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Bula do Loprazol

Loprazol® está indicado para o tratamento de doenças causadas pelo ácido estomacal.

Como o Loprazol funciona?


Loprazol® reduz a acidez estomacal.

Loprazol® não deve ser utilizado em indivíduos que apresentam hipersensibilidade conhecida ao omeprazol ou a qualquer outro componente da fórmula.

Recomenda-se a administração da cápsula antes do café da manhã.

Posologia do Loprazol


A dose oral usual para adultos é de 20mg administrada durante 2 a 4 semanas em casos de úlcera duodenal, e durante 4 a 8 semanas para úlcera gástrica ou esofagite de refluxo.

Nos pacientes com úlcera duodenal o alívio dos sintomas é rápido e a cicatrização ocorre no prazo de 2 semanas, na maioria dos casos. Quando a cicatrização não ocorrer neste período, recomenda-se um período adicional de 2 semanas, dentro do qualgeralmente ocorre cicatrização.

Nos doentes com úlcera gástrica ou duodenal pouco responsivos e em pacientes com esofagite de refluxo grave, recomenda-se a dose diária de 40mg, em dose única, por um período de 4 semanas para aqueles com úlcera duodenal e de 8 semanas para os casos de úlcera gástrica ou esofagite de refluxo grave, dentro dos quais, usualmente ocorre a cicatrização.

Tratamento de Manutenção

Para prevenir a recidiva em pacientes com úlcera gástrica pouco responsivos, recomenda-se a administração diária de 20mg de Loprazol®. Se necessário, a dose pode ser aumentada para 40mg, uma vez ao dia.

Para prevenção de recidiva em pacientes com úlcera duodenal e para o tratamento de manutenção em pacientes com esofagite de refluxo cicatrizada, a dose recomendada é de 10mg, uma vez ao dia. Se necessário, a dose pode ser aumentada para 20 a 40mg uma vez ao dia.

Síndrome de Zollinger-Ellison

Recomenda-se uma dose inicial de 60mg, uma vez ao dia, que deverá ser ajustada individualmente e por um período de tempo determinado pela evolução clínica do paciente. Todos os casos com doença grave e resposta inadequada a outros tratamentos foram efetivamente controlados em mais de 90% dos pacientes, com doses entre 20 e 120mg diários. Doses acima de 80mg diários devem ser divididas em duas tomadas.

Erradicação do H. pylori associada à úlcera péptica

Tratamento com esquema triplo

Dose de 20mg de Loprazol® com 1g de amoxicilina e 500mg de claritromicina duas vezes ao dia por 1 semana ou 20mg de Loprazol® com 250mg de claritromicina com 400mg de metronidazol (ou tinidazol 500mg) duas vezes ao dia por 1 semana; ou dose de 40mg de Loprazol® uma vez ao dia com 500mg de amoxicilina e 400mg de metronidazol, ambos três vezes ao dia por 1 semana.

Tratamento com esquema duplo

Dose de 40-80mg/dia de Loprazol®, associado com 1,5g/dia de amoxicilina em doses divididas durante duas semanas; ou 40mg/dia de Loprazol® associado a 500mg de claritromicina três vezes ao dia por duas semanas. Para assegurar a cicatrização em pacientes com úlcera péptica ativa, vide recomendações de dosagem para úlcera duodenal e gástrica.

Profilaxia de aspiração ácida

Recomenda-se a administração de 40mg de Loprazol®, na noite anterior a cirurgia, e de mais 40mg na manhã do dia da cirurgia.

A dose recomendada na esofagite de refluxo para crianças com idade superior a 1 ano é de 10mg em dose única, administrada pela manhã com auxílio de líquido. Para crianças acima de 20kg utilizar 20mg. Se necessário, a dose poderá ser aumentada, a critério médico, até, no máximo, 40mg/dia.

Não é necessário o ajuste das doses em pacientes idosos ou pacientes com função renal ou hepática comprometidas. No entanto, estes pacientes devem ser monitorados.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não pode ser partido ou mastigado. 

Quando há suspeita de úlcera gástrica, a possibilidade de malignidade da lesão deve ser precocemente afastada, uma vez que o tratamento com Loprazol® pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico desta patologia.

Indivíduos portadores de insuficiência hepática ou renal crônica devem ser monitorados durante o tratamento com Loprazol®.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Uso durante a Gravidez e Amamentação

Loprazol® só deve ser indicado durante a gravidez e lactação quando os benefícios esperados à mãe justificarem os potenciais riscos sobre o feto ou lactente. Doses de até 80mg durante 24 horas foram administradas a mulheres grávidas em trabalho de parto, não revelando qualquer efeito adverso para a criança.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.

Informe a seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Este medicamento é contraindicado na faixa etária de 0 a 1 ano.

Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.

Loprazol® é bem tolerado e as reações adversas são geralmente leves e reversíveis como: diarreia, constipação, dor abdominal, náusea, vômitos, gases, além de relatos isolados de boca seca, estomatite e candidíase, coceira na pele e em casos isolados, fotossensibilidade, vermelhidão, fraqueza e dor muscular, dor de cabeça, tontura, sonolência, insônia, vertigem.

Em casos isolados ocorreram confusão mental, depressão, alucInações, principalmente em paciente em estado grave.

Cada cápsula de 10mg contém:

Omeprazol pellets

117,65mg

Excipiente q.s.p.

1 cápsula

*Equivalente a 10mg de omeprazol.

Excipientes: manitol, sacarose, fosfato de sódio dibásico, laurilsulfato de sódio, carbonato de cálcio, hipromelose, copolímero do ácido metacrílico, dietilftalato, dióxido de titânio, talco e água de osmose reversa.

Cada cápsula de 20mg contém:

Omeprazol pellets

235,3mg

Excipiente q.s.p.

1 cápsula

*Equivalente a 20mg de omeprazol.

Excipientes: manitol, sacarose, fosfato de sódio dibásico, laurilsulfato de sódio, carbonato de cálcio, hipromelose, copolímero do ácido metacrílico, dietilftalato, dióxido de titânio, talco e água de osmose reversa.

Apresentação do Loprazol


Cápsula 10mg

Embalagem contendo 1 frasco com 14 cápsulas.

Cápsula 20mg

Embalagens contendo 1 frasco com 7, 14, 28 e 56 cápsulas.

Uso adulto e pediátrico.

Uso oral.

Em caso de superdose, procure emergência médica imediatamente.

Cetoconazol

Pode ter sua absorção alterada devido à redução da acidez intragástrica.

Diazepam, varfarina e fenitoína

Como Loprazol® é metabolizado pelo fígado, através do citocromo P450, pode prolongar a eliminação desses 450 fármacos, que também são metabolizados por esta via. Os doentes sob tratamento com varfarina ou fenitoína devem ser monitorados, podendo ser necessária uma redução na dose destes fármacos.

Entretanto, em pacientes sob tratamento contínuo com fenitoína, o uso concomitante com Loprazol® na dosagem de 20mg/dia não alterou a concentração sanguínea de fenitoína. Da mesma forma, pacientes em tratamento contínuo com varfarina concomitantemente com 20mg/dia de Loprazol® não apresentaram alterações no tempo de coagulação. É necessário vigiar possíveis interações com teofilina.

Claritromicina

Pode haver aumento nas concentrações plasmáticas de ambos os medicamentos.

Outros fármacos

Estudos de interações medicamentosas com Loprazol® e outros fármacos indicam que 20mg de Loprazol® administrados repetidas vezes não tem influência sobre outros medicamentos como cafeína, fenacetina, piroxicam, diclofenaco, naproxeno, metoprolol, propranolol, etanol, ciclosporina, lidocaína, quinidina e estradiol.

Não foram observadas interações na administração concomitante de Loprazol® com antiácidos tópicos gastrintestinais ou alimentos. Se necessário, administrar antiácidos no mínimo 2 horas após a administração de Loprazol®.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Resultados de Eficácia


Comprimido

Úlcera duodenal

Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, placebo-controlado, com 147 pacientes com úlcera duodenal diagnosticada por endoscopia, o percentual de pacientes cicatrizados (de acordo com o protocolo) foi significativamente maior nas Semanas 2 e 4 quando tratados com Omeprazol Magnésico 20 mg uma vez ao dia do que quando tratados com placebo (p ≤ 0,01).

Tratamento de úlcera duodenal ativa (% pacientes cicatrizados)
Semana Omeprazol Magnésico Placebo
20 mg uma vez ao dia (n = 99)

Uma vez ao dia (n = 48)

Semana 2

*41 13

Semana 4

*75

27

*(p ≤ 0,01).

O alívio diurno e noturno completo da dor ocorreu significativamente mais rápido (p ≤ 0,01) em pacientes tratados com Omeprazol Magnésico 20 mg do que em pacientes tratados com placebo. No final do estudo, um número significantemente maior de pacientes que receberam Omeprazol Magnésico tiveram um alívio completo da dor durante o dia (p ≤ 0,05) e dor noturna (p ≤ 0,01).

Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, com 293 pacientes com úlcera duodenal diagnosticada por endoscopia, a porcentagem de pacientes (de acordo com o protocolo) que tiveram cicatrização após 4 semanas foi significantemente maior nos pacientes tratados com Omeprazol Magnésico 20 mg uma vez ao dia quando comparados com pacientes tratados com ranitidina 150 mg duas vezes ao dia (p < 0.01).

Tratamento de úlcera duodenal ativa (% pacientes cicatrizados)
Semana Omeprazol Magnésico

Ranitidina 150 mg duas vezes ao dia

20 mg uma vez ao dia (n = 145)

Uma vez ao dia (n = 148)

Semana 2

*42 34

Semana 4

*82

63

*(p < 0,01).

A cicatrização foi significantemente mais rápida em pacientes tratados com Omeprazol Magnésico do que naqueles tratados com ranitidina 150 mg duas vezes ao dia (p < 0,01).

Um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, com 105 pacientes com úlcera duodenal diagnosticada por endoscopia comparou Omeprazol Magnésico 20 mg e 40 mg com ranitidina 150 mg duas vezes ao dia nas Semanas 2, 4 e 8. Nas Semanas 2 e 4 ambas as doses de Omeprazol Magnésico foram significativamente superiores (de acordo com o protocolo) à ranitidina, porém a dose de 40 mg não foi superior a dose de 20 mg de Omeprazol Magnésico e na Semana 8 não houve diferença significativa entre os grupos.

Tratamento de úlcera duodenal ativa (% pacientes cicatrizados)
Semana Omeprazol Magnésico

Ranitidina

20 mg (n = 34) 40 mg (n = 36)

150mg dias vezes ao dia (n = 35)

Semana 2

*83

*83
 

53

Semana 4

*97

*100

82

Semana 8

100 100

94

*(p ≤ 0,01).

Erradicação do H. pylori em pacientes com Úlcera Duodenal

Terapia tripla (Omeprazol Magnésico / claritromicina / amoxicilina):

Três estudos randomizados, duplocegos em pacientes com infecção por H. pylori e úlcera duodenal (n = 558) compararam Omeprazol Magnésico associado com claritromicina e amoxicilina versus claritromicina e amoxicilina. Dois estudos (1 e 2) foram realizados em pacientes com úlcera duodenal ativa e o outro estudo (3) foi realizado em pacientes com histórico de úlcera duodenal nos últimos 5 anos, porém sem diagnóstico de úlcera no início do estudo. O regime de doses dos estudos foi de Omeprazol Magnésico 20 mg duas vezes ao dia, claritromicina 500 mg duas vezes ao dia e amoxicilina 1 g duas vezes ao dia, por 10 dias; ou claritromicina 500 mg duas vezes ao dia e amoxicilina 1 g duas vezes ao dia, por 10 dias. Nos estudos 1 e 2, os pacientes que receberem omeprazol foram tratados por mais 18 dias com Omeprazol Magnésico 20 mg uma vez ao dia. Os desfechos dos estudos foram erradicação do H. pylori e cicatrização da úlcera duodenal (apenas nos estudos 1 e 2). Nos três estudos o resultado para H. pylori foi testado através do CLOtest®, histologia e cultura. O H. pylori foi considerado erradicado para um determinado paciente se pelo menos dois dos testes fossem negativos e nenhum positivo.

A associação de omeprazol com claritromicina e amoxicilina foi efetiva da erradicação de H. pylori.

Taxas de erradicação de H. pylori de acordo com protocolo e intenção de tratar (% de pacientes curados (95% IC))
Estudo Omeprazol Magnésico + claritromicina + amoxicilina Claritromicina + amoxicilina
De acordo com protocolo Intenção de tratar De acordo com protocolo

Intenção de tratar

Estudo 1

*77 [64, 86] (n = 64) *69 [57, 79] (n = 80) 43 [31, 56] (n = 67)

37 [27, 48] (n = 84)

Estudo 2

*78 [67, 88] (n = 65) *73 [61, 82] (n = 77) 41 [29, 54] (n = 68)

36 [26, 47] (n = 83)

Estudo 3

*90 [80, 96] (n = 69) *83 [74, 91] (n = 84) 33 [24, 44] (n = 93)

32 [23, 42] (n = 99)

Foram incluídos na análise pacientes com úlcera duodenal confirmada (úlcera ativa, estudo 1 e 2; histórico de úlcera nos últimos 5 anos, estudo 3) e infecção por H. pylori no início do estudo definida como pelo menos dois dos três testes positivos: CLOtest®, histologia e/ou cultura. Foram incluídos na análise pacientes que completaram o estudo. Adicionalmente, pacientes descontinuados do estudo devido a reações adversas à droga de estudo foram incluídos na análise de falha do tratamento. O impacto da erradicação na recorrência da úlcera não foi estabelecido em pacientes com histórico de úlcera.
Foram incluídos na análise pacientes com H. pylori e úlcera duodenal confirmadas no início do estudo. Todas as desistências foram consideradas como falha do tratamento.
* (p < 0,05) versus claritromicina e amoxicilina.

Terapia dupla (Omeprazol Magnésico / claritromicina):

Quatro estudos (4, 5, 6 e 7) randomizados, duplocegos e multicêntricos avaliaram Omeprazol Magnésico 40 mg uma vez ao dia associado com claritromicina 500 mg três vezes ao dia, por 14 dias, seguido de Omeprazol Magnésico 20 mg uma vez ao dia (estudos 4, 5 e 7) ou Omeprazol Magnésico 40 mg uma vez ao dia (estudo 6) por mais 14 dias em pacientes com úlcera duodenal ativa associada à H. pylori. Os estudos 4 e 5 foram conduzidos nos Estados Unidos e Canadá e contemplaram 242 e 256 pacientes, respectivamente. A infecção por H. pylori e úlcera duodenal foram confirmadas em 219 pacientes do estudo 4 e 228 pacientes do estudo 5. Estes estudos compararam o regime de associação com Omeprazol Magnésico e monoterapia com claritromicina. Os estudos 6 e 7 foram conduzidos na Europa e contemplaram 154 e 215 pacientes, respectivamente. A infecção por H. pylori e úlcera duodenal foram confirmadas em 148 pacientes do estudo 6 e 208 pacientes do estudo 7. Estes estudos compararam o regime de associação e monoterapia com omeprazol. Os resultados das análises de eficácia destes estudos são apresentados abaixo. A erradicação de H. pylori foi definida como ausência de resultado positivo nos testes (histologia ou cultura) após 4 semanas do término do tratamento e dois testes negativos foram requeridos para ser considerado erradicado de H. pylori. Na análise de acordo com o protocolo, foram excluídos os seguintes pacientes: desistentes, pacientes sem teste de H. pylori após o término do tratamento e pacientes que não foram avaliados para H. pylori, pois foi identificada presença de úlcera ao final do tratamento.

A associação de omeprazol e claritromicina se mostrou eficaz na erradicação de H. pylori.

Taxas de erradicação de H. pylori (análise de acordo com protocolo nas Semanas 4 e 6) (% de pacientes curados (IC 95%))
Estudo Omeprazol Magnésico + claritromicina Omeprazol Magnésico

Claritromicina

Estudos nos EUA

Estudo 4

74 [60, 85] †‡ (n = 53) 0 [0, 7] (n = 54)

31 [18, 47] (n = 42)

Estudo 5

64 [51, 76] †‡ (n = 61) 0 [0, 6] (n = 59)

39 [24, 55] (n = 44)

Estudos fora dos EUA

Estudo 6

83 [71, 92] (n = 60) 1 [0, 7] (n = 74)

NA

Estudo 7

74 [64, 83] (n = 86) 1 [0, 6] (n = 90)

NA

Estatisticamente significante maior que a monoterapia com claritromicina (p < 0,05).
Estatisticamente significante maior que a monoterapia com omeprazol (p < 0,05).

A associação de omeprazol e claritromicina não demonstrou diferença significativa na cicatrização da úlcera quando comparada com o omeprazol isoladamente.

A associação de omeprazol e claritromicina foi efetiva na erradicação de H. pylori e reduziu a recorrência de úlcera duodenal.

Taxas de recorrência da úlcera duodenal por status da erradicação de H. pylori (% de pacientes com recorrência da úlcera)
Estudos H. pylori erradicado#

H. pylori não erradicado#

Estudos nos EUA
6 meses após tratamento

Estudo 4

*35 (n = 49)

60 (n = 88)

Estudo 5

*8 (n = 53)

60 (n = 106)

Estudos fora dos EUA

6 meses após tratamento

Estudo 6

*5 (n = 43)

46 (n = 78)

Estudo 7

*6 (n = 53)

43 (n = 107

12 meses após tratamento

Estudo

*5 (n = 39)

68 (n = 71)

# Status da erradicação de H. pylori determinada no mesmo momento da determinação da recorrência de úlcera.
Resultados combinados dos braços Omeprazol Magnésico + claritrimicina, Omeprazol Magnésico e claritrimicina.
Resultados combinados dos braços Omeprazol Magnésico + claritrimicina e Omeprazol Magnésico
* (p ≤ 0,01) versus proporção com recorrência de úlcera duodenal sem erradicação de H. pylori.

Úlcera Gástrica

Em estudo multicêntrico, duplo-cego, com omeprazol 40 mg uma vez ao dia, 20 mg uma vez ao dia e placebo, com 520 pacientes diagnosticados com úlcera gástrica por endoscopia foram observados os seguintes resultados:

Tratamento de Úlcera Gástrica (% pacientes cicatrizados) (Todos os pacientes tratados)
Semana Omeprazol Magnésico

Placebo

20 mg uma vez ao dia (n = 202) 40 mg uma vez ao dia (n = 214)

(n = 104)

Semana 4

47,5** 55,6**

30,8

Semana 8

74,8** 82,7**, +

48,1

** (p < 0,01) Omeprazol Magnésico 40 mg ou 20 mg versus placebo.
+ (p < 0,05) Omeprazol Magnésico 40 mg versus 20 mg.

Para um grupo selecionado de pacientes com úlcera de tamanho igual ou menor a 1 cm, não foi identificada diferença nas taxas de cicatrização entre 40 mg e 20 mg nas Semanas 4 ou 8. Para pacientes com úlcera maior que 1 cm, 40 mg foi significantemente mais eficaz que 20 mg na Semana 8.

Um estudo duplo-cego avaliou 602 pacientes com úlcera gástrica diagnosticada por endoscopia tratados com omeprazol 40 mg uma vez ao dia, 20 mg uma vez ao dia e ranitidina 150 mg duas vezes ao dia.

Tratamento de Úlcera Gástrica (% pacientes cicatrizados) (Todos pacientes tratados)
Semana Omeprazol Magnésico

Ranitidina

20 mg uma vez ao dia (n = 200) 40 mg uma vez ao dia (n = 187)

150 duas vezes ao dia (n = 199)

Semana 4

63,5 78,1**, ++

56,3

Semana 8

81,5 91,4**, ++

78,4

** (p < 0,01) Omeprazol Magnésico 40 mg versus ranitidina.
++ (p < 0,01) Omeprazol Magnésico 40 mg versus 20 mg.

Esofagite de refluxo

Um estudo placebo controlado foi conduzido na Escandinávia para comprar a eficácia de omeprazol 20 mg e 10 mg uma vez ao dia por até 4 semanas no tratamento de azia e outros sintomas da esofagite de refluxo em pacientes sem esofagite erosiva.

Os resultados são mostrados abaixo:

% de resultados sintomáticos satisfatóriosa
Pacientes Omeprazol Magnésico

Placebo

20 mg uma vez ao dia

10 mg uma vez ao dia

Uma vez ao dia

Todos os pacientes

46 *, + (n = 205) 31+ (n = 199)

13 (n = 105)

Pacientes com esofagite de refluxo confirmada

56 *, + (n = 115) 46 + (n = 109

(n = 59)

a Definido como resolução completa da azia.
* (p < 0,005) versus 10 mg.
+ (p < 0,005) versus placebo.

Síndrome de Zollinger-Ellison

Em um estudo aberto com 136 pacientes com condição patológica de hipersecreção, como a síndrome de Zollinger-Ellison com ou sem múltiplos adenomas endócrinos, Omeprazol Magnésico diminuiu significativamente a secreção de ácido gástrico e controlou os sintomas associados como a diarreia, anorexia e dor. Uma faixa de doses de 20 mg a cada dois dias a doses de 360 mg por dia mantiveram a secreção ácida basal abaixo de 10 mEq/hr em pacientes sem histórico de cirurgia gástrica e abaixo de 5 mEq/hr em pacientes que fizeram a cirurgia.

As doses iniciais foram tituladas de acordo com a necessidade do paciente e alguns ajustes foram necessários para alguns pacientes ao passar do tempo. Omeprazol Magnésico foi bem tolerado nas doses altas por períodos longos (> 5 anos para alguns pacientes). Na maioria dos pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison, os níveis séricos de gastrina não foram afetados pelo uso de Omeprazol Magnésico. Porém, em alguns pacientes o nível de gastrina sérica aumentou quando comparado com o inicio do tratamento.

Pelos menos 11 pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison tratados por longos períodos com Omeprazol Magnésico desenvolveram cancêr gástrico. Acredita-se que estes achados sejam uma manifestação da condição subjacente, conhecidamente associada a este tipo de tumor, ao invés de resultado da administração de Omeprazol Magnésico.

Tratamento e prevenção de erosões ou úlceras gástricas e duodenais associadas a antiinflamatórios não-esteroidais (AINE)

Um estudo randomizado, duplo-cego comparativo de cicatrização incluiu pacientes com úlcera duodenal e/ou úlcera gástrica (> 3mm de diâmetro e pelo menos 1 mm de profundidade) em tratamento com AINEs e/ou pacientes com mais que 10 erosões no estômago ou duodeno. Sucesso no tratamento foi definido como completa reepitelização da cratera ulcerosa, menos que 5 erosões no estômago ou duodeno e sintomas de dispepsia não mais que moderados.

Os resultados são apresentados na Tabela a seguir:

Taxas de sucesso no tratamento

Estudo / nº de pacientes

% de pacientes (95% IC) Omeprazol 20 mg Omeprazol 40 mg Ranitidina 150 mg duas vezes ao dia

Misoprostol 200 μg quatro vezes ao dia

I-1001 n=541

Semana 4 65,5 (58,5-72,6) 62,6 (55,6-69,5) 51,7 (44,4-59,1) -

Semana 8

80,5* (74,6-86,4) 79,1# (73,3-85,0) 63,2 (56,1-70,4) -

I-1002 n=921

Semana 4 55,8 (50,3-61,4) 60,3 (54,9-65,7) -

56,4 (50,7-62,0)

Semana 8&

75,6 (70,9-80,4) 75,2 (70,5-80,0) -

71,1 (66,0-76,3)

*p < 0,001 (vs ranitidina).
# p = 0,001 (vs ranitidina).
&p = não significativo para todas comparações.

O omeprazol 20 mg ou 40 mg uma vez ao dia foi efetivo na cicatrização da úlcera duodenal, úlcera gástrica e/ou erosões e após 8 semanas os sintomas de dispepsia não foram mais que moderados em aproximadamente 75-80% dos pacientes em tratamento com AINEs. O omeprazol 20 mg ou 40 mg uma vez ao dia obteve sucesso no tratamento em uma proporção significantemente maior de pacientes quando comparado com a ranitidina 150 mg duas vezes ao dia em pacientes que precisaram continuar o tratamento com AINE e obteve taxa semelhante de sucesso no tratamento quando comparado com misoprostol 200 μg quatro vezes ao dia.

Pacientes que obtiveram sucesso de tratamento nos dois estudos de cicatrização e que continuaram o tratamento com AINEs foram randomizados e incluídos em estudos de acompanhamento e receberam tratamento ativo ou placebo durante 6 meses. Falha no tratamento foi definida como: presença de úlcera duodenal ou úlcera gástrica ou mais que 10 erosões ou descontinuação devido aos eventos adversos ou sintomas de dispepsia moderados ou severos. No terceiro estudo randomizado, duplo-cego (I-1003) realizado com pacientes em tratamento com AINE com histórico de dispepsia ou úlcera péptica e sintomas de dispepsia não mais que moderados no início do estudo a recorrência de úlcera péptica (4,7% vs 16,7%) e recorrência dos sintomas (8,2% vs 20,0%) foi menos comum no tratamento com omeprazol vs placebo, respectivamente.

Taxa de remissão

Estudo / nº de pacientes

% de pacientes (95% IC) Omeprazol 20 mg Ranitidina 150 mg duas vezes ao dia Misoprostol 200 μg duas vezes ao dia Placebo

Valor p

I-1001 n=432

6 meses 72 59 - -

0.004

I-1002 n=732

6 meses 61 - 48 27

*p=0,001

**p<0,0001

I-1003 n=177

3 meses 74 - - 48

p=0,0005

I-1004 n = 169

3 meses 74 - - 48

p=0,0005

*Omeprazol vs misoprostol.
**Omeprazol vs placebo.

O omeprazol 20 mg uma vez ao dia diminuiu significantemente o desenvolvimento de lesões gastroduodenais associadas ao uso de AINE e/ou sintomas de dispepsia comparada com placebo. Falha no tratamento foi significantemente menos provável com omeprazol 20 mg uma vez ao dia do que com ranitidina 150 mg duas vezes ao dia ou misoprostol 200 μg duas vezes ao dia.

Tratamento de dispepsia associada à acidez gástrica

Três estudos controlados, duplo-cegos, randomizados compararam a eficácia e segurança de omeprazol versus cimetidina, ranitidina e placebo em pacientes com dor/desconforto epigástrico, com ou sem azia. Estes estudos contemplaram 2145 pacientes, dos quais 897 foram tratados com omeprazol 20 mg uma vez ao dia, 410 com omeprazol 10 mg uma vez ao dia, 196 com ranitidina 150 mg a noite, 220 com cimetidina duas vezes ao dia e 6092 com placebo. Adicionalmente dados de 1386 pacientes incluídos em 2 estudos abertos randomizados de omeprazol em comparação com a combinação alginato de sódio + bicarbonato de sódio + carbonato de cálcio e com ranitidina deram suporte à eficácia e segurança do produto. A variável de eficácia primária foi a resolução completa dos sintomas de dispepsia em todos os estudos com exceção do estudo comparativo com ranitidina no qual este foi o desfecho secundário, enquanto que o desfecho primário foi a não necessidade de tratamentos adicionais ou testes diagnósticos. A tabela a seguir mostra os resultados de eficácia primária destes estudos.

Resultados dos estudos de dispepsia associada à acidez gástrica

Estudo

População do estudo, Critério de Inclusão Tratamentos Duração do Tratamento No de pacientes (ITT/APT)

% de pacientes com resolução total dos sintomas (ITT/APT)

SH-OMD0001

Dispepsia funcional, dor/desconforto epigástrico Omeprazol 20 mg uma vez ao dia 2 semanas 197

35

Omeprazol 10 mg uma vez ao dia 2 semanas 204

28,4

Ranitidina 150 mg à noite 2 semanas 195

26,2

Placebo 2 semanas 205

17,1

SH-OMD0007

Dispepsia funcional, dor/desconforto epigástrico Omeprazol 20 mg 4 semanas 219

42,5

Omeprazol 10 mg 4 semanas 204

43,1

Placebo 4 semanas 219

26

I-1512

Dispepsia não investigada A: Úlcera e refluxo como dispepsia com histórico de úlcera péptica ou esofagite de refluxo Omeprazol 20 mg uma vez ao dia 2-4 semanas 207

47

Cimetidina 400 mg duas vezes ao dia 2-4 semanas 220

33

B: Úlcera e refluxo como dispepsia sem histórico de úlcera péptica ou esofagite de refluxo Omeprazol 20 mg duas vezes ao dia 2 semanas 273

50

Placebo 2 semanas 266

35

BU-OMD0001

 

Dispepsia não investigada / Azia e/ou dor epigástrica Omeprazol 10 mg duas vezes ao dia 4 semanas 333

41

Alginato de sódio + bicarbonato de sódio + carbonato de cálcio 10 ml quatro vezes ao dia 4 semanas 337

15

BU-OMD0003

Dispepsia não investigada / Azia e/ou dor epigástrica Omeprazol 10 mg uma vez ao dia 16 semanas 354

61

Alginato de sódio + bicarbonato de sódio + carbonato de cálcio 10 ml quatro vezes ao dia

16 semanas 349

40

APT: Todos pacientes tratados.
ITT: Intenção de Tratar.

O omeprazol 10 e 20 mg foi significativamente mais eficaz que o placebo em alívio geral dos sintomas de dispepsia em pacientes com dispepsia funcional ou não investigada. O omeprazol 20 mg foi o regime terapêutico testado mais eficaz. Comparações diretas com a combinação alginato de sódio + bicarbonato de sódio + carbonato de cálcio ou com cimetidina demonstraram superioridade de ambas às doses de omeprazol.

Tratamento de pacientes que apresentam risco de aspiração de conteúdo gástrico durante anestesia geral

O omeprazol reduziu a acidez e volume do conteúdo gástrico em pacientes com risco de aspiração durante a anestesia geral. Diversas doses, formulações e regimes de dose foram testados.

Resultados dos estudos de profilaxia de aspiração ácida

Estudo

Desenho do Estudo No de pacientes (tratados com omeprazol) Idade Média Diagnóstico & Critério de Inclusão Produto testado Regime de doses Duração do Tratamento Critério de avaliação

Resultados- % de sucesso no tratamento

I-805

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 20(10) 29 Eletivo à cirurgia com anestesia geral Omeprazol oral 80 mg às 22h vs Placebo Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 80: 90%

Placebo: 50%

I-821

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 40(20) 45 Eletivo à cirurgia com anestesia geral Omeprazol oral 80 mg às 20h vs Placebo Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 80: 63%

Placebo: 45%

I-825

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 38(7) 41 Eletivo à cirurgia com anestesia geral Omeprazol oral 80 mg às 6h vs ranitidina 150 mg às 22h+150 mg às 6h vs Placebo Máx. de duas doses pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 80: 83%

Ranitidina150/150: 100%

Placebo: 28%

I-830

Duplocego, Grupos paralelos 94/04) 29,6 Eletivo à cesariana com anestesia geral Omeprazol oral 40 mg às 20h+ 6h omeprazol oral 80 mg às 6h Como acima +10 mg de metoclopra mida Máx. de três doses pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40/40: 87%

Omeprazol 80: 73%

Omeprazol 40/40

Metoclopramida: 100%

Omeprazol 80/ metoclopramida: 81%

I-831

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 50 (40) 46 Eletivo à cirurgia com anestesia geral Omeprazol oral 40 mg às 20h+ 6h omeprazol oral 80 mg às 6h Placebo Máx. de duas doses pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40/40: 90%

Omeprazol 80:90%

Placebo:80%

I-833

Duplocego, Grupos paralelos 223(148) 44 Eletivo à cirurgia com anestesia geral Omeprazol oral 40 mg às 20h+ 6h omeprazol oral 80 mg às 6h ranitidina oral 150 mg às 22h+2 horas antes da anestesia geral Máx. de duas doses pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40/40: 84%

Omeprazol 80:73%

Ranitidina 150/150: 84%

Ewart et al

Duplocego, Grupos paralelos 70(32) 31 Eletivo à cesariana com anestesia geral Omeprazol oral 40 mg às 22h+ 6h ranitidina oral 150 mg às 22h+6h Duas doses pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40/40: 100%

Ranitidina 150/150: 94%

I-823

Aberto 20(20) 30,5 Eletivo à cesariana com anestesia geral Omeprazol oral 80 mg às 20h Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 80:70%

I-836

Aberto 33(33) 31,5 Eletivo à cesariana com anestesia geral Omeprazol oral 40 mg às 20h+6h Duas doses pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40/40: 100%

I-826

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 73(41) 33 Cirurgia de emergência com anestesia geral Omeprazol i.v. 40 mg ou 80 mg 1h antes da indução da anestesia geral vs Placebo Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40:76%

Omeprazol 80:55%

Placebo:9%

I-822

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 87 (58) 3,3 Cirurgia de emergência com anestesia geral Omeprazol i.v. 40 mg 1 ou 3 horas antes da indução da anestesia geral vs. Placebo Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 1 hora antes: 89%

Omeprazol 3 horas antes: 41%

Placebo: 14%

I-804b

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 27(17) 29,3 Cirurgia de emergência com anestesia geral Omeprazol i.v. 40 mg ou 80 mg 1 hora antes da indução da anestesia geral vs Placebo Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 40: 56%

Omeprazol 80: 38%

Placebo: 50

I-804a

Duplocego, Grupos paralelos, Placebo controlado 20(15) 29 Cirurgia de emergência com anestesia geral Omeprazol i.v. 20 mg, 40 mg ou 80 mg 1 hora antes da indução da anestesia geral vs Placebo Dose única pH e volume da aspiração gástrica na indução da anestesia geral

Omeprazol 20: 80%

Omeprazol 40: 20%

Omeprazol 80: 20%

Placebo: 20%

Injetável

O omeprazol é um fármaco já amplamente estudado na literatura mundial e sua eficácia já foi bem comprovada em inúmeros estudos.

A administração do omeprazol, assim como de qualquer inibidor de bomba de prótons, na forma endovenosa, traz como vantagem uma supressão da secreção ácida mais rápida além de uma melhor biodisponibilidade do fármaco do que quando administrado na forma oral1.

Com relação à redução na secreção ácida, o omeprazol sódico demonstrou ser efetivo com redução da secreção ácida basal de 33,9 mmol/h para 9,5 mmol/h após dose única de 40 mg2.

Para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico (com ou sem esofagite erosiva), o omeprazol já provou ser efetivo para alívio dos sintomas e cicatrização das lesões, sendo recomendado nos principais consensos e diretrizes atuais3.

Na doença ulcerosa péptica (DUP), sua eficácia também já foi amplamente estudada. Quando associada à infecção por Helicobacter pylori os estudos atestam a eficácia do omeprazol como componente dos esquemas de erradicação da bactéria4.

Na DUP não relacionada ao H. pylori, como na síndrome de Zollinger-Ellison, sua eficácia também já foi comprovada embora haja necessidade de doses mais elevadas do que quando a lesão é associada à infecção5.

Características Farmacológicas


Comprimido

Propriedades Farmacodinâmicas

O omeprazol, uma mistura racêmica de dois enantiômeros ativos, reduz a secreção ácido-gástrica através de mecanismo de ação altamente seletivo. É um inibidor específico da bomba de prótons nas células parietais. O omeprazol age rapidamente e proporciona controle através da inibição reversível da secreção ácido-gástrica com uma dose diária.

Sítio e mecanismo de ação:

O omeprazol é uma base fraca, concentrada e transformada na forma ativa em ambiente altamente ácido dos canalículos intracelulares dentro da célula parietal, onde inibe a enzima H+K+- ATPase (bomba de prótons). Este efeito na etapa final do processo de formação ácido-gástrica é dose dependente e promove uma inibição altamente efetiva, tanto da secreção ácida basal quanto da estimulada, independentemente do estímulo.

Todos os efeitos farmacodinâmicos observados podem ser explicados pelo efeito do omeprazol na secreção ácida.

Efeito na secreção ácido-gástrica:

Omeprazol Magnésico atua de forma específica, exclusivamente nas células parietais, não possuindo ação sobre receptores de acetilcolina e histamina.

O início de ação de Omeprazol Magnésico é rápido, e o controle reversível da secreção ácida é obtido com, geralmente, 20 mg ao dia.

Dose única oral diária de Omeprazol Magnésico oferece uma rápida e efetiva inibição da secreção ácida gástrica diurna e noturna, com efeito máximo atingido dentro dos primeiros 4 dias de tratamento.

Com Omeprazol Magnésico 20 mg, uma diminuição média de pelo menos 80% de acidez intragástrica em 24 horas é mantida em pacientes com úlcera duodenal. Com esta diminuição média, há um pico de produção ácida depois da estimulação de pentagastrina, que é aproximadamente 70% em 24 horas depois da administração da dose.

Doses orais de Omeprazol Magnésico 20 mg mantêm o pH intragástrico > 3 por um período médio de 17 horas dentro de 24 horas em pacientes com úlcera duodenal.

Como consequência da redução da secreção ácida e da acidez intragástrica, omeprazol reduz/normaliza de forma dose-dependente a exposição ácida do esôfago em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico.

A inibição da secreção ácida está relacionada à área sob a curva da concentração plasmática versus tempo (AUC) de omeprazol e não à concentração plasmática real no devido tempo.

Não foi observado fenômeno de taquifilaxia durante o tratamento com omeprazol.

Efeitos em Helicobacter pylori:

Helicobacter pylori está associado à úlcera péptica, incluindo úlceras duodenais e gástricas. O H. pylori é o principal fator no desenvolvimento da gastrite. O ácido gástrico e o H. pylori agem conjuntamente como principais fatores no desenvolvimento da úlcera péptica.

O H. pylori é o principal fator no desenvolvimento de gastrite atrófica, o qual está associado com o aumento de risco de desenvolvimento de câncer gástrico.

A erradicação do H. pylori com omeprazol e antimicrobianos está associada a um rápido alívio nos sintomas, altos índices de cicatrização das lesões mucosas e remissão à longo prazo da úlcera péptica, reduzindo complicações como sangramento gastrointestinal assim como a necessidade para tratamento antissecretor prolongado.

Outros efeitos relacionados à inibição ácida:

Durante o tratamento com fármacos antisecretores há aumento da gastrina sérica em resposta à redução de secreção ácida. Também ocorre aumento da cromogranina A (CgA) em resposta à acidez gástrica reduzida. O nível aumentado de CgA pode interferir em investigações de tumores neuroendócrinos. Dados de literatura indicam que o tratamento com inibidores da bomba de prótons deve ser interrompido entre 5 e 14 dias antes das medições de CgA. Se os níveis não estiverem normalizados, novas medições devem ser realizadas.

Um aumento do número de células enterocromafins, possivelmente relacionado com o aumento dos níveis séricos de gastrina, tem sido observado em crianças e adultos, durante o tratamento a longo prazo com omeprazol. Os resultados são considerados sem relevância clínica.

Durante tratamento em longo prazo foi relatado um aumento na frequência de cistos glandulares gástricos. Estas inibições são uma consequência fisiológica da inibição pronunciada da secreção ácida, são benignas e parecem ser reversíveis.

A acidez gástrica reduzida devido a qualquer motivo, incluindo tratamento com inibidores da bomba de prótons, aumenta a contagem gástrica de bactérias normalmente presentes no trato gastrointestinal. O tratamento com medicamentos que reduzem a acidez gástrica pode levar a um risco um pouco maior de infecções gastrointestinais, como por Salmonella e Campylobacter e também, possivelmente, Clostridium difficile em pacientes hospitalizados.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção e Distribuição:

O omeprazol magnésico é instável em meio ácido sendo administrado oralmente como grânulos de revestimento entérico. A absorção de omeprazol é rápida com picos de concentração plasmática ocorrendo de 1 a 2 horas após a dose.

A absorção de omeprazol ocorre no intestino delgado e é, geralmente, completada entre 3-6 horas. A ingestão concomitante de alimentos não influi na biodisponibilidade do omeprazol. A disponibilidade sistêmica (biodisponibilidade) de omeprazol com uma dose oral única de Omeprazol Magnésico é aproximadamente 40%. Após administração repetida de doses diárias, a biodisponibilidade aumenta para aproximadamente 60%. O volume aparente de distribuição em pacientes saudáveis é aproximadamente 0,3 L/kg de peso corporal. A taxa de ligação protéica é de aproximadamente 95%.

Metabolismo e excreção:

O omeprazol é completamente metabolizado pelo sistema citocromo P450 (CYP). A maior parte do seu metabolismo é dependente do polimorficamente expresso CYP2C19, responsável pela formação do hidroxiomeprazol, o principal metabólito plasmático.

A parte restante é dependente de outra isoforma específica, CYP3A4, responsável pela formação de omeprazol sulfona. Como consequência da alta afinidade de omeprazol pela CYP2C19, há um potencial para inibição competitiva e interações medicamentosas metabólicas fármaco-fármaco com outros substratos para CYP2C19. No entanto, devido à baixa afinidade pela CYP3A4, o omeprazol não tem potencial para inibir o metabolismo de outros substratos da CYP3A4.

Os parâmetros abaixo refletem principalmente a farmacocinética em indivíduos com uma enzima funcional CYP2C19, metabolizadores rápidos.

A depuração plasmática total é de cerca de 30-40 L/h após uma única dose. A meia-vida de eliminação plasmática de omeprazol é normalmente menor que uma hora, tanto após dose única oral, quanto doses repetidas. A AUC do omeprazol aumenta com a administração repetida. Esse aumento é dosedependente e resulta em uma relação não-linear dose-AUC após administração repetida.

Este tempo- e dose-dependência se deve a uma diminuição do metabolismo de primeira passagem e depuração sistêmica, provavelmente causados por uma inibição da enzima CYP2C19 pelo omeprazol e/ou seus metabólitos (por exemplo, a sulfona). O omeprazol é completamente eliminado do plasma entre as doses, sem tendência para a acumulação durante a administração única diária.

Nenhum metabólito parece ter efeito sobre a secreção de ácido gástrico. Quase 80% da dose oral de omeprazol são excretadas como metabólitos na urina e o restante nas fezes, originados principalmente da secreção biliar.

Metabolizadores lentos: aproximadamente 3% da população caucasiana e 15-20% da de asiáticos não têm uma enzima CYP2C19 funcional, e são chamados de metabolizadores lentos. Em tais indivíduos, provavelmente o metabolismo do omeprazol é catalisado principalmente pela CYP3A4. Após a administração repetida de dose única diária de omeprazol 20 mg, a AUC média foi de 5 a 10 vezes superior nos metabolizadores lentos do que em indivíduos com uma enzima CYP2C19 funcional (metabolizadores rápidos). O pico médio das concentrações plasmáticas também foi mais elevado, em 3-5 vezes. Estes resultados não têm implicações para a posologia de Omeprazol Magnésico.

Efeitos da alimentação:

No estudo de interação alimentar SH-OME-0008, a ingestão concomitante de alimentos não impactou a extensão da absorção do omeprazol proveniente dos comprimidos de LOSEC, conforme avaliado por meio da área sob a curva da concentração plasmática versus tempo (AUC), com a estimativa da razão alimentado/jejum da AUC sendo 1,00 (IC 95%: 0,84-1,18). Portanto, não se espera que a ingestão concomitante de alimentos influencie o efeito do omeprazol na supressão da acidez gástrica ou a eficácia clínica dos comprimidos de Omeprazol Magnésico.

Populações especiais:
Insuficiência hepática

O metabolismo do omeprazol em pacientes com doença hepática é insuficiente, resultando em aumento da AUC. O omeprazol não demonstrou qualquer tendência de acúmulo com doses únicas diárias.

Insuficiência renal

A farmacocinética de omeprazol, incluindo biodisponibilidade sistêmica e taxa de eliminação, permanecem inalteradas em pacientes com função renal reduzida.

Idosos

A taxa de metabolismo do omeprazol é um pouco reduzida em indivíduos idosos (75-79 anos de idade).

Crianças

Dados disponíveis do uso em crianças (de 1 ano ou mais) sugerem que a farmacocinética, dentro das doses recomendadas, seja similar àquela relatada em adultos.

Dados de segurança pré-clínica

Em estudos realizados em ratos tratados em longo prazo com omeprazol, foi observado hiperplasia das células ECL (enterocromafins) gástricas e carcinoides. Estas alterações são o resultado da hipergastrinemia secundária para a inibição ácida. Foram encontrados dados similares após tratamento com antagonistas de receptor H2, inibidores da bomba de prótons e após fundectomia parcial. Portanto, estas alterações não são originadas de efeitos diretos de um único fármaco.

Injetável

Farmacodinâmica e Farmacocinética

O omeprazol reduz a secreção ácida gástrica por meio de mecanismo de ação altamente seletivo. Este medicamento produz inibição específica da enzima H+/K+-ATPase (“bomba de prótons”) nas células parietais. Esta ação farmacológica, dose-dependente, inibe a etapa final da formação de ácido no estômago, proporcionando, assim, uma inibição altamente efetiva, tanto da secreção ácida basal, quanto na estimulada, independentemente do estímulo. O omeprazol atua de forma específica, exclusivamente nas células parietais, não possuindo ação sobre receptores de acetilcolina e histamina.

O início da ação deste medicamento é rápido e o controle reversível da secreção ácida é obtido com uma única administração diária.

Dose diária única do medicamento oferece uma rápida e efetiva inibição da secreção ácida gástrica com efeito máximo atingido dentro dos primeiros 4 (quatro) dias de tratamento.

Não foi observado até o momento, fenômeno de taquifilaxia durante o tratamento com omeprazol sódico.

A taxa de ligação proteica é de aproximadamente 95%.

O omeprazol é completamente metabolizado, principalmente no fígado, no sistema citocromo P450, mais especificamente na isoenzima CYP2C19 (e em menor grau CYP3A4), sendo seus metabólitos desprovidos de ação significante na secreção ácida. Aproximadamente 80% da dose administrada é excretada como metabólitos na urina e o restante é encontrado nas fezes.

Durante o consumo este produto deve ser mantido no cartucho de cartolina, conservado em temperatura ambiente (15 a 30°c). Proteger da luz e umidade.

Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Aspecto físico

Cápsula 10mg

Cápsula de cor vinho.

Cápsula 20mg

Cápsula de cor branca e roxa.

Características Organolépticas

As cápsulas de Loprazol® não apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outras cápsulas.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

M.S. Nº 1.0370.0176

Farm. Resp.:
Andreia Cavalcante Silva
CRF-GO nº 2.659 

Laboratório Teuto Brasileiro S/A.
CNPJ - 17.159.229/0001-76
VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 - DAIA
CEP 75132-140
Anápolis - GO
Indústria Brasileira

SAC:
0800621800
sac@teuto.com.br

Nº do lote e data de fabricação: vide cartucho.

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Loprazol

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Gastroenterologia

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

LOPRAZOL É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


Sobre a Teuto

A Teuto vem construindo uma história de mais de 7 décadas de existência. Durante todos esses anos a empresa superou desafios e se tornou uma referência de laboratório tanto no território nacional quanto internacionalmente.

Por estar vinculada a produção de medicamentos genéricos,o Teuro prioriza estar totalmente dentro dos parâmetros rigorosos de qualidade, entregando sempre os melhores produtos.

Além disso, o laboratório também se preocupa com o descarte de resíduos, sempre se pensando em estratégias que gerem o mínimo de impacto na natureza.

Fonte: http://www.teuto.com.br

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Imagem 1 do medicamento Loprazol
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Loprazol 10mg, caixa com 14 cápsulas gelatinosas durasLoprazol 20mg, caixa com 14 cápsulas gelatinosas duras

Dose

Ajuda

10mg

20mg

Forma Farmacêutica

Ajuda

Cápsula gelatinosa dura

Cápsula gelatinosa dura

Quantidade na embalagem

Ajuda

14 Unidades

14 Unidades

Modo de uso

Uso oral

Uso oral

Substância ativa

OmeprazolOmeprazol

Preço Máximo ao Consumidor/SP

R$ 18,05

R$ -

Preço de Fábrica/SP

R$ 13,06

R$ 15,82

Tipo do Medicamento

Ajuda

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Registro Anvisa

1037001760011

1037001760038

Precisa de receita

Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Tipo da Receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Código de Barras

7896112142249

7896112142263

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