Bula do Cinchona calisaya
Princípio Ativo: Cinchona calisaya
Cinchona calisaya, para o que é indicado e para o que serve?
O produto Cinchona calisaya é utilizado como produto tônico e estimulante do apetite.
Quais as contraindicações do Cinchona calisaya?
Cinchona calisaya é contraindicado para pessoas com inflamação aguda acompanhada de febre ou vermelhidão na face. Também é contraindicado para pessoas com epilepsia, irritação nervosa, irritação vascular ou hemorragia ativa; para pessoas com úlceras estomacais ou intestinais, disenteria amebiana, gastrite, síndrome do intestino irritável, colite ulcerosa, enfermidade de Crohn, Mal de Parkinson, doenças de fígado ou indigestão hipoescretora.
Este produto é contraindicado para uso por pacientes alérgicos à droga ou a seus componentes.
Este produto é contraindicado para menores de 12 anos.
Mulheres grávidas ou amamentando não devem utilizar este produto, já que não há estudos que possam garantir a segurança nessas situações.
Como usar o Cinchona calisaya?
A solução oral deve ser ingerida por via oral.
Os produtos tradicionais fitoterápicos não devem ser administrados pelas vias injetável e oftálmica.
Posologia do Cinchona calisaya
Ingerir 2 colheres de sopa (30ml), equivalentes a 12 mg de quinina, antes das refeições, 3 vezes ao dia.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cinchona calisaya maior do que a recomendada?
A quinina, o principal alcaloide da quina, em altas doses é depressor do Sistema Nervoso Central. Administrada por via oral, apresenta epigastralgia (dor na parte superior do abdômen), náuseas e vômitos. Em indivíduos com sensibilidade pode provocar asma, e muito ocasionalmente, danos renais como anúria (ausência da secreção urinária) e uremia (excesso de uréia no sangue).
A quinina, durante o uso prolongado ou em doses elevadas, pode originar uma síndrome conhecida como cinchonismo, caracterizada por fotofobia (sensibilidade anormal à luz, especialmente nos olhos), perda do reflexo da acomodação visual, transtornos visuais, lesão na retina, vertigens, zumbidos, enxaquecas, erupções cutâneas, transtornos gastrointestinais e cardiovasculares.
Em caso de intoxicação aguda, predominam estes últimos sintomas.
A quinidina, outro alcaloide presente na quina, ocasionalmente pode originar efeito imunoalérgico que pode desencadear um bloqueio auriculoventricular. Em altas doses gera transtornos cardiovasculares, visuais, gástricos e neurológicos.
Um estudo da toxicidade oral aguda com um extrato da casca de quina, realizado em animais pela Universidade de Guayaquil, Equador, não mostrou nenhum efeito tóxico. O relatório final atribui esse baixo potencial de toxicidade à alta margem de segurança.
Em caso de uso de grande quantidade deste produto, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou folheto informativo, se possível.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
Não há casos de superdose relatados.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cinchona calisaya com outros remédios?
- Cinchona calisaya pode potencializar os derivados cumarínicos ou outros anticoagulantes ou drogas que induzem trombocitopenia.
- Rifampicina e fumo aumentam a liberação de quinina.
- A concentração plasmática do antiarrítmico flecainida pode estar aumentada na presença da quina amarela.
- Arritmias ventriculares podem ocorrer quando combinado com anti-histamínicos astemizol e terfenadine.
- A concentração plasmática do glicosídeo cardíaco, digoxina, pode estar aumentada na presença da quina amarela.
- Cimetidina pode aumentar a concentração plasmática de quina.
Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque orientação de profissional de saúde antes de utilizar este produto.
Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas medicinais e fitoterápicos que estiver tomando. Interações podem ocorrer entre produtos e plantas medicinais e mesmo entre duas plantas medicinais quando administradas ao mesmo tempo.
Fontes consultadas
- Bula do Medicamento Água Inglesa Catarinense.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Março de 2023.