Bula do Candemed
Princípio Ativo: Candesartana Cilexetila
Candemed, para o que é indicado e para o que serve?
Candemed é indicado para o tratamento de insuficiência cardíaca (coração fraco) e hipertensão arterial (pressão alta) leve, moderada e grave. O tratamento com Candemed reduz a mortalidade, reduz a hospitalização devido à insuficiência cardíaca e melhora os sintomas.
Como o Candemed funciona?
Candemed faz parte de uma classe de medicamentos chamada de bloqueadores dos receptores de angiotensina II, que relaxa e alarga os vasos sanguíneos para reduzir a pressão arterial, fazendo que seu coração bombeie sangue para todas as partes de seu corpo mais facilmente. Após a administração de uma única dose de Candemed, a pressão arterial começa a reduzir geralmente dentro de 2 horas. O efeito anti hipertensivo máximo é atingido dentro de 4 semanas após o início do tratamento.
Quais as contraindicações do Candemed?
Você não deve utilizar este medicamento se tiver alergia à Candemed ou a qualquer um dos componentes da fórmula e se estiver grávida ou amamentando; se tiver alterações graves do fígado e/ ou colestase (redução do fluxo biliar, no qual surge uma cor amarelada na pele); se tiver diabetes mellitus (tipo I ou II) ou insuficiência renal moderada a grave (TGF < 60mL/min/1,76 m2) e fizer uso de medicamento alisquireno.
Como usar o Candemed?
Os comprimidos divisíveis de Candemed devem ser administrados 1 vez ao dia, por via oral, com ou sem a ingestão de alimentos.
Hipertensão
Dose inicial
8mg, 1 vez ao dia.
Dose de manutenção
8mg, 1 vez ao dia, podendo ser aumentada para 16mg, 1 vez ao dia. Pacientes que requerem uma maior redução da pressão sanguínea, a dose pode ser aumentada para 32mg, 1 vez ao dia.
O efeito anti-hipertensivo máximo é atingido dentro de 4 semanas após o início do tratamento.
Em pacientes com uma redução da pressão arterial inferior à considerada ótima com Candemed, recomendasse associação com um diurético tiazídico.
Uso em idosos
Não é necessário ajuste de dose inicial em idosos.
Uso em pacientes com alterações renais
Não é necessário ajuste de dose inicial em pacientes com alterações renais de leve a moderada (depuração de creatinina 30-80mL/min/1,73 m2 de área corpórea).
Em pacientes com alterações renais graves (depuração de creatinina <30mL/min/1,73 m2 de área corpórea), a experiência clínica é limitada, devendo-se considerar uma dose inicial de 4mg.
Uso em pacientes com alterações hepáticas
Titulação de dose é recomendada em pacientes com doença hepática crônica de leve a moderada e, uma dose inicial de 4mg deve ser considerada. Candemed não deve ser usado em pacientes com alterações hepáticas graves e/ou colestase.
Terapia concomitante
Candemed pode ser administrado com outros agentes anti-hipertensivos.
Insuficiência Cardíaca
A dose inicial usual recomendada de Candemed é de 4mg uma vez ao dia. A titulação para a dose alvo de 32mg uma vez ao dia ou para a maior dose tolerada é realizada dobrando-se a dose em intervalos de pelo menos 2 semanas.
Populações especiais
Não é necessário ajuste de dose inicial para pacientes idosos ou pacientes com alterações nos rins ou fígado.
Terapia concomitante
Candemed pode ser administrado com outro tratamento para insuficiência cardíaca, incluindo inibidores da ECA, betabloqueadores, diuréticos e digitálicos ou uma associação desses medicamentos.
Uso em crianças
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia do uso de Candemed em crianças.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Candemed?
Se você se esquecer de tomar uma dose de Candemed, não é necessário tomar a dose esquecida, deve-se apenas tomar a próxima dose, no horário habitual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Candemed?
Candemed deve ser utilizado com cuidado nas seguintes situações:
- Pacientes com pressão arterial baixa (hipotensão) devido à insuficiência cardíaca ou com redução do volume de sangue dentro dos vasos sanguíneos;
- O uso combinado de bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRAs), como Candemed, não é recomendado com medicamentos como inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina) ou alisquirenos, pois pode haver queda da pressão arterial (hipotensão), aumento da concentração de potássio no sangue (hipercalemia) e alterações na função dos rins (incluindo falência renal aguda);
- Em pacientes com insuficiência cardíaca também não é recomendada a combinação tripla de Candemed com um inibidor da ECA (enzima conversora de angiotensina) e um antagonista de receptor de mineralocorticoide;
- Em pacientes com estenose da artéria renal (estreitamento das artérias que nutrem os rins) pode ocorrer um aumento nos níveis sanguíneos de ureia e creatinina (substâncias que se acumulam no sangue e que podem ser usadas para avaliar a função renal);
- Pode ocorrer uma piora da função dos rins em pacientes predispostos a problemas renais. Quando Candemed for utilizado em pacientes com insuficiência dos rins e insuficiência do coração deve-se avaliar periodicamente os níveis de potássio e creatinina;
- Não se tem muita experiência do uso de Candemed em pacientes com transplante de rim e insuficiência do fígado;
- Pacientes com estenose das válvulas mitral e aórtica do coração (estreitamento de estruturas internas cuja função é garantir o sentido correto do fluxo de sangue dentro do coração) e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (tipo de doença do músculo do coração que causa obstrução do fluxo sanguíneo);
- Pacientes hipertensos em uso associado de Candemed e inibidores da enzima conversora da angiotensina - ECA (por exemplo, captopril, enalapril, ramipril, etc), suplementos contendo potássio, substitutos do sal que contém potássio, diuréticos poupadores de potássio (como por exemplo, espironolactona) ou outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio no sangue (como heparina, cotrimoxazol) podem ter aumento dos níveis de potássio no sangue;
- Deve-se ter cuidado durante a cirurgia e anestesia, pois pode ocorrer hipotensão (redução da pressão arterial);
- Em pacientes com insuficiência cardíaca e/ou renal grave, o uso de Candemed pode levar à hipotensão (pressão baixa), oligúria (redução importante da eliminação de urina pelos rins), azotemia (aumento dos níveis de ureia e creatinina) e insuficiência renal aguda;
- Deve-se ter cuidado em pacientes com doenças graves nas artérias do cérebro e coração para que não ocorra redução acentuada da pressão arterial.
A segurança e a eficácia de Candemed em crianças não foram estabelecidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Verifique a sua reação ao medicamento antes de dirigir veículos ou operar máquinas, porque pode ocorrer tontura ou cansaço durante o tratamento com Candemed.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Candemed?
Estudos clínicos
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Pressão baixa, hipercalemia e alterações nos rins.
Podem ocorrer alterações nos resultados de exames laboratoriais referentes aos níveis de:
Hemoglobina, creatinina, ureia, potássio, sódio ou TGP (uma enzima do fígado).
Pós-comercialização
Reação muito rara (ocorre em 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Diminuição dos glóbulos brancos do sangue (leucopenia), diminuição do número de neutrófilos no sangue (neutropenia), ausência ou número insuficiente de glóbulos brancos granulócitos no sangue (agranulocitose), concentração superior ao normal de íons de potássio no sangue (hipercalemia), concentração anormalmente baixa de íons de sódio no sangue (hiponatremia), tontura, tosse, função do fígado alterada, inflamação do fígado (hepatite), inchaço de membros inferiores (nas pernas, tornozelos e pés), lesões na pele com vermelhidão (exantema), coceira na pele com vermelhidão (urticária), coceira na pele (prurido), dor nas costas e alterações nos rins (incluindo insuficiência em pacientes suscetíveis).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe a empresa sobre o aparecimento sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).
Apresentações do Candemed
Candemed é apresentado na forma de comprimido revestido para uso oral nas seguintes embalagens:
Candemed comprimido 8 mg
Embalagens com 20, 30, 60, 90* ou 100**. Comprimidos.
Candemed comprimido 16 mg
Embalagens com 20, 30, 60, 90* ou 100**. Comprimidos.
Candemed comprimido 32 mg
Embalagens com 20, 30, 60, 90* ou 100**. Comprimidos.
*Embalagem Fracionável.
**Embalagem Hospitalar.
Uso oral.
Uso adulto.
Medicamento similar equivalente ao medicamento referência.
Qual a composição do Candemed?
Cada comprimido 8mg contém:
Candesartana cilexetila | 8,000mg |
Excipiente** q.s.p. | 1 com |
*Lactose monoidratada, celulose microcristalina, macrogol, hiprolose, croscarmelose sódica, óxido de ferro vermelho, estearato de magnésio, dióxido de silício.
Cada comprimido 16mg contém:
Candesartana cilexetila | 16,000mg |
Excipiente** q.s.p. | 1 com |
*Lactose monoidratada, celulose microcristalina, macrogol, hiprolose, croscarmelose sódica, óxido de ferro vermelho, estearato de magnésio, dióxido de silício.
Cada comprimido 32mg contém:
Candesartana cilexetila | 32,000mg |
Excipiente** q.s.p. | 1 com |
*Lactose monoidratada, celulose microcristalina, macrogol, hiprolose, croscarmelose sódica, óxido de ferro vermelho, estearato de magnésio, dióxido de silício.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Candemed maior do que a recomendada?
Sintomas
Podem ocorrer: hipotensão sintomática (sintomas de pressão baixa) com tontura.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Em caso desintoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Candemed com outros remédios?
Dados de estudos clínicos têm demonstrado que o uso combinado de inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), bloqueadores de receptores de angiotensina II ou alisquirenos está associado com uma frequência maior de eventos adversos como queda da pressão arterial (hipotensão), aumento da concentração de potássio no sangue (hipercalemia) e alterações na função dos rins (incluindo falência renal aguda) comparado ao uso isolado de um dos agentes citados.
Não foi identificada interação medicamentosa de relevância clínica com Candemed e hidroclorotiazida, varfarina, digoxina, contraceptivos orais (etinilestradiol/levonorgestrel), glibenclamida, nifedipino e enalapril.
Informe seu médico se você está fazendo uso de lítio, outros medicamentos antagonistas dos receptores de angiotensina II, outros anti-hipertensivos e antiinflamatórios não-esteróidais (AINEs - inibidores seletivos de COX-2 e ácido acetilsalicílico).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Este medicamento contém lactose (89,40 mg/comprimidos de 8 mg; 81,40 mg/comprimidos de 16 mg), portanto, deve ser usado com cautela por pacientes com intolerância a lactose.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Interação Alimentícia: posso usar o Candemed com alimentos?
A biodisponibilidade da candesartana não é afetada por alimentos.
Qual a ação da substância do Candemed?
Resultados de Eficácia
Hipertensão
Na hipertensão, Candesartana Cilexetila causa uma redução prolongada da pressão arterial, dose-dependente (Dag Elmfeldt et al. Blood Pressure 2002; 11: 293–301; Morsing P et al. Hypertension 1999;33;1406-1413). A ação anti-hipertensiva é devida à diminuição da resistência periférica sistêmica, embora a frequência cardíaca, o volume de ejeção e o débito cardíaco não sejam afetados. Não há indícios de hipotensão grave ou exagerada com a primeira dose ou de efeito rebote após a interrupção do tratamento (Belcher G et al. J Hum Hypertens 1997;11(supll2) S85-S89).
Em dois estudos randomizados, duplo-cegos, de 8 semanas de duração, os efeitos de redução da pressão arterial de Candesartana Cilexetila e losartana foram avaliados em um total de 1.268 pacientes com hipertensão leve a moderada.
Em ambos os estudos, a redução na pressão arterial sistólica e diastólica foi significativamente maior com Candesartana Cilexetila (32 mg, uma vez ao dia). Em uma análise agrupada, a redução mínima da pressão arterial (sistólica/diastólica) foi 13,1/10,5 mmHg com Candesartana Cilexetila e 10,0/8,7 mmHg com losartana potássica (100 mg, uma vez ao dia). A diferença média na redução da pressão arterial foi 3,1/1,8 mmHg (p<0,0001/p<0,0001).
Candesartana Cilexetila pode ser usado como monoterapia ou em combinação com outras substâncias anti-hipertensivas, como os diuréticos tiazídicos (Koenig W Clin Drug Invest 2000;19:239-46; Belcher G et al. J Hum Hypertens 1997;11(supll2) S85-S89) e os antagonistas de cálcio diidropiridínicos (Lindholm LH et al. Journal of Hypertension 2003, Vol 21 Nº8; Trefor Morgan and Adrianne Anderson. AJH–June 2002–VOL. 15, N°. 6; V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial 2006) para melhorar a eficácia.
Candesartana Cilexetila é igualmente eficaz nos pacientes, independentemente da idade e do sexo.
Candesartana Cilexetila é eficaz na redução da pressão sanguínea independentemente da raça, embora o efeito seja um pouco menor em pacientes negros (população usualmente com baixa renina). Isso é geralmente comum para substâncias que bloqueiam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (F. Zannad & R. Fay. Fundamental & Clinical Pharmacology 21 (2007) 181–190).
Candesartana Cilexetila aumenta o fluxo sanguíneo renal e mantém ou aumenta a taxa de filtração glomerular, enquanto a resistência vascular renal e a fração de filtração são reduzidas.
Candesartana Cilexetila também reduz a excreção de albumina na urina em pacientes com diabetes mellitus tipo II, hipertensão e microalbuminúria (Zannad F.Blood Pressure 2000; 9 (Suppl 1): 36–39; Grassi G et al. J Hypertens 2003;21:1761-9). Em pacientes hipertensos com diabetes mellitus tipo II, o tratamento de 12 semanas com Candesartana Cilexetila 8 mg a 16 mg não teve efeitos adversos na glicemia ou no perfil lipídico (Mogensen CE et al. BMJ. 2000; 321: 1440–4; Lindholm LH et al. Journal of Hypertension 2003, Vol 21 Nº8).
No estudo SCOPE - Study on Cognition and Prognosis in the Elderly (Estudo em Cognição e Prognóstico em Idosos), os efeitos do tratamento anti-hipertensivo com candesartana cilexetila na morbidade e na mortalidade cardiovascular, na função cognitiva e na qualidade de vida foram avaliados em 4.937 pacientes idosos (70-89 anos) com hipertensão (Pressão Arterial Sistólica (PAS) 160-179 mmHg e/ou Pressão Arterial Diastólica (PAD) 90-99 mmHg). A tabela a seguir mostra os resultados do estudo para o desfecho primário (eventos cardiovasculares (CV) importantes) e seus componentes. Ambos os regimes de tratamento reduziram efetivamente a pressão arterial sistólica e diastólica e foram geralmente bem tolerados. A função cognitiva e a qualidade de vida foram mantidas de maneira apropriada em ambos os grupos do tratamento (Trenkwalder JH et al. J Hypertens 2006; 24(Suppl 1): S107-S114; Papademetriou V et al. JACC 2004; 44(6); 1175-80).
- |
Nº de pacientes que manifestaram um evento CV pela primeira vez |
|||
Candesartana Cilexetila* (N=2.477) |
Controle * (N=2.460) | Risco relativo (IC 95%) |
Valor-p |
|
Eventos CV importantes |
242 | 268 | 0,89 (0,75-1,06) |
0,19 |
Mortalidade CV |
145 | 152 | 0,95 (0,75-1,19) |
0,63 |
AVC não fatal |
68 | 93 | 0,72 (0,53-0,99) |
0,04 |
Infarto do miocárdio não-fatal |
54 | 47 | 1,14 (0,77-1,68) |
0,52 |
* Qualquer tratamento anti-hipertensivo prévio foi padronizado para hidroclorotiazida 12,5 mg, uma vez ao dia, antes da randomização. Outro tratamento anti-hipertensivo foi adicionado à medicação do estudo duplo-cego (candesartana cilexetila 8-16 mg ou placebo correspondente, uma vez ao dia) se mantida PAS ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg. Tal tratamento adicional foi administrado em 49% e 66% dos pacientes nos grupos de candesartana cilexetila e no grupo controle, respectivamente.
Insuficiência Cardíaca
Nos pacientes com insuficiência cardíaca crônica (ICC) e função ventricular sistólica esquerda deprimida (fração da ejeção ventricular esquerda, FEVE < 40%), Candesartana Cilexetila diminui a resistência vascular sistêmica e a pressão capilar pulmonar, aumenta a atividade da renina plasmática e a concentração de angiotensina II, e diminui os níveis de aldosterona.
O tratamento com Candesartana Cilexetila reduz a mortalidade e a hospitalização devido a ICC e melhora os sintomas como mostrado no estudo CHARM (Candesartan in Heart Failure – Assessment of Reduction in Mortality and Morbidity / Candesartana em Insuficiência Cardíaca – Avaliação da redução da mortalidade e da morbidade).
Este estudo multinacional, controlado por placebo, duplo-cego, em pacientes com ICC com classe funcional da New York Heart Association (NYHA) II a IV, consistiu em três estudos separados: CHARM-Alternativo (n=2.028) em pacientes com FEVE < 40% não tratados com um inibidor da ECA devido à intolerância, CHARM-Adicionado (n=2.548) em pacientes com FEVE < 40% e tratados com um inibidor da ECA, e CHARM-Preservado (n=3.023) em pacientes com FEVE > 40%. Pacientes com terapia convencional foram randomizados para o placebo ou Candesartana Cilexetila (titulado de 4 mg ou 8 mg uma vez ao dia para 32 mg, uma vez ao dia, ou a maior dose tolerada, dose média de 24 mg) e acompanhados por uma mediana de 37,7 meses.
O desfecho composto de mortalidade cardiovascular ou primeira hospitalização por ICC foi reduzido significativamente com o Candesartana Cilexetila em comparação com o placebo no CHARM-Alternativo (razão de risco (RR) 0,77, IC 95% 0,67-0,89, p<0,001) e no CHARM-Adicionado (RR 0,85, IC 95% 0,75-0,96, p=0,011). Isto corresponde a uma redução de risco relativo de 23% e de 15%, respectivamente. Uma redução numérica, embora estatisticamente não significativa, também foi alcançada no CHARM-Preservado (RR 0,89, IC 95% 0,77-1,03, p=0,118).
O desfecho composto de mortalidade por todas as causas ou primeira hospitalização por ICC também foi reduzido significativamente com o Candesartana Cilexetila no CHARM-Alternativo (RR 0,80, IC 95% 0,70-0,92, p=0,001) e CHARM-Adicionado (RR 0,87, IC 95% 0,78-0,98, p=0,021), e uma tendência similar foi observada no CHARM-Preservado (RR 0,92, IC 95% 0,80-1,05, p=0,221).
Ambos os componentes de mortalidade e de morbidade (hospitalização por ICC) destes desfechos compostos contribuíram para os efeitos favoráveis de Candesartana Cilexetila no CHARM-Alternativo e CHARM-Adicionado. Os efeitos favoráveis indicados no CHARM-Preservado foram devidos à redução da hospitalização por ICC.
Mortalidade por todas as causas também foi avaliada nas populações agrupadas do CHARM-Alternativo e CHARM–Adicionado (RR 0,88, IC 95% 0,79-0,98, p=0,018) e em todos os três estudos (RR 0,91, IC 95% 0,83-1,00, p=0,055).
O tratamento com Candesartana Cilexetila resultou em uma melhora da classe funcional NYHA no CHARM-Alternativo e CHARM–Adicionado (p=0,008 e p=0,020 respectivamente).
Os efeitos benéficos de Candesartana Cilexetila na mortalidade cardiovascular e hospitalização por ICC foram consistentes, independentemente da idade, sexo e medicação concomitante. Candesartana Cilexetila também foi eficaz em pacientes tomando concomitantemente betabloqueadores e inibidores da ECA, e os benefícios foram obtidos mesmo se os pacientes estavam ou não tomando inibidores da ECA na dose recomendada pelas diretrizes de tratamento.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
A angiotensina II é o hormônio vasoativo primário do sistema renina-angiotensina-aldosterona e exerce um significativo papel na fisiopatologia da hipertensão, insuficiência cardíaca e outros transtornos cardiovasculares.
Também exerce um importante papel na patogênese da hipertrofia e lesões de órgãos alvo. Os principais efeitos fisiológicos da angiotensina II, como a vasoconstrição, estimulação da aldosterona, regulação da homeostase do sal e da água e a estimulação do crescimento celular, são mediados via receptor do tipo 1 (AT1).
Candesartana Cilexetila é um pró-fármaco adequado para o uso oral, sendo rapidamente convertido ao fármaco ativo candesartana, por hidrólise de éster durante a absorção no trato gastrointestinal. A candesartana é um antagonista do receptor da angiotensina II, seletivo para receptores AT1, com forte ligação e lenta dissociação dos mesmos, não tendo atividade agonista.
A candesartana não inibe a enzima conversora de angiotensina (ECA), que converte a angiotensina I para angiotensina II e degrada a bradicinina. Como não há efeito na degradação da bradicinina, é improvável que os antagonistas dos receptores de angiotensina II sejam associados com tosse.
Em estudos clínicos controlados que compararam Candesartana Cilexetila com inibidores da ECA, a incidência de tosse foi menor nos pacientes que receberam Candesartana Cilexetila. A candesartana não se liga ou bloqueia outros receptores hormonais ou canais de íons conhecidos por serem importantes na regulação cardiovascular. O antagonismo dos receptores AT1 da angiotensina II resulta em aumento dose-relacionada da atividade da renina plasmática, das concentrações de angiotensina I e angiotensina II e em uma diminuição da concentração plasmática de aldosterona.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção e distribuição
Após a administração oral, a candesartana cilexetila é convertida para substância ativa candesartana. A biodisponibilidade absoluta da candesartana é de aproximadamente 40% após uma solução oral de candesartana cilexetila. A biodisponibilidade relativa dos comprimidos em comparação com a solução oral é de aproximadamente 34%, com variabilidade muito pequena. O pico médio de concentração plasmática (Cmax) ocorre entre 3-4 horas após a ingestão do comprimido. As concentrações séricas da candesartana aumentam linearmente com o aumento das doses na faixa de dose terapêutica. Não foram observadas diferenças relacionadas ao sexo na farmacocinética da candesartana. A área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC) não é significativamente afetada por alimentos.
A candesartana liga-se extensivamente às proteínas plasmáticas (>99%). O volume aparente de distribuição da candesartana é de 0,1 L/kg.
Metabolismo e eliminação
A candesartana é principalmente eliminada inalterada pelas vias urinária e biliar e apenas uma pequena parte é eliminada pelo metabolismo hepático (CYP2C9). Os estudos de interação disponíveis não indicam efeito em CYP2C9 e CYP3A4. Com base em dados in vitro, não seria esperada qualquer interação in vivo com fármacos cujo metabolismo é dependente das isoenzimas do citocromo P450: CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP3A4. A meia-vida de eliminação da candesartana é de aproximadamente 9 horas.
Não há acúmulo após a administração de doses múltiplas.
A depuração plasmática total da candesartana é cerca de 0,37 mL/min/kg, com uma depuração renal de cerca de 0,19 mL/min/kg. A eliminação renal da candesartana ocorre tanto por filtração glomerular como por secreção tubular ativa.
Seguindo uma dose oral de candesartana cilexetila marcada com 14C, cerca de 26% da dose é excretada na urina como candesartana, e 7% como metabólito inativo, enquanto aproximadamente 56% da dose é recuperada nas fezes como candesartana e 10% como metabólito inativo.
Populações especiais
Em idosos (acima de 65 anos), tanto a Cmax quanto a AUC da candesartana são aumentadas em aproximadamente 50% e 80%, respectivamente, em comparação com indivíduos jovens. Entretanto, a resposta da pressão sanguínea e a incidência de eventos adversos são semelhantes após a administração de Candesartana Cilexetila em pacientes jovens e idosos.
Em pacientes com alterações renais de leve a moderada, a Cmax e a AUC da candesartana aumentaram com doses repetidas em aproximadamente 50% e 70%, respectivamente, mas a meia-vida (t½) não foi alterada em comparação com pacientes com a função renal normal. As alterações correspondentes nos pacientes com alterações renais graves foram cerca de 50% e 110%, respectivamente. A t½ de eliminação da candesartana foi aproximadamente o dobro nos pacientes com alterações renais graves. A farmacocinética em pacientes que fazem hemodiálise foi similar àquela dos pacientes com alterações renais graves.
Em pacientes com alterações hepáticas de leve a moderada, houve um aumento na AUC da candesartana de aproximadamente 20%. Em pacientes com alterações hepáticas de moderada a grave o aumento na AUC da candesartana foi de aproximadamente 80%.
Há apenas experiência limitada do uso em pacientes com alterações hepáticas graves e/ou colestase.
Dados de segurança pré-clínica
Em diversos estudos de segurança pré-clínica conduzidos em várias espécies, foram observados efeitos farmacológicos exagerados esperados devido à modificação da homeostase do sistema renina angiotensinaaldosterona.
A incidência e a gravidade dos efeitos induzidos foram relacionadas à dose e ao tempo e mostraram-se reversíveis em animais adultos. Estudos com candesartana cilexetila, em animais, demonstraram atraso fetal e lesões renais em neonatos. Acredita-se que o mecanismo seja farmacologicamente mediado por efeitos no sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Não houve evidência de mutagenicidade, clastogenicidade ou carcinogenicidade.
Tempo estimado para início da ação terapêutica
Após a administração de uma única dose de Candesartana Cilexetila, o início do efeito anti-hipertensivo geralmente ocorre dentro de 2 horas. Com o tratamento contínuo, a redução máxima da pressão sanguínea com qualquer dose geralmente é atingida dentro de 4 semanas e é mantida durante o tratamento prolongado. Candesartana Cilexetila administrado uma vez ao dia promove uma efetiva e suave redução da pressão sanguínea ao longo de 24 horas com pequena diferença entre os efeitos máximo e mínimo no intervalo de dose (Lacourcière Y & Asmar R. Am J Hypertens 1999;12:1181-7).
Como devo armazenar o Candemed?
Você deve conservar Candemed em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Os comprimidos de Candemed são apresentados da seguinte maneira:
Candemed 8mg
Comprimido na cor rosa claro, circular, biconvexo e monossectado.
Candemed 16mg
Comprimido na cor rosa claro, circular, biconvexo e monossectado.
Candemed 32mg
Comprimido na cor rosa, circular, biconvexo e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observar alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Candemed
Reg. MS: nº 1.0583.0767
Farm.Resp.:
Dra. Maria Geisa Pimentel de Lima e Silva
CRF - SP nº 8.082
Registrado por:
Germed farmacêutica LTDA.
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08
Bairro Chácara Assay
CEP 13186-901, Hortolândia – SP
CNPJ: 45.992.062/0001-65
Fabricado por:
EMS S/A
Hortolândia/ SP
SAC: 0800 747 6000
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Candesartana Cilexetila
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Setembro de 2023.
Candemed 16mg, caixa com 30 comprimidos
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Dorflex Max 600mg + 70mg + 100m
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