonolência, bradicardia, hipertensão e fraqueza.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina com outros remédios?

O uso concomitante de barbitúricos, fenitoína ou rifampicina pode reduzir o efeito da dexametasona.

Os corticosteroides podem reduzir o efeito anticoagulante dos derivados cumarínicos.

Ant-iinflamatórios não esteroides podem aumentar o risco de hemorragia gastrintestinal dos corticosteroides.

O uso concomitante de maprotilina ou antidepressivos tricíclicos podem potencializar o efeito constritor da nafazolina, se ocorrer absorção sistêmica significativa da nafazolina.

Alterações de exames laboratoriais: resultado falso-negativo pode ocorrer com azul de nitrotetrazolina.

Interação medicamento-medicamento

Interações medicamento - medicamento relacionadas ao uso do sulfato de neomicina

Gravidade maior

Medicamentos

Efeito na interação

Alcuronio, atracurio, cistracurium, decametonio, doxacurio, fazadinio, galamina, exaflurenio, metocurina, mivacúrio, pancurônio, pipecurônio, rapacurônio, rocurônio, tubocurarina e vecurônio

O uso associado ao sulfato de neomicina causa aumento ou prolongação do bloqueio neuromuscular podendo promover depressão respiratória e paralisia

Cidofovir

Nefrotoxicidade

Tacrolimo

Disfunção renal e nefrotoxicidade

Gravidade moderada

Medicamento

Efeito da interação

Bumetanide

Aumento do risco de desenvolver ototoxicidade

Anisindiona, dicumarol, fenprocoumono e varfarina

Aumento do risco de sangramento

Digoxina

Diminuição dos níveis de digoxina

Ciclosporina

Causa disfunção renal e nefrotoxicidade

Furosemida

Ototoxicidade e/ou nefrotoxicidade

Metotrexato

Perda do efeito do metotrexato

Gravidade menor

Medicamento

Efeito da interação

Andinocilina, amoxilina, ampicilina, azlocilina, bacampicilina, carbencilina, cloxacilina, ciclacilina, dicloxacilina, floxacilina, hetacilina, meticilina, mezlocilina, nafacilina, oxacilina, panicilina G e V, piperacilina, pivampicilina, propicilina, quinacilina, sultamicilina, temocilina e ticarcilina

Perda da eficácia do aminoglicosídeo

Interações medicamento - medicamento relacionadas ao uso da dexametasona

Gravidade maior

Medicamento

Efeito da interação

Aldesleuquina

Redução do efeito antitumor

Bupropiona

Diminuição do limiar para convulsões

Darunavir, dasatinibe, etravirina, amprenavir (metabólito ativo do fosamprenavir), imatinibe, ixabepilona e iapatinibe

Diminuição dos níveis plasmáticos do darunavir

Nilotinibe, quetiapina, sunutinibe e seus metabólitos ativos

Causa diminuição das concentrações plasmáticas

Tensirolimo

Diminuição da concentração máxima de sirolimo (metabólito ativo)

Talidomida

Aumento do risco de desenvolver necrólise epidérmica tóxica

Gravidade moderada

Medicamento

Efeito da interação

Acenocumarol

Aumento do risco de sangramento ou diminuição dos efeitos do acenocumarol

Alatrofloxacina, balofloxacina, cinoxacina, ciprofloxacina, clinafloxacina, enoxacina, fleroxacina, flumequina, gemifloxacino, grepafloxacino levofloxacina, lomefloxacina, moxifloxacina, norfloxacina, ofloxacina, perfloxacina, prulifloxacina, rosoxacina, rufloxacina, sparfloxacina, temafloxacina, tosufloxacina e mesilato de trovafloxacina

Aumento do risco de ruptura do tendão

Alcurônio

Diminuição da efetividade do alcurônio e prolongamento da fraqueza muscular e miopatia

Aminoglutetimida e carbamazepina

Diminuição da efetividade da dexametasona

Anfoterricina B liposomal

Dumento do risco de hipocalemia

Amprenavir

Diminuição da concentração plasmática do amprenavir

Vacina de Antrax, BCG, Haemófilo B, Hepatite A, vírus Influenza, Varicela, Anti-rábica, Doença de Lyme, Sarampo, Febre amarela, Tifo, Varíola, Tétano, Rubéola, Anti-Meningocócica, Caxumba, Pólio, Coqueluxe, Peste e Difteria

Resposta imunológica inadequada da vacina

Vacina Toxoide diftérico

Resposta imunológica inadequada à vacina

Vacina contra rotavírus

Aumento do risco de infecção pós-vacina

Aprepitanto

Aumento da exposição sistêmica da dexametasona

Ácido acetilsalicílico

Aumento do risco de ulceração gastrointestinal e dos níveis subterapêuticos de ácido acetilsalicílico

Galamina, pipecurônio, vecurônio, doxacúrio, atracúrio, cisatracúrio, rocurônio, hexaflurênio, pancurônio, metocurina, mivarúrio e tubocurarina

Causa diminuição da efetividade das drogas e prolongamento da fraqueza muscular e da doença muscular

Aminoglutetimid e carbamazepina

Causa diminuição da efetividade da dexametasona

Bupropiona

Causa diminuição do limiar para crises convulsivas

Caspofungina, delaviridina, etravirina, darunavir e dasatinibe

Causa diminuição dos níveis plasmáticos do destas drogas

Dicumarol ou varfarina

Aumento do risco de sangramento e diminuição da efetividade do dicumarol e da varfarina

Equinácea

Diminuição da efetividade dos corticosteroides

Etinilestradiol e etonogestrel

Causa prolongamento dos efeitos da dexametasona

Everolimo

Perda de eficácia do everolimo

Fluidiona

Aumento do risco de sangramento e diminuição dos efeitos da fluidiona

Fosaprepitanto

Aumento da exposição à dexametasona

Fosfenitoina

Diminuição da efetividade da dexametasona

Imatinibe, lapatinibe, ixabepilona, nilotinibe e indinavir

Causa diminuição dos níveis plasmáticos destas drogas

Irinotecan

Aumento do risco de linfocitopenia e/ou hiperglicemia

Itraconaxol

Aumento da concentração plasmática de corticosteroide e aumento do risco de efeitos adversos do uso de corticosteroides (miopatia, intolerância à glicose e síndrome de Cushing)

Licorice

Aumento do risco de reação adversa ao uso de corticosteroides

Mifepristona

Diminuição dos níveis séricos de mifepristona e potencial diminuição da eficácia

Fenprocumona

Aumento do risco de sangramento ou diminuição dos efeitos da fenprocumona

Fenobarbital, fenitoína, primidona, efedrina e rifampina

Causa diminuição do efeito da dexametasona

Praziquantel, sorafenibe, tensirolimo, sunitinibe e saquinavir

Causa diminuição da efetividade das respectivas drogas

Rifapentina

Diminuição da efetividade dos corticosteroides

Ritonavir

Aumento da concentração plasmática de dexametasona

Sargramostim

Aumento do efeito mieloproliferativo do sargramostim

Tretinoína

Diminuição da eficácia da tretinoína

Erva Ma Huang

Diminuição da efetividade dos corticosteroides

Erva Saiboku-To

Aumento e prolongamento do efeito de corticosteroides

Diuréticos depletores de potássio

Desenvolvimento de hipocalemia

Gravidade menor

Medicamentos

Efeito da interação

Albendazol

Aumento do risco dos efeitos adversos do albendazol

Mestranol, norelgestromina, noretindrona e norgestrel.

Prolongamento do efeito da dexametasona

Tuberculina

Diminuição da reatividade à tuberculina

Interações medicamento – exame laboratorial e não laboratorial

Gravidade: menor

Medicamentos

Efeitos na interação

Indometacina

Resultados falso negativos nos testes de supressão da dexametasona

Dexametasona

Resultados falso negativos no teste de nitroazultetrazol na infecção bacteriana

Interações medicamento - medicamento relacionadas ao uso da nafazolina

Medicamento

Efeitos na interação

IMAO (inibidor da monoamino oxidase)

Pode causar crise hipertensiva

Antidepressivos tricíclicos

Potencialização dos efeitos pressóricos da nafazolina

Qual a ação da substância do Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina?

Resultados de Eficácia


A dexametasona é indicada para o tratamento de condições alérgicas e inflamatórias incapacitantes incluindo rinite alérgica sazonal ou perene, e que atualmente tem-se denominado de rinite alérgica intermitente e persistente. O tratamento com a dexametasona por via nasal é indicado também para o tratamento de pólipos nasais e edema agudo de laringe. Ainda, a dexametasona pode ser considerada uma possibilidade de tratamento quando associado a antibiótico como a neomicina para o tratamento de quadros de rinossunisite infecciosa e obstruções das vias aéreas causados por infecção bacteriana.

A nafazolina é considerada eficaz quando utilizada como descongestionante nasal tópico no alívio dos sintomas da gripe comum, sintomas nasais agudos das rinites aguda e crônica e em sintomas de obstrução nasal nos quadros de rinossinusite apresentando ação terapêutica na mucosa nasal no tratamento antiinflamatório das reações alérgicas.

Referências Bibliográficas:

Micromedex. Drugdex, dexamethasone http://www.micromedexsolutions.com [Jan 2010].
Micromedex. Drugdex_: naphazoline http://www.micromedexsolutions.com [Jan 2010].

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Cloridrato de Nafazolina + Fosfato Dissódico de Dexametasona + Sulfato de Neomicina solução nasal associa o efeito anti-inflamatório da dexametasona ao efeito antibacteriano da neomicina, eliminando simultaneamente a congestão nasal através do cloridrato de nafazolina.

O fosfato dissódico de dexametasona é um corticosteroide com atividade glicocorticoide. No tratamento dos sintomas nasais a ação principal do corticosteroide, aplicado via nasal, é anti-inflamatória. Os corticosteroides nasais inibem a IgE e a fase precoce da reação alérgica mediada pelos mastócitos. Eles também inibem a migração das células antiinflamatórias para os tecidos nasais (a fase tardia da reação alérgica), a qual pode desempenhar um papel significante na patologia da rinite crônica.

Durante a fase tardia da reação alérgica, eosinófilos, neutrófilos, basófilos e células mononucleares produzem mediadores inflamatórios, responsáveis pelo reaparecimento dos sintomas nasais.

O sulfato de neomicina é um antibacteriano aminoglicosídico que é transportado ativamente através da membrana da célula da bactéria, liga-se a um receptor de proteína específico, na unidade 30 S dos ribossomos, das bactérias e interfere inibindo a síntese das proteínas.

O cloridrato de nafazolina é uma amina simpatomimética de ação direta com acentuada atividade alfa-adrenérgica. É um vasoconstritor com rápida e prolongada ação na redução do edema relacionado ao processo inflamatório e consequente congestão quando aplicado em membranas mucosas.

Propriedades farmacocinéticas

O fosfato dissódico de dexametasona é rápida e extensamente absorvido pela mucosa nasal e prontamente absorvido pela mucosa gastrintestinal. Uma parte do medicamento administrado via nasal é engolido. A sua meia-vida biológica no plasma é de cerca de 190 minutos. A ligação da dexametasona às proteínas plasmáticas é de 65 a 90% e é menor do que para a maioria dos outros corticosteroides. Até 65% da dose é excretada na urina dentro de 24 horas.

Apenas 3% da neomicina é absorvida pela mucosa intacta do trato gastrintestinal.

Quantidades significativas podem ser absorvidas através de mucosa ulcerada, inflamada ou com solução de continuidade. A quantidade absorvida é eliminada pelos rins e a não absorvida é eliminada inalterada nas fezes.

Tem sido reportada a absorção sistêmica após a aplicação tópica de solução de nafazolina. A nafazolina é prontamente absorvida pelo trato gastrintestinal.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Hidrocin.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 14 de Outubro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 14 de Outubro de 2020.

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