Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
(7)Preço
Tipo de receita
- Isento de Prescrição Médica
Classe terapêutica
- Hepatoprotetores e Lipotrópicos
Forma farmacêutica
- Solução oral
Categoria
- Fígado
- Medicamentos
Dosagem
- 100mg/mL + 50mg/mL + 10mg/mL
Fabricante
- Cimed
- Airela
Princípio ativo
- Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Tipo do medicamento
- Específico
Quantidade
- 10 mL
- 120 mL
Abcler Abnat 10mg/mL + 50mg/mL + 100mg/mL, caixa com 1 frasco com 120mL de solução de uso oral + 1 copo medidor
Airela
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Abcler Abnat 10mg/mL + 50mg/mL + 100mg/mL, caixa com 12 flaconetes com 10mL de solução de uso oral
Airela
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Abcler Abnat 10mg/mL + 50mg/mL + 100mg/mL, flaconete com 10mL de solução de uso oral
Airela
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Epativan 100mg/mL + 50mg/mL + 10mg/mL, 1 flaconete com 10mL de solução de uso oral
Cimed
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Epativan 100mg/mL + 50mg/mL + 10mg/mL, caixa com 10 flaconetes com 10mL de solução de uso oral
Cimed
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Epativan 100mg/mL + 50mg/mL + 10mg/mL, caixa com 1 flaconete com 10mL de solução de uso oral
Cimed
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Epativan 100mg/mL + 50mg/mL + 10mg/mL, flaconete com 10mL de solução de uso oral
Cimed
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Bula do Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina
Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina, para o que é indicado e para o que serve?
Citrato de Colina + Betaína + Metionina (substância ativa) é um produto composto por 3 aminoacidos: dl-metionina, colina e betaína. Indicado no tratamento dos distúrbios metabólicos hepáticos.
Quais as contraindicações do Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina?
Este medicamento é contraindicado para pessoas hipersensíveis aos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para pessoas portadas de doenças hepáticas graves, tais como cirrose hepática proveniente do consumo de álcool.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade.
Tipo de receita
Como usar o Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina?
Adultos
1 flaconete (10mL), até 3 vezes por dia, antes das principais refeições, ou a critério médico. Não ultrapasse as dosagens recomendadas, exceto com orientação médica.
Durante o tratamento, recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas.
Dose máxima diária recomendada
3 flaconetes/dia que equivalem a 3000mg/dia de colina, 1500mg/dia de betaína e 300mg/dia de metionina.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina com outros remédios?
Não há relatos de interações medicamentosas com o produto.
Qual a ação da substância do Citrato de Colina + Betaína + Acetilracemetionina?
Resultados de eficácia
Quarenta pacientes considerados com risco de desenvolvimento de dano hepático, renal, pancreático ou miocárdico após intoxicação com paracetamol, foram estudados, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos, controlados pela idade, intervalo entre ingestão e início de tratamento e severidade da intoxicação. O grupo I recebeu terapia endovenosa com cisteamina (3 – 6 g por 20h, n= 14), o grupo II, metionina por via oral (10g por 16h, n = 13) e o grupo III, controle, recebendo apenas terapia de suporte (dextrose 10% por via endovenosa e vitaminas, n = 13). Tanto os pacientes do grupo I como os pacientes do grupo II apresentaram melhor evolução clínica, monitorada por avaliação histológica, concentrações séricas de bilirrubina, aspartato aminotransferase e tempo de protrombina. Um paciente do grupo III faleceu, enquanto não foram observados óbitos nos grupos I e II.
Em um estudo, foram tratados 17 pacientes com altos níveis plasmáticos de paracetamol com metionina por via oral (2 – 5 g a cada 4h, tratamento iniciado com intervalo menor que 10h após a ingestão de paracetamol). Dos 17 pacientes estudados, 12 não demonstraram evidência de dano hepático (monitorado através da concentração sérica de AST), 2 apresentaram dano hepático pequeno enquanto que 3 apresentaram dano hepático mais intenso. Não ocorreram mortes neste grupo, entretanto, no grupo controle (n=14), 7 dos pacientes faleceram por insuficiência hepática e os sete restantes apresentaram evidências de dano hepático intenso. Estes pesquisadores também administraram metionina a cinco pacientes, só que com intervalo de ingestão maior que 10h. Neste grupo, um paciente faleceu e os outros quatro apresentaram evidências de dano hepático.
Em um estudo envolvendo 10 pacientes adultos com esteatose hepática não alcoólica, os pacientes receberam betaína anidra solução oral dividida em duas doses diárias por 12 meses. Uma melhora significativa nos níveis séricos de aminotransferase aspartato (p=0,02) e de ALAT (p=0,007) ocorreu durante o tratamento. O nível de aminotransferases normalizou em três dos sete pacientes, reduzindo por 50% em três dos sete pacientes, e permanecendo imutável em um paciente quando comparado com os valores basais. Melhora nos níveis séricos de aminotransferases (ALT – 39%; AST – 38%) também ocorreu durante o tratamento naqueles pacientes que não completaram todo o estudo.
Similarmente, uma significativa melhora no grau de esteatose, no grau de necrose inflamatória, e nos estágios de fibroses foi observada neste 1 ano de tratamento com betaína. Abetaína demostrou melhora bioquímica e histológica significativa nas células do fígado de pacientes com esteatose não alcoólica, podendo ser utilizada sem riscos nestes pacientes.
Características farmacológicas
As substâncias ativas de Citrato de Colina + Betaína + Metionina (substância ativa) são importantes para normalizar o metabolismo protéico e lípidico nos casos em que há distúrbios metabólicos como a esteatose hepática. A esteatose hepática é definida como uma alteração morfofisiológica dos hepatócitos em consequência de diversos distúrbios metabólicos, sendo habitualmente um processo reversível. A remoção dos fatores causais leva à mobilização da gordura acumulada e restauração do aspecto normal. A associação dos aminoácidos demostrou maior eficácia do que os aminoácidos em separado mantendo a excelente tolerabilidade. Estes aminoácidos atuam na metabolização das gorduras acumuladas no interior dos hepatócitos, revertendo o quadro da esteatose hepática.
A colina é uma substância que age principalmente sobre o fígado, evitando o acúmulo de gordura nesse órgão e auxiliando na remoção de restos metabólicos e outras toxinas. A colina, combinando se com gorduras e com fósforo para formar a lecitina, é essencial à produção de lipoproteínas. Estas lipoproteínas desempenham importante papel na remoção da gordura hepática e no transporte normal dos lipídios. A colina apresenta três principais funções no organismo. Principalmente, participando na biossíntese da fosfatidilcolina e outro complexo de colina contendo fosfolípides, colina apresenta uma importante atuação na síntese dos fosfolípides no plasma e na estrutura das membranas celulares. A segunda e terceira função metabólica são a síntese direta de acetilcolina, um neurotransmissor, e via betaína com fonte de grupos metil instáveis. Estimou-se que os humanos necessitam de aproximadamente 0,3 mmol/kg/d de grupos metil. A colina deve ser oxidada em betaína na mitocôndria do fígado para atuar como doadora de metil.
A betaína completa a ação antioxidante hepática de Citrato de Colina + Betaína + Metionina, pois juntamente com a metionina e a colina, acelera a remoção da gordura infiltrada no fígado. O principal efeito fisiológico da betaína é como um osmólito e como doador de radicais metil (transmetilação). Como um osmólito, a betaína protege as células, proteínas, e enzimas do estresse ambiental (alta salinidade ou extrema temperatura). Como um doador de radicais metil, a betaína participa do ciclo da metionina, primariamente no fígado e rins humanos. O consumo inadequado de grupos metil leva a hipometilação em vias muito importantes, incluindo: distúrbios no metabolismo de proteínas hepáticas (metionina) determinadas pela alta concentração de homocisteína plasmática e diminuição das concentrações de S-adenosilmetionina, e metabolismo inadequado das gorduras hepáticas, o que leva a esteatose (acumulação de gordura) e consequentemente dislipidemias.
A metionina é um aminoácido essencial, que tem importante função protetora do fígado por sua ação antioxidante acentuada e por ser precursora da S-adenosil-L-Metionina (SAMe) e do glutation, um reconhecido antioxidante. A falta de metionina e dos demais fatores antioxidantes podem ser responsabilizados pela esteatose hepática. Além disso, na deficiência de metionina, há menor formação de s-adenosilmetionina (transmetilação) com menor ativação de folato, do t-RNA, síntese de creatina, carnitina, lecitina e norepinefrina. A queda da transsulfuração e formação da cisteína reduzem os níveis de glutation, diminuindo, assim, parte importante da defesa antioxidante intracelular. A literatura bioquímica revela que o metabolismo da betaína está estritamente vinculado ao metabolismo da colina e da metionina.
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