Betainterferona 1b
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Tipo de receita
- Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Classe terapêutica
- Produtos para Esclerose Múltipla
Forma farmacêutica
- Pó para solução injetável
Categoria
- Esclerose Múltipla
- Medicamentos
Dosagem
- 9.6mUI
Fabricante
- Novartis
Princípio ativo
- Betainterferona 1b
Tipo do medicamento
- Biológico
Quantidade
- 1.2 mL
Bula do Betainterferona 1b
Betainterferona 1b, para o que é indicado e para o que serve?
Betainterferona 1b é indicado para:
Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente (EMRR)
Redução da frequência e gravidade das exacerbações clínicas em pacientes ambulatoriais (por exemplo, pacientes que podem andar por seus próprios meios) portadores de Esclerose Múltipla por surtos de exacerbação-remissão, caracterizada pela ocorrência de, pelo menos, dois episódios de disfunção neurológica durante o período precedente de 2 anos, seguidos de recuperação completa ou incompleta.
Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP)
Redução da frequência e gravidade de exacerbações clínicas e diminuição da progressão da doença.
Quais as contraindicações do Betainterferona 1b?
Betainterferona 1b é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade à betainterferona natural ou recombinante ou a qualquer excipiente do produto.
Tipo de receita
Como usar o Betainterferona 1b?
Método de administração
Injeção subcutânea.
Adultos
O tratamento com Betainterferona 1b deve ser iniciado com a supervisão de um médico experiente no tratamento da Esclerose Múltipla.
A dose recomendada de Betainterferona 1b é de 0,25 mg (8 milhões de UI), contida em 1 mL da solução reconstituída, devendo ser injetada por via subcutânea, em dias alternados.
Geralmente, a titulação da dose é recomendada no início do tratamento.
Os pacientes devem iniciar o tratamento com 0,0625 mg (0,25 mL), por via subcutânea, em dias alternados, e aumentar a dose gradualmente para 0,25 mg (1,0 mL), em dias alternados. O período de titulação pode ser ajustado de acordo com a tolerabilidade individual.
No estudo em pacientes com um único evento clínico, a dose foi aumentada como mostra a Tabela A6.
Tabela A6 : Esquema posológico de titulação*.
Dia de Tratamento | Dose | Volume |
1, 3, 5 | 0,0625 mg | 0,25 mL |
7, 9, 11 | 0,125 mg | 0,5 mL |
13, 15, 17 | 0,1875 mg | 0,75 mL |
≥ 19 | 0,25 mg | 1,0 mL |
*Esquema de titulação da dose como usado no estudo em pacientes com um único evento clínico sugestivo de Esclerose Múltipla. O período de titulação pode ser modificado de acordo com a tolerabilidade de cada paciente.
Duração do Tratamento
Até o momento, não se sabe por quanto tempo o paciente deve ser tratado. A eficácia do tratamento para períodos de até 3 anos foi demonstrada em um ensaio clínico controlado. Existem dados de acompanhamento de estudos clínicos realizados sob condições controladas em pacientes com Esclerose Múltipla recorrente-remitente de até 5 anos e em pacientes com Esclerose Múltipla secundária progressiva de até 3 anos. Existem dados de acompanhamento não controlado de pacientes com Esclerose Múltipla secundária progressiva de até 4,5 anos.
Para Esclerose Múltipla recorrente-remitente, os dados disponíveis de até 5 anos sugerem que a eficácia é mantida durante todo o período de tratamento com Betainterferona 1b.
Para Esclerose Múltipla secundária progressiva, a eficácia do tratamento durante um período de 2 anos, com dados limitados para um período de até 3 anos de tratamento, foi demonstrada em estudos clínicos sob condições controladas.
Crianças e adolescentes
A eficácia e a segurança de Betainterferona 1b não foram investigadas sistematicamente em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. Portanto, Betainterferona 1b não deve ser administrado a este grupo etário.
Instruções de uso
Incompatibilidade
Na ausência de estudos de incompatibilidade, a solução de Betainterferona 1b não deve ser misturada com outros medicamentos.
Reconstituição
A tampa da seringa preenchida contém um derivado do látex de borracha natural. Portanto, a tampa pode conter látex de borracha natural, e não deve ser manuseada por pessoas sensíveis a essa substância.
Para reconstituição do liofilizado, injetar 1,2 mL do diluente fornecido (cloreto de sódio 0,54%) no frasco-ampola de Betainterferona 1b. Dissolver completamente o liofilizado sem agitar.
Inspeção antes do uso
Não utilize frascos-ampola que apresentarem rachaduras. Inspecionar visualmente a solução antes do uso. Se apresentar material particulado ou alteração de cor, a solução deve ser descartada.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Betainterferona 1b maior do que a recomendada?
A betainterferona 1b foi administrada em pacientes adultos com câncer, em doses individuais de até 5,5 mg (176 milhões de UI), por via IV, 3 vezes por semana, sem que fossem observados eventos adversos graves que comprometessem as funções vitais.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Betainterferona 1b com outros remédios?
Não foram realizados estudos sistematizados de interação de Betainterferona 1b com outros medicamentos.
Não se conhece o efeito de Betainterferona 1b no metabolismo de medicamentos em pacientes com Esclerose Múltipla. A terapêutica das recidivas com corticosteroides ou ACTH, por períodos de até 28 dias, tem sido bem tolerada nos pacientes em tratamento com Betainterferona 1b.
Não foi estudada a administração concomitante de Betainterferona 1b com outros imunomoduladores além dos corticosteroides ou ACTH.
Foi relatado que as interferonas reduzem a atividade de enzimas hepáticas dependentes do citocromo P450 em seres humanos e nos animais. Deve-se ter cautela quando Betainterferona 1b é administrado em combinação com medicamentos que apresentam estreita margem terapêutica e são largamente dependentes do sistema hepático citocromo P450 para a sua depuração. Deve-se ter cuidado na administração concomitante de medicamentos que tenham efeito sobre o sistema hematopoiético.
Qual a ação da substância do Betainterferona 1b?
Resultados de Eficácia
Pacientes portadores da forma secundária progressiva tratados com Betainterferona 1b apresentaram retardamento de até 12 meses na progressão da incapacidade, mesmo considerando o período para atingir estágios altamente incapacitantes, ou seja, aqueles onde o paciente depende de cadeira de rodas para qualquer locomoção. Este retardamento no avanço da incapacidade foi observado em pacientes com ou sem exacerbações e em todos os níveis de incapacidade investigados (EDSS - escala expandida do grau de incapacidade - 3 a 6,5).1,2
Tanto os pacientes portadores de Esclerose Múltipla recorrente-remitente quanto os portadores de Esclerose Múltipla secundária progressiva que receberam Betainterferona 1b apresentaram redução na frequência (30%) e na gravidade das exacerbações clínicas, bem como um prolongamento do intervalo sem surtos. O número de hospitalizações e a utilização de esteroides devido à doença foram reduzidos.3,4,5,6,7,8,9
Adicionalmente, tanto na Esclerose Múltipla recorrente-remitente, quanto na forma secundária progressiva, Betainterferona 1b demonstrou efeito benéfico significativo sobre a extensão das lesões (avaliado por Imagem por Ressonância Magnética – IRM, ponderada em T2) e novas lesões ativas tanto em pacientes que apresentam EMRR (avaliado a cada 6 semanas por IRM) quanto em pacientes que apresentam EMSP (avaliado mensalmente por IRM ponderada em T1, realçada por gadolínio, do 1o ao 6o mês e do 19o ao 24o mês de tratamento). Sabe-se que existe correlação entre o aumento da extensão das lesões avaliadas por IRM e o aumento da incapacidade avaliada pela escala expandida do grau de incapacidade (EDSS).10,11,12,13,14,15
Referências Bibliográficas:
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US: Clinical research report AW31, Supplemental Biologics License Application. June, 1998; Vol. 010: 084-085
3. EU: Clinical research report AA24, RR-MS dossier. April, 1994; Part IV, Vol. 6: 1931-1933
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10. EU: Clinical research report AA24, RR-MS dossier. April, 1994; Part IV, Vol. 6: 1936-1939
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12. US: Clinical research report AW31, Supplemental Biologics License Application. June, 1998; Vol. 010: 084-085
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15. US: Clinical research report AW31, Supplemental Biologics License Application. June, 1998;Vol. 010: 085-086
Características Farmacológicas
Grupo Farmacoterapêutico: citocinas, interferonas. Código ATC: L03AB08.
Farmacodinâmica
As interferonas pertencem à família das citocinas (proteínas naturais) e possuem pesos moleculares em torno de 15.000 a 21.000 daltons. Os três grupos principais de interferonas foram classificados em alfa, beta e gama. Alfainterferona, betainterferona e gamainterferona apresentam atividades biológicas que se sobrepõem, apesar de serem, também, distintas. As atividades biológicas da Betainterferona 1b são restritas à espécie e, portanto, as informações farmacológicas mais pertinentes baseiam-se em estudos efetuados em culturas de células humanas ou em estudos in vivo em seres humanos.
Foi demonstrado que a Betainterferona 1b possui atividade antiviral e imunorreguladora. Os mecanismos pelos quais a Betainterferona 1b exerce sua ação na Esclerose Múltipla não estão totalmente esclarecidos. Entretanto, sabe-se que as propriedades da Betainterferona 1b, como modificador de resposta biológica, são mediadas pela sua interação com receptores celulares específicos encontrados na superfície de células humanas. A ligação da Betainterferona 1b a estes receptores induz a expressão de certo número de produtos de genes, os quais se acredita serem os mediadores das ações biológicas da Betainterferona 1b. Alguns destes produtos foram avaliados no soro e em frações celulares de sangue colhido de pacientes tratados com Betainterferona 1b. A Betainterferona 1b diminui a afinidade de ligação e aumenta a interiorização e degradação do receptor de gamainterferona. A Betainterferona 1b também aumenta a atividade supressora das células mononucleares do sangue periférico.
Não foram realizadas investigações isoladas com referência à influência de Betainterferona 1b sobre o sistema cardiovascular, respiratório e sobre a função de órgãos endócrinos.
Farmacocinética
Os níveis séricos de Betainterferona 1b foram avaliados em pacientes e em voluntários por meio de ensaio biológico não completamente específico. Após a administração subcutânea da dose recomendada de 0,25 mg, as concentrações séricas de Betainterferona 1b são baixas ou não detectáveis. Portanto, não há informações disponíveis sobre a farmacocinética de Betainterferona 1b em pacientes que apresentam EM (Esclerose Múltipla) tratados com a dose recomendada.
Níveis séricos máximos de aproximadamente 40 UI/mL foram encontrados após 1 a 8 horas de injeção subcutânea de 0,5 mg de Betainterferona 1b em voluntários sadios. Pelos resultados de vários ensaios efetuados com administração intravenosa de Betainterferona 1b, estimou-se que a média da taxa de depuração e da meia-vida da fase de eliminação do soro seriam de, no máximo, 30 mL/min/kg e de 5 horas, respectivamente.
As injeções de Betainterferona 1b em dias alternados não promovem aumento no nível sérico e a farmacocinética não parece ser alterada durante a terapia.
Após administração subcutânea em voluntários sadios de 0,25 mg de Betainterferona 1b, em dias alternados, os níveis de marcadores de resposta biológica (neopterina, microglobulina beta-2 e a citocina imunossupressora IL-10) aumentaram significativamente acima dos níveis da linha de base dentro de 6 a 12 horas após a primeira dose de Betainterferona 1b. Os níveis de marcadores de resposta biológica alcançaram pico entre 40 e 124 horas e permaneceram elevados acima da linha de base durante os 7 dias (168 horas) do período de estudo. A relação entre os níveis séricos de Betainterferona 1b ou os níveis de marcadores de resposta biológica induzida e o mecanismo pelo qual Betainterferona 1b exerce seus efeitos na Esclerose Múltipla é desconhecido.
Dados de segurança pré-clínica
Não foram realizados estudos de toxicidade aguda. Uma vez que roedores não reagem à betainterferona humana, a avaliação do risco foi baseada em estudos de doses repetidas realizados em macacos Rhesus. Foi observada hipertermia transitória, assim como elevação transitória significativa nos linfócitos e diminuição transitória significativa em trombócitos e neutrófilos segmentados. Não foram conduzidos estudos de longa duração. Os estudos reprodutivos em macacos Rhesus mostraram toxicidade materna e aumento na taxa de abortamento. Não ocorreu malformação nos animais sobreviventes. Não foram conduzidas investigações sobre a fertilidade. Não foi observada influência no ciclo estral em macacos. Em um único estudo de genotoxicidade (teste de Ames) não foram observados efeitos mutagênicos. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade. Em um teste de transformação celular in vitro não houve indicação de potencial tumorigênico.
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Extavia®.
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