Bula do Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina
Princípio Ativo: Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina, para o que é indicado e para o que serve?
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina é indicado como miorrelaxante, antineurítico e antiálgico.
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina é destinado ao tratamento das condições musculoesqueléticas associadas à dor ou tensão muscular, sua formulação promove relaxamento muscular, analgesia e efeito antineurítico.
Quais as contraindicações do Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina?
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer dos componentes de sua fórmula; nos casos de miastenia gravis, discrasias sanguíneas, supressão da medula óssea e porfiria aguda intermitente.
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina é contraindicado em pacientes que já apresentaram reações alérgicas a meprobamato ou tibamato.
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina não deve ser utilizado no período da gestação e lactação.
O medicamento pode passar pelo leite materno e causar sedação na criança que está recebendo aleitamento materno, por isso recomenda-se não utilizar Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina na fase de amamentação.
Devido à presença da dipirona e do carisoprodol na sua formulação, Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina é contraindicado em pacientes que tiveram complicações gastrintestinais, rinite, urticária, asma ou reações alérgicas induzidas pelo ácido acetilsalicílico ou por outros agentes anti-inflamatórios.
Este medicamento é contraindicado para menores de 16 anos de idade.
Como usar o Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina?
Um comprimido, até 4 vezes ao dia. Esta dose pode ser aumentada até 2 comprimidos, até 4 vezes ao dia, segundo a necessidade do caso e sob orientação médica. Nos casos agudos, o tratamento deverá ser de 24 a 48 horas. Nos casos subagudos, de 7 a 10 dias ou mais, segundo critério médico. O uso contínuo deste medicamento não deve ultrapassar 2 a 3 semanas.
Ingerir preferencialmente com alimentos ou leite.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina maior do que a recomendada?
Os efeitos tóxicos do carisoprodol podem resultar em torpor, coma, choque, edema pulmonar, colapso cardiovascular, insuficiência cardíaca e depressão respiratória, sendo indicadas as medidas gerais de tratamento sintomático e de suporte. É necessária a monitorização do débito urinário. Os efeitos tóxicos podem surgir com a ingestão aguda de altas doses de carisoprodol ou em doses menores associadas a outras medicações depressoras do sistema nervoso central.
No caso de superdosagem acidental, torna-se necessária a instituição de tratamento sintomático e de apoio, incluindo lavagem gástrica e manutenção das funções cardiorrespiratórias.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina com outros remédios?
Cloridrato de piridoxina - Vitamina B6
Interações medicamento-medicamento
Gravidade moderada | |
Medicamentos |
Efeito da Interação |
Levodopa, tetraciclinas (doxiciclina, minociclina, tetraciclina) |
Redução de ou redução de efeitos do medicamento |
Anti-depressivos tricíclicos (amitriptilina, desipramina, imipramina, nortriptilina) |
Potencialização dos efeitos do medicamento |
Gravidade menor |
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Anti-depressivos inibidores da monoaminoxidase, cicloserina, eritropoetina, hidralazina, isoniazida, penicilamina, teofilina |
Reduzem os níveis de vitamina B6 |
5-fluorouracil, doxirrubicina |
Reduzem os efeitos colaterais sem reduzir os efeitos do medicamento |
Cloridrato de tiamina - Vitamina B1
Interações medicamento-medicamento
Gravidade moderada |
|
Medicamento |
Efeito da Interação |
Digoxina |
Pode reduzir a capacidade das células miocárdicas de absorver e utilizar a tiamina, principalmente nos casos de uso concomitante com a furosemida |
Gravidade menor |
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Diuréticos, fenitoína |
Podem reduzir os níveis de tiamina no organismo |
Cianocobalamina - Vitamina B12
Interações medicamento-medicamento
Gravidade menor |
|
Medicamentos |
Efeito da Interação |
Ácido fólico (em altas doses); anti-convulsivantes (fenitoína, fenobarbital, primidona); bloqueadores H2 (cimetidina, famotidina, ranitidina); colchicina; inibidores da bomba de prótons (esomeprazol, lansoprazol, omeprazol, rabeprazol); metformina; quimioterápicos (metotrexato); sequestradores de ácidos biliares (colestipol, colestiramina, colesevelam) |
Reduzem os níveis de vitamina B12, por redução da absorção |
Dipirona
Interações medicamento-medicamento
Gravidade maior |
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Medicamentos |
Efeito da interação |
Ardeparina, clovoxamina, dalteparina, enoxaparina, escitalopram, femoxetina, flesinoxam, fluoxetina, fluvoxamina, nadroparina, nefazodona, parnaparina, paroxetina, pentoxifilina, reviparina, sertralina, tinzaparina, zimeldina | Aumento do risco de sangramento |
Danaparoide. |
Aumento do risco de sangramento e aumento do risco de hematoma no emprego de anestesia neuraxial |
Cetorolaco | Aumento de efeitos adversos gastrintestinais (úlcera péptica, sangramento gastrintestinal e/ou perfuração) |
Metotrexato |
Toxicidade pelo metotrexato |
Pemetrexede |
Toxicidade pelo pemetrexede (mielossupressão, toxicidade renal e gastrintestinal) |
Tacrolimus | |
Gravidade moderada |
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Acetabulol, alacepril, alprenalol, arotinolol, atenolol, befunolol, benazepril, betaxolol, bevantolol, bisoprolol, bopindolol, bucindolol, bupranolol, captopril, carteolol, carvedilol, celiprolol, cilazapril, delapril, dilevalol, enalaprilato, esmolol, espirapril, fosinopril, imidapril, labetalol, landiolol, levobetaxolol, levobunolol, lisinopril, maleato de enalapril, mepindolol, metipranolol, metoprolol, moexipril, nadolol, oxprenolol, penbutolol, pentopril, perindopril, pindolol, propranolol, quinapril, ramipril, nebivolol, nipradilol, sotalol, talinolol, temocapril, tertatolol, timolol, trandolapril, zofenopril | Redução do efeito anti-hipertensivo |
Acetoexamida, clorpropamida, gliclazida, glimepirida, glipizida, gliquidona, gliburida, tolazamida, tolbutamida | Aumento do risco de hipoglicemia |
Desvenlafaxina, dicumarol, duloxetina, acenocoumarol, anisindiona, citalopram, clopidogrel, eptifibatida, milnacipram, fenindiona, fenindiona, fenprocoumona, prasugrel, venlafaxina, varfarina | Aumento do risco de sangramento |
Amilorida, canrenoato, espironolactona, triantereno |
Redução do efeito diurético, hipercalemia, possível nefrotoxicidade |
Ácido etacrínico, azosemida, bemetizida, bendroflumetiazida, bentiazida, bumetanida, butiazida, clorotiazida, clortalidona, clopamida, ciclopentiazida, ciclotiazida, furosemida, hidroclorotiazida, hidroflumetiazida, indapamida, metilclotiazida, metolazona, piretanida, politiazida, quinetazona, torsemida, triclormetiazida, xipamida | Redução da eficácia diurética e anti-hipertensiva |
Candesartana cilexetila, eprosartana, irbesartana, losartana, olmesartana medoxomil, tasosartana, telmisartana, valsartana | Redução do efeito anti-hipertensivo e aumento do risco de insuficiência renal |
Ciclosporina | Aumento do risco de toxicidade pela ciclosporina (disfunção renal, colestase, parestesias) |
Levofloxacino | Aumento do risco de convulsões |
Lítio | Toxicidade pelo lítio (fraqueza, tremor, sede excessiva, confusão) |
Palatrexato | Aumento da exposição ao pralatrexato |
Gravidade menor | |
Anlodipino, bepridil, diltiazem, felodipina, flunarizina, galopamil, isradipina, lacidipina, lidoflazina, manidipina, nicardipina, nifedipina, nilvadipina, nimodipina, nisoldipina, nitrendipina, pranidipina, verapamil | Aumento do risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensor |
L-metilfolato |
Diminuição do efeito do L-metilfolato |
Interação medicamento-exame laboratorial
Gravidade menor | |
Exame Laboratorial | Efeito da interação |
Teste de sangue oculto nas fezes | Teste de sangue oculto nas fezes falso-positivo |
Carisoprodol
Interações medicamento-medicamento
Gravidade maior | |
Medicamentos | Efeito da interação |
Adinazolam, alprazolam, amobarbital, anileridina, aprobarbital, bromazepam, brotizolam, butalbital, cetazolam, clordiazepóxido, clorzoxazona, clobazam, clonazepam, clorazepato, codeína, dantrolene, diazepam, estazolam, eticlorvinol, fenobarbital, fentanil, flunitrazepam, flurazepam, halazepam, hidrato de cloral, hidrocodona, hidromorfona, levorfanol, lorazepam, lormetazepam, medazepam, meperidina, mefenezina, mefobarbital, meprobamato, metaxalona, metocarbamol, metohexital, midazolam, morfina, nitrazepam, nordazepam, oxazepam, oxibato sódico, oxicodona, oximorfona, pentobarbital, prazepam, primidona, propoxifeno, quazepam, remifentanila, secobarbital, sufentanil, sulfato lipossomal de morfina, temazepam, tiopental, triazolam | Depressão respiratória |
Gravidade moderada | |
Kava | Depressão do sistema nervoso central |
Loxapina | Hipotensão e síncope |
Piperacina | Aumento de exposição aos substratos do CYP2C19 |
Qual a ação da substância do Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina?
Resultados de Eficácia
Carisoprodol + Cianocobalamina + Dipirona + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de Tiamina é um miorrelaxante composto pelo carisoprodol, pela dipirona e por 3 vitaminas do complexo B (B1, B6 e B12).
Em estudo clínico duplo-cego, multicêntrico, randomizado, grupo-paralelo e placebo-controlado foi determinada a eficácia e a segurança do uso de carisoprodol na dose de 250 mg, administrado 4 vezes ao dia, por um período de 7 dias, no tratamento de espasmos musculares de aparecimento agudo acompanhados de dor na região lombar. Dos pacientes acompanhados, 277 receberam carisoprodol e 285 receberam placebo.
O uso de carisoprodol foi significativamente mais eficaz que o uso de placebo na impressão global de melhora dos sintomas relatados pelos pacientes (2.24 versus 1.7; P<0,0001) e no alívio da lombalgia (1.83 versus 1.12; P<0,0001). O início de melhora da sintomatologia de forma moderada ou importante foi de 3 dias com o uso de carisoprodol e de 6 dias com o uso de placebo (P<0,0001). Nenhum paciente do grupo carisoprodol descontinuou o tratamento em razão de tontura e não houve eventos adversos graves ou clinicamente significantes em exames laboratoriais ou sinais vitais.
O uso oral de dipirona nas doses de 500 mg a 1 g (dose única ou divididas em 3 tomadas) mostrou-se eficaz para analgesia da dor neurológica crônica.
O poder analgésico e antineurítico das vitaminas do complexo B é bem conhecido e descrito. A vitamina B12 isoladamente ou associada às vitaminas B1 e B6, quando comparadas a placebo em pacientes portadores de síndrome cervical apresentou eficácia analgésica significativamente maior, em especial quando houve associação das vitaminas.
Em estudo realizado com 29 pacientes, entre 17 e 49 anos de idade e portadores de desordens musculoesqueléticas, foi administrada associação medicamentosa contendo tiamina (50 mg), piridoxina (100 mg), cianocobalamina (1000mg), dipirona (250 mg), carisoprodol (150 mg) e cafeína (30mg), por um período de 7 dias. Os pacientes eram portadores de uma das seguintes doenças: torcicolo, cervicalgia, tóraco-cervicalgia, ombro doloroso, dorsalgia, dorso-lombalgia, lombalgia, ciatalgia, distensão muscular e contusão muscular.
Na avaliação global do tratamento, 79,3% dos pacientes apresentaram resultados ótimos ou bons em relação à melhora da sintomatologia. Efeitos colaterais se manifestaram em 6 (aproximadamente 20%) pacientes como tontura, vômitos, náuseas, desconforto epigástrico e sensação de calor facial. Os efeitos foram de natureza leve a moderada e desapareceram com a evolução terapêutica, não havendo necessidade de cuidados especiais ou interrupção do tratamento.
Referências Bibliográficas:
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Hempel V: Pyrazolones in the treatment of postoperative pain. Agents Actions 1986; 19(suppl):331-337.
Nascimento CB, Coutinho Júnior N, Livi SP, Arnoldi EG. Utilização de uma associação de analgésico, miorrelaxante e vitaminas do complexo B em doenças degenerativas articulares, reumatismos extra-articulares e afecções traumáticas. F Med 1981; 83(3): 361-3.
Paeile C & Gallardo F: Analgesic activity of pentazocine and dipyrone in ambulatory oral surgery patients. J Oral Surg 1974; 32:191-194.
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Reynolds JEF (ed): Martindale: The Extra Pharmacopoeia (electronic version). Micromedex, Inc. Denver, CO. 1992
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von Szeged AV & Michos N: Controlled single-blind clinical study of suprofen syrup versus metamizole syrup. Arzneimittelforschung 1986; 36:1110-1112.
Características Farmacológicas
As vitaminas do complexo B são essenciais para o metabolismo de carboidratos e proteínas. As vitaminas do complexo B são absorvidas pelo processo de transporte ativo. São rapidamente eliminadas e não são armazenadas no organismo.
Loridrato de piridoxina (vitamina B6)
O cloridrato de piridoxina, convertido no organismo em fosfato de piridoxal, atua como coenzima de cerca de 60 enzimas, relacionadas em sua maioria, com o metabolismo de proteínas e aminoácidos. Desempenha papel importante na síntese de neurotransmissores como a noradrenalina, dopamina, serotonina, GABA (ácido gama-aminobutírico) e histamina. Participa de reações de degradação de aminoácidos, em que um dos produtos finais é a acetilcoenzima A, necessária à produção e síntese de proteínas, lipídios e acetilcolina.
O fosfato de piridoxal atua como coenzima na primeira etapa da síntese de esfingosina, substância que ocupa posição chave no metabolismo dos esfingolipídios, componentes essenciais nas membranas celulares das bainhas de mielina. Uma vez que os esfingolipídios têm renovação metabólica muito rápida, a preservação da integridade estrutural e funcional do sistema nervoso central requer síntese constante de esfingosina, dependente de piridoxina. O fosfato de piridoxal atua também como coenzima da lisil-oxidase, enzima que induz o entrelaçamento das fibrilas de colágeno, originando tecido conjuntivo elástico e resistente. O peso molecular da piridoxina é de 206.64.
Após ingestão oral, o cloridrato de piridoxina atinge sua concentração máxima em torno de 1 hora. É absorvido na porção jejunal do tubo gastrintestinal por difusão passiva; sua metabolização é hepática e possui uma meia-vida de eliminação longa de aproximadamente 15 a 20 dias. Trinta e cinco a sessenta e três por cento da dose administrada são excretadas na urina e 2% pela bile.
Cloridrato de tiamina (vitamina B1)
O cloridrato de tiamina é essencial para o metabolismo dos hidratos de carbono. Funciona como coenzima nas reações de descarboxilação oxidativa do ácido pirúvico até acetil-coenzima A, ponte entre a glicólise anaeróbica e o ciclo do ácido cítrico, necessária para a síntese de proteínas e lipídios, assim como do neurotransmissor acetilcolina. Funciona também como coenzima na descarboxilação oxidativa do 2-oxoglutarato até succinato no ciclo do ácido cítrico. O cloridrato de tiamina age, ainda, como coenzima da transcetolase, que desempenha papel importante no ciclo da pentose fosfato. Esse ciclo representa uma via adicional à glicólise, para a utilização da glicose.
É uma importante fonte de energia para diversos processos metabólicos, especialmente os de oxirredução nas mitocôndrias. O cloridrato de tiamina é absorvido no trato gastrintestinal por transporte ativo e quando em altas concentrações, sua absorção pode ocorrer por difusão passiva. O álcool inibe sua absorção. A absorção oral pode ser aumentada administrando o nitrato de tiamina em porções divididas junto com alimento. A absorção máxima, por via oral, é de 8 mg a 15 mg por dia. Sua biodisponibilidade após administração oral é de 5.3%. O cloridrato de tiamina sofre biotransformação hepática e é eliminado pela urina, quase inteiramente (80 a 96%), como metabólitos. Seu metabólito ativo é o pirofosfato de tiamina. O excesso é excretado nas formas íntegras e de metabólitos, também pela urina.
Cianocobalamina (vitamina B12)
A cianocobalamina participa do metabolismo lipídico, glicídico e proteico e da produção de energia pelas células. É necessária às reações de transmetilação, tais como a formação de metionina, a partir da homocisteína, da serina a partir da glicina e a síntese de colina, a partir da metionina. Também toma parte na formação de bases pirimidínicas e no metabolismo de purina, além de estar envolvida na síntese do desoxirribosídio do ácido nucleico.
Favorece a regeneração de formas ativas de folato e a entrada do metilfolato nos eritrócitos. A cianocobalamina é essencial para o crescimento normal, a hematopoiese, produção de células epiteliais e manutenção da bainha de mielina no sistema nervoso central. A cianocobalamina é necessária sempre que houver reprodução celular e, consequentemente, quando ocorrer síntese de ácido nucleico.
A cianocobalamina ou vitamina B12 é absorvida no tubo digestivo, precisamente na região ileal na presença de cálcio, devido à presença do fator intrínseco gástrico, ou seja, uma glicoproteína. Além do fator intrínseco, a bile e o bicarbonato de sódio são necessários para a absorção da vitamina B12 pelo íleo. O complexo vitamina B12-fator intrínseco é transportado ativamente para a circulação em torno de 20% da ingestão.
Pequenas quantidades de vitamina B12 também podem ser absorvidas independente do fator intrínseco por difusão simples. Uma vez absorvida, a cianocobalamina liga-se à beta-globulina plasmática chamada de transcobalamina II, sendo rapidamente removida do plasma e preferencialmente distribuída para o fígado, onde é armazenada em até 90%. O turn over da coenzima ativa é de 0.5 a 8 mcg diários.
Sua eliminação principal é renal, em torno de 50 a 98%. Entre 1 e 3 mcg de vitamina B12 são excretados diariamente na bile. Até 50% dessa quantidade pode ser reabsorvida pela circulação enter-hepática. O início de sua ação terapêutica ocorre com 24 horas da primeira administração. Em adultos jovens, a concentração terapêutica varia entre 200 e 900 pg/mL. A cianocobalamina se difunde através da placenta e também aparece no leite materno. Doses elevadas de piridoxina, tiamina e cianocobalamina, segundo numerosos relatos, exercem efeito antiálgico em casos de neuropatias dolorosas, além de favorecerem a regeneração das fibras nervosas lesadas.
Dipirona
A dipirona é um analgésico e antitérmico de ação central, consagrado pela sua eficiência e é indispensável num produto que objetiva tratar episódios dolorosos de curta duração como ocorre em processos miálgicos e nevrálgicos. A dipirona é uma pirazolona da classe dos anti-inflamatórios não hormonais. A dipirona apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética.
Seu mecanismo de ação ocorre por meio da inibição da síntese de prostaglandinas E1 e E2, com redução da atividade da ciclooxigenase, da síntese de tromboxano e da agregação plaquetária induzida pelo ácido aracdônico. Sua potência como inibidor da síntese de prostaglandinas é similar à da aspirina e sua ação pode ser periférica e central, agindo no centro regulador hipotalâmico da temperatura para reduzir febre.
Devido à sua elevada solubilidade (maior que a aminopirina), a dipirona é rapidamente absorvida, determinando pronto alívio das manifestações dolorosas. A dipirona é uma pró-droga que é absorvida e metabolizada no trato intestinal em seu metabólito ativo, o 4-metilaminoantipirina (4-MAA), que, por sua vez, é metabolizado no fígado a um segundo metabólito ativo, o 4-aminoantipirina (4-AA). Sua absorção não é influenciada pela ingestão de comida. No plasma, a ligação com proteínas ocorre com 58% do 4- MAA e 48% do 4-AA circulante. O início da resposta terapêutica ocorre com 30 minutos e seu pico de concentração é atingido entre 1 e 2 horas.
O pico de concentração de seu metabólito ativo, o 4-MAA, é de 11 mcg/mL com a administração oral de 750 mg de dipirona, e seu volume de distribuição é de 40 L. Outros metabólitos inativos são o 4-formil-aminoantipirina (4-FAA) e o 4-acetilaminoantipirina (4-AcAA). Os 4 metabólitos da dipirona são encontrados no líquido céfalo-raquidiano em doses correlatas às doses plasmáticas. A dipirona apresenta excreção é renal. Os metabólitos são excretados na urina, principalmente sob as formas de 4-FAA e 4-AcAA. A meia-vida de eliminação do metabólito 4-MAA é de 2 a 4 horas e do metabólito 4-AA é de 4 a 5 horas.
Carisoprodol
O carisoprodol é um relaxante muscular esquelético de ação central, quimicamente relacionado ao meprobamato, que reduz indiretamente a tensão da musculatura esquelética em seres humanos. O modo de ação pelo qual o carisoprodol alivia o espasmo muscular agudo de origem local pode estar relacionado com o fato de deprimir preferencialmente os reflexos polissinápticos, mostrando eficácia no tratamento do desconforto decorrente do espasmo muscular esquelético. Em altas doses pode haver inibição dos reflexos monossinápticos. A sedação também é uma consequência do uso dos relaxantes musculares esqueléticos.
O peso molecular do carisoprodol é de 260.33, apresentando discreta solubilidade em água e alta solubilidade em acetona, álcool e clorofórmio. O carisoprodol é bem absorvido após administração oral, sendo metabolizado no fígado e excretado na urina com uma meia-vida de eliminação de 8 horas.
Apenas pequenas quantidades de carisoprodol são excretadas não modificadas pela urina. Tem um rápido início de ação terapêutica de 30 minutos e um pico de ação em 4 horas. As concentrações séricas de meprobamato (o principal metabólitos do carisoprodol) excedem as concentrações séricas do carisoprodol dentro de 2.5 horas. É utilizado associado a analgésicos, para o alívio da dor e desconforto consequentes a condições musculoesqueléticas agudas.
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Mionevrix.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 23 de Fevereiro de 2021.