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Bula do Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol

Princípio Ativo: Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol

Medicamento de Referência: Cibalena A

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 28 de Março de 2023.

Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol, para o que é indicado e para o que serve?

Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol é indicado para alívio de dores como:

Quais as contraindicações do Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol?

Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol está contraindicado para as seguintes condições:

  • Hipersensibilidade conhecida às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes;
  • Reação alérgica antecedente a qualquer outro analgésico ou antipirético;
  • Gravidez (terceiro trimestre) e lactação.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

Como usar o Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol?

Para dores leves a moderadas

Tomar 2 comprimidos revestidos com um copo de água, podendo repetir a dose cada 6 horas, não administrar mais de 8 comprimidos revestidos em 24 horas.

Para enxaqueca

Tomar apenas uma dose de 2 comprimidos revestidos em 24 horas. Se após uma dose a enxaqueca persistir, consulte um médico.

O início de ação ocorre aproximadamente em 15 minutos após a administração oral. O tempo de ação deste medicamento poderá variar de paciente para paciente.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol maior do que a recomendada?

Tomar mais do que a dose recomendada pode causar sérios problemas de saúde, inclusive danos hepáticos sérios. Em caso de superdose, o paciente deverá buscar imediatamente orientação médica ou dirigir-se a um centro de controle de intoxicação. A atenção médica rápida é crítica para os adultos, assim como para as crianças, inclusive quando não há sinais ou sintomas.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Riscos do Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol?

Não use este medicamento em caso de gravidez, gastrite ou úlcera do estômago e suspeita de dengue ou catapora. Não use junto com outros medicamentos que contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de doença grave do fígado.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol com outros remédios?

As interações medicamentosas e com outras substâncias são bem conhecidas e não há indicações de que elas podem mudar com o uso combinado. Não há interações relevantes de segurança entre ácido acetilsalicílico e paracetamol.

Ácido acetilsalicílico

Um aumento do pico das concentrações de salicilato no plasma pode ser produzido pela ingestão concomitante de metoclopramida, dipiridamol ou metoprolol. De forma inversa, os corticosteroides e contraceptivos orais podem reduzir os níveis plasmáticos devido ao aumento da eliminação de salicilato.

A depuração renal de ácido acetilsalicílico também pode aumentar com os antiácidos e adsorbantes por conta da alcalinização da urina. O ácido acetilsalicílico compete pelos sítios combinatórios das proteínas plasmáticas com outros fármacos como a antivitamina K e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES: diclofenaco, cetoprofeno, naproxeno, etc). O ácido acetilsalicílico pode melhorar a atividade de vários fármacos, por exemplo, metotrexato, fenitoína e valproato devido à redução da depuração renal. Existe também um efeito anticoagulante acumulativo na coadministração de ácido acetilsalicílico com heparina, trombolíticos, anticoagulantes orais ou outros antiagregantes plaquetários. Em contrapartida, o ácido acetilsalicílico pode diminuir os efeitos dos uricosúricos, tais como o probenecida e sulfinpirazona.

Paracetamol

As interações medicamentosas com paracetamol geralmente são menores e só se tornam significativas quando os fármacos concomitantes tem baixo índice terapêutico, tais como os anticoagulantes (ex.: varfarina e cumarina) e anticonvulsivantes. O uso concomitante de paracetamol com AINES possivelmente aumentará o risco de efeitos adversos renais. O paracetamol prolonga à meia-vida do cloranfenicol. O probenecida interfere com o metabolismo do paracetamol.

A evidência mais recente sustenta que a hepatotoxicidade do paracetamol não aumenta com fármacos antiepilépticos, fenobarbital, fenitoína ou carbamazepina. Os tratamentos para a tuberculose, isoniazida e rifampicina aumentam a hepatotoxicidade do paracetamol.

Cafeína

A cafeína interage com outros fármacos que participam na via do citocromo P450 hepático. Poderá aumentar a meia-vida de eliminação da cafeína, assim como reduziu depuração com alguns agentes antibacterianos (ciprofloxacina, enoxacina e ácido pipemídico), os antifúngicos terbinafina e contraceptivos orais. O antidepressivo fluvoxamina é um potente inibidor do citocromo hepático que metaboliza a cafeína (CYP1A2) e também prolonga significativamente à meia-vida de eliminação da cafeína. Foi relatado o efeito oposto com fenitoína fenilpropanolamina. A cafeína antagoniza os efeitos hipnóticos do diazepam. A cafeína e clozapina podem interagir através de ambos os mecanismos, farmacocinéticos e farmacodinâmicos, e pode aumentar a depuração renal do lítio.

Advertência sobre o álcool

As bebidas alcoólicas deverão ser evitadas, uma vez que a combinação do álcool com paracetamol e ácido acetilsalicílico pode causar danos hepáticos e sangramento no estômago. Por esta razão, o paciente que consome três ou mais doses de bebida alcoólica por dia, deverá consultar um médico antes de usar Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol.

Qual a ação da substância do Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol?

Resultados da Eficácia


A análise combinada dos resultados de 3 estudos clínicos avaliaram a eficácia da combinação ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína em comparação ao placebo no tratamento da cefaleia e dor de cabeça quanto a redução da intensidade de dor e alívio da dor. A intensidade da dor nestes pacientes apresentou reduções em 59,3% deles versus 32,8% daqueles em placebo (p<0,001) duas horas após o uso da medicação. Após 6 horas, 50,8% dos pacientes que utilizaram o ácido acetilsalicílico estavam sem dor enquanto apenas 23,5% dos que utilizaram placebo encontravam-se sem dor (p<0,001).

Consistente com estes dados, a redução da intensidade da dor e alívio da dor assim como todos os pontos secundários de avaliação de eficácia, também demonstraram a superioridade da combinação em relação ao sumatriptano, ibuprofeno ou seus componentes utilizados separadamente.

Em 6 estudos controlados com placebo ou medicação ativa demonstraram de forma consistente a eficácia para a indicação cefaleias e dor de dente. Em todos os estudos, a combinação demonstrou ser consistentemente superior ao placebo ou comparadores ativos quanto à redução da intensidade da dor ou alívio da dor durante o período de observação. Nos estudos em pacientes com dor de dente, aproximadamente 10% mais pacientes estavam livres da dor 2 horas após a administração em comparação aos usuários de paracetamol isoladamente e 20% mais pacientes quando comparado ao placebo. De acordo com estes estudos demonstra-se que a combinação ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína é um tratamento efetivo para algias e dores menores.

Dados de segurança pré-clínicos

Os resultados pré-clínicos da combinação de ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína não demonstram nenhuma sinergia de toxicidade aguda1.

Ácido Acetilsalicílico

A toxicidade aguda por administração oral (DL50) em roedores e não roedores foi 920-4000mg/kg para o ácido acetilsalicílico2 . Os principais sinais de toxicidade foram hemorragias e úlceras gástricas. Os dados não clínicos disponíveis indicam que o ácido acetilsalicílico não é mutagênico, exceto em doses mais elevadas que as do produto em questão e não é carcinogênico. Não foi relatado nenhum efeito do ácido acetilsalicílico sobre a fertilidade. Existe evidência de potencial fetotóxico e teratogênico em doses maternas tóxicas3.

Paracetamol

Os dados não clínicos disponíveis indicam que o paracetamol não é teratogênico, mutagênico e carcinogênico. A toxicidade aguda por administração oral (DL50) em roedores e não roedores foi 760 – 3900mg/kg. Os principais sinais de toxicidade hepáticas foram lesões/necroses centrolobular4,5. A superdose pode causar toxicidade hepática grave.

Cafeína

A toxicidade aguda por administração oral (DL50) em roedores e não roedores foi 155- 2300mg/kg de cafeína. Os principais sinais de toxicidade foram as alterações do sistema nervoso central e cardiovascular.

Os dados não clínicos disponíveis indicam que não é mutagênico ou carcinogênico6.

Referência Bibliográfica:

1Lehmann H, Hirsch U, Bauer E, Bauer M, Greischel A, Schmid J, Schneider P (1996). Studies on the chronic oral toxicity of an analgesic drug combination consisting of acetylsalicylic acid, paracetamol and caffeine in rats including an electron microscopical evaluation of kidneys. Arzneimittelforschung; 46(9):895-905.
2ChemID (2004). Acetaminophen, Aspirin, Caffeine (all last modified 09-Sep-2004). U.S. National Library of Medicine, ChemIDplus Advanced. http://chem.sis.nlm.nih.gov/chemidplus, accessed 18- Mar-2007.
3HSDB (2005). Aspirin. Hazardous Substances Data Bank Number 652, last revision date 24-Jun-2003). U.S. National Library of Medicine; http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/htmlgen?HSDB, accessed 03- Apr-2007.
4CPDB (2006). The Carcinogenic Potency Database (CPDB). Gold LS, Slone TH, Manley NB, Garfinkel GB, Ames BN. Lawrence Berkeley Laboratory, Berkeley, CA 94720, USA. (http://potency.berkeley.edu). Entries for acetaminophen, aspirin and caffeine, last updated 03-Apr2006.
5Rannug U, Holme JA, Hongslo JK, Sram R (1995). International Commission for Protection against Environmental Mutagens and Carcinogens. An evaluation of the genetic toxicity of paracetamol. Mutat Res; 327(1-2):179-200.
6HSDB (2009) Caffeine www.toxnet.nlm.nih.

Características Farmacológicas


Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol é uma combinação de ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína. O paracetamol atua tanto como agente analgésico como antipirético, o ácido acetilsalicílico proporciona ação analgésica adicional e anti-inflamatória por causa da inibição da síntese de prostaglandina. A cafeína exerce um efeito adjuvante sobre o paracetamol e ácido acetilsalicílico.

Características Farmacocinéticas

Ácido Acetilsalicílico

Em geral, a absorção é rápida e total após administração oral. É hidrolisado para salicilato, principalmente no trato gastrintestinal, fígado e sangue; o salicilato é metabolizado principalmente no fígado.

Paracetamol

É facilmente absorvido a partir do trato gastrintestinal, as concentrações máximas de pico plasmático ocorrem de 30 minutos a 2 horas após a ingestão. É metabolizado no fígado e excretado na urina, principalmente como conjugado glucurônico e sulfato. Menos de 5% da dose é excretada como paracetamol inalterado. A meia-vida de eliminação varia de 1 a 4 horas. A ligação às proteínas plasmáticas é desprezível nas concentrações terapêuticas habituais, mas aumenta em concentrações mais elevadas.

Oxidases hepáticas de função mista produzem um metabólito hidroxilado, normalmente em pequena quantidade, e que geralmente perde a toxicidade mediante a conjugação com glutationa hepática. Esse metabólito pode acumular-se após a superdose de paracetamol e produzir dano hepático.

Cafeína

É absorvida de maneira rápida e completa após administração oral, produzindo pico plasmático entre 5 e 90 minutos após a dose em indivíduos em jejum. Não há provas de metabolismo pré-sistêmico. Nos adultos, a eliminação ocorre principalmente através do metabolismo hepático.

Em adultos, há uma acentuada variabilidade individual na taxa de eliminação. A média de meia-vida de eliminação plasmática é de 4,9 horas com um intervalo de 1,9 - 12,2 horas. A cafeína é distribuída em todos os fluidos corporais. A média de ligação da cafeína às proteínas plasmáticas é de 35%. A cafeína é metabolizada quase por meio de oxidação, desmetilação e acetilação, e é excretada na urina. Os principais metabólitos são 1-metilxantina, 7-metilxantina, 1,7-dimetilxantina (paraxantina). Os metabólitos menores incluem ácido 1-metilúrico e 5-acetil-amino 6-formilamina-3-metil uracilo.

Combinação

Por causa da combinação dos três ingredientes ativos, a quantidade de cada um é baixa. Portanto, não existe uma saturação dos processos de eliminação com os consequentes riscos de aumento de meia-vida e toxicidade. A absorção dos três princípios ativos é rápida, tal como descrito nas propriedades farmacocinéticas individuais. Não foram observadas interações.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Doril® Enxaqueca.

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 28 de Março de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 28 de Março de 2023.

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