Bula do Cardicoron
Princípio Ativo: Cloridrato de Amiodarona
Classe Terapêutica: Antiarrítmicos Cardíacos
Cardicoron, para o que é indicado e para o que serve?
Cardicoron® está indicado para os seguintes casos:
- Distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outros tratamentos;
- Taquicardia ventricular documentada;
- Taquicardia supraventricular documentada;
- Alterações do ritmo cardíaco associadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White.
Devido às propriedades farmacológicas da amiodarona, Cardicoron® está particularmente indicado quando esses distúrbios do ritmo forem capazes de agravar uma patologia clínica subjacente (angina, insuficiência cardíaca).
Como o Cardicoron funciona?
Cardicoron® é um produto que contém em sua fórmula o cloridrato de amiodarona. Esta substância têm a finalidade de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias), que podem ocorrer em alguns tipos de doença.
O efeito terapêutico de Cardicoron® deve-se ao acúmulo do cloridrato de amiodarona nos tecidos.
Por conseguinte, sua ação é esperada em torno de uma semana.
Quais as contraindicações do Cardicoron?
Você não deve utilizar Cardicoron®, sem orientação médica e nos casos de:
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula, e também ao iodo; doenças datireoide; alguns tipos de doenças cardíacas.
Como usar o Cardicoron?
Aposologia deve ser determinada pelo médico. Ele levará em conta o peso corpóreo e o histórico da doença.
Tratamento de ataque
O esquema posológico habitual é de 600 a 1000mg ao dia durante 8 a 10 dias.
Tratamento de manutenção
Determinar a dose mínima eficaz, que pode variar de 100 a 400mg diários.
Também tem sido adotado o esquema de janela terapêutica, administrando-se o medicamento durante 5 dias e instituindo intervalo de 2 dias sem medicação. Em caso de recomendação de posologia baixa, pode-se administrar 200mg em dias alternados.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Cardicoron?
Durante o tratamento com Cardicoron®, você deve evitar a exposição aos raios solares. Utilize medidas de proteção.
Pacientes idosos
Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciadacom o uso da amiodarona.
Pacientes pediátricos
A segurança e eficácia da amiodarona em pacientes pediátricos não foi estabelecida, portanto a sua utilização não é recomendada.
Outros grupos de risco
A amiodarona pode provocar aumento ou diminuição da atividade da tireoide, especialmente em pacientes com antecedentes pessoais ou familiares de doençatireoideana.
Anestesia
Antes da cirurgia o anestesista deve ser informado do uso de amiodaronapelo paciente.
Uso durante a Gravidez e Amamentação
A amiodarona é contraindicada durante a gravidez em virtude de seus efeitos na glândula tireoide do feto a menos que, a critério médico, os benefícios superem os riscos ao feto.
A amiodarona é excretada no leite materno em quantidades significantes e por isso, é contraindicada em lactantes.
Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.
Informe a seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Advertências do Cardicoron
Manifestações cardíacas: em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto) pode ser mais pronunciada. A amiodarona produz prolongamento do intervalo qt no eletrocardiograma (que reflete o prolongamento de repolarização) e eventualmente o aparecimento de uma onda u (característica do traçado eletrocardiográfico), o que não indica intoxicação, mas sim impregnação terapêutica e não constitui contraindicação à continuação do tratamento.
O aparecimento de bloqueio atrioventricular (alteração eletrocardiográfica) de 2º ou 3º grau, bloqueio sinoatrialou de um bloqueio bifascicular durante o tratamento com amiodarona determina a suspensão do tratamento.
A visualização de novas arritmias ou a evolução para arritmias fatais têm sido relatadas. Esta informação é importante, mas é difícil diferenciar uma falta de efeito da droga, de um efeito pró-arrítmico (a droga levando a arritmias) decorrente de uma piora da condição cardíaca.
Efeito pró-arrítmico são mais raramente reportados com cloridrato de amiodaronaque com outros agentes antiarrítmicos e geralmente ocorrem devido a interações medicamentosas ou desequilíbrio eletrolítico.
Hipertireoidismo
Pode ocorrer durante e após o tratamento com amiodarona ou alguns meses após a descontinuação. Aspectos clínicos, normalmente sem importância, como a perda de peso, aparecimento de arritmia, angina e insuficiência cardíaca devem alertar o médico. O diagnóstico é sustentado por uma diminuição clara nos níveis séricos de tsh ultrassensível. Nesse caso, a administração de amiodarona deve ser suspensa. A recuperação geralmente ocorre dentro de alguns meses após a suspensão do tratamento; a recuperação clínica antecede a normalização dos testes da função tireoidiana. Casos graves, às vezes fatais, requerem tratamento terapêutico de emergência.
A presença de iodo na molécula da amiodarona pode alterar o resultado de alguns testes tireoidianos (fixação do iodo radioativo, pbi), mas isto não impede a avaliação da função da tireóide através de outros testes (T3, T4 e TSH ultrassensível). A amiodarona inibe a conversão periférica de tiroxina (T4) em triiodotiroxina (T3) e pode causar alterações bioquímicas isolado. Nesses casos, não há razão para a descontinuação do tratamento.
Deve-se suspeitar de hipotireoidismo quando os seguintes sinais clínicos ocorrerem:
Ganho de peso, bradicardia excessiva (redução do número de batimentos cardíacos - menor que 60 em 1 minuto) entre outros.
Manifestações pulmonares
O início de dispneia (falta de ar) ou tosse não produtiva (sem secreção) pode estar relacionado à toxicidade pulmonar semelhante a uma pneumonite intersticial. Deve ser feito exame radiológico (raio x) de tórax nos pacientes que desenvolverem dispneia (falta de ar) de esforço com ou sem deterioração (piora) do estado de saúde (cansaço, emagrecimento, febre). Os distúrbios pulmonares são em geral reversíveis com a suspensão precoce da amiodarona. Os sinais clínicos usualmente regridem em 3 a 4 semanas sendo a melhora radiológica e funcional mais lenta (vários meses). Portanto, deve-se reavaliar o uso da amiodarona e um tratamento com corticosteroides pode ser pensado.
Manifestações neuromusculares
A amiodarona pode induzir a manifestações sob a forma de miopatias (doenças dos músculos) ou neuropatias periféricas (doenças dos nervos periféricos) sensitivo motoras. A recuperação após suspensão do tratamento é usualmente reversível ocorrendo em alguns meses, mas algumas vezes de forma incompleta.
Manifestações hepáticas (referentes ao fígado)
A monitorização regular da função hepática é recomendável durante o tratamento. A dose de amiodarona deverá ser reduzida ou suspensa se as transaminases (medidas no exame de sangue para determinar o funcionamento do fígado) excederem três vezes os valores normais. Alterações hepáticas (referentes ao fígado) severas podem ocorrer (incluindo insuficiência hepática algumas vezes fatal, e insuficiência hepática crônica).
Sinais clínicos e laboratoriais de insuficiência hepática crônica podem ser a elevação isolada das transaminases (geralmente moderada, cerca de 1,5 a 5 vezes os valores normais) e a hepatomegalia (aumento do fígado). Estas anormalidades normalmente retornam ao normal quando o tratamento é interrompido. Foram relatados alguns casos fatais.
Manifestações oculares
Se ocorrer diminuição da visão ou a mesma ficar embaçada, deve-se fazer um exame oftalmológico completo. O aparecimento de neuropatia óptica e/ou neurite óptica que são distúrbios do nervo óptico (olho) requer a suspensão do tratamento com amiodarona.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos do cloridrato de amiodarona administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cardicoron?
Manifestações oftálmicas (oculares)
- Muito comuns: micro depósitos na córnea (parte transparente do olho que está na frente da íris que é a cor do olho), usualmente limitados à área sub pupilar. Eles podem ser associados com a percepção de halos coloridos, sob luz intensa ou de visão turva. Os micro depósitos na córnea, consistem em depósitos de complexos lipídicos e são reversíveis algum tempo após a suspensão do tratamento;
- Muito raras:distúrbios do nervo óptico como neuropatia ótica/ neurite, que pode progredir para a cegueira
Manifestações cutâneas (da pele)
- Muito comuns: fotossensibilidade (sensibilidade à luz) comuns: pigmentação grisácea (coloração acinzentada) ou azulada da pele são comuns e podem ser observadas no caso de utilização prolongada ou com tratamento utilizando altas doses. Com a interrupção do tratamento essa pigmentação desaparece lentamente;
- Muito raras: rash (erupções) cutâneos, normalmente inespecíficos, dermatite esfoliativa (lesões de pele descamativas), alopecia (queda de cabelo) e eritema(vermelhidão) durante o curso de radioterapia.
Manifestações endócrinas (glandulares)
- Comuns: hipotireoidismo (diminuição da função da glândula tireoide), hipertireoidismo (aumento da função da glândula tireoide) às vezes fatal, particularmente em pacientes com história de desordens tireoidianas. O monitoramento clínico e biológico é recomendado antes de iniciar-se o tratamento com amiodarona. Este monitoramento deve ser realizado durante e muitos meses após a descontinuação. O nível sérico de TSH deve ser mensurado quando se suspeitar de disfunção tireoidiana.
Manifestações pulmonares
- Comuns: toxicidade pulmonar às vezes fatal;
- Muito raras: broncoespasmo (chiado no peito) em pacientes com insuficiência respiratória severa, especialmente em pacientes asmáticos. Foram relatados alguns casos às vezes fatal, de síndrome de angústia respiratória do adulto (grave distúrbio da respiração), após cirurgia.
Manifestações neurológicas (do sistema nervoso)
- Comuns: tremor, desordens do sono e pesadelos. Incomuns: neuropatia periférica (distúrbio dos nervos periféricos) e/ou miopatiasão geralmente reversíveis com a descontinuação do tratamento;
- Muito raras: cefaleia (dor de cabeça), hipertensão intracraniana (aumento da pressão intracraniana) e distúrbio do equilíbrio.
Manifestações do fígado e da bile
- Muito comuns: aumento isolado das transaminases (enzimas do fígado que avaliam sua função) de forma moderada no início do tratamento (1,5 a 3 vezes do valor normal). Os valores podem retornar ao normal com a redução das doses ou espontaneamente;
- Comuns: a evolução de desordens hepáticas (do fígado) com elevação das transaminases, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos) e insuficiência hepática (diminuição da função do fígado), algumas vezes fatal pode ocorrer;
- Muito raras: doença hepática (do fígado) crônica (pseudo-hepatite alcoólica, cirrose), podendo ser fatal.
Manifestações sanguíneas e do sistema linfático (referente ao sangue e linfa: líquido encontrado nos vasos linfáticos)
- Muito raras: alguns tipos de anemia e trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas podendo acarretar hemorragias).
Efeitos cardíacos
- Comuns: bradicardia (diminuição do número de batimentos cardíacos) geralmente moderada e dose dependente;
- Incomuns: aparecimento ou piora da arritmia (distúrbios do ritmo cardíaco), ocasionalmente com parada cardíaca e alterações da condução do estímulo elétrico do coração;
- Muito raras: bradicardia acentuada ou parada sinusal em pacientes idosos e pacientes com disfunção do nódulo sinusal (marcapasso natural responsável pelos impulsos elétricos).
Manifestações gastrintestinais (do aparelho digestivo)
- Muito comuns: distúrbios digestivos benignos (náuseas, vômitos, paladar fétido para alimentos saudáveis) podem ocorrer em decorrência da dose de ataque e desaparecem com a redução da posologia.
Sistema reprodutivo (de reprodução)
- Muito raras: epididimites (inflamação do epidídimo que são canais localizados na parte superior do testículo), impotência.
Manifestações dos vasos
- Muito raras: vasculites (processo inflamatório dos vasos).
Apresentações do Cardicoron
Comprimido 100mg
Embalagem contendo 20 comprimidos.
Comprimido 200mg
Embalagem contendo 20 comprimidos.
Uso adulto.
Uso oral.
Qual a composição do Cardicoron?
Cada comprimido de 100mg contém:
Cloridrato de amiodarona |
100mg |
Excipiente q.s.p. |
1 comprimido |
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, amido, povidona, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, corante vermelho ponceau 4R alumínio, corante óxido de ferro amarelo, corante vermelho eritosina laca alumínio e álcool etílico.
Cada comprimido de 200mg contém:
Cloridrato de amiodarona |
200mg |
Excipiente q.s.p. |
1 comprimido |
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, amido, povidona, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, corante vermelho ponceau 4R alumínio, corante óxido de ferro amarelo, corante vermelho eritosina laca alumínio e álcool etílico.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cardicoron maior do que a recomendada?
Se você tomar uma quantidade de comprimidos muito acima da recomendada, procure imediatamente atendimento médico.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cardicoron com outros remédios?
Associações contraindicadas
- Substâncias metabolizadas pelo citocromo 450 3A4 (CYP3A4) - enzimas responsáveis pela biotransformação de muitos fármacos, localizadas principalmente no fígado. Quando tais substâncias são administradas concomitantemente com a amiodarona (inibidor do CYP 3A4), pode ocorrer um aumento de suas concentrações no plasma (no sangue), o que poderá acarretar um possível aumento de sua toxicidade;
- Ciclosporina: A combinação com a amiodarona pode aumentar os níveis plasmáticos (sanguíneos) de ciclosporina. Adose deve ser ajustada;
- Fentanil: A combinação com a amiodarona pode acentuar os efeitos farmacológicos do fentanil e aumentar o risco de toxicidade;
- Outros medicamentos metabolizados pelo CYP3A4: lidocaína, tacrolimus, sildenafil, midazolam, triazolam, diidroergotamina, sinvastatina e outras estatinas metabolizadas pelo CYP 3A4 que aumentam o risco de toxicidade muscular;
- Medicamentos antiarrítmicos tais como os de classe 1ª, bepridil, sotalol (risco de Torsade de Pointes que são arritmias cardíacas graves);
- Medicamentos não antiarrítmicos que podem provocar Torsade de Pointes; (arritmias cardíacas graves) tais como: cisaprida, vincamina, alguns agentes neurolépticos, eritromicina IV, pentamidina (quando administradas por via parenteral).
Associações desaconselhadas
- O uso de laxativos pode levar a depleção de potássio com consequentemente risco de Torsade de Pointes, em função da hipocalemia;
- Betabloqueadores e antagonistas do cálcio (verapamil, diltiazem), devido à possibilidade de alterações do automatismo (bradicardia excessiva, ou seja, redução do número de batimentos cardíacos - menor que 60 em 1 minuto) e da condução.
Associações que exigem precauções especiais
- Medicamentos que possam induzir hipocalemia (que reduzem o nível de potássio sanguíneo), tais como corticoides, anfotericina B, tetracosactide e alguns diuréticos. Deve-se prevenir a hipocalemia (redução do nível de potássio sanguíneo) ou corrigi-la, e monitorar o intervalo QT (segmento do eletrocardiograma). Em caso de Torsade de Pointes, não administrar antiarrítmicos e instituir marcapasso. Pode ser administrado magnésio IV;
- Amiodarona aumenta as concentrações de varfarina (anticoagulante oral) pela inibição do citocromo P450 2C9. Ainteração da varfarina com a amiodarona pode aumentar o efeito do anticoagulante oral elevando o risco de sangramento. Deve ser feito um controle mais frequente da taxa de protrombina, assim como a adaptação da posologia dos anticoagulantes durante o tratamento com a amiodarona e após sua suspensão;
- Digitálicos podem interferir no automatismo (excessiva bradicardia - diminuição do número de batimentos cardíacos por minuto) e na condução atrioventricular (ação sinérgica). A amiodarona aumenta a concentração plasmática da digoxina. Em caso de associação com digitálicos recomenda-se acompanhamento clínico, laboratorial, ECG e eventual ajuste posológico do digitálico;
- A amiodarona eleva as concentrações plasmáticas de fenitoína em virtude da inibição do citocromo P450 2C9. A interação da fenitoína com a amiodarona pode resultar em manifestações neurológicas. Recomenda-se acompanhamento clínico, verificação do nível plasmático da fenitoína e redução da sua posologia logo que surgirem sinais de superdosagem;
- A amiodarona aumenta as concentrações plasmáticas da flecainida, pela inibição do citocromo CYP 2D6. Adose deve ser ajustada;
- Anestesia geral: foram relatadas complicações potencialmente graves em pacientes tratados com amiodarona submetidos à anestesia geral, tais como bradicardia (resistente à atropina), hipotensão, distúrbios da condução, redução do débito cardíaco. Foram também observados alguns casos de complicações respiratórias severas (síndrome de angústia respiratória do adulto), ocasionalmente com óbito, geralmente no pós-operatório imediato. Isto pode estar relacionado com altas concentrações de oxigênio.
Alimentos
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de Cardicoron®.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Interação Alimentícia: posso usar o Cardicoron com alimentos?
Evitar o consumo de suco de toranja.
Qual a ação da substância do Cardicoron?
Resultados de Eficácia
Comprimido
A amiodarona tem sido utilizada para suprimir um grande número de arritmias supraventricular e ventricular no útero, em adultos e crianças incluindo AV nodal, taquicardia juncional, flutter e fibrilação atrial, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular associada com doença arterial coronária e cardiomiopatia hipertrófica.
Em geral a eficácia da amiodarona é igual ou superior aos outros agentes antiarrítmicos e pode ter alcance em 60% a 80% da maioria das taquiarritmias supraventriculares (incluindo aquelas associadas com a síndrome de Wolff-Pakinson-White) e 40% a 60% para taquiarritmias ventriculares.
Referência Bibliográfica:
Connolly SJ. Evidence-Based Analysis of Amiodarone Efficacy and Safety. Circulation. 1999; 100: 2025- 2034.
Injetável
O Cloridrato de Amiodarona tem sido utilizada para suprimir um grande número de arritmias supraventricular e ventricular no útero, em adultos e crianças incluindo AV nodal, taquicardia juncional, flutter e fibrilação atrial, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular associada com doença arterial coronária e cardiomiopatia hipertrófica.
Em geral a eficácia do Cloridrato de Amiodarona é igual ou superior aos outros agentes antiarrítmicos e pode ter alcance em 60% a 80% da maioria das taquiarritmias supraventriculares (incluindo aquelas associadas com a síndrome de Wolff-Parkinson-White) e 40% a 60% para taquiarritmias ventriculares.
Além disso, considerando o uso do Cloridrato de Amiodarona em ressuscitação cardiopulmonar, segue abaixo os resultados de eficácia:
A segurança e a eficácia do Cloridrato de Amiodarona I.V. em pacientes que tiveram parada cardíaca resistente a desfibrilação ventricular fora do hospital foram avaliadas em 2 estudos duplo-cegos: o estudo ARREST (uma comparação de Cloridrato de Amiodarona ao placebo) e o estudo ALIVE (uma comparação de Cloridrato de Amiodarona à lidocaína).
O principal desfecho primário de ambos os estudos foi a admissão dos sobreviventes no hospital.
No estudo ARREST, 504 pacientes com parada cardíaca fora do hospital, resultante de fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, resistente a 3 ou mais choques para desfibrilação e epinefrina, foram randomizados para receber 300 mg de Cloridrato de Amiodarona diluída em 20mL de solução de glicose 5% rapidamente injetada na veia periférica (246 pacientes) ou para receber placebo (258 pacientes). Dos 197 pacientes (39%) que sobreviveram para serem admitidos no hospital, o Cloridrato de Amiodarona aumentou significativamente as chances de ressuscitação e internação hospitalar: 44% no grupo recebendo Cloridrato de Amiodarona contra 34% no grupo recebendo placebo, respectivamente (p = 0,03). Após ajuste de outros prognósticos de resultado independentes, a proporção de admissão de sobreviventes ao hospital no grupo do Cloridrato de Amiodarona quando comparada ao grupo do placebo foi 1,6 (intervalo de confiança 95%, 1,1 a 2,4; p = 0,02).
Um número maior de pacientes no grupo recebendo Cloridrato de Amiodarona do que no grupo recebendo placebo apresentou hipotensão (59% contra 25%, p = 0,04) ou bradicardia (41% contra 25%, p = 0,004).
No estudo ALIVE, 347 pacientes com fibrilação ventricular resistentes a 3 tentativas de desfibrilação por choque, epinefrina e um posterior choque para desfibrilação ou com recorrência de fibrilação ventricular após desfibrilação inicialmente bem sucedida foram randomizados para receber Cloridrato de Amiodarona (5mg/kg de peso corpóreo estimado, diluídos em 30mL de solução de glicose a 5%) e lidocaína semelhante ao placebo ou lidocaína (1,5mg/kg na concentração de 10mg/mL) e Cloridrato de Amiodarona semelhante ao placebo contendo o mesmo diluente (polissorbato 80). Dos 347 pacientes incluídos no estudo, o Cloridrato de Amiodarona aumentou significativamente as chances de ressuscitação para a admissão hospitalar: 22,8% no grupo recebendo Cloridrato de Amiodarona (41 pacientes dos 180) e 12% no grupo recebendo lidocaína (20 pacientes de 167) [p = 0,009]. Após ajuste de outros fatores que podem influenciar a probabilidade de sobrevivência, a proporção de sobreviventes para admissão hospitalar no grupo recebendo Cloridrato de Amiodarona quando comparada ao grupo recebendo lidocaína foi 2,49 (intervalo de confiança 95%, 1,28 a 4,85; p = 0,007). Não houve diferenças entre os grupos de tratamento na proporção de pacientes que precisaram de tratamento para bradicardia com atropina ou tratamento pressor com dopamina ou nas proporções dos pacientes recebendo lidocaína de maneira aberta no estudo.
A proporção de pacientes nos quais ocorreu assistolia após choque para desfibrilação, após administração da droga inicial do estudo, foi significativamente maior no grupo recebendo lidocaína (28,9%) do que no grupo recebendo Cloridrato de Amiodarona (18,4%), p = 0,04.
Referências
Chaitman BR. Exercise stress testing. In: Braunwald E, editor. Heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 5th ed. Philadelphia: WB Saunders; 1997. p.153 - 176.
Estudo ARREST: Kudenchuk PJ, Cobb LA, Copass MK, Cummins RO, Doherty AM, Fahrenbruch CE, et al. Amiodarone for resuscitation after out-of-hospital cardiac arrest due to shock-refractory ventricular fibrillation or tachycardia. N Engl J Med 1999;341:871 - 8.
Estudo ALIVE: Dorian P, Cass D, Schwartz B, Cooper R, Gelaznikas R, Barr A. Amiodarone as compared with lidocaine for shock-resistant ventricular fibrillation. N Engl J Med. 2002 Mar 21;346(12):884 - 90.
Características Farmacológicas
Comprimido / Injetável
Propriedades farmacodinâmicas
O Cloridrato de Amiodarona é um agente antiarrítmico com as seguintes propriedades:
Propriedade antiarrítmica:
- Prolongamento da fase 3 do potencial de ação da fibra cardíaca devido principalmente a redução da corrente de potássio (classe III de Vaughan Williams); este prolongamento não está relacionado com a frequência cardíaca;
- Diminuição do automatismo sinusal levando a bradicardia que não responde à administração de atropina;
- Inibição adrenérgica alfa e beta não competitiva;
- Retardo da condução betabloqueadoressinoatrial, atrial e nodal, mais nítido quando a frequência cardíaca é mais rápida;
- Nenhuma alteração na condução intra-ventricular;
- Aumento dos períodos refratários e diminuição da excitabilidade miocárdica em nível atrial, nodal e ventricular;
- Diminuição da condução e aumento dos períodos refratários nas vias acessórias atrioventriculares.
Propriedade anti-isquêmica:
- Diminuição do consumo de oxigênio por diminuição moderada da resistência periférica e redução da frequência cardíaca;
- Propriedades antagonistas não competitivas alfa e beta-adrenérgicas;
- Aumento do débito coronário por efeito direto sobre a musculatura lisa das artérias miocárdicas;
- Manutenção do débito cardíaco devido a diminuição da pressão aórtica e da resistência periférica.
Propriedades farmacocinéticas
O Cloridrato de Amiodarona é metabolizada principalmente pelo CYP 3A4, e também pelo CYP 2C8.
O Cloridrato de Amiodarona e seu metabólito, desetilamiodarona, apresentam in vitro um potencial de inibir os CYP 1A1, CYP 1A2, CYP 2C9, CYP 2C19, CYP 2D6, CYP 3A4, CYP 2A6, CYP 2B6 e 2C8. O Cloridrato de Amiodarona e a desetilamiodarona tem também um potencial para inibir alguns transportadores, tais como a glicoproteína-P e o transportador de cátions orgânicos - OCT2 (um estudo mostra um aumento de 1,1% na concentração de creatinina, um substrato de OCT2). Dados in vivo descrevem interações do Cloridrato de Amiodarona sobre substratos de CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2D6 e P-gp.
A meia-vida do Cloridrato de Amiodarona é longa, incluindo variabilidade interpaciente considerável (20 a 100 dias). Durante os primeiros dias de tratamento com Cloridrato de Amiodarona o produto se acumula em quase todos os tecidos, particularmente no tecido adiposo. A eliminação ocorre após alguns dias e a concentração plasmática no estado de equilíbrio é atingida entre o período de um a alguns meses dependendo de cada paciente.
Essas características justificam o emprego de doses de ataque, que visam criar rapidamente a impregnação tissular necessária à atividade terapêutica.
A iodina é parcialmente removida da molécula e é encontrada na urina como ioduro; isto corresponde a 6 mg/24 horas quando uma dose de 200 mg de Cloridrato de Amiodarona é administrada diariamente. A parte remanescente da molécula, portanto incluindo a maior parte de iodina, é eliminada nas fezes após excreção hepática. O Cloridrato de Amiodarona é eliminada essencialmente por via biliar.
O clearance plasmático do Cloridrato de Amiodarona é baixo e a excreção renal insignificante o que permite o emprego de Cloridrato de Amiodarona nas posologias habituais nos pacientes com insuficiência renal.
Após a interrupção do tratamento a eliminação continua durante muitos meses. A persistência de uma atividade residual durante 10 dias a um mês deve ser levada em conta durante a condução do tratamento.
Dados de segurança pré-clínica
Em um estudo de carcinogenicidade de 2 anos em ratos, o Cloridrato de Amiodarona causou um aumento de tumores foliculares de tireoide (adenoma e/ou carcinoma) em ambos os sexos com exposição clinicamente relevantes.
Como os sinais de mutagenicidade foram negativos, é proposto um mecanismo epigênico em vez de genotóxico para este tipo de indução de tumor.
No camundongo, os carcinomas não foram observados, mas foi observada uma hiperplasia folicular da tiroide, dose-dependente.
Estes efeitos sobre a tiroide em ratos e camundongos são muito provavelmente devido a efeitos do Cloridrato de Amiodarona na síntese e/ou liberação de hormônios da glândula tiroide. A relevância destes achados é considerada baixa.
Exclusivo Comprimido
O Cloridrato de Amiodarona apresenta trânsito lento e alta afinidade aos tecidos. Sua biodisponibilidade por via oral varia de 30 a 80% (valor médio 50%) entre os indivíduos. O pico de concentração plasmática é atingido em 3 a 7 horas após dose oral única. A atividade terapêutica é, geralmente, obtida em uma semana (variando de alguns dias a duas semanas) de acordo com a dose de ataque.
Exclusivo Injetável
Após injeção, a concentração de Cloridrato de Amiodarona diminui rapidamente no sangue, enquanto ocorre uma impregnação dos tecidos. A atividade atinge o máximo em cerca de 15 minutos e se esgota em 4 horas. Caso não haja nova administração, o fármaco é eliminado progressivamente. O Cloridrato de Amiodarona se acumula nos tecidos caso haja nova injeção ou administração oral.
Como devo armazenar o Cardicoron?
Durante o consumo este produto deve ser mantido no cartucho de cartolina, conservado em temperatura ambiente (15 a 30ºc). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Aspecto físico
Comprimidos 100mg e 200mg
Circulares de cor rosa a avermelhada.
Características Organolépticas
Os comprimidos de Cardicoron® não apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros comprimidos.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Cardicoron
M.S. nº 1.0370.0367
Farm. Resp.:
Andreia Cavalcante Silva
CRF-GO nº 2.659
Laboratório Teuto Brasileito S/A.
CNPJ - 17.159.229/0001-76
VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 - DAIA
CEP 75132-140 - Anápolis - GO
Indústria Brasileira
SAC:
0800621800
sac@teuto.com.br
Venda sob prescrição médica.
Nº do lote e data de fabricação: vide cartucho.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Cloridrato de Amiodarona
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 27 de Novembro de 2023.
Cardicoron 200mg, caixa com 20 comprimidos
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Dorflex Max 600mg + 70mg + 100m
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