Monovin A caixa com 1 frasco com 20mL de solução de uso injetável
BravetMonovin A caixa com 1 frasco com 20mL de solução de uso injetável
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Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
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Bula do Monovin A
Prevenção e tratamento das avitaminoses e hipovitaminoses A (carência de vitamina A) e suas manifestações, em bovinos.
A carência de vitamina A pode ocasionar:
- Afecções oculares conjuntivites, querato-conjuntivites, xeroftalmia e cegueira noturna (hemeralopia);
- Transtornos nervosos com a incoodenação muscular, passo vacilante e ataques convulsivos;
- Esterilidade, abortos ou partos com fetos mortos;
- Afecções cutânease pelo sem brilho.
Um índice reduzido de crescimento é o primeiro sinal de deficiência de vitamina A no animal. Os estados de hipo ou avitaminose A trazem como conseguência nos animais a troca da estrutura epitelial das membranas mucosas, debilitando o epitélio normal. Estas trocas nas superfícies epiteliais do corpo reduzem sua resistência às infecções bacterianas. Assim quando há deficiência de vitamina A, ocorre infecções graves nos olhos (xeroftalmia), no aparelho respiratório, trato geniturináo e boca.
Monovin A aumenta o poder das superfícies epiteliais para resistir às infecções locais, ajudando na recuperação do seu estado normal e é essencial para a visão normal, pois a deficiência de vitamina A pode provocar a cegueira noturna.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Aplicar através de injeções intramusculares profundas.
Desinfetar o local da aplicação. Usar seringas e agulhas descartáveis ou esterilizadas.
- Bovinos de grande porte — 10 mL (meio frasco) pordia, durante 3 a 6 dias consecutivos.
- Bovinos de médio porte e bezerros - 4 a 6 mL por dia, durante 3 a 6 dias consecutivos.
Aplicar o produto até o desaparecimento dos sintomas ou acritério do Médico Veterinário.
Categoria de risco na gravidez: X
A vitamina A, em doses acima de 10.000 UI por dia, tem demonstrado ser teratogênica se administrada durante o primeiro trimestre da gravidez. A vitamina A não deve ser administrada simultaneamente com outros medicamentos que contenham vitamina A, isômeros sintéticos da isotretinoína, etretinato ou betacaroteno, uma vez que altas doses dos últimos compostos mencionados são consideradas nocivas ao feto.
Em mulheres que podem engravidar durante o tratamento com Palmitato de Retinol deve se assegurar:
- Que a paciente não esteja grávida quando o tratamento for iniciado (teste de gravidez negativo);
- Que a paciente compreenda o risco teratogênico;
- Que a paciente concorde em usar medidas contraceptivas efetivas sem qualquer interrupção durante a prescrição, fase de tratamento e pelo menos até 1 mês após o término do tratamento.
Cirrose, alterações no fluxo sanguíneo hepático, fibrose hepática e hepatotoxicidade têm sido associadas ao tratamento por período prolongado com vitamina A. Pacientes com doença hepática pré-existente possuem um risco maior de desenvolvimento ou piora de patologias hepáticas devido á capacidade reduzida de produzir proteínas de ligação ao Palmitato de Retinol.
Pacientes recebendo continuamente altas doses de vitamina A (acima de 2.500 UI/kg de peso corpóreo ao dia) continuamente por um período prolongado, devem ser monitorados em busca de sinais de hipervitaminose A.
A dose máxima diária de 5.000 UI/kg não deve ser excedida.
Antes de prescrever o tratamento, deve-se avaliar o aporte de vitamina A, isotretinoína, etretinato e betacaroteno através de alimentos, suplementos vitamínicos e uso concomitante de outros medicamentos.
Osteoporose e osteosclerose têm sido associadas a altas doses de vitamina A.
Não foram realizados estudos relacionados com a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Portanto, pacientes devem estar atentos quanto aos seus reflexos antes de dirigir veículos ou operar máquinas.
É seguro fornecer suplementos de vitamina A em megadoses (200.000 UI) a puérperas, antes da alta hospitalar, ainda na maternidade. Nesse período, é certo que a mulher não esteja grávida. Os suplementos de vitamina A fornecidos às puérperas logo após o parto, em áreas onde ocorrem deficiências de vitamina A, aumentarão os níveis dessa vitamina não só as reservas corporais, mas também do leite materno.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Distúrbios visuais
- Alterações da visão.
Distúrbios gastrintestinais
Distúrbios hepato-biliares
- Icterícia, hepatomegalia, esteatose hepática.
- Cirrose, fibrose hepática e hepatotoxicidade têm sido associadas ao tratamento por período prolongado com vitamina A.
Distúrbios do sistema imunológico
- Reações alérgicas, reação anafilática e choque anafilático.
- Foram descritas reações de hipersensibilidade com suas respectivas manifestações clínicas e laboratoriais que incluem reações leves a moderadas afetando potencialmente a pele, o trato respiratório, o trato gastrintestinal e o sistema cardiovascular, incluindo sintomas como erupção cutânea, urticária, edema alérgico, prurido, insuficiência respiratória e, muito raramente, reações graves incluindo choque anafilático foram descritas.
Alterações Laboratoriais
- Prova de função hepática alterada, elevação da aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase, elevação dos níveis plasmáticos de triglicérides no sangue.
Distúrbios metabólicos e do metabolismo
- Hipercalcemia e alteração do metabolismo de lipídios.
Distúrbios músculo-esquelético e do tecido conjuntivo
- Osteoporose e dor óssea; o elevado aporte de vitamina A via dieta ou suplementação tem sido associado ao aumento de osteoporose e do risco de fraturas de quadril.
Distúrbios do sistema nervoso
- Cefaleia. Cefaleia de início abrupto pode ser um sintoma de pseudotumor cerebral.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
- Prurido, urticária, rash, pele seca, dermatite esfoliativa. Alopecia, dermatite, eczema, eritema, hipopigmentação da pele, alterações da textura do cabelo e pelos, hipotricose, mucosas secas, fragilidade da pele e queilite têm sido associados ao uso crônico de vitamina A. Alterações dérmicas estão frequentemente entre os primeiros sinais de hipervitaminose A.
Em caso de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Frasco-ampola com 20 mL.
Uso veterinário.
Uso injetável.
Cada 100 mL contém:
Vitamina A | 10.000.000 UI |
Veículo oleoso q.s.p. | 100,00 mL |
A quantidade de vitamina A necessária para produzir hipervitaminose A varia, consideravelmente, em cada indivíduo. A administração crônica de 4.000 UI/kg diariamente, durante 6 a 15 meses em adultos, ou de 18.500 UI/kg/dia de vitamina A miscível em água durante 1 a 3 meses em crianças tem resultado em hipervitaminose.
Pacientes recebendo mais de 25.000 UI de vitamina A por dia, devem ser supervisionados atentamente.
Hipervitaminose A aguda
A toxicidade aguda por vitamina A pode ocorrer por ingestão considerável de altas doses de Palmitato de Retinol.
Entre os fatores que influenciam as reações de toxicidade aguda estão a idade, o estado nutricional, a forma farmacêutica e a via de administração do Palmitato de Retinol. Entretanto, doenças hepáticas e renais, baixo peso corpóreo, desnutrição protéica, hiperlipoproteinemia, consumo de álcool ou deficiência de vitamina C podem aumentar o risco.
A intoxicação aguda é caracterizada por cefaléia intensa, tontura, hepatomegalia, vômitos, irritabilidade, sonolência e papiledema. Descamação generalizada da pele pode ocorrer após 24 horas. As reações na pele associadas à toxicidade do Palmitato de Retinol incluem quelites, dermatite facial, dermatite esfoliativa, mucosas secas, alteração da textura do cabelo e pelos, pelos finos, alopecia areata, alopecia universal, erupção cutânea, prurido e fragilidade da pele.
Outros sintomas produzidos por uma única dose incluem sintomas gastrintestinais (dor abdominal, náusea e vômitos) e pseudotumor cerebral (aumento da pressão intracraniana com sintomas como:
- Cefaléia, tontura, apatia (letargia), edema de papila, e em crianças, pode ocorrer também abaulamento transitório da fontanela seguido por uma descamação generalizada da pele.
Geralmente os sinais e sintomas de toxicidade de vitamina A se resolvem rapidamente após a interrupção do tratamento.
Hipervitaminose A crônica
A ingestão crônica de vitamina A até níveis de 10 a 20 vezes maiores que a dose diária recomendada pode levar à hipervitaminose A. A dose tóxica efetiva depende da idade, dose e duração do tratamento. Em adultos, a ingestão crônica de mais de 30mg por dia de Palmitato de Retinol frequentemente leva à hipervitaminose A, entretanto, sintomas leves podem aparecer com a ingestão crônica, em níveis baixos como 10mg por dia. Em crianças a intoxicação pode ocorrer com doses ainda mais baixas de Palmitato de Retinol.
Os sintomas de intoxicação crônica por vitamina A são diversos e variáveis e, incluem cefaléia, náuseas e vômitos (devido ao aumento da pressão intracraniana), dor óssea, sinais e sintomas cutâneomucosos,hepatomegalia, hipercalcemia e alterações hematológicas.
Pode também ocorrer ressecamento da pele com prurido, dermatite eritematosa, fissuras labiais, anorexia, edema, hemorragia, irritabilidade e fadiga. Outros sintomas incluem sudorese noturna, desconforto abdominal, retardo do crescimento, fechamento prematuro das epífises, vertigem, alopecia, descamação da pele, aumento da pigmentação, inflamação da língua, lábios e gengiva.
Reações hepatotóxicas estão presentes em cerca de metade dos casos de hipervitaminose A crônica. Além dos sinais clínicos como hepatoesplenomegalia, nevus telangectásicos, leuconíquia, eritrose palmar e icterícia, há aumento das transaminases hepáticas (as enzimas aspartato e alanina amino-transferases). Pode ser observada elevação da fosfatase alcalina, e colestase com hiperbilirrubinemia podem estar presentes. Pode ocorrer uma síndrome reversível com hipertensão portal e ascite.
Achados histopatológicos incluem hipertrofia e hiperplasia das células estreladas com acúmulo de lipócitos perisinusoidais associado à fibrose. Tem sido relatada atrofia dos hepatócitos e cirrose. Outros achados podem incluir hepatite e esteatose. O risco pode aumentar com doenças hepáticas ou renais, baixo peso corpóreo, desnutrição protéica, hiperlipoproteinemia, consumo de álcool e deficiência de vitamina C.
O único diagnóstico laboratorial encontrado é a elevação dos níveis séricos de Palmitato de Retinol, principalmente na forma de ésteres de retinila. A concentração das proteínas de ligação ao Palmitato de Retinol é normal e o Palmitato de Retinol excedente circula associado a lipoproteínas.
O único diagnóstico laboratorial encontrado é a elevação dos níveis séricos de Palmitato de Retinol, principalmente na forma de ésteres de retinila. A concentração das proteínas de ligação ao Palmitato de Retinol é normal e o Palmitato de Retinol excedente circula associado a lipoproteínas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
Os contraceptivos orais podem elevar os níveis plasmáticos da vitamina A.
Outros medicamentos, como antiácidos contendo alumínio, colestiramina, colestipol, neomicina, bem como o óleo de parafina podem diminuir a absorção de vitamina A. Portanto, deve-se respeitar um intervalo de 1 a 2 horas entre a ingestão de Palmitato de Retinol e qualquer um destes medicamentos.
A minociclina pode aumentar o risco de pseudotumor cerebral.
Os anticoagulantes, trombolíticos e outros inibidores da agregação plaquetária podem aumentar o risco de sangramento. A administração concomitante de altas doses de vitamina A e medicamentos como, por exemplo, a varfarina ou o clopidrogel podem provocar um aumento do efeito anticoagulante.
Os análogos da vitamina A podem aumentar o risco de toxicidade por vitamina A.
Alimentos, suplementos vitamínicos ou medicamentos que contenham vitamina A, isotretinoína, etretinato e beta-caroteno além de outros medicamentos usados simultaneamente devem ser informados ao médico antes do início do tratamento.
Resultados de Eficácia
A deficiência prolongada de vitamina A pode causar uma grave doença carencial, a hipovitaminose A, que pode, por sua vez, acarretar xeroftalmia e cegueira. Embora possa ser prevenida, a hipovitaminose A ainda é um problema de saúde pública em vários países em desenvolvimento. Os autores apresentaram neste estudo uma visão geral da deficiência da vitamina A no mundo, especialmente no Brasil.
A suplementação de vitamina A tem sido exaustivamente estudada em termos de saúde e impacto nutricional. A suplementação tem sido amplamente implementada por ser relativamente simples e de baixo custo. David Ross relatou a importância da suplementação da vitamina A, dado que a deficiência de vitamina A é um importante problema de saúde pública. O tratamento com doses baixas de vitamina A é recomendado para mulheres com cegueira noturna e/ou manchas de Bitot. Dada a evidencia de custo-benefício da suplementação de vitamina A é essencial que programas eficazes de suplementação desta vitamina estejam disponíveis para toda a população onde a deficiência de vitamina A é um importante problema de saúde pública.
Referências Bibliográficas
1 - A deficiência de vitamina A no Brasil: um panorama. De Souza, W. A.; Da Costa; Vilas Boas, O. M.: Rev. Panam. Salud Publica, 2002, Sep.; 12 (3):173-9.
2 - David A. Ross. Recommendations for Vitamin A supplementation. The American Society for Nutritional Sciences, J. Nutr., 2002, Sep.: 132:2902-2906.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Vitamina A e a visão
A função mais bem definida da vitamina A é o seu papel na visão.
Na retina, a vitamina A constitui o grupo prostético das proteínas carotenoides que fornecem a base molecular da excitação visual.
O branqueamento fotoquímico da rodopsina nos vertebrados resulta na isomerização cis-trans da base de Schiff 11-cis-retinal- protonada. A hidrólise desta base leva a formação de opsina e all-trans-retinal. Para que o processo da visão continue, deve ocorrer a isomerização enzimática trans-a-cis do retinoide. A rota de isomerização deve ser definida uma vez que existem nove rotas potenciais diferentes e a fonte de energia deve ser identificada uma vez que os 11- cis-retinoides são mais energéticos do que seus isômeros alltrans.
A energia para esta isomerização é fornecida por um processo mínimo de duas etapas envolvendo fosfolipídiosde membranas como fonte de energia.
Primeiramente, o all-trans-Palmitato de Retinol (vitamina A) é esterificado no epitélio pigmentado da retina pela lecitina Palmitato de Retinol aciltransferase (LRAT) para produzir um ester all-trans-retinil.
Depois, este éster é diretamente transformado em 11-cis-Palmitato de Retinol por uma enzima isômero-hidrolase, em um processo que acopla a energia negativa livre da hidrólise do éster acil para a formação do 11- cis- retinoide pigmentado.
Vitamina A, crescimento e desenvolvimento
Diversos estudos com animais demonstraram que a vitamina A é necessária para o desenvolvimento e crescimento normal. Em muitas espécies animais a deficiência manifesta-se como perda do apetite, seguida por rápida perda de peso e retardo do crescimento.
O ácido retinóico, que não pode ser convertido novamente em retinal, mantém o crescimento normal e a diferenciação dos tecidos.
A vitamina A desempenha um papel relevante na diferenciação celular. A falta de vitamina A provoca a queratinização do epitélio ciliado mucossecretor e outras alterações epiteliais.
Geralmente, alterações histopatológicas características no sistema respiratório precedem outras consequências da deficiência de vitamina A no trato geniturinário, olhos e pele. Estas alterações incluem perda das secreções normais, perda da homeostase hídrica normal através do epitélio, perda do transporte mucociliar, tendo como consequência infecções recorrentes das vias aéreas, estreitamento do lúmen e perda da elasticidade provocando aumento da resistência das vias aéreas e do esforço respiratório. Todas estas alterações são reversíveis com a restauração dos níveis normais de vitamina A.
Tem-se especulado, entretanto, que a displasia pulmonar crônica ocorre se tal deficiência grave de vitamina A for simultânea à lesão das vias pulmonares.
Uma vez que a vitamina A exerce um papel primário na síntese de glicoproteínas, a importância das glicoproteínas para cada célula sugere que esta seja uma função igualmente importante da vitamina.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Essencialmente todos os ésteres de retinila são convertidos em Palmitato de Retinol no lúmen intestinal. Nos enterócitos, o Palmitato de Retinol é ligado a uma proteína celular específica de ligação ao Palmitato de Retinol (cellular Palmitato de Retinol-binding protein, CRBP II), então é esterificado a ácidos graxos de cadeia longa pela lecitina Palmitato de Retinol aciltransferase (LRAT) para formar ésteres de retinila (principalmente palmitato de retinila), antes da incorporação aos quilomícrons.
Os quilomícrons são as principais lipoproteínas intestinais. Estas grandes lipoproteínas (100 – 2000 nm de diâmetro) consistem em agregados de milhares de moléculas de triacilglicerol e fosfolipídios unidas a ésteres de retinila e outras vitaminas lipossolúveis, ésteres colesteril e algumas poucas apolipoproteínas específicas, de modo característico.
Distribuição
Os quilomícrons atingem então a circulação geral via linfa intestinal e quilomícrons remanescentes são formados como resultado da hidrólise do triacilglicerol e da troca de apolipoproteinas nos vasos capilares. Durante esta conversão, quase todos os ésteres de retinila permanecem com quilomícrons remanescentes.
Os quilomícrons remanescentes são removidos principalmente pelo fígado, mas sua captação extra-hepática é importante na distribuição do Palmitato de Retinol para os tecidos com intensa proliferação e diferenciação celular, tais como medula óssea e baço. Tem sido demonstrado que os leucócitos periféricos obtêm ésteres de retinila desta fonte, e sido sugerido que as células pulmonares também obtêm ésteres de retinila através dela.
Exceto no estado pós-prandial, quase toda vitamina A plasmática está ligada a uma proteína plasmática específica de ligação ao Palmitato de Retinol (PLR), conhecida desde 1968.
A PLR é bem caracterizada como uma única cadeia polipeptídica, com peso molecular de aproximadamente 21kDa (quilodaltons), que tridimensionalmente consiste em uma cavidade hidrofóbica muito especializada designada para ligar-se e proteger a vitamina A lipossolúvel, Palmitato de Retinol.
A PLR pertence à superfamília das lipocalinas, que abrangem um número de proteínas ligantes para moléculas lipossolúveis como o colesterol.
Muitos tecidos sintetizam a PLR.
Grande parte da PLR secretada pelo fígado contém Palmitato de Retinol numa proporção molar 1:1. O Palmitato de Retinol ligado a PLR é necessário para secreção normal de PLR (holo- PLR).
Aproximadamente 95% da PLR plasmática está associada à transtirretina (TTR) 1:1 mol/mol.
Este complexo reduz a filtração glomerular do Palmitato de Retinol.
O fluido lacrimal também contém Palmitato de Retinol ligado a PLR, o qual é provavelmente a fonte de vitamina A do epitélio ocular absolutamente dependente.
Finalmente, uma proteína interfotoreceptora ligada ao retinoide (interphotoreceptor retinoid-binding protein IRBP) tem sido identificada no espaço extracelular entre o epitélio e as células fotoreceptoras. Esta IRBP liga-se não só ao Palmitato de Retinol, mas também ao retinal, vitamina E, ácidos graxos e colesterol.
As diferentes moléculas de transporte da vitamina A estão listadas na tabela abaixo:
Moléculas de transporte extracelular para compostos de vitamina A
Principais ligantes |
Moléculas de transporte | Peso molecular (kDa) |
Função |
Ésteres de retinila |
Quilomícrons e CMR | 20.000-200.000 |
Transporte da vitamina A recém-absorvida na linfa e plasma |
Palmitato de Retinol |
PLR | 21 |
Transporte no plasma e líquido intersticial |
Palmitato de Retinol, retinal |
IRBP | 140 |
Transporte intercelular no ciclo visual |
Metabolismo
Está estabelecido agora que o Palmitato de Retinol se recicla no plasma, fígado e tecidos extra–hepáticos. Esta grande reciclagem do Palmitato de Retinol é parte importante de sua homeostase corpórea. Entretanto, 50 a 80% do total corpóreo de vitamina A são armazenados no fígado ou como Palmitato de Retinol ou como ésteres de retinila. Noventa a 95% dos ésteres de retinila são armazenados nas células estreladas e apenas 5 a 10% nos hepatócitos, dos quais o Palmitato de Retinol pode ser rapidamente mobilizado (holo-PLR).
O mecanismo homeostático regula a concentração plasmática de Palmitato de Retinol em torno de 400 a 800 µg/l (1,4 µmol/l/1,4µmol/l -2,8 µmol/l).
O comprometimento da adaptação visual noturna e a hiperqueratose folicular tornam-se evidente apenas quando os níveis plasmáticos da vitamina A caem para 300 µg/l (1,05 µmol/l).
A cegueira noturna e a xeroftalmia manifestam-se com concentrações plasmáticas de aproximadamente 100 µg/l (0,35 µmol/l).
A hipervitaminose A, não está associada a altos valores plasmáticos de Palmitato de Retinol, mas ao grande aumento das concentrações plasmáticas dos ésteres de retinila, em até 10 – 100 vezes os valores normais (cerca de 50 µg/l).
Além do Palmitato de Retinol e dos ésteres de retinila, alguns retinoides estão presentes no plasma em concentrações nano molares. Entre eles, o ácido all-trans retinoico, o ácido 13-cis retinoico, o ácido 13-cis-oxoretinoico e o β-glucoronida all-trans Palmitato de Retinol. O nível da maioria destes retinoides é dependente do aporte de vitamina A, elevando-se em cerca de 2-4 vezes após a ingestão de uma grande quantidade desta vitamina.
As proteínas celulares de ligação do Palmitato de Retinol direcionam o Palmitato de Retinol para enzimas específicas.
In vivo, a maior parte do Palmitato de Retinol intracelular está ligada às proteínas celulares de ligação que podem estar envolvidas no direcionamento do Palmitato de Retinol para as enzimas apropriadas. Por exemplo, a síntese de retinal é mais sustentada mais diretamente pela CRBPI Palmitato de Retinol do que pelo Palmitato de Retinol livre.
Foram isoladas e clonadas duas proteínas citoplasmáticas de ligação específica ao Palmitato de Retinol (R).
- Proteína celular de ligação ao Palmitato de Retinol tipo I (CRBPI) é a proteína intracelular de ligação ao Palmitato de Retinol predominante na maioria dos tecidos. Há maior concentração de CRBPI está mais concentrada no fígado, pulmões, rins e epidídimo.
- Proteína celular de ligação ao Palmitato de Retinol tipo II (CRBPII): apresenta um alto grau de homologia com a proteína anterior e também com algumas outras. Sua distribuição nos tecidos, entretanto, é muito mais restrita: enterócitos para CRBPII.
Finalmente, a última proteína intracelular de ligação aos retinoides a proteína intracelular de ligação ao retinal (CRALBP) que não possui homologia com as outras, foi detectada na retina neural, no epitélio pigmentado da retina e na glândula pineal e em nenhum outro tecido analisado.
A tabela abaixo mostra várias proteínas celulares de ligação e sua relação com o metabolismo dos compostos de vitamina A.
Proteínas intracelulares de ligação aos retinoides
Principais ligantes |
Moléculas de transporte | Peso molecular (kDa) |
Função |
Palmitato de Retinol |
CRBP (I) | 16 |
Doador para reações de LRAT e enzimas oxidativas Regula a hidrólise dos ésteres de retinila |
Palmitato de Retinol |
CRBP (II) | 16 |
Doador para reações de LRAT |
Palmitato de Retinol |
CRALBP | 36 |
Ciclo visual |
Exceto para visão, onde de modo geral presume-se que o 11-cis-retinal é o retinoide ativo, os outros retinoides fisiologicamente ativos são ainda objeto de debate, mesmo que se tenha atribuído como retinoides ativos o ácido all-trans retinoico e o ácido 9-cis-retinoico na regulação da transcrição.
Mais que isso, foi sugerido que o RA não pode substituir todos os efeitos do R (Palmitato de Retinol). Na regulação do crescimento, R (Palmitato de Retinol) é metabolizado por muitas células a 14-hidroxi-4, 14- retro-Palmitato de Retinol o qual seria o mediador.
Eliminação
Embora o catabolismo do Palmitato de Retinol e do ácido retinoico tenham sido minuciosamente investigados, ainda não foi bem compreendida a contribuição quantitativa destas duas vias, dos intermediários, assim como, das enzimas envolvidas.
A maior parte do catabolismo do Palmitato de Retinol envolve a produção de ácido retinoico como um intermediário que não pode ser reconvertido ao Palmitato de Retinol ou retinal.
Alguns metabólitos mais polares também são formados a partir do Palmitato de Retinol e parte deles foi identificada.
O citocromo P450 parece estar envolvido nesta conversão.
Glucuronideos também são formados a partir do Palmitato de Retinol para excreção biliar e solubilização para excreção urinária.
Dados de segurança pré-clínicos
Não foram realizadas investigações especiais com Palmitato de Palmitato de Retinol, pois o perfil de segurança da vitamina A em animais é bem conhecido.
Conservar em local fresco, seco, à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC), ao abrigo da luz solar e fora do alcance de crianças e animais domésticos.
Atenção: obedecer aos seguintes períodos de carência:
Bovinos
- Abate- carência zero.
- Leite- carência zero.
A utilização do produto em condições diferentes das indicadas nesta bula pode causar a presença de resíduos do produto acima dos limites aprovados, tornando o alimento de origem animal impróprio para o consumo.
Responsável Técnica:
Dra Valéria Souza de Faria
CRMV-RJnº4.266.
Proprietário e Fabricante:
Laboratório Bravet Ltda.
Rua Visconde de Santa Cruz, 276
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20950-340
CNPJ 42.486.076/0001-19
Indústria Brasileira.
SAC:
0800 0251622
Licenciado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob o nº 0240 em 24/10/72.
Venda sob prescrição e aplicação conforme orientação do médico veterinário.
Especificações sobre o Monovin A
Caracteristicas Principais
Fabricante:
Tipo do Medicamento:
Outros
Necessita de Receita:
Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Principio Ativo:
Categoria do Medicamento:
Especialidades:
Endocrinologia
Nutrologia
Código de Barras:
7897614100270
Temperatura de Armazenamento:
Temperatura ambiente
Produto Refrigerado:
Este produto não precisa ser refrigerado
Doenças Relacionadas:
Bula do Paciente:
Modo de Uso:
Uso injetável
Pode partir:
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MONOVIN A É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.
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