Bula do Belarina
Princípio Ativo: Alfassebelipase
Classe Terapêutica: Hormônios Contraceptivos Monofásicos com Estrogênios <50mcg (menor que 50mcg)
Belarina, para o que é indicado e para o que serve?
Belarina® é indicado comoanticoncepcional.
Como o Belarina funciona?
Belarina® é um anticoncepcional hormonal que deve ser tomado por via oral que, ao ser tomado da forma indicada nesta bula, inibe a ovulação e previne a gravidez. Ocorre, também, modificação do muco cervical, com consequente redução da migração e alteração da motilidade dos espermatozoides.
A proteção contraceptiva tem início no primeiro dia de tomada e continua durante os intervalos de 4 dias livres de medicação ativa.
Os anticoncepcionais orais que contêm 2 hormônios como Belarina®, são também chamados de “contraceptivo oral combinado”(COC). Os 24 comprimidos de cor rosa presentes na embalagem possuem a mesma quantidade de hormônio e, portanto, Belarina® também é chamado de “preparação monofásica”.
Anticoncepcionais orais como Belarina®, não irão proteger você contra AIDS (infecção por HIV) ou outra doença sexualmente transmissível. Medidas como uso de camisinhas poderão ajudar na sua proteção contra essas doenças.
Quais as contraindicações do Belarina?
Antes de você começar a tomar Belarina®, seu médico fará exames ginecológicos e gerais, descartará a possibilidade de gravidez e, baseado nas contraindicações e precauções, decidirá se o uso de Belarina® é apropriado para você.
Enquanto você estiver tomando o Belarina®, esse exame deverá ser realizado anualmente, ou a critério de seu médico.
Você não deverá tomar Belarina® se você:
- Estiver grávida ou achar que está grávida;
- For alérgica (hipersensível) às substâncias ativas etinilestradiol ou acetato de clormadinona ou a qualquer um dos componentes do Belarina®;
- Sofre de coágulos sanguíneos nas veias ou artérias (por exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio, infarto cerebral) ou se já sofreu anteriormente;
- Se você tiver história pessoal ou familiar de problemas nas veias e artérias;
- Observar os primeiros estágios ou sinais de um coágulo sanguíneo, inflamação das veias ou embolia, como dor aguda súbita, dor no peito ou sensação de rigidez no peito;
- For forçada a ficar parada por um longo período (por exemplo, descanso restrito à cama ou devido a uma imobilização com molde de gesso) ou se você pretender realizar uma cirurgia (pare de tomar o Belarina® por, pelo menos, quatro semanas antes da data programada da cirurgia);
- Tiver diabetes e o seu açúcar sanguíneo variar incontrolavelmente ou se você tiver alterações nos vasos sanguíneos;
- Tiver pressão alta difícil de controlar ou se sua pressão aumentar consideravelmente (valores constantemente acima de 140/90 mmHg);
- Sofrer de inflamação do fígado (por exemplo, devido a um vírus) ou icterícia e seus valores hepáticos ainda não tiverem retornado ao normal;
- Tiver coceira em todo o corpo ou sofrer de um distúrbio de fluxo da bile, especialmente se isso tiver ocorrido durante uma gravidez anterior ou tratamento com estrógenos;
- Estiver com a bilirrubina (um produto da degradação de pigmento do sangue) em seu sangue elevada, por exemplo, devido a um distúrbio de excreção congênito (síndrome de Dubin-Johnson ou de Rotor);
- Tiver um tumor no fígado ou tiver tido algum anteriormente;
- Tiver dor intensa no estômago, fígado aumentado ou observar sinais de sangramento no abdômen;
- Perceber a ocorrência de porfiria (distúrbio do metabolismo do pigmento do sangue) pela primeira vez ou houver recorrência;
- Tiver ou tiver tido, ou se houver suspeita de que você tenha um tumor maligno dependente de hormônios, por exemplo, câncer de mama ou útero;
- Sofrer de distúrbios graves do metabolismo de gorduras;
- Sofrer ou tiver sofrido de inflamação do pâncreas e isso estiver associado a aumento intenso das gorduras no sangue (triglicérides);
- Estiver sofrendo de enxaqueca pela primeira vez;
- Sofrer de dor de cabeça incomum, intensa, frequente ou de longa duração;
- Sofrer ou tiver sofrido de enxaqueca acompanhada de distúrbios de sensação, percepção e/ou movimento (enxaqueca complicada ou “enxaqueca com aura”);
- Tiver distúrbios da percepção repentinos (visão ou audição);
- Tiver distúrbios de movimento (principalmente, sinais de paralisia);
- Observar piora de crises epilépticas;
- Sofrer de depressão grave;
- Sofrer de um determinado tipo de surdez (otosclerose) que se tornou pior durante gestações anteriores;
- Não menstruar por algum motivo desconhecido;
- Tiver crescimento excessivo anormal da camada interior do útero (hiperplasia endometrial);
- Notar a ocorrência de sangramento da vagina por algum motivo desconhecido;
- Tiver meningioma ou histórico de meningioma.
Se uma dessas condições ocorrer durante a administração do Belarina®, pare imediatamente de tomá-lo.
Você não deve continuar tomando Belarina® ou deve parar de tomá-lo imediatamente, se tiver um grave risco ou muitos riscos de distúrbios de coagulação sanguínea.
Belarina® é contraindicado no uso concomitante com medicamentos que contenham ombitasvir, paritaprevir, ritonavir e dasabuvir ou medicamentos que contenham glecaprevir, pibrentasvir, ou sofosbuvir, velpatasvir e voxilaprevir.
Como usar o Belarina?
Como para todos os inibidores da ovulação, erros de tomada e de método podem ocorrer e, portanto, não pode se esperar 100% de eficácia do método.
Na posição da cartela marcada com o número 1, pressione para fora o primeiro comprimido rosa e tome-o sem mastigar, se necessário com um pouco de líquido. Marque em sua cartela qual foi o dia da semana que você tomou o primeiro comprimido. Você deverá tomar um outro comprimido todo dia na direção da seta, se possível no mesmo horário, de preferência à noite. Se possível, o intervalo entre a ingestão de dois comprimidos deverá ser sempre de 24 horas.
Quando você pode começar a tomar o Belarina®
Se você não tiver tomado contraceptivos orais antes (durante o último ciclo menstrual)
- Tome o seu primeiro comprimido rosa de Belarina® no primeiro dia do seu próximo ciclo menstrual. Se o primeiro comprimido rosa for tomado no primeiro dia da menstruação, o efeito anticoncepcional terá início a partir deste dia e prosseguirá durante o intervalo de 4 dias da administração dos comprimidos brancos.
- Se seu período já tiver sido iniciado, tome o primeiro comprimido do segundo ao quinto dia da sua menstruação, não importando se o seu sangramento já tiver parado ou não. No entanto, nesse caso, durante os primeiros sete dias de administração (regra dos sete dias), você deverá usar métodos contraceptivos de barreira.
- Se sua menstruação tiver iniciado há mais de cinco dias, aguarde até sua próxima menstruação e então comece a tomar o Belarina®.
Se você tiver tomado outro contraceptivo hormonal combinado de 21 ou 22 dias
- Tome todos os comprimidos da cartela anterior normalmente. Você deve começar a tomar Belarina® no dia seguinte, sem intervalo. Não é necessário esperar o início do sangramento de privação seguinte. Não será necessário que você tome medidas anticoncepcionais adicionais.
Se você tiver tomado outro contraceptivo hormonal combinado diário de 28 dias (Anticoncepcional de 28 dias com 21 ou 22 comprimidos ativos e 6 ou 7 comprimidos de placebo)
- Você deve tomar seu primeiro comprimido rosa de Belarina® após a administração do último comprimido ativo do contraceptivo de 28 dias (por exemplo, após a ingestão do comprimido 21 ou 22). O primeiro comprimido rosa com princípio ativo de Belarina® deverá ser ingerido no dia seguinte. Não existem intervalos livres de administração nem para ingestão do placebo, e nem será necessário que você espere seu próximo sangramento de privação. Não será necessário que você tome medidas anticoncepcionais adicionais.
Se você tiver tomado um contraceptivo oral contendo apenas progesterona (minipílula)
- Quando for usado um contraceptivo oral que contém apenas progesterona, o sangramento de privação semelhante ao período menstrual poderá estar ausente. Tome o primeiro comprimido de Belarina® um dia após ter tomado a última pílula contendo apenas progesterona (minipílula). Nesse caso, você deve usar métodos contraceptivos de barreira adicionais para os primeiros sete dias.
Se você tiver tomado injeções hormonais contraceptivas ou tiver usado um implante contraceptivo antes
- Tome o primeiro comprimido rosa de Belarina® no dia em que o implante foi removido ou no dia em que a próxima injeção estava planejada. Nesse caso, você deve usar métodos contraceptivos adicionais nos primeiros sete dias.
Se você tiver tido um aborto nos primeiros três meses de gestação
- Depois de um aborto, você poderá começar a tomar imediatamente o Belarina®. Nesse caso, você não precisa usar métodos contraceptivos adicionais.
Se você tiver dado à luz ou tiver tido um aborto durante o período do terceiro ao sexto mês de gravidez
- Se você não estiver amamentando, você poderá começar a tomar Belarina® 21 a 28 dias após ter dado à luz. Você não precisa usar quaisquer outros métodos contraceptivos de barreira.
- No entanto, se tiverem se passado mais de 28 dias após você ter dado à luz, você deverá usar métodos contraceptivos de barreira durante os primeiros sete dias.
- Se você já tiver tido relação sexual, você deverá descartar a gravidez ou aguardar até sua próxima menstruação antes de começar a tomar Belarina®.
- Lembre-se de que você não deve tomar o Belarina® se estiver amamentando.
Posologia do Belarina
O que você deve fazer na hipótese de ter vômitos ou diarreia ao tomar o Belarina®
Se ocorrerem vômitos ou diarreia dentro de quatro horas após ter tomado um comprimido rosa, é possível que as substâncias ativas do Belarina® não tenham sido totalmente absorvidas. Essa situação é semelhante ao esquecimento de tomar um comprimido e você precisará tomar um novo comprimido de uma nova cartela imediatamente. Se possível, tome o novo comprimido dentro de 12 horas após ingerir o último comprimido e continue tomando Belarina® no horário regular. Se isso não for possível ou já tiver passado mais de 12 horas, siga a instrução em caso de esquecimento da dose ou contate seu médico.
Você deve tomar um comprimido cor de rosa de Belarina® todos os dias no mesmo horário (preferivelmente à noite) durante 24 dias consecutivos, seguidos de um intervalo de 4 dias durante os quais deverão ser tomados os comprimidos brancos; o sangramento deverá ocorrer dentro de dois ou quatro dias após a administração do último comprimido cor de rosa. Após o intervalo de 4 dias em que serão ingeridos comprimidos brancos, deve-se continuar a administrar o primeiro comprimido rosa do blister seguinte do medicamento Belarina®, independentemente de o sangramento ter sido contido ou ainda persistir.
Grupos de pacientes especiais
Insuficiência Renal
- Não foi investigado o uso de Belarina® nas pacientes com insuficiência renal, desta forma não é possível realizar uma recomendação de dose.
Insuficiência Hepática
- Belarina® não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência hepática.
População Pediátrica
- A eficácia e segurança de Belarina® foi investigada em mulheres com mais de 18 anos.
Adultos
Belarina® não é indicada após a menopausa.
Por quanto tempo você pode tomar o Belarina®
Você pode tomar o Belarina® por quanto tempo desejar, desde que isso não esteja limitado por riscos à sua saúde.
Depois de parar de tomar Belarina®, a sua próxima menstruação poderá atrasar em aproximadamente uma semana.
O que você deve fazer quando quiser parar de tomar este medicamento
Não pare o uso de Belarina® antes de conversar com seu médico (a). Quando você para de tomar Belarina®, logo seus ovários voltam à atividade normal e você poderá engravidar. Se você não quiser ficar grávida após parar de tomar Belarina®, consulte seu médico(a) para que indique um outro método anticoncepcional.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Belarina?
Caso você se esqueça de tomar o comprimido rosa, mas o tome dentro das 12 horas seguintes, não serão necessárias medidas anticoncepcionais adicionais. Você poderá continuar tomando os comprimidos como de costume.
Se o intervalo de consumo for superior a 12 horas, a proteção anticoncepcional poderá ser reduzida. O último comprimido rosa esquecido deverá ser ingerido imediatamente. O comprimido rosa seguinte deverá ser ingerido como de costume. Isto pode significar que você tenha que tomar dois comprimidos de cor rosa (ativos) no mesmo dia. Deverão ser tomadas outras medidas anticoncepcionais mecânicas, como camisinha, nos próximos 7 dias. Se o blister atual tiver menos de 7 comprimidos de cor rosa, o blister seguinte do medicamento Belarina® deverá ser iniciado tão logo os comprimidos de cor rosa da embalagem em uso tenham terminado, não devendo haver intervalo de ingestão dos comprimidos brancos entre as embalagens (regra dos 7 dias). O sangramento normal de privação provavelmente não aparecerá até que se termine esta nova embalagem; o sangramento de escape ou “spotting” poderá ocorrer com frequência durante a administração dos comprimidos. Se o sangramento não aparecer após a ingestão dos comprimidos da segunda embalagem, deverá ser feito um teste de gravidez.
Os comprimidos brancos esquecidos (comprimidos 25 a 28) da área rosa do blister não afetam a segurança anticoncepcional e, portanto, poderão ser omitidos. No entanto, deverão ser descartados para evitar um prolongamento acidental do intervalo entre os comprimidos brancos.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Belarina?
Tabagismo
O fumo (tabagismo) aumenta o risco de efeitos adversos graves ao coração e aos vasos sanguíneos durante o uso com anticoncepcionais. Esse risco aumenta com a idade e o consumo de cigarros, sendo muito pronunciado em mulheres acima dos 35 anos. As mulheres acima dos 35 anos, fumantes, devem utilizar outros métodos contraceptivos.
Pressão alta
Tome cuidado em especial durante o uso de Belarina® se você tiver pressão alta, níveis anormalmente elevados de gordura no sangue, sobrepeso ou diabetes. Nesses casos, o risco de efeitos adversos graves com o uso de contraceptivos orais combinados (como ataque cardíaco, embolia, derrame ou tumores no fígado) está aumentado.
Fatores de risco
Se um dos fatores de risco a seguir se aplicar a você, ou um deles aparecer ou se tornar pior enquanto você estiver tomando Belarina®, consulte imediatamente seu médico. Ele decidirá se você pode continuar tomando Belarina® ou se deve parar de tomá-lo.
Bloqueio dos vasos sanguíneos ou outras doenças dos vasos sanguíneos
- Há evidência de que o risco de coágulos sanguíneos nas veias e artérias aumenta se você usar contraceptivos orais.
- Isso pode possivelmente causar ataque cardíaco, derrame, trombose venosa profunda e embolia pulmonar. No entanto, esses eventos são raros durante a administração de contraceptivos orais.
- O risco de um coágulo de sangue bloquear as veias (tromboembolismo) é maior se forem usados contraceptivos orais combinados do que se não forem tomados. O risco adicional é maior durante o primeiro ano em que um COC é usado.
- Em mulheres que não usam um contraceptivo oral combinado e não estão grávidas, cerca de 2 em cada 10.000 poderão desenvolver tromboembolismo venoso ao longo do período de um ano. O número de casos de tromboembolismo venoso por ano em usuárias de COCs de baixa dose é menor que o número esperado em mulheres durante a gravidez ou no período pós-parto. Em 1 a 2% dos casos o bloqueio dos vasos é fatal.
- Não se tem conhecimento de como Belarina® influencia o risco de tromboembolismo venoso, quando comparado com outros contraceptivos orais combinados.
Consulte seu médico assim que possível se você observar sintomas de trombose ou embolia pulmonar, como:
- Dor e/ou edema (inchaço) nos braços ou nas pernas;
- Dor intensa repentina no peito que pode ou não se irradiar para o braço esquerdo;
- Falta repentina de ar, tosse repentina de causa desconhecida;
- Dor de cabeça inesperada intensa ou de longa duração;
- Perda parcial ou total da visão, visão dupla, dificuldades de falar ou encontrar as palavras certas;
- Tontura, colapso (em alguns casos, juntos com uma crise epiléptica);
- Fraqueza repentina ou dormência considerável em um lado do corpo ou parte do corpo;
- Problemas de movimento;
- Dor repentina e insuportável no abdômen.
Se você observar um aumento na frequência ou intensidade de ataques de enxaqueca durante a administração do Belarina® (que podem indicar um distúrbio no suprimento de sangue para o cérebro), consulte seu médico assim que possível. Ele poderá orientá-lo para parar de tomar imediatamente o Belarina®.
O risco de bloqueio dos vasos é aumentado pelos seguintes fatores:
- Idade;
- Tabagismo;
- Um histórico de bloqueio dos vasos na família (por exemplo, seus irmãos, irmãs ou pais tiveram trombose quando eram jovens). Se isso se aplicar a você, antes de você começar a tomar Belarina®, seu médico poderá encaminhá-lo para um especialista (por exemplo, para verificar sua coagulação sanguínea);
- Distúrbio de coagulação do sangue, verificado pelos seguintes exames de laboratório: resistência à proteína C ativada (resistência APC), hiperhomocisteinemia, deficiência de antitrombina III, deficiência de proteína C, deficiência de proteína S e anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anti-cardiolipina, anticoagulante lúpico).
- Sobrepeso considerável, ou seja, índice de massa corporal acima de 30 kg/m²;
- Alteração anormal em proteínas e gorduras do sangue (dislipoproteinemia);
- Pressão alta;
- Doença de válvula cardíaca;
- Distúrbios do ritmo cardíaco (fibrilação atrial);
- Longos períodos de imobilização, cirurgias de grande porte, lesões graves ou cirurgias nas pernas. Nesses casos, você deve informar seu médico assim que possível. Ele orientará você para parar de tomar o Belarina® pelo menos quatro semanas antes da cirurgia e lhe dirá quando você poderá começar a tomá-lo de novo (geralmente duas semanas depois que você começar a caminhar novamente);
- Outras doenças afetando a circulação do sangue como diabetes, lúpus eritematoso sistêmico (uma doença do sistema imunológico), síndrome hemolítico-urêmica (uma doença do sangue que danifica os rins), doença de Crohn ou colite ulcerativa (inflamação crônica do intestino) e anemia de células falciformes (doença do sangue). O tratamento adequado dessas doenças pode reduzir o risco de bloqueio dos vasos sanguíneos.
Câncer
- Alguns estudos mostram que há um fator de risco para câncer de colo de útero, se mulheres cujo colo de útero estiver infectado por um determinado vírus transmitido sexualmente (HPV – papiloma vírus humano) tomarem a pílula por muito tempo. No entanto, não está claro em que extensão esses resultados são afetados por outros fatores (por exemplo, diferenças no número de parceiros sexuais ou uso de métodos contraceptivos mecânicos).
- Os estudos relataram um risco levemente aumentado de câncer de mama em mulheres que estão atualmente usando COCs. Durante o curso de 10 anos após parar o uso de COC, esse risco aumentado retorna gradualmente ao risco de base relacionado à idade. Comoo câncer de mama é raro em mulheres com menos de 40 anos de idade, o número em excesso de diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COC é menor em relação ao risco total de câncer de mama.
- Em casos raros ocorreram tumores benignos no fígado e mais raramente malignos, após o uso de contraceptivos orais. Esses podem causar hemorragia interna grave. Na hipótese de dor intensa na região do estômago que não desapareça por conta própria, você deve consultar seu médico.
Outras Doenças
- Humor deprimido e depressão são efeitos adversos conhecidos do uso de contraceptivos hormonais. A depressão pode ser grave e é um fator de risco conhecido para comportamento suicida e o suicídio. As mulheres devem ser aconselhadas a entrar em contato com seu médico em caso de alterações do humor e sintomas de depressão logo após o início do tratamento.
- Muitas mulheres têm um leve aumento na pressão arterial ao tomar contraceptivos orais.
- Se a sua pressão arterial for consideravelmente elevada ao usar o Belarina®, seu médico orientará você a parar de tomar o Belarina® e prescreverá um medicamento para abaixar a sua pressão. Assim que sua pressão arterial tiver retornado ao normal, você poderá começar a tomar Belarina® novamente.
- Se você tiver sofrido de herpes durante uma gravidez prévia, isso poderá recorrer durante o uso de um contraceptivo oral.
- Se você tiver um determinado distúrbio nos valores de gordura no sangue (hipertrigliceridemia) ou isso tiver ocorrido em sua família, haverá um risco aumentado de uma inflamação do pâncreas. Se você tiver distúrbios agudos ou crônicos da função hepática, seu médico poderá lhe dizer para interromper o uso de Belarina® até que seus valores hepáticos retornem ao normal. Se você tiver sofrido de icterícia durante uma gravidez prévia ou ao usar um contraceptivo oral e isso reaparecer, seu médico orientará você a interromper o uso de Belarina®.
- Se você for diabética e sua glicose estiver sob controle e você tomar o Belarina®, seu médico examinará você atentamente enquanto você estiver tomando Belarina®. Pode ser necessário alterar seu tratamento para a diabetes.
- Manchas marrons incomuns podem aparecer em sua pele (cloasma), especialmente se você as tiver tido durante uma gestação anterior. Se você souber que tem uma predisposição, você deverá evitar a luz ultravioleta ou solar direta enquanto estiver tomando o Belarina®.
- Estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema hereditário e angioedema adquirido.
Meningioma
- A ocorrência de meningioma (único ou múltiplo) foi reportada em pacientes que utilizavam medicamentos contendo clormadinona, especialmente em altas doses e por um período de tempo prolongado (vários anos). Consulte seu médico caso você apresente sinais e sintomas de meningioma e caso seja diagnosticada com meningioma.
Doenças que podem ser afetadas negativamente (supervisão médica especial também é necessária)
- Se você sofrer de epilepsia; esclerose múltipla; cãibras musculares graves (tetania); enxaqueca; asma; se você tiver insuficiência cardíaca (redução da capacidade do coração de bombear o sangue) ou insuficiência renal (redução da capacidade de funcionamento dos rins); se você sofrer de Coreia de Sydenhams (Coreia menor); for diabético; tiver uma doença no fígado; sofrer de distúrbios do metabolismo de gorduras; distúrbios do sistema imunológico; se você estiver consideravelmente acima do peso; tiver pressão alta; endometriose (quando o tecido que reveste a cavidade do seu útero, denominado endométrio está fora desta camada de revestimento); se você tiver veias varicosas ou inflamação das veias; tiver problemas de coágulos sanguíneos; doença nas mamas (mastopatia); se você tiver tido tumores benignos (mioma) do útero; tiver tido herpes em uma gestação anterior (herpes gestacional); sofrer de depressão; sofrer de inflamação crônica do intestino (doença de Crohn, colite ulcerativa).
Consulte seu médico se você tiver ou tiver tido anteriormente uma das doenças anteriores ou se uma delas ocorrer enquanto você estiver tomando o Belarina®.
Eficácia
Se você não tomar regularmente o contraceptivo, tiver vômitos ou diarreia após a administração ou tomar determinados medicamentos ao mesmo tempo, o efeito contraceptivo poderá ser afetado. Em casos muito raros, distúrbios metabólicos podem prejudicar a eficácia contraceptiva.
Mesmo se você tomar contraceptivos orais corretamente, isso não poderá garantir o controle total da concepção.
A administração dos anticoncepcionais orais, incluindo o Belarina®, não protege contra infecções por HIV (AIDS) ou outras doenças sexualmente transmissíveis.
Sangramentos irregulares
Especialmente nos primeiros meses do uso de contraceptivos orais, poderá ocorrer sangramento irregular da vagina (sangramento de escape/“spotting”, ou seja, perda de sangue fora do período esperado). Se esse sangramento irregular continuar ocorrendo durante três meses ou recorrer após ciclos anteriormente regulares, consulte seu médico.
O “spotting” também pode ser um sinal de que o efeito contraceptivo está reduzido. Em alguns casos, o sangramento de privação poderá estar ausente após Belarina® ter sido tomado por 24 dias. Se você tiver tomado Belarina® de acordo com as instruções, é improvável que você esteja grávida. Se Belarina® não foi tomado como instruído antese o sangramento de privação estiver ausente pela primeira vez, a gravidez deve ser totalmente descartada antes da continuação do uso.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas
Não se tem conhecimento de efeitos negativos dos contraceptivos orais combinados na capacidade de dirigir veículos, operar ou utilizar máquinas.
Gravidez e amamentação
Belarina® não é indicado durante a gravidez. Se você ficar grávida enquanto estiver tomando Belarina®, você deverá parar imediatamente de tomá-lo.
Até agora a maioria dos estudos não mostrou qualquer evidência clínica dos efeitos teratogênicos ou tóxicos para o feto quando da ingestão acidental dos hormônios estrogênios combinados aos progestagênios durante a gravidez, em doses similares aos do medicamento Belarina®. Embora os testes em animais tenham mostrado evidência de toxicidade reprodutiva, os dados clínicos obtidos em mais de 330 mulheres grávidas não mostraram efeitos tóxicos para o feto com acetato de clormadinona.
Este medicamento causa malformação ao bebe durante a gravidez.
Se você toma Belarina® deverá se lembrar que a produção de leite poderá ser reduzida e sua qualidade ser afetada. Quantidades muito pequenas das substâncias ativas passam para o leite.
Contraceptivos orais como o Belarina® devem ser tomados apenas depois que você parar de amamentar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Informações importantes sobre um dos componentes do Belarina®
O Belarina® contém lactose monoidratada. Se você tiver sido informada por seu médico de que você tem intolerância a alguns açúcares, contate seu médico antes de tomar Belarina®.
Este medicamento contém lactose.
Você não deve utilizar esse medicamento se possuir problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência total a lactase ou má absorção de glicose-galactose.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Belarina?
Todos os medicamentos, o Belarina® pode causar efeitos adversos, embora nem todas as mulheres os tenham.
As frequências nas quais efeitos adversos têm sido relatados são definidas a seguir:
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% das pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça, náusea, sangramento vaginal, desconforto nas mamas.
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% das pacientes que utilizam este medicamento): infecção fúngica da vagina, candidíase, alterações de humor, nervosismo, tontura, distúrbios visuais, vômitos, dor abdominal, acne, sensação de peso, cisto do ovário, dismenorreia, corrimento vaginal, cansaço, acúmulo de água, irritabilidade e aumento de peso.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% das pacientes que utilizam este medicamento): cistite, alterações benignas no tecido conjuntivo das mamas, aumento do apetite, diminuição da libido, enxaqueca, aumento da pressão arterial, diarreia, distensão abdominal, dor na região inferior do abdômen, problemas de pigmentação da pele, perda de cabelo, eczema, prurido, sudorese aumentada, problemas musculares, dor nas costas, dor nas extremidades, menstruação mais intensa e/ou mais demorada, falta de menstruação, dor pélvica.
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% das pacientes que utilizam este medicamento): inflamação da vagina, candidíase, hipersensibilidade ao medicamento, incluindo reação na pele; alterações nas gorduras sanguíneas, incluindo aumento nos triglicerídeos, embolia pulmonar, conjuntivite, pressão sanguínea baixa, tromboembolismo venoso ou arterial, embolia pulmonar, urticária, inflamação da pele, pele seca, pelos excessivos no corpo ou rosto, síndrome pré-menstrual (problemas físicos e emocionais antes do início da menstruação), secreção nas mamas, aumento das mamas.
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% das pacientes que utilizam este medicamento): trombose venosa.
- Os contraceptivos orais combinados também estão relacionados a um aumento de riscos de doenças graves e efeitos adversos:
- Risco de bloqueio das veias e artérias;
- Risco de doenças do trato biliar;
- Risco de tumores (por exemplo, tumores hepáticos, que em casos isolados causam hemorragia na cavidade abdominal, com risco de vida, câncer de colo do útero ou mamas);
- Agravamento de inflamação crônica do intestino (doença de Crohn, colite ulcerativa).
- Sangramento de escape e/ou falha de eficácia contraceptiva podem ocorrer em decorrência de interações com outros medicamentos.
- Os contraceptivos orais combinados também estão relacionados a um aumento de riscos de doenças graves e efeitos adversos:
- Não conhecida (a frequência não pode ser estimada a partir de dados disponíveis):
- Distúrbios do sistema imunológico: Exacerbação dos sintomas de angioedema hereditário e angioedema adquirido.
Relatos de suspeita de eventos adversos
É importante informar as reações adversas suspeitas após a comercialização do medicamento para o seu médico. Isto permite uma contínua monitorização da relação risco/benefício do medicamento.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Apresentações do Belarina
Comprimidos revestidos 2 mg + 0,02 mg
Belarina® é apresentado em cartuchos contendo 1 blister com 24 comprimidos revestidos ativos de cor rosa em uma área amarela (comprimidos 1-24) e 4 comprimidos revestidos brancos de placebo em uma área rosa (comprimidos 25-28). Cada comprimido revestido de cor rosa contém 2 mg de acetato de clormadinona e 0,02 mg de etinilestradiol. Os comprimidos revestidos de cor branca são inativos.
Uso oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Belarina?
Comprimidos cor de rosa
Cada comprimido contém:
Acetato de clormadinona | 2 mg |
Etinilestradiol | 0,02 mg |
Excipientes: Lactose monoidratada, povidona, amido de milho, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, propilenoglicol, talco, dióxido de titânio e óxido de ferro vermelho.
Comprimido branco
O comprimido não contém princípios ativos.
Excipientes: Lactose monoidratada, povidona, crospovidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, propilenoglicol, talco e dióxido de titânio.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Belarina maior do que a recomendada?
Sintomas
Não há informações sobre os efeitos tóxicos sérios no caso de superdose.
Os seguintes sintomas podem ocorrer:
- Náusea, vômitos e, particularmente em mulheres novas, sangramento vaginal discreto.
Tratamento
Não há antídoto; os sintomas devem ser tratados sintomaticamente. Pode ser necessária a monitoração do equilíbrio hidroeletrolítico e da função hepática em casos raros.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Belarina com outros remédios?
As bulas de outros medicamentos administrados concomitantemente com Belarina® devem ser consultadas para identificar potenciais interações.
Durante os estudos clínicos com pacientes em tratamento de infecções pelo vírus da Hepatite C com medicamentos contendo ombitasvir, paritaprevir, ritonavir e dasabuvir com ou sem ribavirina, ocorreram elevações de até 5 vezes o nível normal da alanina aminotransferase (ALT) com maior frequência em mulheres que usam medicamentos contendo etinilestradiol.
Além disso, também foram observados em pacientes tratadas com glecaprevir e pibrentasvir, ou sofosbuvir, velpatasvir e voxilaprevir, aumentos dos níveis de ALT em mulheres que utilizam medicamentos que contém etinilestratiol, como os contraceptivos orais combinados.
Portanto, você deve mudar para um método contraceptivo alternativo (por exemplo, métodos contraceptivos apenas com progestagênio ou métodos não hormonais) antes de iniciar o tratamento com este regime de combinação de medicamentos. O tratamento com Belarina® pode ser reiniciado 2 semanas após a conclusão do tratamento com este regime de combinação de medicamentos.
Informe seu médico ou farmacêutico se você estiver tomando ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem prescrição.
O efeito contraceptivo de Belarina® pode ser afetado se você tomar outras substâncias ativas ao mesmo tempo. Entre esses medicamentos estão aqueles para o tratamento de epilepsia (como carbamazepina, oxcarbazepina, felbamato, fenitoína e topiramato), para o tratamento de tuberculose (por exemplo, rifampicina, rifabutina), griseofulvina, barbitúricos, barbexaclona, primidona, modafinila, bosentana, determinados medicamentos para o tratamento de infecção por HIV (por exemplo, ritonavir, nevirapina e efavirenz) e produtos herbais contendo Erva-de-São-João (Hypericum perforatum).
Medicamentos que estimulam o movimento intestinal (por exemplo, metoclopramida) e carvão ativado podem afetar a absorção das substâncias ativas do Belarina®.
Você não deve tomar medicamentos fitoterápicos contendo a Erva-de-São-João junto com Belarina®, pois o efeito do medicamento contraceptivo pode ser comprometido.
Se você estiver tomando um medicamento com uma das substâncias ativas anteriores (exceto a Erva-de-São-João) ou começar a tomar algum, você poderá continuar tomando Belarina®. Durante o tratamento com esses medicamentos, você deverá usar métodos contraceptivos de barreira (por exemplo, preservativos). Se você tomar esses medicamentos que induzem o metabolismo, você também deverá usar métodos contraceptivos de barreira durante todo o período de tratamento e por mais 28 dias após o término do tratamento. Se for necessário tratamento por um longo prazo com as substâncias ativas mencionadas anteriormente, você deverá usar métodos contraceptivos não hormonais. Peça orientação ao seu médico ou farmacêutico.
Se o uso concomitante do medicamento ultrapassar o término dos comprimidos da cartela de COC, você deverá começar a próxima cartela na sequência, sem fazer o intervalo de comprimidos.
Informe seu médico se você estiver tomando insulina ou outros medicamentos para abaixar a glicose. Poderá ser necessária a alteração na dose desses medicamentos.
Ao usar contraceptivos orais, a excreção de diazepam, ciclosporina, teofilina ou prednisolona poderá ser reduzida, resultando em um efeito dessas substâncias ativas que poderá ser maior e mais duradouro. O efeito de preparações contendo lamotrigina, clofibrato, paracetamol, morfina ou lorazepam poderá ser reduzido se tomadas ao mesmo tempo.
Os seguintes medicamentos podem aumentar a concentração sanguínea do etinilestradiol:
- Substâncias que inibem a metabolização do etinilestradiol, por exemplo, o ácido ascórbico ou o paracetamol.
- Atorvastatina.
- Inibidores das enzimas microssomais, como os antifúngicos imidazólicos (por exemplo, fluconazol), indinavir ou troleandomicina.
Lembre-se de que os detalhes acima também se aplicam se você tiver tomado uma dessas substâncias ativas logo antes de começar a tomar o Belarina®.
Alguns exames laboratoriais relativos às funções hepáticas, adrenais e tireoide, determinadas proteínas do sangue, metabolismo de carboidratos e coagulação do sangue podem ser afetados pela administração de Belarina®. Portanto, antes de realizar um exame de sangue, informe seu médico que você está tomando o Belarina®.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Belarina?
Resultados de Eficácia
Lactentes que apresentam deficiência de LAL
O LAL-CL03 foi um estudo multicêntrico, aberto e de braço único de Alfassebelipase em 9 pacientes com deficiência de LAL com falha no crescimento ou outros indícios de doença rapidamente progressiva antes dos 6 meses de idade. Os pacientes apresentavam também doença hepática rapidamente progressiva e hepatoesplenomegalia grave. A faixa etária para admissão no estudo era de 1-6 meses. Os pacientes receberam Alfassebelipase a 0,35 mg/kg uma vez por semana durante as primeiras 2 semanas e depois 1 mg/kg uma vez por semana. Com base na resposta clínica, o aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana verificou-se logo ao fim de 1 mês e até 20 meses após o início do tratamento a 1 mg/kg. Foi permitido um aumento adicional progressivo da dose para 5 mg/kg uma vez por semana. A eficácia foi avaliada comparando a experiência de sobrevida de pacientes tratados com Alfassebelipase que sobreviveram por mais de 12 meses de idade no LAL-CL03 com um grupo histórico de lactentes não tratados que apresentavam deficiência de LAL com características clínicas semelhantes.
No LAL-CL03, 6 de 9 lactentes tratados com Alfassebelipase sobreviveram mais de 12 meses (67% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 30% a 93%). Com o tratamento continuado por mais de 12 meses de idade, 1 paciente adicional faleceu aos 15 meses de idade. No grupo histórico, 0 de 21 pacientes sobreviveu mais de 8 meses de idade (0% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 0% a 16%). Alfassebelipase em doses até 1 mg/kg uma vez por semana resultou em melhorias dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e aumento de peso nas primeiras semanas de tratamento. Da linha basal até à semana 48, as reduções médias de ALT e AST foram -34,0 U/l e -44,5 U/l, respetivamente. O aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana foi associado a melhorias adicionais no aumento de peso, linfadenopatia e albumina sérica. Da linha basal até à semana 48, o percentil de peso médio para a idade melhorou de 12,74% para 29,83% e os níveis médios de albumina sérica aumentaram de 26,7 g/l para 38,7 g/l. Um lactente foi tratado com 5 mg/kg uma vez por semana no LAL-CL03; não foram notificadas reações adversas novas com esta dose. Na ausência de mais dados clínicos, esta dose não é recomendada.
Crianças e adultos com deficiência de LAL
O LAL-CL02 foi um estudo multicêntrico, duplo cego e controlado por placebo em 66 crianças e adultos com deficiência de LAL. Os pacientes foram aleatorizados para receberem Alfassebelipase a uma dose de 1 mg/kg (n=36) ou placebo (n=30) uma vez de duas em duas semanas durante 20 semanas no período duplo cego. A faixa etária no momento da randomização era dos 4 aos 58 anos de idade (71% tinham < 18 anos de idade). Para a admissão no estudo, os pacientes tinham de apresentar níveis de ALT ≥1,5 vezes o limite superior do normal (LSN). A maioria dos pacientes (58%) tinha colesterol LDL > 190 mg/dl no momento da admissão no estudo e 24% dos pacientes com colesterol LDL > 190 mg/dl estavam tomando medicamentos para baixar os lípidos. Dos 32 pacientes que fizeram uma biópsia de fígado no momento da admissão no estudo, 100% tinham fibrose e 31% tinham cirrose. A faixa etária dos pacientes com indícios de cirrose na biópsia era dos 4 aos 21 anos de idade.
Foram avaliados os seguintes parâmetros de avaliação final:
Formalização da ALT, diminuição do colesterol LDL, diminuição do colesterol não HDL, normalização da AST, diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol HDL, diminuição do teor de gordura no fígado avaliado por imagem por ressonância magnética - eco de gradiente multi-eco (MEGE-MRI) e melhoria da esteatose hepática medida por morfometria. Observou-se uma melhoria estatisticamente significativa em vários parâmetros de avaliação final no grupo tratado com Alfassebelipase em comparação com o grupo de placebo na conclusão do período de 20 semanas de duplo cego do estudo, como apresentado na Tabela 3. A redução absoluta do nível médio de ALT foi de - 57,9 U/l (-53%) no grupo tratado com Alfassebelipase e -6,7 U/l (-6%) no grupo de placebo.
Tabela 3: Parâmetros de avaliação final primários e secundários de eficácia no LALCL02
a Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34 ou 43 U/l, em função da idade e do sexo.
b Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34-59 U/l, em função da idade e do sexo. Avaliada em pacientes com valores anormais na linha basal (n=36 para o Alfassebelipase; n=29 para o placebo).
c Avaliado em pacientes com avaliações efetuadas por MEGE-MRI (n=32 para o Alfassebelipase; n=25 para o placebo).
d Os valores de P são do teste exato de Fisher para os parâmetros de avaliação final de normalização e do teste de soma de postos Wilcoxon para todos os outros parâmetros de avaliação final.
Estiveram disponíveis biópsias de fígado emparelhadas na linha basal e na semana 20 num subgrupo de pacientes (n=26). Dos pacientes com biópsias de fígado emparelhadas, 63% (10/16) dos pacientes tratados com Alfassebelipase melhoraram da esteatose hepática (pelo menos ≥ 5% de redução) medida por morfometria em comparação com 40% (4/10) dos pacientes a receber placebo. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. Período aberto Sessenta e cinco de 66 pacientes entraram no período aberto (até 130 semanas) com uma dose de Alfassebelipase de 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas.
Nos pacientes que tinham recebido Alfassebelipase durante o período de duplo cego, as reduções dos níveis de ALT durante as primeiras 20 semanas de tratamento mantiveram-se e observaram-se melhorias adicionais nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Quatro (4) de 65 pacientes no período aberto tiveram um aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez de duas em duas semanas com base na resposta clínica. Os pacientes que receberam placebo apresentaram níveis séricos persistentemente elevados de transaminases e níveis séricos anormais de lípidos durante o período de duplo cego. Consistente com o que foi observado nos pacientes tratados com Alfassebelipase durante o período de duplo cego, o início do tratamento com Alfassebelipase durante o período aberto produziu melhorias rápidas nos níveis de ALT e nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Num estudo aberto separado (LAL-CL01/LAL-CL04) em pacientes adultos com deficiência de LAL, as melhorias nos níveis séricos de transaminases e lípidos foram sustentadas durante o período de tratamento de 104 semanas.
População pediátrica
Cinquenta e seis de 84 pacientes (67%) que receberam Alfassebelipase durante os estudos clínicos (LAL-CL01/LAL-CL04, LAL-CL02 e LAL-CL03) pertenciam à faixa etária pediátrica e adolescente (1 mês até 18 anos de idade).
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros produtos do trato alimentar e metabolismo, enzimas; código ATC: A16AB14.
Deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)
A deficiência de LAL é uma doença rara associada a morbidade e mortalidade significativas, que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta. A deficiência de LAL nos lactentes é uma emergência médica com rápida progressão da doença ao longo de um período de semanas, tipicamente fatal nos primeiros 6 meses de vida. A deficiência de LAL é uma doença autossômica recessiva de armazenamento lisossomal caracterizada por um defeito genético que resulta numa diminuição acentuada ou perda de atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL). A atividade deficiente da enzima LAL resulta no acúmulo lisossomal de ésteres do colesterol e triglicérides.
No fígado, este acúmulo conduz a hepatomegalia, teor de gordura no fígado aumentado, elevação das transaminases indicativo de lesão crônica do fígado e progressão para fibrose, cirrose e complicações de doença hepática em fase terminal. No baço, a deficiência de LAL resulta em esplenomegalia, anemia e trombocitopenia. O acúmlo de lípidos na parede do intestino conduz a má absorção e falha no crescimento. A dislipidemia é frequente com o LDL e os triglicérides elevados e o HDL baixo, associados ao teor de gordura aumentado no fígado e às elevações das transaminases. Além da doença hepática, os pacientes com deficiência de LAL têm um risco aumentado de doença cardiovascular e aterosclerose acelerada.
Mecanismo de ação
A Alfassebelipase é uma lipase ácida lisossomal humana recombinante (rhLAL). A Alfassebelipase liga-se aos recetores da superfície celular através de glicanos expressos na proteína e é subsequentemente internalizada nos lisossomas. A Alfassebelipase catalisa a hidrólise lisossomal dos ésteres do colesterol e triglicérides para colesterol livre, glicerol e ácidos graxos livres. A substituição da atividade da enzima LAL conduz a reduções do teor de gordura no fígado e das transaminases, e ativa o metabolismo dos ésteres do colesterol e triglicérides no lisossoma, conduzindo a reduções do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol de lipoproteínas não de alta densidade, triglicérides e aumentos do colesterol HDL. A melhoria do crescimento ocorre em resultado da redução de substratos no intestino.
Propriedades farmacocinéticas
Crianças e adultos
A farmacocinética da Alfassebelipase em crianças e adultos foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população de 65 pacientes com deficiência de LAL que receberam infusões intravenosas de Alfassebelipase a 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas no LAL-CL02. Vinte e quatro pacientes tinham idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, 23 tinham idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e 18 tinham idade ≥ 18 anos (Tabela 4). Com base numa análise não compartimental de dados de adultos (LAL-CL01/LAL-CL-04), a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg. Não se observou acúmulo a 1 mg/kg (uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas) ou 3 mg/kg uma vez por semana.
Tabela 4: Parâmetros farmacocinéticos médios da população
* Semana 22 para os pacientes a receber placebo reinicializada para Semana 0, isto é, primeira semana de tratamento ativo.
AUCss = Área sob a curva de concentração plasmática-tempo em estado estacionário.
Cmax = Concentração máxima.
Tmax = Tempo até à concentração máxima.
CL = Depuração.
Vc = Volume central de distribuição.
T½ = Semivida.
Lactentes (< 6 meses de idade)
No LAL-CL03, a Alfassebelipase foi eliminada da circulação sistêmica com um T½ mediana de 0,1 h (intervalo: 0,1-0,2) à dose de 3 mg/kg uma vez por semana (n = 4). A diferença em exposições à Alfassebelipase entre os grupos que receberam 0,35 mg/kg e 3 mg/kg uma vez por semana foi mais do que proporcional à dose, com um aumento de 8,6 vezes da dose, resultando num aumento de 9,6 vezes da exposição para a AUC e um aumento de 10,0 vezes para a Cmax.
Linearidade/não linearidade
Com base nestes dados, a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg.
Populações especiais
Durante a análise de covariáveis do modelo de farmacocinética da população para a Alfassebelipase, constatou-se que a idade, o peso corporal e o sexo não tinham uma influência significativa na CL e no Vc da Alfassebelipase. A Alfassebelipase não foi investigada em pacientes com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos ou em pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. As informações sobre a farmacocinética da Alfassebelipase em grupos étnicos não caucasianos são limitadas. A Alfassebelipase é uma proteína e prevê-se que seja metabolicamente degradada através de hidrólise péptica. Consequentemente, não se prevê que a função hepática comprometida afete a farmacocinética da Alfassebelipase.
Para os pacientes com comprometimento hepático grave existe falta de dados. A eliminação renal da Alfassebelipase é considerada uma via menor para a depuração. Para os pacientes com comprometimento renal existe falta de dados. As informações sobre o impacto de anticorpos antifármaco na farmacocinética da Alfassebelipase são limitadas.
Como devo armazenar o Belarina?
O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15-30°C). Proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
O blister de Belarina® contém 24 comprimidos redondos de cor rosa que contém os princípios ativos e 4 comprimidos redondos brancos que contém somente excipientes.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Belarina
MS 1.8610.0007
Farm. Resp.:
Marcelo Mesquita
CRF-SP 31885
Fabricado por:
Gedeon Richter Plc
Gyömrői út 19-21, H-1103,
Budapeste, Hungria.
Importado por:
Grünenthal Do Brasil Farmacêutica Ltda
Avenida Guido Caloi, 1935, Bl. B e Bl. C – 1º andar, São Paulo - SP
CNPJ. 10.555.143/0001-13
® Marca Registrada.
SAC
0800 205 2050
Venda sob prescrição médica.
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Consulta também a Bula do Alfassebelipase
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 10 de Julho de 2024.
Belarina 2mg + 0,02mg, caixa com 24 comprimidos revestidos + 4 placebos
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