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Ida 10mg/mL, caixa com 1 frasco-ampola com pó para solução de uso intravenoso + 1 ampola com 10mL de diluente (embalagem hospitalar)

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Bula do Ida

Ida® (cloridrato de idarrubicina) é um quimioterápico (medicamento usado no tratamento de neoplasias) e está indicado nos seguintes casos:

Ida® (cloridrato de idarrubicina) é um quimioterápico (medicamento usado no tratamento de neoplasias) com ação antimitótica (que inibe a multiplicação celular) e citotóxica (que causa destruição celular).

Ida® (cloridrato de idarrubicina) é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) ao cloridrato de idarrubicina ou a qualquer componente da fórmula, ou outras antraciclinas ou antracenedionas (antineoplásicos) e àqueles pacientes com insuficiência renal (diminuição da função dos rins) e/ou hepática (diminuição da função do fígado) grave, a pacientes com insuficiência cardíaca grave (incapacidade do coração de bombear a quantidade adequada de sangue) ou que tenham tido infarto do miocárdio recentemente, a pacientes com arritmias graves (alteração do ritmo do coração), com mielossupressão (diminuição da função da medula óssea) persistente ou que já tenham feito tratamento anteriormente com dose cumulativa máxima com idarrubicina e/ou outras antraciclinas e antracenedionas (antineoplásicos).

Ida® (cloridrato de idarrubicina) é um medicamento de Uso Restrito a Hospitais ou Ambulatórios Especializados, portanto a preparação e administração de Ida® (cloridrato de idarrubicina) devem ser feitas por um médico ou por profissionais de saúde especializados e treinados em ambiente hospitalar ou ambulatorial.

Ida® (cloridrato de idarrubicina) deve ser utilizado somente por via intravenosa (dentro da veia).

O conteúdo do frasco-ampola de Ida® (cloridrato de idarrubicina) 5 mg será dissolvido com 5 mL de água para injeção e o conteúdo do frasco-ampola de 10 mg, com 10 mL de água para injeção. A solução resultante é hipotônica. Vide procedimento de administração descrito adiante.

Administração

Ida® (cloridrato de idarrubicina) deve ser administrado somente por via intravenosa e a solução reconstituída será administrada através de um sistema de flebóclise conectado a um frasco de solução de cloreto de sódio a 0,9% ou dextrose 5%. A duração da injeção deverá ser acima de 5-10 minutos. Uma injeção direta em push não é recomendada devido ao risco de extravasamento, que pode ocorrer mesmo na presença de retorno sanguíneo adequado à aspiração com a agulha.

Leucemia não linfocítica aguda (LNLA)/ Leucemia mieloide aguda (LMA)

Em adultos com LNLA e LMA a dose recomendada é de 12 mg/m2 por via intravenosa diariamente durante 3 dias, associada com citarabina. Ida® (cloridrato de idarrubicina) pode também ser administrado como agente isolado e associado, a uma dose de 8 mg/mpor via intravenosa diariamente durante 5 dias.

Leucemia linfocítica aguda (LLA)

Como agente isolado, a dose recomendada na LLA em adultos é de 12 mg/mpor via intravenosa diariamente durante 3 dias. Em crianças com LLA a dose recomendada como agente único intravenoso é de 10 mg/m2 diariamente durante 3 dias.

Modificação da Dose

Disfunção Hepática ou Renal

Embora nenhuma recomendação específica possa ser feita baseada nos limitados dados disponíveis de pacientes com insuficiência hepática e/ou renal, reduções na dose devem ser consideradas em pacientes com níveis séricos de bilirrubina e/ou creatinina maiores que 2,0 mg %.

Ida® (cloridrato de idarrubicina) não deve ser administrado a pacientes com insuficiência hepática e/ou renal grave.

Medidas de Proteção

O conteúdo do frasco-ampola encontra-se sob pressão negativa para tornar mínimo o risco de formação de aerossol durante a reconstituição:

  • Cuidado particular deverá ser tomado quando a agulha for inserida.

A inalação de qualquer aerossol produzido durante a reconstituição deve ser evitada.

As seguintes recomendações de proteção são fornecidas devido à natureza tóxica da substância:

  • O pessoal deve ser treinado em boas técnicas de reconstituição e manuseio.
  • Profissionais grávidas que manipulam este medicamento devem ser excluídas do trabalho.
  • Pessoal manuseando Ida® (cloridrato de idarrubicina) deve utilizar equipamentos de proteção: óculos de proteção, avental e luvas e máscaras descartáveis.
    A superfície de trabalho deve ser protegida por papel absorvente, descartável, recoberto com plástico na parte posterior.
  • Todos os itens utilizados na reconstituição, administração ou limpeza, inclusive luvas, devem ser descartados em sacos para resíduos de alto risco e destinados a incineração por altas temperaturas.
  • Respingos ou vazamentos devem ser tratados com solução diluída de hipoclorito de sódio (1% de cloro disponível), de preferência por adsorção e, depois, água.
  • Todo material de limpeza deve ser descartado conforme indicado acima.
  • O contato acidental com pele ou olhos deve ser tratado imediatamente através de copiosa lavagem com água, ou água e sabão, ou solução de bicarbonato de sódio; deve-se proporcionar atenção médica.
  • No caso de contato com os olhos, levante a pálpebra e lave o olho afetado com quantidade abundante de água por 15 minutos. Então procure um médico para que seja feita uma avaliação.
  • Sempre lave as mãos após remoção das luvas.
  • Despreze qualquer solução não utilizada.

Incompatibilidades

A idarrubicina não deve ser misturada com outros fármacos. O contato com qualquer solução de pH alcalino deve ser evitado, pois resultará em degradação do fármaco. A idarrubicina não deve ser misturada com heparina devido à incompatibilidade química que pode levar à precipitação.

Estabilidade da solução reconstituída

A solução obtida após reconstituição pode ser conservada até 48 horas entre 2 e 8°C ou até 24 horas a temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Descartar devidamente qualquer solução não utilizada após a reconstituição.

Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Como Ida® (cloridrato de idarrubicina) é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar ou ambulatórios especializados, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Geral

Ida® (cloridrato de idarrubicina) deve ser administrado apenas sob supervisão de médicos com experiência em quimioterapia.

Os pacientes devem se recuperar de toxicidades agudas, tais como estomatite (inflamação da mucosa da boca), neutropenia (diminuição de um tipo de célula de defesa no sangue: neutrófilo), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas) e infecções generalizadas, e também de tratamentos citotóxicos prévios (tratamento para neoplasias anteriores), antes de iniciarem o tratamento com Ida® (cloridrato de idarrubicina).

Função Cardíaca

A cardiotoxicidade (toxicidade do coração) é um risco do tratamento com antraciclinas que pode se manifestar por eventos iniciais (isto é, agudos) ou tardios (isto é, que aparecem tardiamente).

Eventos iniciais (agudos)

A cardiotoxicidade inicial da idarrubicina é constituída, principalmente, por taquicardia sinusal (aceleração do ritmo cardíaco) e/ou anormalidades eletrocardiográficas (alterações no exame de eletrocardiograma – ECG), como alterações não específicas de ST-T (alterações vistas no exame de ECG). Taquiarritmias (arritmia com aumento do número de batimentos cardíacos), incluindo contrações ventriculares prematuras (tipo de arritmia cardíaca), taquicardia ventricular (tipo de arritmia cardíaca com aumento do número de batimentos) e bradicardia (diminuição do número de batimentos), assim como bloqueios atrioventriculares e de ramo (interrupção do impulso cardíaco em regiões específicas do coração) foram também relatados. Esses efeitos, usualmente, não predizem desenvolvimento subsequente de cardiotoxicidade tardia (toxicidade cardíaca que aparece tardiamente), e são, raramente, de importância clínica, não devendo ser, geralmente, a razão para a interrupção do tratamento com IDA® (cloridrato de idarrubicina).

Eventos tardios (que surgem tardiamente)

A cardiotoxicidade tardia usualmente se desenvolve posteriormente no curso da terapia com idarrubicina ou dentro de 2 a 3 meses após o término do tratamento, mas a ocorrência de eventos tardios vários meses ou anos após o término do tratamento também foi relatada. A cardiomiopatia (lesão do músculo cardíaco) tardia se manifesta pela redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE - quantidade de sangue bombeado do coração para as artérias) e/ou sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC - incapacidade do coração bombear a quantidade adequada de sangue), tais como dispneia (falta de ar), edema pulmonar (acúmulo de líquido no pulmão), edema postural (acúmulo de líquido em regiões variadas do corpo, que varia com a posição), cardiomegalia (aumento do coração), hepatomegalia (aumento do fígado), oligúria (diminuição do volume urinário), ascite (acúmulo de líquido no abdome), efusão pleural (acúmulo de líquido na camada que recobre o pulmão) e ritmo de galope (tipo de arritmia cardíaca). Efeitos subagudos como pericardite (inflamação da membrana que reveste o coração) /miocardite (inflamação do músculo cardíaco) também foram relatados. ICC com risco de morte é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclina e representa a toxicidade cumulativa limitante da dose (toxicidade a partir da qual não se pode aumentar a dose do medicamento) do fármaco.

Os limites da dose cumulativa para idarrubicina intravenoso não foram definidos. No entanto, cardiomiopatia relacionada à idarrubicina foi relatada em 5% dos pacientes que receberam doses cumulativas intravenoso 150 a 290 mg/m2 .

A função cardíaca deve ser avaliada antes do paciente ser submetido ao tratamento com Ida® (cloridrato de idarrubicina) e deve ser monitorada durante a terapia para que se minimize o risco de ocorrência de insuficiência cardíaca grave. O risco pode ser diminuído pela monitoração regular da FEVE (fração de ejeção do ventrículo esquerdo – quantidade de sangue bombeado do coração para as artérias) durante o tratamento, com interrupção imediata de Ida® (cloridrato de idarrubicina) ao primeiro sinal de disfunção. O método quantitativo apropriado para avaliações repetidas da função cardíaca (avaliação da FEVE) inclui cintilografia nuclear do coração (MUGA) ou ecocardiografia (ECO). A avaliação cardíaca basal com uma eletrocardiografia associada a uma cintilografia nuclear cardíaca ou a uma ecocardiografia é recomendada, especialmente para pacientes com fatores de risco aumentados para cardiotoxicidade (toxicidade do coração). Determinações repetidas da FEVE pela cintilografia cardíaca ou pela ecocardiografia devem ser realizadas, particularmente com doses cumulativas mais altas de antraciclina. A técnica utilizada na avaliação cardíaca deve ser consistente durante o acompanhamento.

Fatores de risco para toxicidade cardíaca incluem doença cardiovascular ativa ou não, radioterapia prévia (tratamento com radioterapia) ou concomitante em região mediastinal/pericárdica (no mediastino ou próxima ao coração), terapia prévia com outras antraciclinas ou antracenedionas e uso concomitante de outros fármacos com capacidade de reduzir a contratilidade cardíaca ou medicamentos cardiotóxicos (p. ex.: trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo Ida® (cloridrato de idarrubicina), não devem ser administradas em combinação com outros agentes cardiotóxicos a menos que a função cardíaca do paciente seja monitorada rigorosamente. Pacientes recebendo antraciclinas após a interrupção do tratamento com outros agentes cardiotóxicos (tóxicos ao coração), especialmente aqueles com meias-vidas longas (tempo necessário para que o organismo elimine metade da concentração sanguínea do medicamento), tais como trastuzumabe, podem estar sob risco aumentado de desenvolver cardiotoxicidade. A meia-vida reportada do trastuzumabe é variável. O trastuzumabe pode persistir na circulação por até 7 meses. Portanto, quando possível, os médicos devem evitar terapia baseada em antraciclinas por até 7 meses após a interrupção do tratamento com trastuzumabe. Se as antraciclinas forem utilizadas antes deste tempo, recomenda-se monitoramento cuidadoso da função cardíaca.

A monitoração da função cardíaca deve ser particularmente rigorosa em pacientes recebendo altas doses cumulativas (doses que se somam) e naqueles com fatores de risco. No entanto, a cardiotoxicidade com Ida® (cloridrato de idarrubicina) pode ocorrer em doses cumulativas mais baixas independentemente da presença de fatores de risco cardíacos.

Uma avaliação de longo prazo e periódica da função cardíaca deve ser feita em crianças já que demonstraram uma maior suscetibilidade à toxicidade cardíaca induzida pela antraciclina.

É provável que a toxicidade da idarrubicina e outras antraciclinas ou antracenedionas seja aditiva (as toxicidades se somam).

Toxicidade Hematológica (toxicidade sanguínea)

Ida® (cloridrato de idarrubicina) é um potente supressor da medula óssea (diminui a função da medula óssea). Mielossupressão grave (diminuição acentuada da função da medula óssea) ocorrerá em todos os pacientes que recebam doses terapêuticas desse agente. O perfil hematológico (exames de sangue) deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da terapia com Ida® (cloridrato de idarrubicina), incluindo contagem diferencial dos glóbulos brancos (contagem das células responsáveis pela defesa no sangue). Leucopenia reversível (redução de células de defesa no sangue), dependente da dose e/ou granulocitopenia (neutropenia: diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) são as manifestações predominantes da toxicidade hematológica da idarrubicina, constituindo a toxicidade aguda limitante da dose mais comum desse fármaco. A leucopenia e a neutropenia são, geralmente, graves; trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas) e anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias) também podem ocorrer. As contagens de leucócitos e neutrófilos alcançam o nadir (ponto mais baixo da contagem de células de defesa, a partir do qual o número começa a aumentar), geralmente, entre o 10º e 14º dia após a administração do fármaco, no entanto, as contagens celulares usualmente retornam a níveis normais durante a terceira semana. As consequências clínicas da mielossupressão grave incluem febre, infecções, sepse/septicemia (infecção generalizada), choque séptico (sepse grave), hemorragia, hipóxia tecidual (diminuição da quantidade de oxigênio no tecido) ou morte.

Leucemia secundária (leucemia que surge como consequência do tratamento com idarrubicina)

Leucemia secundária, com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados com antraciclinas incluindo a idarrubicina. A leucemia secundária é mais comum quando tais fármacos são administrados em combinação com agentes antineoplásicos (que combatem o câncer) lesivos ao DNA (causa danos ao DNA da célula), quando os pacientes foram pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos (medicamentos que causam destruição celular) ou quando as doses de antraciclinas foram aumentadas. Essas leucemias possuem um período de latência (período sem manifestação clínica) de 1 a 3 anos.

Gastrintestinal

A idarrubicina é emetigênica (provoca vômitos). A mucosite (úlceras na mucosa dor órgãos do aparelho digestivo, principalmente estomatite (da boca e língua)), menos frequentemente esofagite (do esôfago) geralmente aparece no início do tratamento com o fármaco e, se grave, pode progredir em poucos dias para úlceras de mucosa. A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso até a terceira semana de terapia.

Função hepática (do fígado) e/ou renal (do rim)

Uma vez que a função hepática e/ou renal insuficiente pode afetar a distribuição da idarrubicina, a função do fígado e dos rins deve ser avaliada com os exames laboratoriais e clínicos convencionais utilizando bilirrubina sérica (exame de sangue que avalia o funcionamento do fígado) e creatinina sérica (exame de sangue que avalia o funcionamento do rim) antes e durante o tratamento. Em várias experiências clínicas de Fase III (pesquisas de eficácia e segurança do medicamento), o tratamento era contraindicado se os níveis séricos de bilirrubina e/ou creatinina excedessem 2 mg%. Com outras antraciclinas, uma redução de 50% da dose é geralmente empregada se os níveis de bilirrubina e creatinina estiverem em torno de 1,2 – 2,0 mg%.

Efeitos no local de infusão

Fleboesclerose (fibrose da veia utilizada para infusão do medicamento) pode resultar da infusão do fármaco em vaso de pequeno calibre ou de infusões repetidas (várias aplicações) na mesma veia. Seguir os procedimentos de administração recomendados pode minimizar o risco de flebite (inflamação da veia) /tromboflebite (inflamação e trombose da veia) no local de infusão.

Extravasamento (injeção acidental ou escape da medicação de dentro da veia para os tecidos vizinhos)

O extravasamento de idarrubicina durante a administração intravenosa (presença do medicamento fora da veia) pode produzir dor local, lesões teciduais graves (vesicação - formação de vesículas), celulite grave (inflamação do tecido gorduroso abaixo da pele) e necrose (morte do tecido). Caso ocorram sinais ou sintomas de extravasamento durante a administração intravenosa de Ida® (cloridrato de idarrubicina), a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida.

Síndrome da Lise Tumoral (sintomas provocados pela destruição das células do câncer)

A idarrubicina pode induzir à hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue) devido ao extenso catabolismo (quebra) das purinas que acompanha a rápida lise (destruição) de células neoplásicas induzidas pelo fármaco (síndrome de lise tumoral). Níveis séricos de ácido úrico, potássio, cálcio, fosfato e creatinina devem ser avaliados após o tratamento inicial. Hidratação, alcalinização urinária (uso de substâncias para favorecer a eliminação do medicamento pela urina) e profilaxia com alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar as complicações potenciais da síndrome de lise tumoral.

Efeitos Imunossupressantes (que diminuem a função do sistema imune) /Aumento da Suscetibilidade a Infecções

A administração de vacinas com antígenos vivos (feita a partir de patógenos ativos) ou atenuados (inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo a idarrubicina, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com antígenos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo idarrubicina. Vacinas com antígenos mortos ou inativos podem ser administradas, no entanto a resposta à vacina pode estar diminuída.

Outros

Assim como ocorre com outros agentes citotóxicos, tromboflebite e fenômenos tromboembólicos, incluindo embolismo pulmonar (presença de um coágulo no pulmão), foram coincidentemente relatados com o uso de idarrubicina.

Fertilidade, gravidez e lactação (amamentação)

Gravidez

O potencial embriotóxico (capacidade de provocar danos ao embrião) da idarrubicina foi demonstrado em estudos in vitro (em laboratório) e in vivo (em animais). No entanto, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Mulheres com potencial para engravidar devem ser aconselhadas a evitarem a gravidez durante o tratamento. Ida® (cloridrato de idarrubicina) deve ser utilizado durante a gravidez apenas se o benefício potencial justificar o risco potencial ao feto. A paciente deve ser informada do dano potencial ao feto (risco de dano ao feto).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação (amamentação)

Não se sabe se Ida® (cloridrato de idarrubicina) é excretado (eliminado) no leite humano.

As mães não devem amamentar enquanto estiverem em quimioterapia, em uso, de Ida® (cloridrato de idarrubicina).

Alteração na fertilidade

Ida® (cloridrato de idarrubicina) pode levar a alterações nos espermatozoides humanos. Por essa razão, homens submetidos a tratamento com Ida® (cloridrato de idarrubicina) devem utilizar métodos contraceptivos (que evitem engravidar a parceira) efetivos.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

O efeito de Ida® (cloridrato de idarrubicina) na habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado.

As seguintes reações adversas foram relatadas em associação ao tratamento com Ida® (cloridrato de idarrubicina):

  • Infecções e infestações: infecção, sepse/septicemia (infecção generalizada), infecção por fungo.
  • Neoplasias benignas, malignas e indefinidas: leucemia secundária (leucemia mieloide aguda e síndrome mielodisplásica).
  • Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático: anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias), leucopenia (redução de células de defesa no sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) e neutropenia febril, trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), falência da medula óssea (incapacidade da medula óssea de produzir as células do sangue).
  • Sistema imunológico: anafilaxia (reação alérgica grave).
  • Distúrbios do metabolismo e nutrição: anorexia (falta de apetite), desidratação (perda excessiva de água e sais minerais do organismo), hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue).
  • Distúrbios cardíacos: bloqueio atrioventricular (bloqueio da condução elétrica do átrio para ventrículo), bloqueio de ramo de feixes (bloqueio da condução elétrica do coração), taquiarritmias e taquicardia sinusal (alterações do ritmo do coração), insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade de o coração bombear a quantidade adequada de sangue), miocardite (inflamação das fibras do coração) e pericardite (inflamação da membrana que reveste o coração externamente), e infarto do miocárdio.
  • Distúrbios vasculares: hemorragia (sangramento), ondas de calor, flebite (inflamação da veia), choque (queda grave da pressão), tromboflebite (inflamação da veia com formação de coágulos), tromboembolismo (eliminação de coágulos dos vasos sanguíneos para os pulmões), hipotensão (queda de pressão), hemorragia cerebral (sangramento no cérebro).
  • Distúrbios gastrintestinal: dor abdominal ou sensação de queimação, colite (inflamação do intestino grosso ou cólon) incluindo enterocolite grave (inflamação grave dos intestinos) e enterocolite neutropênica com perfuração (inflamação grave com perfuração do intestino), diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes), erosão/ulceração (lesões semelhantes a aftas), esofagite (inflamação do esôfago), sangramento do trato gastrintestinal (compreende boca, esôfago, estomago e intestino delgado), mucosite/ estomatite (inflamação da mucosa da boca), náusea (enjoo), vômito, falência hepática (do fígado).
  • Distúrbio de pele e tecido subcutâneo: eritema acral (vermelhidão nas extremidades), alopecia (perda de cabelo), hipersensibilidade da pele irradiada (inflamação da pele tratada previamente com radioterapia), toxicidade local, rash (vermelhidão da pele), coceira, alterações na pele, hiperpigmentação (escurecimento) da pele e unhas, urticária (alergia da pele).
  • Distúrbios renal e urinário: coloração vermelha da urina por 1-2 dias após administração da medicação, nefropatia (alteração da função dos rins), falência renal (diminuição da função dos rins), falência renal aguda (diminuição aguda da função dos rins).
  • Respiratório: tosse, pneumonia (infecção do pulmão), síndrome respiratória aguda (mau funcionamento grave dos pulmões decorrente de inflamação), fibrose pulmonar (endurecimento dos pulmões).
  • Distúrbios Gerais e no local da administração: febre, dor de cabeça, letargia (cansaço e lentidão de reações e reflexos), falência múltipla dos órgãos (mau funcionamento de vários órgãos ao mesmo tempo).
  • Investigação: redução assintomática (sem sintomas) na função de ejeção do ventrículo esquerdo e anormalidades no ECG (alterações do coração a serem investigadas com ecocardiograma e eletrocardiograma), elevação de enzimas hepáticas e bilirrubina (alteração dos exames relacionados à função do fígado).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Pó liofilizado para solução injetável + solução diluente

  • 5 mg: Cartucho contendo 1 frasco-ampola com 5 mg de pó liofilizado para solução injetável de cloridrato de idarrubicina + 1 ampola de vidro incolor com 5 mL de diluente.
  • 10 mg: Cartucho contendo 1 frasco-ampola com 10 mg de pó liofilizado para solução injetável de cloridrato de idarrubicina + 1 ampola de vidro incolor com 10 mL de diluente.

Via de administração: via intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Cuidado: agente citotóxico. 

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

Ida® 5 mg (cloridrato de idarrubicina)

Frasco-ampola

5 mg de cloridrato de idarrubicina.

Excipiente: lactose monoidratada; água para injetáveis.

Ampola de diluente

5 mL de água para injetáveis.

Ida® 10 mg (cloridrato de idarrubicina)

Frasco-ampola

10 mg de cloridrato de idarrubicina.

Excipiente: lactose monoidratada; água para injetáveis.

Ampola de diluente

10 mL de água para injetáveis.

Doses muito altas de Ida® (cloridrato de idarrubicina) podem causar toxicidade miocárdica aguda (toxicidade cardíaca que surge horas depois da infusão do medicamento), dentro de 24 horas e mielossupressão grave (diminuição da função da medula óssea) dentro de 1 ou 2 semanas. Insuficiência cardíaca tardia (incapacidade de o coração bombear a quantidade adequada de sangue), foi observada com as antraciclinas alguns meses após a superdose.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Ida® (cloridrato de idarrubicina) é um potente mielossupressor (que diminui o funcionamento do sistema imune) e esquemas combinados de quimioterapia que contêm outros agentes com ação similar podem levar à toxicidade aditiva (somada), especialmente em relação a efeitos medulares/hematológicos (da medula e do sangue) e gastrintestinais. O uso de Ida® (cloridrato de idarrubicina) em combinação quimioterápica com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos (tóxicos para o coração), assim como o uso concomitante de outros compostos cardioativos (por exemplo, bloqueadores do canal de cálcio), requer a monitoração da função cardíaca durante o tratamento.

Alterações na função hepática ou renal induzidas por terapias concomitantes podem afetar o metabolismo, a farmacocinética (caminho que o medicamento faz no organismo desde a chegada até a eliminação), a eficácia terapêutica e/ou toxicidade da idarrubicina.

Um efeito mielossupressor aditivo pode ocorrer quando radioterapia (tratamento com radiação) é administrada concomitantemente (ao mesmo tempo) ou dentro de 2 a 3 semanas antes do tratamento com Ida® (cloridrato de idarrubicina).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.

Resultados de Eficácia


Leucemia não Linfocítica Aguda ou Leucemia Mielóide Aguda (LMA) - Adultos e Crianças

O resultado de 3 estudos em paciente com leucemia aguda tem indicado que idarrubicina compara-se favoravelmente com daunorrubicina quando cada um foi administrado em combinação com citarabina.

Coletivamente, esses estudos sugeriram uma tendência para a superioridade de idarrubicina sobre daunorrubicina.

A combinação intravenosa de idarrubicina/citarabina vem sendo pelo menos tão efetiva quanto à combinação de daunorrubicina com citarabina (ARA-C) em pacientes não tratados com leucemia não linfócita aguda (LMA).

Coletivamente, esses estudos têm sugerido uma tendência de superioridade da idarrubicina sobre a daunorrubicina. Pacientes tratados com idarrubicina/citarabina atingiram mais remissão após um curso de terapia e o tempo para completar a remissão foi também menor. As curvas de sobrevida demonstraram uma vantagem no grupo idarrubicina/citarabina.

A toxicidade não hematológica foi similar em ambos os grupos e os principais efeitos tóxicos foram:

  • Náusea, vômito e mucosite.

Em um estudo com 2.157 pacientes com diagnóstico recente de leucemia mielóide aguda (LMA) e faixa etária entre 15 e 60 anos, foi comparada a eficácia anti-tumoral de três diferentes antraciclinas em combinação com citarabina e etoposídeo em quimioterapia intensiva de indução-consolidação contendo daunorrubicina, idarrubicina ou mitoxantrona. A remissão global completa (RC) foi semelhante nos três grupos, no entanto, a sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevivência de remissão completa foram significativamente menores no braço de daunorrubicina. Em 5 anos, a SLD foi de 29% versus 37% e 37% com mitoxantrona e idarrubicina, respectivamente. O uso de idarrubicina ao invés de daunorrubicina aumentou a eficácia em longo prazo da quimioterapia em pacientes adultos com LMA que não receberam transplante alogênico de células-tronco.

Uma meta-análise e revisão sistemática comparou a eficácia de diferentes antraciclinas e diferentes esquemas de administração de antraciclinas na terapia de indução em pacientes adultos e pediátricos com leucemia mielóide aguda. A idarrubicina (IDA) em comparação com a daunorrubicina (DNR) reduziu as taxas de falha de remissão, mas não alterou as taxas de morte prematura ou mortalidade global. A IDA pode atingir em 5 anos, taxas de sobrevida de 40 a 50%.

Uma meta-análise foi realizada para determinar se a utilização de idarrubicina+citarabina (IC) seria mais eficaz do que a utilização de daunorrubicina+citarabina (DC) na terapia de indução em pacientes recentemente diagnosticados com leucemia mielóide aguda (LMA). Esta meta-análise indicou que a IC poderia melhorar a duração de sobrevida global comparada com DC como terapia de indução para pacientes jovens com diagnóstico recente de LMA.

Leucemia Linfocítica aguda – Adultos e crianças

A recidiva, ou não resposta aos regimes de indução inicial, em pacientes pediátricos, a combinação de citarabina (ara-C) com idarrucibina foi associada a taxa de resposta completa variando de 37% em um estudo americano até mais de 76% em estudos pilotos na Itália.

Um estudo com idarrubicina demonstrou uma taxa de resposta global de 49% em pacientes pediátricos com recorrências de prognóstico pobre de leucemia linfoblástica aguda (LLA).

O resultado das crianças com LLA e recidiva da medula óssea tem sido insatisfatório em grande parte devido à falha em prevenir recidivas leucêmicas subsequentes. Comparado com daunorrubicina (DNR) a idarrubicina foi considerada um agente efetivo no tratamento da LLA na infância.

Um estudo de escala de dose de idarrubicina administrando-se 3 doses por semana, em combinação com vincristina, prednisolona e L-asparaginase (VPLI), foi realizado pelo Children Cancer Study Group (CCSG) para reinduzir a remissão de LLA na infância na primeira recidiva da medula óssea. A dose máxima tolerada de idarrubicina, foi determinada como sendo 12,5 mg/m2/dose.

Um estudo avaliou a eficácia em um regime terapêutico que compreendia injeções intravenosas em bolus de idarrubicina, e uma infusão contínua de citarabina (ara-C), em adultos com LLA refratária ou recorrente. Foram tratados pacientes com idade entre 14-75 anos. A taxa de resposta foi favoravelmente comparável com outros regimes e apresentou uma taxa de toxicidade aceitável.

Referências:

1. Masaoka T, Ogawa M, Yamada K, et al: A phase II comparative study of idarubicin plus cytarabine versus daunorubicin plus cytarabine in adult acute myeloid leukemia. Semin Hematol 1996; 33(suppl 3):12-17.
2. Berman E, Raymond V, Gee T, et al: Idarubicin in acute leukemia: Results of studies at Memorial SloanKettering Cancer Center. Semin Oncol 1989; 16(suppl 2):30-34.
3. Wiernik PH, Case DC, Periman PO, et al: A multicenter trial of cytarabine plus idarubicin or daunorubicin as induction therapy for acute nonlymphocytic leukemia. Semin Oncol 1989; 16(suppl 2):25-29.
4. Vogler WR, Velez-Garcia E, Omura G, et al: A phase-three trial comparing daunorubicin or idarubicin combined with cytosine arabinoside in acute myelogenous leukemia. Semin Oncol 1989; 16(suppl 2):21-24.
5. Mandelli F, Vignetti M, Suciu S, et al: Daunorubicin versus mitoxantrone versus idarubicin as induction and consolidation chemotherapy for adults with acute myeloid leukemia: the EORTC and GIMEMA Groups Study AML-10. J Clin Oncol 2009; 27(32):5397-5403.
6. Teuffel O, Leibundgut K, Lehrnbecher T, et al: Anthracyclines during induction therapy in acute myeloid leukaemia: a systematic review and meta-analysis. Br J Haematol. 2013 Apr;161(2):192-203. doi: 10.1111/bjh.12233. Epub 2013 Feb 8.
7. Wang J, Yang YG, Zhou M, et al: Meta-analysis of randomised clinical trials comparing idarubicin + cytarabine with daunorubicin + cytarabine as the induction chemotherapy in patients with newly diagnosed acute myeloid leukaemia. PLoS One. 2013 Apr 5;8(4):e60699. doi: 10.1371/journal.pone.0060699.
8. Bernstein ML, Abshire TC, Pollock BH, et al: Idarubicin and cytosine arabinoside reinduction therapy for children with multiple recurrent or refractory acute lymphoblastic leukemia: a pediatric oncology group study. J Pediat Hematol Oncol 1997; 19:68-72.
9. Neuendank A, Hartmann R, Buhrer C, et al: Acute toxicity and effectiveness of idarubicin in childhood acute lymphoblastic leukemia. Eur J Haem 1997; 58:326-332.
10. Feig SA, Ames MM, Sather HN, et al: Comparison of idarubicin to daunomycin in a randomized multidrug treatment of childhood acute lymphoblastic leukemia at first bone marrow relapse: A report from the Children's Cancer Group. Medical and Pediatric Oncology (1996) 27: 505–514.
11. Feig SA, Krailo MD, Harris RE, et al: Determination of the maximum tolerated dose of idarubicin when used in a combination chemotherapy program of reinduction of childhood ALL at first marrow relapse and a preliminary assessment of toxicity compared to that of daunorubicin: a report from the Childrens Cancer Study Group. Med Pediatr Oncol. 1992;20(2):124-9.
12. Karbasian-Esfahani M, Wiernik PH, Novik Y, et al: Idarubicin and standard-dose cytosine arabinoside in adults with recurrent and refractory acute lymphocytic leukemia. Cancer. 2004 Sep 15;101(6):1414-9.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

A idarrubicina é um análogo da daunorrubicina que se intercala ao DNA, interage com a topoisomerase II e tem um efeito inibidor sobre a síntese do ácido nucleico. A falta do grupo metil na posição 4 da antraciclina proporciona um composto de elevada lipofilia que resulta em um aumento da captação celular quando comparado com a doxorrubicina e a daunorrubicina.

A idarrubicina mostrou possuir uma potência mais elevada em relação à daunorrubicina e eficácia contra a leucemia murina e linfomas por via IV e por via oral. Estudos in vitro em células humanas e murinas resistentes à antraciclina mostraram um grau mais baixo de resistência cruzada para a idarrubicina quando comparada com a doxorrubicina e a daunorrubicina.

Estudos de cardiotoxicidade em animais evidenciaram que a idarrubicina tem um índice terapêutico melhor do que a daunorrubicina e a doxorrubicina. O principal metabólito, idarrubicinol, mostrou in vivo e in vitro, atividade antitumoral em modelos experimentais. No rato, o idarrubicinol, administrado nas mesmas doses do fármaco inalterado, é claramente menos cardiotóxico do que a idarrubicina.

Propriedades Farmacocinéticas

Após administração IV em pacientes com funções renal e hepática normais, a idarrubicina é eliminada da circulação sanguínea com um t1/2 plasmático terminal que varia entre 11 e 25 horas e é metabolizada amplamente em um metabólito ativo, idarrubicinol, que é eliminado mais lentamente com um t1/2 plasmático que varia entre 41 e 69 horas. O medicamento é eliminado por excreção biliar e renal, na maior parte sob a forma de idarrubicinol.

Estudos das concentrações do medicamento nas células (células nucleadas do sangue e células da medula óssea) em pacientes com leucemia mostraram que o pico das concentrações celulares de idarrubicina é alcançado alguns minutos após a injeção. As concentrações de idarrubicina e idarrubicinol nas células nucleadas do sangue e nas células da medula óssea são cem vezes maiores do que as concentrações plasmáticas. A velocidade de desaparecimento da idarrubicina no plasma e nas células foi quase comparável com uma vida média terminal de cerca de 15 horas. A vida média terminal do idarrubicinol foi de cerca de 72 horas.

Populações Especiais

Insuficiência hepática e renal

A farmacocinética da idarrubicina em pacientes com insuficiência hepática e/ou renal ainda não foi totalmente avaliada. Espera-se que em pacientes com disfunção hepática moderada a grave, o metabolismo da idarrubicina pode ser prejudicado levando a níveis sistêmicos elevados do fármaco. A distribuição da idarrubicina também pode ser afetada em pacientes com insuficiência renal. Portanto, deve-se considerar a redução da dose em pacientes com insuficiência hepática e/ou renal e que a idarrubicina é contraindicada em pacientes com falência hepática e/ou renal grave.

Pediátrico

A avaliação farmacocinética em 7 pacientes pediátricos, recebendo idarrubicina intravenosa em doses variando de 15 a 40 mg/m2 /3 dias de curso de tratamento, mostrou uma meia-vida média de idarrubicina de 8,5 horas (entre 3,6 – 26,4 horas). O metabólito ativo, idarrubicinol, acumulado durante 3 dias de tratamento, apresentou uma meia-vida média de 43,7 horas (entre 27,8 -,131 horas).

Dados de Segurança Pré-clínicos

A idarrubicina foi genotóxica na maioria dos testes in vitro ou in vivo realizados. A idarrubicina intravenosa foi carcinogênica, tóxica para órgãos reprodutivos e embriotóxica e teratogênica em ratos. Nenhum efeito notável nas mães ou na prole foi observado em ratos que receberam idarrubicina intravenosa durante os períodos peri e pós-natal com doses até 0,2 mg/kg/dia. Não se sabe se o fármaco é excretado no leite. A idarrubicina intravenosa, assim como outras antraciclinas e agentes citotóxicos, foi carcinogênica em ratos. Um estudo local de segurança em cachorros mostrou que o extravasamento do medicamento causa necrose tecidual.

A DL50 (valor médio) da idarrubicina intravenosa foi 4,4 mg/Kg para camundongos, 2,9 mg/Kg em ratos e 1,0 mg/Kg em cachorros. Os principais alvos após uma dose única foram o sistema hemolinfopoiético e, especialmente em cachorros, o trato gastrintestinal.

Os efeitos tóxicos após repetidas doses de idarrubicina intravenosa foram investigados em ratos e cães. Os principais alvos após administração intravenosa nas espécies estudadas foram o sistema hemolinfopoiético, o trato gastrintestinal, o fígado, o rim e os órgãos reprodutores, masculino e feminino.

Com relação ao coração, estudos subagudos e de cardiotoxicidade indicaram que a idarrubicina intravenosa foi leve a moderadamente cardiotóxica apenas nas doses letais enquanto que a doxorrubicina e a daunorrubicina provocaram danos claros no miocárdio em doses não letais.

Ida® (cloridrato de idarrubicina) pó liofilizado para solução injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz.

A solução obtida após reconstituição pode ser conservada até 48 horas entre 2 e 8°C ou até 24 horas a temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

Descartar devidamente qualquer solução não utilizada após a reconstituição.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do produto

Frasco-ampola de vidro incolor, contendo bolo ou massa liofilizada porosa de cor vermelho-alaranjada.

Solução Reconstituída (0,1% de cloridrato de idarrubicina em água para injetáveis)

Solução transparente e límpida, vermelha-laranja, livre de partículas visíveis de material estranho.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Registro MS
5 mg 1.4932.0005.001-0
10 mg 1.4932.0005.002-9

Farm. Resp:
Louis Kwame Dotse
CRF-DF nº 6118

Fabricado por:
Laboratorios IMA S.A.I.C.
Palpa 2870, Buenos Aires - Argentina

Embalado por:
Laboratorio Dosa S.A.
Girardot 1369, Buenos Aires - Argentina

Importado por:
Chemicaltech Importação, Exportação e Comércio de Produtos Médicos, Farmacêuticos e Hospitalares Ltda.
SIA/Sul Trecho 03 Lotes 625/695, Bloco A, Salas 113 e 115
Guará – Brasília - DF
CEP: 71200-030
CNPJ: 03.959.540/0001-95

SAC
0800 606 5544

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide cartucho.

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais. 

Cuidado: agente citotóxico.


Especificações sobre o Ida

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

Similar Intercambiável

Necessita de Receita:

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Pediatria

Oncologia

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 1.700,41

Registro no Ministério da Saúde:

1493200050029

Código de Barras:

7798061750523

Temperatura de Armazenamento:

Temperatura ambiente

Produto Refrigerado:

Este produto não precisa ser refrigerado

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

Modo de Uso:

Uso injetável

Pode partir:

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mg/mL

5mg/mL

Forma Farmacêutica

Ajuda

Solução injetável

Pó para solução injetável

Quantidade na embalagem

Ajuda

10 mL

5 mL

Modo de uso

Uso injetável

Uso injetável (intravenoso)

Substância ativa

Cloridrato de IdarrubicinaCloridrato de Idarrubicina

Preço de Fábrica/SP

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Tipo do Medicamento

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1493200050029

1493200050010

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Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Tipo da Receita

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Código de Barras

7798061750523

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