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Bula do Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol

Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol, para o que é indicado e para o que serve?

Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol é indicado nas crises agudas de enxaqueca (G43/CID-10) e outras cefaleias de origem vascular (G44.1/CID10).

Quais as contraindicações do Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol?

Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer dos componentes de sua fórmula ou a outros alcaloides do ergot, doenças vasculares periféricas, doença vascular obliterante, doença coronariana, diabetes, hipertensão arterial não controlada, função renal ou hepática severamente comprometida, gravidez e lactação, hipotensão prolongada, choque, sepse, uso concomitante com outras medicações vasoconstritoras ou agentes que causam vasoespasmo (como sumatriptanos) e uso concomitante com potentes inibidores do CYP3A4 (incluindo inibidores de protease, antibióticos macrolídeos e antifúngicos). No caso dos triptanos e de outras medicações contendo derivados do ergot, um intervalo de 24 horas deve ser respeitado entre o uso das duas drogas.

Também é contraindicado em pacientes com feocromocitoma, epilepsia, hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração do trato gastrintestinal, uso concomitante com medicações que causam sintomas extrapiramidais.

Também contraindicado após cirurgia vascular e em pacientes com enxaqueca basilar ou hemiplégica.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com severo comprometimento da função hepática ou renal.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.

Categoria de risco na gravidez: X.

Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Também contraindicado durante o aleitamento materno.

Como usar o Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol?

Tomar 1 a 2 comprimidos ao primeiro sinal de enxaqueca; caso não haja melhora da sintomatologia, ingerir 1 comprimido a cada 30 minutos, até um máximo de 6 comprimidos ao dia.

O tratamento com Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol não deve ultrapassar 10 dias consecutivos.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol com outros remédios?

Interação Medicamento-Medicamento

O uso concomitante de Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol com inibidores potentes do CYP3A4, como antirretrovirais (inibidores de protease e de transcriptase reversa), antibióticos macrolídeos (imidazólicos e triazólicos), antifúngicos e fluoxetina, entre outros, pode elevar a concentração de ergotamina no plasma, aumentando o risco de ergotismo.

Deve-se evitar também o uso do Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol associado a carbamazepina, isoniazida, fenitoína e zidovudina, devido ao aumento do risco de hepatotoxicidade pelo paracetamol.

A fenitoína também pode levar a diminuição da potência analgésica do paracetamol e a associação do paracetamol a zidovudina pode resultar em neutropenia. Devido a metoclopramida, o uso de Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol pode levar: a um aumento da biodisponibilidade de drogas como a ciclosporina e a levodopa, aumentando sua toxicidade; a um prolongamento do bloqueio neuromuscular produzido por drogas como a succinilcolina; a uma diminuição do nível sérico de drogas como a digoxina; a uma potencialização da sedação induzida por drogas sedativas e a um aumento do risco de sintomas extrapiramidais quando associado a antidepressivos como a sertralina e a venlafaxina.

Vasoconstritores

Agentes vasoconstritores (medicamentos ou substâncias ilícitas como a cocaína), quando associados ao Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol, podem produzir elevação extrema da PA. O uso de Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol concomitante com agentes que causam vasoespasmo (como sumatriptanos) pode resultar em efeito aditivo, levando a um prolongamento do vasoespasmo.

O propranolol pode potencializar a ação vasocontritora da ergotamina, portanto seu uso associado ao Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol deve ser feito com cautela, apenas sob orientação médica. A nitroglicerina pode elevar a AUC da ergotamina em até 50%, portanto seu uso em pacientes que utilizam Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol demanda cuidado. A associação de Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol com inibidores da recaptação da serotonina pode aumentar o risco de síndrome serotoninérgica.

Nicotina

A nicotina pode provocar vasoconstrição em alguns pacientes, predispondo a uma resposta isquêmica mais acentuada à terapia com derivados do ergot.

Álcool

Os efeitos do álcool podem ser potencializados pelo Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol. Pacientes que fazem uso crônico de álcool (3 ou mais doses por dia) apresentam aumento do risco de hepatotoxicidade, nefrotoxicidade e de sangramento gástrico ao utilizar paracetamol.

Anticoagulantes

Deve-se evitar ingestão concomitante de Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol com anticoagulantes orais, devido à potencialização do efeito destes medicamentos pelo paracetamol, aumentando o risco de sangramento.

Interação Medicamento-Exames laboratoriais

Uso de paracetamol pode levar a resultados falso-positivos da dosagem urinária do ácido 5-hidroxindolacético (5- HIAA) e falsa elevação do ácido úrico sérico.

Interação Medicamento-Doença

A di-hidroergotamina foi associada a crises agudas de porfiria e não é considerada segura para uso em pacientes com porfiria.

Qual a ação da substância do Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol?

Resultados de Eficácia


Em estudo multicêntrico realizado com 1385 pacientes com cefaleias vasculares e enxaqueca após a administração de Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol foi observada uma melhora significativa da dor e de outros sintomas associados como náuseas e vômitos.

Referência Bibliográfica

Cunha J & Brito Neto AJ. Avaliação da eficácia terapêutica e tolerância da associação di-hidroergotamina, paracetamol e metoclopramida nas crises de enxaqueca. Rev Bras Med. 1994; 51(6): 767-773.

Características Farmacológicas


O mesilato de di-hidroergotamina é um bloqueador alfa-adrenérgico com um efeito estimulante direto sobre o músculo liso dos vasos sanguíneos periféricos e cranianos e produz efeitos benéficos na enxaqueca por causar vasoconstrição do leito dilatado da artéria carótida externa. Este fármaco também atua em neurônios serotoninérgicos centrais, o que pode resultar em um benefício adicional no tratamento da enxaqueca.

O mesilato de di-hidroergotamina apresenta início de ação em 30 minutos, sua biodisponibilidade oral é menor que 1% e sua metabolização é hepática. Apresenta meia-vida de eliminação bifásica, sendo a primeira de 0,7 a 1 hora e a segunda de 10 a 13 horas. A via principal de eliminação da droga envolve mecanismos extra-renais, que compreendem metabolismo hepático e eliminação através da bile e fezes.

O paracetamol é um derivado do para-aminofenol com definida ação analgésica e antipirética. Atua inibindo a síntese de prostaglandinas no sistema nervoso central. Sua ação no centro termorregulador hipotalâmico resulta em seu efeito antipirético. Não altera a coagulação, nem quanto ao tempo de sangramento, nem quanto à agregação plaquetária. Produz pouco efeito na mucosa gástrica, mesmo em grandes doses. Especificamente, o paracetamol é um potente inibidor da cicloxigenase no sistema nervoso central.

Após a administração oral, é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal atingindo concentrações séricas máximas entre 30 e 60 minutos e sua meia-vida de eliminação é de 2 horas (ocorrendo na faixa entre 1,5 e 3,0 horas). Na presença de insuficiência hepática, um aumento da meia-vida de eliminação foi relatado em casos de superdosagem. A meia-vida também é aumentada em pacientes com hepatopatia induzida pelo paracetamol. A disfunção renal não altera a meia-vida de eliminação. A biotransformação resulta em metabólitos conjugados glicuronados, sulfonados e cisteínicos, assim como metabólitos hidroxilados e desacetilados, excretados pela via urinária e biliar. Menos de 5% do paracetamol é excretado inalterado na urina.

A cafeína potencializa a ação da di-hidroergotamina, através de aumento de sua absorção por via oral. A cafeína, uma metilxantina, é um estimulante do sistema nervoso central estruturalmente relacionado com a teofilina. A cafeína produz estado de alerta mental e tende a corrigir a sonolência. É um adjuvante analgésico, bem absorvido por via oral com níveis de pico plasmático entre 15 e 45 minutos; sua meia-vida de eliminação é de 4 a 5 horas; seu metabolismo é hepático e a excreção é renal.

O cloridrato de metoclopramida é um antagonista dopaminérgico que interage com receptores dopaminérgicos na zona de gatilho quimiorreceptora no assoalho do IV ventrículo, inibindo as náuseas e vômitos associados a enxaqueca. Também promove uma aceleração do esvaziamento gástrico e da motilidade gastrintestinal. O cloridrato de metoclopramida é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Após ingestão oral, o início da ação terapêutica ocorre em 15 a 60 minutos, com duração de 1 a 2 horas. O tempo para atingir a concentração plasmática máxima após ingestão oral é de 60 a 180 minutos, a biodisponibilidade é de 65 a 95% e o volume de distribuição é de 2,2 a 3,4L/kg.

A metabolização é hepática e todos os metabólitos são inativos. Setenta a 85% da metoclopramida é excretada por via renal, sendo que a excreção no leite materno é desconhecida. A meia-vida de eliminação é de 4 a 6 horas.

Interação Alimentícia: posso usar o Cafeína + Di-hidroergotamina + Metoclopramida + Paracetamol com alimentos?

O alimento diminui a concentração máxima do paracetamol pela diminuição da taxa de absorção da droga. Está contraindicada a ingestão de toranja (grapefruit) por pacientes que utilizam Cafeína + Ergotamina + Metoclopramida + Paracetamol, pois esta fruta pode aumentar os níveis séricos de derivados do ergot e, consequentemente, aumentar o risco de ergotismo.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Cefalium.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 19 de Outubro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 19 de Outubro de 2020.

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