Bula do Alfafolitropina
Princípio Ativo: Alfafolitropina
Alfafolitropina, para o que é indicado e para o que serve?
Alfafolitropina está indicado no tratamento de:
Mulheres adultas submetidas a uma superovulação prévia à realização de técnicas de reprodução assistida (ART), tais como fertilização in vitro (FIV):
Alfafolitropina é administrado para induzir a maturação folicular final e a luteinização, após a estimulação do desenvolvimento folicular.
Mulheres adultas anovulatórias ou oligo-ovulatórias:
Alfafolitropina é administrado para induzir a ovulação e a luteinização em mulheres anovulatórias ou oligo-ovulatórias, após a estimulação do desenvolvimento folicular.
Quais as contraindicações do Alfafolitropina?
- Hipersensibilidade à alfacoriogonadotropina ou a qualquer um dos excipientes de Alfafolitropina.
- Tumores do hipotálamo ou da hipófise.
- Hipertrofia do ovário ou cistos ovarianos de etiologia desconhecida.
- Hemorragias ginecológicas de etiologia desconhecida.
- Câncer do ovário, do útero ou da mama.
- Gravidez extrauterina nos três meses anteriores.
- Alterações tromboembólicas ativas.
- Falência ovariana primária.
- Malformações dos órgãos sexuais incompatíveis com a gravidez.
- Tumores fibróides do útero incompatíveis com a gravidez.
- Mulheres na pós-menopausa.
Como usar o Alfafolitropina?
Modo de administração
Via subcutânea. A autoadministração de Alfafolitropina somente deverá ser efetuada por pacientes adequadamente treinadas e com acesso às recomendações de um especialista.
Cada caneta aplicadora preenchida destina-se somente a uma única administração. A solução não deve ser utilizada se contiver partículas ou não estiver límpida.
O tratamento com Alfafolitropina deve ser efetuado sob a supervisão de um médico experiente no tratamento de problemas de fertilidade.
Posologia
A dose máxima é de 250 mcg. Deve ser utilizado o seguinte esquema posológico:
Mulheres submetidas a uma superovulação prévia à realização de técnicas de reprodução assistida, tais como fertilização in vitro (FIV):
O conteúdo de uma caneta aplicadora preenchida de Alfafolitropina (250 mcg) é administrado 24 a 48 horas após a última administração de uma preparação contendo o hormônio folículo-estimulante (FSH) ou a gonadotrofina menopáusica humana (hMG), isto é, quando se alcança uma estimulação ótima do desenvolvimento folicular.
Mulheres anovulatórias ou oligo-ovulatórias:
O conteúdo de uma caneta aplicadora preenchida de Alfafolitropina (250 mcg) é administrado 24 a 48 horas depois de se ter alcançado uma estimulação ótima do desenvolvimento folicular. Recomenda-se que a paciente tenha relações sexuais no dia de administração da injeção de Alfafolitropina e no dia seguinte.
Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, Alfafolitropina não deve ser misturado com outros medicamentos.
Populações especiais
Insuficiência renal ou hepática
A segurança, eficácia e a farmacocinética de Alfafolitropina em pacientes com insuficiência renal ou hepática não foram ainda estabelecidas.
Uso pediátrico
Não existe utilização relevante de Alfafolitropina na população pediátrica.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Alfafolitropina com outros remédios?
Não foram realizados estudos específicos de interações com Alfafolitropina e outros medicamentos; no entanto, não foram relatadas interações medicamentosas clinicamente significativas durante tratamento com hCG.
Qual a ação da substância do Alfafolitropina?
Resultados de Eficácia
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida e genotoxicidade. Não foram efetuados estudos sobre o potencial carcinogênico. Tal fato justifica-se pela natureza proteica da substância ativa e o resultado negativo dos estudos de genotoxicidade. Não foram efetuados estudos de reprodução em animais.
Eficácia e segurança clínicas
Em ensaios clínicos comparativos, a administração de uma dose de 250 mcg de Alfafolitropina foi tão eficaz como 5.000 UI e 10.000 UI de hCG urinária na indução da maturação folicular final e da luteinização precoce em técnicas de reprodução assistida, e tão eficaz como 5.000 UI de hCG urinária na indução da ovulação. Até agora, não existem sinais de desenvolvimento de anticorpos ao Alfafolitropina no homem. A exposição repetida ao Alfafolitropina foi apenas estudada em homens. A investigação clínica em mulheres para a indicação de ART e anovulação foi limitada a um ciclo de tratamento.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação:
Alfafolitropina é um medicamento à base de alfacoriogonadotropina produzida pela tecnologia do DNA recombinante. Contém a mesma sequência de aminoácidos da hCG urinária. A gonadotrofina coriônica liga-se, nas células da teca (e da granulosa) ovarianas a um receptor transmembranoso compartilhado com o hormônio luteinizante, o receptor humano LH/CG.
Efeitos farmacodinâmicos:
A principal atividade farmacodinâmica na mulher consiste no início da meiose ovocitária, ruptura folicular (ovulação), formação do corpo lúteo e respectiva produção de progesterona e estradiol. Na mulher, a gonadotrofina coriônica atua como um substituto do pico do hormônio luteinizante que induz a ovulação. Alfafolitropina é utilizado para induzir a maturação folicular final e a luteinização precoce após a utilização de medicamentos destinados à estimulação do crescimento folicular.
Farmacocinética
Após administração intravenosa, a alfacoriogonadotropina é distribuída no espaço extracelular com uma meia-vida de distribuição de cerca de 4,5 horas. O volume de distribuição em estado estacionário e a depuração total são de 6 e 0,3 l/h, respectivamente. Não há indicações de que a alfacoriogonadotropina seja metabolizada e excretada de modo diferente da hCG urinária. Após administração subcutânea, a alfacoriogonadotropina apresenta uma meia-vida terminal de eliminação de cerca de 30 horas, e uma biodisponibilidade absoluta de cerca de 40%. Um estudo comparativo entre a formulação de liofilizado e a formulação líquida demonstrou existir bioequivalência entre as duas formulações.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Fevereiro de 2020.